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Brasil

Viúva de Bruno será diretora para povos isolados

A nomeação foi publicada na terça-feira pela Casa Civil.

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A antropóloga Beatriz de Almeida Matos vai chefiar a diretoria responsável por povos indígenas isolados e de recente contato no Ministério dos Povos Indígenas do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é a viúva de Bruno Pereira, assassinado enquanto trabalhava com indígenas do Vale do Javari, na Amazônia, em junho de 2022. A região é considerada com a maior concentração de comunidades isoladas no mundo.

Professora da Faculdade de Ciências Sociais e da pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Beatriz tem experiência de trabalho e pesquisa na terra indígena do Vale do Javari. Ela tem mestrado e doutorado em Antropologia Social. A nomeação foi publicada na terça-feira pela Casa Civil.

Bruno foi morto enquanto realizava um trabalho voluntário de preparar indígenas para defender o próprio território. Ele era acompanhado pelo jornalista inglês Dom Phillips, também assassinado. A ação vinha contrariando interesses do crime organizado na região de tríplice fronteira por resultar em apreensões de itens retirados ilegalmente do território preservado. A Polícia Federal concluiu que o duplo homicídio foi praticado a mando de um estrangeiro acusado de liderar uma rede de pesca e exploração ilegais.

‘Honra’

Desde que o duplo homicídio ganhou repercussão nacional, Beatriz tem participado de debates alertando para a escalada da criminalidade no Javari. “É uma honra fazer parte deste ministério. Aceitei o desafio com esperança, alegria e saudade. Vou com ele e vários parceiros para fazermos o que sonhamos juntos”, afirmou a antropóloga, em redes sociais.

O casal se mudou para Brasília em 2018, quando Bruno assumiu a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Fundação Nacional do Índio (Funai). Na fundação desde 2010, ele vinha sofrendo perseguições internas por contrariar interesses de exploradores ilegais.

Com o governo Bolsonaro e a nomeação do delegado Marcelo Xavier para chefiar a Funai, o indigenista passou a sofrer pressão de ruralistas e líderes evangélicos. Ele foi retirado do cargo em 2019, após coordenar operação que destruiu balsas de garimpo na terra indígena, e a família voltou para Belém.

A partir daí começou a trabalhar voluntariamente para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Na função, capacitava indígenas para que fiscalizassem e denunciassem a invasão das terras.

Beatriz foi uma das redatoras do relatório técnico elaborado pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi) e entregue ao governo de transição, em novembro. Ela também já presidiu a entidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasil

Brasil tem 7,6 mil comunidades quilombolas, mostra Censo

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A população quilombola no país era formada por 7.666 comunidades que habitavam 8.441 localidades em 25 Unidades da Federação. Esse conjunto soma 1,3 milhão de pessoas. Os dados fazem parte de mais um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O instituto explica que algumas das comunidades são formadas por integrantes em mais de uma localidade. Isso justifica o fato de haver 775 mais agrupamentos do que comunidades.

Segundo o gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do (IBGE), Fernando Damasco, o pertencimento às comunidades está relacionado a “questões étnicas, históricas e sociais”.

“A localidade é o lugar onde tem aglomeração de pessoas. Já a comunidade expressa o vínculo étnico e comunitário que extrapola a localização espacial”, descreve.

O pesquisador explica que um dos motivos de comunidades estarem representadas em mais de um espaço geográfico passa pela história de resistência ao racismo e à violência.

“De fato, essas comunidades foram obrigadas, em muitas situações, a se dispersarem espacialmente e darem origem a essa diversidade de localidades”.

O Censo 2022 é o primeiro em que os recenseadores coletaram informações específicas de pessoas quilombolas, descendentes de agrupamentos que resistiam à escravidão. Para classificar uma pessoa como quilombola, o IBGE levou em consideração a autoidentificação dos questionados, não importando a cor de pele declarada. As comunidades também foram informadas pelos próprios integrantes.

As localidades foram classificadas pelo instituto como “lugares do território nacional onde existe um aglomerado permanente de habitantes quilombolas e que estão relacionados a uma comunidade quilombola e contam com, no mínimo, 15 pessoas declaradas quilombolas cujos domicílios estão a, no máximo, 200 metros de distância uns dos outros”.

Brasília (DF), 18.07.2024. Quilombolas localização.
Crédito: Arte/Agência Brasil
Arte/Agência Brasil

Localização

A observação geográfica revela que a maior parte das localidades está na Região Nordeste. São 5.386, ou seja, 63,81% do total. Em seguida figuram Sudeste (14,75%) e Norte (14,55%). As regiões Sul (3,60%) e Centro-Oeste (3,29%) fecham a lista.

O Maranhão é o estado com mais localidades quilombolas: 2.025, o que equivale a 23,99% do total do país. Em seguida, aparece a Bahia, com 1.814. Apesar de ser segunda no ranking, o estado baiano é o que tem maior população quilombola, 397 mil pessoas.

Minas Gerais tem 979 registros, à frente do Pará (959). Apenas Acre e Roraima não registram localidade quilombola. O Distrito Federal tem três.

Apenas 15% das localidades (1,2 mil) ficam em territórios oficialmente reconhecidos pelo Estado.

Dos 20 municípios com mais localidades quilombola, 11 são maranhenses. As duas cidades com maior presença são Alcântara/MA (122) e Itapecuru Mirim/MA (121). A única capital que aparece no ranking é Macapá, no Amapá, na 14ª posição, com 56 registros.

Em todo o país, 1,7 mil municípios têm presença quilombola.

Pedido de quilombolas

Para elaboração e execução da pesquisa censitária, o IBGE manteve diálogo com representantes quilombolas. O gerente Fernando Damasco conta que as comunidades solicitavam ao instituto a produção das informações por localidades. “É um dado que eles sempre colocaram como prioritário”, diz.

“Na metodologia e na abordagem conceitual, tentamos justamente ser cuidadosos ao máximo com a forma como essas comunidades se organizam”, ressalta.

O suplemento divulgado nesta sexta-feira traz também informações sobre alfabetização e características dos domicílios dos quilombolas.

“Acredito que a gente pode inaugurar um conjunto de estudos, debate e reflexões sobre essa organização espacial que diz muito sobre a diversidade territorial do nosso país”, conclui o pesquisador.

Fonte:Agência Brasil

           

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Brasil

Brasil terá 155 milhões de eleitores nas eleições municipais deste ano

O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, o eleitorado apto a comparecer às urnas nas eleições municipais de outubro próximo. O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Segundo o tribunal, o número representa aumento de 5,4% em relação às eleições de 2020. Em nota à imprensa, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, declarou que o aumento do eleitorado mostra que as eleições no Brasil são democráticas e auditáveis.

“O elevado número de eleitoras e de eleitores confirma o que se tem demonstrado na história brasileira, especialmente desde a Constituição do Brasil de 1988 e nos últimos 28 anos em que se desenvolveu o sistema eletrônico de votação, que é o benefício de eleições democráticas livres, certas no tempo, auditáveis em seu processo, transparentes em sua realização, eficientes em seu resultado”, afirmou a ministra.

O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro. O segundo turno poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno. 

Por Agência Brasil

           

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Brasil

Inscrições para o concurso unificado do TSE termina hoje(18)

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Pra quem deixou pro último minuto: você tem até às 18h (horário oficial de Brasília/DF), pra se inscrever no Concurso Unificado da Justiça eleitoral. Essa é a primeira etapa pra estar mais perto daquele cargo tão sonhado.

Quem ainda tiver interesse em concorrer pode acessar o site do Cebraspe.

 

 

           

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