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Ação do Credit Suisse afunda 25% e contamina Bolsas europeias

A preocupação se estende para além da Suíça, e muitos países já estão observando a situação

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As ações do banco Credit Suisse caíram quase 25% nesta quarta-feira (15) em meio a uma crise de confiança de investidores. A queda contaminou as Bolsas europeias, que fecharam com fortes perdas nesta quarta, mas o cenário pode ser amenizado nesta quinta após o Swiss National Bank (SNB, o banco central suíço) afirmar que pode ajudar a instituição, se necessário.

A preocupação se estende para além da Suíça, e o Tesouro americano, já pressionado pela turbulência desencadeada pela falência do Silicon Valley Bank, declarou que estava “vigiando a situação e em contato com seus homólogos internacionais”.

O banco está em dificuldades há dois anos, após a falência da empresa financeira britânica Greensill, que marcou o início de uma série de escândalos que enfraqueceram sua imagem no mercado. No ano passado, enfrentando problemas de liquidez em seus ativos, houve uma série de boatos que levaram a uma corrida dos correntistas para sacar seus recursos.

Desde março de 2021, a ação perdeu mais de 83% de seu valor. Alguns acionistas acabaram jogando a toalha, como a empresa de investimentos americana Harris Associates, que era um acionista relevante e revelou, na semana passada, ter vendido toda sua participação.

Nesta terça, relatório do Credit Suisse indicou distorções em suas demonstrações financeiras. A situação se agravou nesta quarta, após um de seus principais investidores declarar que não poderia fornecer apoio financeiro ao banco suíço por travas regulatórias.

“Não podemos [socorrer o banco financeiramente], porque iríamos acima de 10%. É uma questão regulatória”, disse Ammar Al Khudairy, presidente do conselho de administração do Saudi National Bank, banco saudita que adquiriu no ano passado uma fatia de quase 10% do Credit Suisse.

Os sauditas possuem hoje 9,8% do banco suíço. “Se passarmos de 10%, uma série de novas regras entra em vigor”, alegou.

A declaração fez os papéis do Credit Suisse caírem mais de 30% pela manhã. Na parte da tarde, chegaram a ensaiar uma recuperação, mas a situação voltou a piorar, apesar das tentativas de tranquilizar os investidores, que já vinham de dias tensos com a crise do setor bancário nos Estados Unidos.

A crise contaminou os mercados europeus, especialmente o setor bancário. A Bolsa de Paris perdeu 3,58%; a de Frankfurt, 3,27%; e a de Londres, 3,83%. Já a de Milão recuou 4,61%, e a de Madri, 4,37%. O Índice do Setor Bancário Europeu (Stoxx 600 Banks) caiu quase 7%.

Os efeitos na Bolsa brasileira e em Nova York foram sentidos mais na parte da manhã. À tarde, houve uma recuperação, mas os índices fecharam, na sua maioria, em baixa.

O Ibovespa encerrou esta quarta em queda de 0,25%, a 102.675 pontos. Na mínima do dia, o índice bateu em 100.692 pontos, pior patamar desde julho de 2022. Entre as ações, os efeitos foram sentidos principalmente pelas exportadoras. Os bancos brasileiros fecharam o dia em alta ou próximos da estabilidade.

O presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, descartou uma eventual ajuda governamental. “Não é um tema”, afirmou ele durante uma conferência do setor bancário na Arábia Saudita. “Temos índices financeiros sólidos, um balanço sólido.”

Mais tarde, porém, o BC suíço disse que, se for necessário, fornecerá apoio financeiro ao Credit Suisse, e que a instituição atende aos requisitos para ser considerada sistematicamente importante.

Abalado por vários escândalos, o Credit Suisse registrou um prejuízo líquido de quase 7,3 bilhões de francos suíços (US$ 7,917 bilhões) em 2022.

Este foi o pior resultado de um banco suíço desde a crise financeira de 2008, quando a instituição registrou prejuízo superior a 8 bilhões de francos. O dado acendeu um alerta no mercado, já que o banco tem enfrentado problemas de imagem desde o ano passado.

“Parece que cada vez mais investidores estão olhando para o CS [Credit Suisse] como o próximo dominó mais provável de cair”, disse Neil Wilson, analista da Finalto. Mas “é realmente grande demais para quebrar”, acrescentou.

O banco conseguiu levantar mais de US$ 4 bilhões, com ajuda do banco central suíço, e acalmou momentaneamente os investidores.

Ao contrário do americano Silicon Valley Bank (SVB), uma instituição de nicho, voltada à startups, o Credit Suisse é um dos 30 bancos internacionais considerados “grandes demais” para quebrar, o que também resulta em regras mais rígidas para resistir aos momentos mais turbulentos.

Para Lucas Martins, especialista em renda variável da Blue3 Investimentos, há ainda um potencial efeito colateral desta ajuda dos bancos centrais para salvar instituições como o Credit Suisse e o SVB.

“Se for necessário injetar dinheiro em grandes bancos, haverá uma pressão inflacionária. A partir daí, as autoridades monetárias teriam que aumentar os juros ainda mais. Isso enfraqueceria o mercado de ações em todo o mundo”, diz Martins.

Os sauditas se tornaram os maiores acionistas do Credit Suisse durante um aumento de capital lançado em novembro para financiar uma grande reestruturação da entidade.

A legislação suíça prevê que as pessoas físicas e jurídicas que detenham, direta ou indiretamente, pelo menos 10% do capital, ou do direito de voto, de um banco devem dar “a garantia de que sua influência não é suscetível de ser exercida em detrimento de uma gestão prudente e sã” do estabelecimento.

Superar esse limite de 10% no segundo maior banco suíço pode causar alvoroço no país, depois que seus acionistas já viram sua participação se reduzir após o aumento de capital, e assistem à queda de seu valor.

Por Folhapress

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Brasil

Voos no aeroporto Salgado Filho serão retomados em outubro

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O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, já tem data para retomar as operações aéreas. O principal aeroporto da região Sul voltará a receber voos no mês de outubro. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (16) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante coletiva de imprensa. Antes do comunicado, a Fraport, concessionária do terminal, apresentou ao Governo Federal o diagnóstico sobre a situação da pista de pouso e decolagem, que durante semanas ficou submersa pelas enchentes provocadas pelas fortes chuvas na região.

Costa Filho destacou que, inicialmente, o aeroporto voltará a operar de forma parcial com cerca de 50 voos diários, o que representa média de 350 operações aéreas por semana. O ministro ressaltou que o Governo Federal trabalha com plano de retomada integral das operações até o final deste ano. “Essa será a primeira etapa da reabertura do aeroporto. Nossa estimativa é que, até dezembro, o terminal estará 100% aberto e operando como estava funcionando antes da enchente que ocorreu no estado. Isso revela o esforço coletivo realizado pelo Governo Federal e pela Fraport”, indicou.

A análise técnica da pista, iniciada em junho, foi apresentada pelos representantes da concessionária em reunião realizada na Casa Civil da Presidência da República. De acordo com o cronograma previsto, na sua abertura, os voos serão realizados em 1.700 metros da pista, que conta com 3.200 metros de comprimento e 45 metros de largura. Até o final do ano, a pista será integralmente utilizada.

“Na primeira etapa, está sendo feito um esforço concentrado, no qual serão abertos, no mês de outubro, cerca de 1.700 metros. Os outros quase 2.000 mil metros serão reabertos em dezembro. A nossa meta é que o aeroporto possa funcionar das 10h da manhã às 22h da noite, com voos domésticos e internacionais”, frisou.
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“O ministro da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, classificou como positiva a reunião realizada entre o Governo Federal e os representantes da concessionária. Segundo ele, a reabertura do terminal Salgado Filho demonstra o comprometimento de todos para o fortalecimento do estado. A orientação do presidente Lula, para todos nós, foi de construir essa alternativa e eu considero que é um resultado muito positivo, muito satisfatório, uma resposta concreta do compromisso do nosso governo em fazer tudo aquilo que for necessário para a retomada da atividade econômica, de todas as atividades do nosso estado”, destacou Costa Filho.

Retomada do aeroporto

O aeroporto Salgado Filho reabriu na última segunda-feira (15) os serviços de embarque e desembarque de passageiros. Desde então, os procedimentos de processamento de passageiros e controle de segurança passaram a ser realizados no sítio aeroportuário. Até outubro deste ano, os voos continuarão a ser realizados na Base Aérea de Canoas, aberto em maio para operações comerciais.

Fonte: Estadão Conteúdo

           

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População mais pobre não compra dólar, mas sim comida, diz Lula a empresários

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Em reunião com empresários da indústria de alimentos no Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira, 16, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a circulação de dinheiro para impulsionar a economia e disse que a população mais pobre não compra dólar, mas sim comida.

Lula deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, e o áudio foi divulgado pela assessoria de imprensa da Presidência da República. O evento realizado reuniu ministros, empresários e representantes da indústria de alimentos. Ao todo, a lista de participantes somava 28 presentes.

“O povo mais pobre, o povo mais humilde, quando ele tem um pouquinho de dinheiro, ele não compra dólar; ele compra comida”, afirmou o presidente.

No mesmo encontro, Lula disse que o Brasil crescerá mais do que 2,5%, se o dinheiro circular. “Se o dinheiro que nós colocamos em circulação nesse país tiver rodando, a gente vai crescer mais do que 2,5%”, declarou.

“Ele (o pobre) compra coisa para a família”, afirmou. “É esse País que nós queremos que dê certo. É fazer com que o dinheiro desse País circule. É por isso que a gente aumenta o salário mínimo de acordo com o PIB, porque é normal que, quando o PIB cresça, a gente distribua o PIB entre todo mundo: entre os empresários, entre os trabalhadores, entre os aposentados… Afinal de contas, é o crescimento do País.”

Lula também criticou pessoas que “vivem de dividendos” e afirmou que é necessário apostar na capacidade produtiva.

“Esse País precisa parar de ter gente vivendo de dividendos e ter gente vivendo de trabalho, de geração de emprego, de geração de renda, porque é isso que faz a economia girar”, afirmou o petista.

“Ou vocês confiam naquilo que a gente está fazendo e apostam na capacidade produtiva ou não dá certo”, disse Lula.

Fonte: ESTADAO CONTEUDO

           

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“Nós cansamos de esperar”, diz Leite ao cobrar recursos do governo federal para o RS

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), cobrou que recursos prometidos pela União sejam enviados ao estado para ajudar na reconstrução das cidades após o período de enchentes. “Gostaríamos de fazer ainda mais na economia do que somos capazes, mas a gente sabe que boa parte dos recursos, no Brasil, é concentrada na União. A arrecadação se concentra em Brasília. Infelizmente, Brasília não nos alcançou tudo o que nós precisávamos até agora”, disse Leite na segunda-feira (15). A fala foi feita durante um anúncio de medidas de apoio financeiro a microempreendedores individuais e a pequenas empresas gaúchas que tiveram seus negócios impactados. Leite também disse que “está cansado” de aguardar os recursos prometidos e que a demora na ação do governo federal impediu movimentações internas da estrutura do palácio Piratini. A CNN pediu um posicionamento ao governo federal sobre as declarações de Leite e aguarda retorno. Segundo dados do portal “Brasil Participativo”, R$ 93,7 bilhões de recursos federais foram destinados ao Rio Grande do Sul para o “enfrentamento à grave calamidade decorrente das enchentes”, que atingiram o estado no início de maio. No entanto, até o momento, apenas R$ 19 bilhões foram repassados aos cofres gaúchos, o que representa aproximadamente um quinto do montante. Para auxiliar o setor privado, cerca de R$ 671 milhões de recursos estaduais foram anunciados divididos em linhas de crédito. Destes, R$ 223 milhões serão injetados a partir do tesouro do Estado. Cerca de 98 mil empresas e empreendedores foram afetados pelas chuvas, de acordo com um levantamento realizado pelo governo do Rio Grande do Sul com base nas informações da Receita Estadual.

Por CNN

           

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