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Saúde

Diabetes tipo 2: novo estudo mostra potencial do jejum intermitente para remissão da doença

Após restringir alimentação durante o dia, 44% dos participantes atingiram o estágio por pelo menos um ano

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A prática do jejum intermitente, que consiste em permanecer aproximadamente 16 horas por dia sem ingerir alimentos, tem se tornado cada vez mais popular. Muito além de fazer parte da rotina de famosos e de dicas nas redes sociais, a dieta tem sido alvo de estudos que buscam avaliar a real eficácia para a perda de peso, possíveis riscos e benefícios para controle de glicose e prevenção de problemas cardíacos.

Os trabalhos com humanos ainda são iniciais, e com número pequeno de participantes, mas têm confirmado alguns pontos positivos da intervenção alimentar observados em testes com animais. O mais recente, publicado nesta semana na revista científica The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, mostra que o jejum intermitente de fato tem um potencial para controlar a glicose no sangue e consegue levar a diabetes tipo 2 à remissão – quando a taxa de açúcar do paciente fica estável sem o uso de medicamentos.

O trabalho, conduzido por pesquisadores chineses, envolveu 72 participantes, com idades entre 38 e 72 anos, que receberam o diagnóstico da doença até 11 anos antes. Eles foram divididos em dois grupos em que metade passou pela intervenção de três meses com a alimentação baseada no jejum intermitente, e os demais foram acompanhados para fins comparativos.

A remissão da diabetes é considerada quando o paciente atinge uma taxa de hemoglobina glicada, indicador da alta de açúcar no sangue, abaixo de 6,5% durante ao menos três meses depois de descontinuar a medicação. Os participantes do estudo foram avaliados no período de 12 meses após a intervenção.

Nos primeiros três meses, quase 90% dos participantes que passaram pela dieta reduziram os remédios para diabetes. Porém, 47,2% (17 dos 36 voluntários) foram além e atingiram a remissão da doença. Esse percentual foi de apenas 2,8% no grupo de controle.

No acompanhamento de um ano, praticamente todos (16 dos 36) mantiveram o quadro e alcançaram a chamada remissão prolongada, quando o estágio permanece por ao menos 12 meses. Segundo os pesquisadores, além de melhorar o controle da doença, a intervenção promoveu ainda uma redução de 77% nos custos com medicamentos na comparação entre os grupos.

“A diabetes tipo 2 não é necessariamente uma doença permanente. A remissão da diabetes é possível se os pacientes perderem peso mudando sua dieta e hábitos de exercícios. Nossa pesquisa mostra que um jejum intermitente pode levar à remissão do diabetes em pessoas com diabetes tipo 2, e essas descobertas podem ter um grande impacto nos mais de 537 milhões de adultos em todo o mundo que sofrem da doença”, diz Dongbo Liu, pesquisador da Universidade Agrícola de Changsha, na China, e autor do estudo, em comunicado.

Em relação ao peso corporal, os participantes que passaram pelo jejum intermitente tiveram uma redução de em média 5,93 kg, enquanto no grupo de controle houve uma diminuição de apenas 0,27 kg.

— O estudo merece destaque por trazer pontos importantes que já vêm ganhando ênfase na endocrinologia. A primeira é a perda de peso significativa entre aqueles que fizeram o jejum. E a melhora metabólica observada é atribuível a essa perda de peso. Esse é o grande mérito do estudo, reforçar a possibilidade de remissão do diabetes dessa forma — médica endocrinologista Cynthia Valério, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Os cientistas destacam ainda que o novo trabalho coloca em perspectiva a ideia de que apenas pacientes com um diagnóstico de diabetes a curto prazo, de até seis anos, conseguem atingir a remissão. Eles citam que 65% dos participantes que chegaram ao estágio tinham descoberto a doença há mais tempo.

Restrição calórica e diabetes

O novo estudo acompanha outros trabalhos que também têm indicado o potencial da restrição calórica e da perda de peso no combate à diabetes. Recentemente, cientistas mostraram que um programa de controle de peso que utiliza uma fórmula chamada de “substituição total da dieta” também se mostrou eficaz para levar a diabetes tipo 2 à remissão, inclusive para um grupo de pessoas do Sul da Ásia, população conhecida por ter um risco significativamente maior para a doença.

O trabalho, conduzido por pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, e publicado no periódico The Lancet Regional Health, avaliou o impacto do programa “Counterweight-Plus”, que dura mais de 12 meses e envolve diferentes estágios para acelerar a perda de peso. A intervenção proporcionou uma remissão entre os participantes em proporção semelhante ao jejum intermitente.

No entanto, entre aqueles que tinham o diagnóstico há menos de 6 anos, e que perderam cerca de 10 kg, o estágio foi alcançado por uma parcela maior dos voluntários – 70%. Para os pesquisadores, esse benefício acontece porque a perda de peso reduz os danos causados pelo acúmulo de gordura no fígado, região afetada no caso da diabetes.

O papel de intervenções do tipo na doença tem sido destacado pelos cientistas nos últimos anos, o que influenciou inclusive novas recomendações da Associação Americana de Diabetes para controle do diagnóstico, divulgadas neste mês. Entre quase 100 orientações novas ou revisadas, está a indicação de que o paciente perca 15% do peso corporal, em oposição aos 5% que eram recomendados anteriormente.

— O jejum intermitente foi uma das formas para alcançar a perda de peso, mas não é a técnica que determina a melhor metabólica, é a restrição calórica e a redução do peso corporal. Então quando falamos dietas, deve-se ter essa máxima de evitar modismos e seguir o que as evidências mostram. O jejum intermitente pode sim ser uma técnica válida para o paciente que se adapta, mas não existe mágica. O importante é alcançar o déficit calórico e ter estratégias sustentáveis a longo prazo — diz Cynthia, da SBEM.

O que é a diabetes?

A diabetes é uma doença caracterizada pela produção insuficiente ou pela má absorção da insulina, hormônio responsável por transformar a glicose em energia e retirá-la do sangue para impedir que o acúmulo provoque uma obstrução. Na diabetes tipo 2, que representa 90% dos casos segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o quadro é causado principalmente por fatores de risco como alimentação não saudável, sedentarismo e obesidade.

Isso porque nesses indivíduos há um esforço extra para que as células produtoras da insulina sintetizem mais e mais hormônio para compensar o excesso de açúcar ingerido, até que eventualmente elas deixem de funcionar corretamente devido à sobrecarga. Por isso, mudanças no estilo de vida são efetivas em prevenir e atenuar o diagnóstico.

No caso da diabetes tipo 1, mais rara, trata-se de uma doença auto-imune que faz com que as próprias defesas do corpo ataquem e destruam as células produtoras de insulina no fígado, comprometendo a síntese do hormônio desde o início.

Fonte: O Globo

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Saúde

Sinais nos pés e mãos podem indicar colesterol alto: saiba quais são

Embora os sintomas mais conhecidos do colesterol alto estejam relacionados à saúde do coração, como dor no peito e falta de ar, existem outros sinais que podem ser percebidos nos pés e nas mãos.

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O colesterol alto é um problema de saúde que pode trazer graves consequências, como doenças cardíacas e AVCs. Saber identificar os sinais do corpo é fundamental para buscar ajuda médica o quanto antes.

Embora os sintomas mais conhecidos do colesterol alto estejam relacionados à saúde do coração, como dor no peito e falta de ar, existem outros sinais que podem ser percebidos nos pés e nas mãos.

Unhas quebradiças e crescimento lento:

De acordo com o cardiologista Sami Firoozi, em entrevista ao HuffPost, unhas quebradiças e com crescimento lento podem ser um sinal de alerta para o colesterol alto. Isso ocorre porque o acúmulo de colesterol nas artérias pode dificultar a circulação sanguínea para as extremidades do corpo, incluindo as unhas.

Dormência e fraqueza nas pernas:

A British Heart Foundation, citada no mesmo artigo, também destaca a dormência e fraqueza nas pernas como um possível sintoma do colesterol alto. Essa sensação pode ser causada por placas de gordura que se acumulam nas artérias das pernas, reduzindo o fluxo sanguíneo para a região.

Alterações na cor da pele e feridas que não cicatrizam:

Manchas amareladas ou brancas na pele, principalmente nas pernas e pés, podem ser outro sinal de alerta. Essas manchas, chamadas de xantomas, são depósitos de gordura que se formam sob a pele devido ao colesterol alto. Feridas que demoram para cicatrizar também podem ser um indicativo de problemas circulatórios causados pelo colesterol alto.

Lesões cutâneas e nódulos nas articulações dos dedos:

Prestar atenção às mãos também é importante. Lesões cutâneas, como erupções cutâneas ou bolhas, podem ser um sinal de colesterol alto. Além disso, o aparecimento de nódulos duros e doloridos nas articulações dos dedos, conhecidos como xantomas tendinosos, também pode indicar problemas com o colesterol.

É importante consultar um médico se você notar qualquer um desses sinais. O diagnóstico precoce do colesterol alto é essencial para iniciar o tratamento adequado e prevenir complicações graves. Através de exames de sangue e testes médicos, é possível determinar com precisão os níveis de colesterol e identificar se há problemas de saúde.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Você sabe o que é labioplastia?

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A labioplastia é um procedimento cirúrgico realizado na região genital feminina para modificar o tamanho ou a forma dos lábios vaginais, também conhecidos como lábios menores ou labia minora. Essa cirurgia é frequentemente procurada por mulheres que desejam reduzir o tamanho dos lábios vaginais, corrigir assimetrias ou tratar desconfortos físicos ou emocionais causados por lábios vaginais grandes ou proeminentes.

Durante o procedimento de labioplastia, o cirurgião pode remover o excesso de tecido dos lábios vaginais, remodelar sua aparência ou realizar outras correções estéticas para alcançar o resultado desejado pela paciente. A labioplastia é realizada sob anestesia local ou geral e geralmente é considerada um procedimento ambulatorial, o que significa que a paciente pode voltar para casa no mesmo dia da cirurgia.

É importante ressaltar que a labioplastia é uma decisão pessoal e deve ser discutida detalhadamente com um cirurgião plástico ou ginecologista especializado em cirurgia íntima. Como qualquer procedimento cirúrgico, a labioplastia envolve riscos e benefícios, e a paciente deve estar bem informada antes de tomar uma decisão sobre o tratamento.

Por Noyla Denise-ginecologista

           

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Saúde

Campanha incentiva doação de leite materno para recém-nascidos

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A doação de leite humano para recém-nascidos aumentou 8% em 2023, em relação ao ano anterior, o maior aumento registrado nos últimos cinco anos. Entre janeiro e dezembro, foram doados 253 mil litros de leite humano, beneficiando 225.762 recém nascidos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Saúde, durante o lançamento da campanha Doe Leite Materno – Vida em Cada Gota Recebida.

A meta para 2024 é ampliar em 5% a oferta de leite materno a recém-nascidos internados nas unidades neonatais do país.

“Esse aumento é importante para que cada vez mais recém nascidos sejam beneficiados. Atualmente, apenas 55% dos bebês prematuros ou de baixo peso recebem leite do Banco de Leite Humano”, ressaltou a coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente do Ministério da Saúde, Sônia Venâncio.

CAMPANHA PARA DOAÇÃO

A campanha de doação de leite humano é realizada anualmente pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Rede Global de Bancos de Leite Humano, por meio da Fiocruz, com o objetivo de ressaltar a importância da doação de leite materno e aumentar o número de doadoras e dos estoques de leite materno nos bancos de leite. A campanha marca o Dia Mundial de Doação do Leite Humano, no dia 19 de maio

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. São 231 bancos em todos os estados e 240 postos de coleta.

A embaixadora dos bancos de leite do Brasil, a atriz Maria Paula Fidalgo, destacou os benefícios da amamentação e da doação de leite. “Quando uma mulher dá à luz e dá leite para esse bebê, junto com o leite ela está dando amor, cuidado, e está formando toda uma psique mais saudável além de todos os benefícios para o sistema imunológico”.

O leite humano é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade por causas evitáveis.

Fonte: JC

 

           

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