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Saúde

Quantidade de espermatozoides pode estar em queda ao redor do mundo

A conclusão do novo estudo ainda é alvo de debate entre especialistas.

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Uma nova pesquisa com dados globais constatou que a contagem de espermatozoides em homens de diferentes partes do mundo está em queda -não necessariamente isso resulta em casos de infertilidade. A conclusão, no entanto, ainda é alvo de debate entre especialistas.

Uma revisão sistemática, que consiste em analisar os resultados de estudos prévios, feita pelos pesquisadores já havia sido publicada, em 2017, sobre concentração e contagem total de espermatozoides em homens da América do Norte, Europa e Oceania. Nela, a diminuição já tinha sido observada.

Paula Intasqui Lopes, que não assina o artigo e é coordenadora do programa de pós-graduação em urologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que a concentração de espermatozoides consiste em medir a quantidade de milhões de gametas a cada ml. Já a contagem total é a multiplicação dessa concentração pelo total ejaculado.

“Um homem teve uma concentração de 15 milhões de espermatozoides por ml, mas ele ejaculou 2 ml. Então, a contagem total é 30 milhões”, exemplifica.

Após o primeiro estudo indicar a queda nos níveis de espermatozoides, os mesmos pesquisadores publicaram, no último dia 15, uma nova versão da revisão sistemática na revista Human Reproduction Update com informações da América Central e do Sul, da África e da Ásia, além dos dados das outras regiões.

O resultado foi um compilado de 223 pesquisas com mais de 57 mil amostras de sêmen. Entre os autores do artigo, está Anderson Martino-Andrade, professor do Departamento de Fisiologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

“Já existiam evidências [da queda na quantidade de espermatozoides], mas necessitavam de confirmação por meio de uma metodologia mais robusta”, diz Martino-Andrade.

Na revisão, os mais de 200 estudos foram divididos em duas categorias: uma com pesquisas que selecionaram os homens sem considerar seus status de fertilidade -estas foram chamadas de não selecionadas- e outra de investigações com homens comprovadamente férteis.

Esse ponto expressa um gargalo da pesquisa, afirma Lopes. Segundo ela, o levantamento compilou dados de estudos heterogêneos e que não tinham o objetivo de observar a concentração ou contagem de espermatozoides.

“Vários homens diferentes foram juntados nesses estudos chamados de não selecionados”, resume.

Lopes também menciona que as tecnologias de contagem de espermatozoides evoluíram ao decorrer do tempo, sendo que a revisão considerou estudos de 1973 a 2018. Assim, comparar pesquisas de décadas atrás com levantamentos mais recentes podem resultar em um desvio na conclusão da revisão.

Os pontos, no entanto, são contestados por Martino-Andrade. O coautor afirma que a revisão considerou somente estudos com a mesma metodologia de contagem de gametas.

Além disso, ele defende que o grupo denominado como não selecionados tem a característica de refletir mais fielmente a população masculina por não contar com um parâmetro prévio de participação.

Queda no volume de espermatozoides As análises dos mais de 200 estudos apontam uma queda de cerca de 26 milhões a cada ml da concentração de espermatozoides. Já para a medida de contagem total de esperma, o declínio foi de 92 milhões.

No entanto, ao estratificar as pesquisas pelo perfil de fertilidade, observa-se que a queda ocorreu principalmente nos estudos que não consideraram o status fértil dos participantes. Nesses levantamentos, o declínio da concentração de espermatozoides é de 52 milhões a cada ml. Por outro lado, nos estudos feitos somente com homens férteis, a queda é de somente 5 milhões.

Martino-Andrade explica que, embora não seja o único fator relacionado à fertilidade, a quantidade de espermatozoides influencia a capacidade reprodutiva. Sendo assim, nos estudos que contemplam somente homens férteis, é normal esperar que a queda média seja menor comparado à amostra selecionada sem considerar esse critério.

Razões e impactos A queda no volume de espermatozoides não tem uma explicação, mas Lopes diz que existem associações com tumor no testículo, problemas na produção de hormônios e até hipertensão.

Um dado do estudo também pode colaborar para outra hipótese. Uma estimativa concluiu que, entre os homens sem fertilidade comprovada, a taxa de redução anual na concentração de gametas a partir do ano 2000 foi de 2,6%. Por outro lado, considerando a partir de 1976, essa taxa era de 1,1%.

Lopes diz que, caso realmente a queda ocorra, essa métrica pode indicar que a mudança de hábitos dos últimos anos acarreta problemas na formação de espermatozoides. “Hoje em dia, temos uma vida mais corrida, mais sedentária, com ar mais poluído, o nível de obesidade aumentou muito.”

Mesmo assim, ela ressalta que uma redução nos níveis de espermatozoides não indica por si só um quadro de infertilidade. Ela afirma que há casos de homens com baixas concentrações de gametas que são férteis, enquanto outros com altas quantidades apresentam infertilidade.

Por Folhapress

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Dicas de Saúde: Infecções Vaginais Comuns

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1️⃣ Candidíase: Causada pelo fungo Candida, provoca coceira, corrimento branco e espesso, além de ardor ao urinar.

2️⃣ Vaginose Bacteriana: Caracterizada por um corrimento cinza e um odor forte. O desequilíbrio das bactérias vaginais é o principal responsável.

3️⃣ Tricomoníase: Uma infecção sexualmente transmissível causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode provocar corrimento amarelado ou esverdeado e coceira.

4️⃣ Clamídia: Outra IST que pode ser assintomática, mas também pode causar dor pélvica, corrimento e desconforto ao urinar.

5️⃣ Gonorreia: Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, pode provocar corrimento, dor ao urinar e sangramento entre as menstruações.

Se você suspeitar de alguma infecção, procure um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequado.

Por Dra. Giannini Carvalho  – Ginecologista e Obstetra

 

           

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