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Na voltas às aulas da Escola Municipal Paulo Freire, no conjunto Beira Mar, cinco crianças levaram falta e, não voltarão a estudar mais, pois morreram na trajédia do Conjunto Beira Mar, onde aconteceu o desabamento de parte da estrutura do prédio que matou 14 pessoas, entre elas cinco crianças, no dia (7) de julho, no Janga em Paulista. No primeiro dia de aula houve silêncio, alguns rostinhos tristes a vagar com a mente longe, como se somente agora eles percebecem que os amiguinhos já não se encontram entre eles de verdade.
A manhã foi carregada de emoção e acolhimento, como tinha que ser. Reflexões e esperança trouxeram alguma força para quem ficou. A Secretaria de Educação, prevendo o choque de realidade, mobilizou uma equipe de profissionais – entre psicólogos e assistentes sociais – para prestar auxílio aos alunos, pais e professores. A equipe pedagógica por sua vez optou por levar atividades lúdicas, especialmente nas turmas ondre estudavam as crianças que faleceram no acidente.
“Eu vi crianças bem emocionadas, tristes, algumas choraram, os professores também ainda bem abalados. Pela manhã era uma turminha menorzinha, então a gente no geral não quis tocar na dor, na tristeza. Falei mais sobre esperança, continuidade, perseverança. Já no turno na tarde eu senti mais, os meninos maiores se abraçando, estavam bem emotivos, foquei também na questão na continuidade, na esperança que amanhã será melhor, nas coisas boas que virão, que essa dor vai passar e vai ficar somente a saudade das boas lembranças”, enfarizou a Técnica Pedagógica da Secretaria de Educação do Paulista, Angélica Maria da Silva.
Logo na chegada, os estudantes foram recebidos pelas professoras com placas que traziam dizeres como “Sejam bem-vindos”, “Gratidão” e “Amamos vocês”. Quando foram para as salas de aula cada um ganhou um abraço aconchegante das professoras. O momento seguinte foi na quadra da escola, onde vivenciaram atividades lúdicas comandadas pela técnica pedagógica da Secretaria de Educação, Angélica Brito. Ela contou histórias e acompanhou os estudantes na apresentação de algumas canções. Os alunos também rezaram o ‘Pai Nosso’ e refletiram sobre a pressa da vida e o compartilhamento.
“Hoje tivemos o corredor da alegria, onde cada professor confeccionou a sua plaquinha, com frases de esperança e positividade, já nas salas de aula foram confeccionados cartões com frases otimistas também. Queremos plantar a semente do bem e do recomeço daqui pra frente da melhor forma possível. Houve um momento especial na contação de histórias onde cada aluno recebeu um pirulito com uma estrelinha verde, de esperança” explicou a gerente de Apoio Discente e Articulação Comunitária da Secretaria de Educação, Elizângela Torres.
“Eu adorei tudo, foi muito bom, estava tudo maravilhoso e animado. Os professores estavam lindos segurando as plaquinhas de amor, mas o que eu mais gostei foi da estrelinha verde”, pontuou a aluna Larissa Gabriele de Souza Silva, de nove anos
Marita Elaine, diz que vem trabalhando a mente da filha, o trauma da perda dos amigos foi grande” sempre estou validando os sentimentos dela, e fazendo com que ela entenda que as amigas estão descansando em um lugar melhor que o nosso. Vamos superar tudo isso” disse Marita.
FOTO: Eudes Pereira /Prefeitura do Paulista
Por: Lígia Mariano