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Brasil não pode ser só a ‘fazenda do mundo’, diz Mercadante ao assumir BNDES

O Brasil não pode ser somente “a fazenda do mundo”, deixando bens industriais para trás enquanto commodities agrícolas ganham cada vez mais espaço no exterior, avaliou.

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 Em discurso de posse, o novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira (6) uma posição “mais atuante” do banco, com atenção especial à indústria e a empresas de menor porte.

O Brasil não pode ser somente “a fazenda do mundo”, deixando bens industriais para trás enquanto commodities agrícolas ganham cada vez mais espaço no exterior, avaliou o novo presidente do banco.

A cerimônia de posse de Mercadante ocorreu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, durante a manhã. O evento teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também mobilizou parte dos seus principais ministros.

“Uma das dimensões para o projeto estratégico de desenvolvimento são as exportações, não apenas de commodities agrícolas”, disse Mercadante.

“É muito bom, como diz o querido ministro Carlos Fávaro [Agricultura], que o Brasil é a fazenda do mundo. É muito bom, mas não pode ser só a fazenda. Produtos industriais de alto valor agregado são essenciais para o desenvolvimento do Brasil”, acrescentou.

MUDANÇA NA TLP

Mercadante ainda repetiu a promessa de debater medidas para “ajustar” a taxa de juros do BNDES, a TLP (Taxa de Longo Prazo). O presidente do banco, contudo, voltou a negar um retorno ao padrão antigo de subsídios em governos petistas.

“É muito importante compreender o seguinte: não queremos, e não estamos reivindicando, o retorno ao padrão de subsídios, como ocorreu no passado, mas uma taxa de juros mais competitiva, sobretudo para micro, médias e pequenas empresas”, disse.

Para Mercadante, a TLP “apresenta enorme volatilidade” e representa um “custo financeiro acima do custo da dívida pública federal”. “Penaliza de forma desnecessária micro, pequenas e médias empresas”, afirmou.

Analistas financeiros já demonstraram preocupação com eventuais mudanças na TLP, que é hoje mais alinhada a taxas de mercado.

Essa modalidade substituiu em 2018 a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que era menor por uma decisão de governo e acabava impondo custos não explícitos à política de crédito do banco.

A TLP considera o índice de preços do consumidor (IPCA, a inflação oficial), mais a taxa de juros real dos títulos do Tesouro (NTN-B).

‘BNDES MAIS ATUANTE’

Segundo Mercadante, a intenção da nova diretoria é colocar a indústria na linha de frente do BNDES. Desde 2018, o setor vem ficando atrás da agropecuária nos desembolsos do banco.

“Se quisermos ter futuro, precisaremos de um BNDES mais presente e atuante e de uma relação de equilíbrio com o Tesouro Nacional. Mas não pretendemos ficar disputando mercado com o sistema financeiro privado”, afirmou.

Mercadante ainda prometeu esforços nas áreas do meio ambiente e de igualdade de gênero e raça.

“O BNDES precisa apoiar a transição justa para a economia de baixo carbono, bem como promover a inclusão produtiva e a reurbanização inteligente, visando construir as cidades do futuro.”

De acordo com Mercadante, o banco vai propor um programa de estágio para negros. Ele relatou que a instituição terá uma “diretoria plural e com diversidade de gênero”.

O presidente do BNDES também confirmou o desenvolvimento de um projeto de Eximbank, um organismo de apoio a exportações de bens e serviços.

Entre os ministros que acompanharam a posse de Mercadante, estiveram o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Rui Costa (Casa Civil), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Marina Silva (Meio Ambiente), Márcio França (Portos e Aeroportos), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Anielle Franco (Igualdade Racial).

A lista de participantes incluiu a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT).

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que apoiou Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), também estiveram na cerimônia.

Mercadante ainda agradeceu pela presença de nomes ligados ao setor financeiro, como Isaac Sidney (Febraban), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco) e Pedro Moreira Salles (Itaú Unibanco).

O petista aproveitou a ocasião para fazer elogios e declarar apoio a Josué Gomes como presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), outro nome que compareceu ao evento.

“Felizmente, você continua presidente da Fiesp. É o que o país queria, a indústria, também. Muito bom tê-lo à frente da Fiesp”, disse Mercadante, em uma referência à disputa pelo poder da entidade.

Até o músico Chico Buarque teve a presença anunciada na cerimônia por Mercadante. “Ele veio do jeito que me ensinou. Põe um óculos escuto, um boné, sai para a rua que no Rio dá para andar”, afirmou o presidente do BNDES.

Por Folhapress

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Mulher morre após lancha capotar no Rio Araguaia, em Goiás

O caso ocorreu no município de Aruanã nesta quinta-feira (18), segundo o Corpo de Bombeiros.

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Uma mulher de 61 anos morreu após a lancha na qual ela estava capotar no Rio Araguaia, em Goiás.

Embarcação ficou presa em um banco de areia e bateu em um galho quando se soltou, capotando em seguida. O caso ocorreu no município de Aruanã nesta quinta-feira (18), segundo o Corpo de Bombeiros.

Tayse Mara Dias Duarte estava com outras três pessoas no veículo no momento do acidente. O trio que acompanhava a mulher teve ferimentos leves e não quis ser levado ao hospital.

Mulher que morreu é de Goiânia. Ela tem uma casa com a família em Aruanã e estava no local a lazer, segundo o Corpo de Bombeiros.

Instituto Médico Legal foi acionado para cena do acidente, informou o Corpo de Bombeiros. O UOL buscou a Polícia Científica de Goiás para saber se a perícia foi acionada e aguarda retorno sobre o assunto.

Foto pixabay

Por Folhapress

           

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Brasil

Brasil tem 7,6 mil comunidades quilombolas, mostra Censo

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A população quilombola no país era formada por 7.666 comunidades que habitavam 8.441 localidades em 25 Unidades da Federação. Esse conjunto soma 1,3 milhão de pessoas. Os dados fazem parte de mais um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O instituto explica que algumas das comunidades são formadas por integrantes em mais de uma localidade. Isso justifica o fato de haver 775 mais agrupamentos do que comunidades.

Segundo o gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do (IBGE), Fernando Damasco, o pertencimento às comunidades está relacionado a “questões étnicas, históricas e sociais”.

“A localidade é o lugar onde tem aglomeração de pessoas. Já a comunidade expressa o vínculo étnico e comunitário que extrapola a localização espacial”, descreve.

O pesquisador explica que um dos motivos de comunidades estarem representadas em mais de um espaço geográfico passa pela história de resistência ao racismo e à violência.

“De fato, essas comunidades foram obrigadas, em muitas situações, a se dispersarem espacialmente e darem origem a essa diversidade de localidades”.

O Censo 2022 é o primeiro em que os recenseadores coletaram informações específicas de pessoas quilombolas, descendentes de agrupamentos que resistiam à escravidão. Para classificar uma pessoa como quilombola, o IBGE levou em consideração a autoidentificação dos questionados, não importando a cor de pele declarada. As comunidades também foram informadas pelos próprios integrantes.

As localidades foram classificadas pelo instituto como “lugares do território nacional onde existe um aglomerado permanente de habitantes quilombolas e que estão relacionados a uma comunidade quilombola e contam com, no mínimo, 15 pessoas declaradas quilombolas cujos domicílios estão a, no máximo, 200 metros de distância uns dos outros”.

Brasília (DF), 18.07.2024. Quilombolas localização.
Crédito: Arte/Agência Brasil
Arte/Agência Brasil

Localização

A observação geográfica revela que a maior parte das localidades está na Região Nordeste. São 5.386, ou seja, 63,81% do total. Em seguida figuram Sudeste (14,75%) e Norte (14,55%). As regiões Sul (3,60%) e Centro-Oeste (3,29%) fecham a lista.

O Maranhão é o estado com mais localidades quilombolas: 2.025, o que equivale a 23,99% do total do país. Em seguida, aparece a Bahia, com 1.814. Apesar de ser segunda no ranking, o estado baiano é o que tem maior população quilombola, 397 mil pessoas.

Minas Gerais tem 979 registros, à frente do Pará (959). Apenas Acre e Roraima não registram localidade quilombola. O Distrito Federal tem três.

Apenas 15% das localidades (1,2 mil) ficam em territórios oficialmente reconhecidos pelo Estado.

Dos 20 municípios com mais localidades quilombola, 11 são maranhenses. As duas cidades com maior presença são Alcântara/MA (122) e Itapecuru Mirim/MA (121). A única capital que aparece no ranking é Macapá, no Amapá, na 14ª posição, com 56 registros.

Em todo o país, 1,7 mil municípios têm presença quilombola.

Pedido de quilombolas

Para elaboração e execução da pesquisa censitária, o IBGE manteve diálogo com representantes quilombolas. O gerente Fernando Damasco conta que as comunidades solicitavam ao instituto a produção das informações por localidades. “É um dado que eles sempre colocaram como prioritário”, diz.

“Na metodologia e na abordagem conceitual, tentamos justamente ser cuidadosos ao máximo com a forma como essas comunidades se organizam”, ressalta.

O suplemento divulgado nesta sexta-feira traz também informações sobre alfabetização e características dos domicílios dos quilombolas.

“Acredito que a gente pode inaugurar um conjunto de estudos, debate e reflexões sobre essa organização espacial que diz muito sobre a diversidade territorial do nosso país”, conclui o pesquisador.

Fonte:Agência Brasil

           

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Brasil terá 155 milhões de eleitores nas eleições municipais deste ano

O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, o eleitorado apto a comparecer às urnas nas eleições municipais de outubro próximo. O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Segundo o tribunal, o número representa aumento de 5,4% em relação às eleições de 2020. Em nota à imprensa, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, declarou que o aumento do eleitorado mostra que as eleições no Brasil são democráticas e auditáveis.

“O elevado número de eleitoras e de eleitores confirma o que se tem demonstrado na história brasileira, especialmente desde a Constituição do Brasil de 1988 e nos últimos 28 anos em que se desenvolveu o sistema eletrônico de votação, que é o benefício de eleições democráticas livres, certas no tempo, auditáveis em seu processo, transparentes em sua realização, eficientes em seu resultado”, afirmou a ministra.

O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro. O segundo turno poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno. 

Por Agência Brasil

           

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