Conecte-se Conosco

Brasil

Operação policial já tem 10 mortes, leva pânico ao Guarujá e deve durar um mês

Publicado

em

O clima é de tensão e medo no Guarujá em meio à operação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista desde o fim da semana passada, após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na quinta-feira, 27. Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios. “Todo mundo está com medo de andar na rua de noite, porque tem muitas viaturas por aí e pode ter confronto entre policial e bandido, e quem sofre são as pessoas que não têm nada a ver com isso”, diz Almir Carvalho, morador do bairro Parque Estuário, onde um homem foi assassinado na sexta.

A operação da Polícia Militar no Guarujá contra o crime organizado e o tráfico de drogas ao longo do fim de semana deixou oito pessoas mortas entre sexta, 28, e domingo, 30. E a Polícia Civil do Guarujá confirmou mais duas mortes em confrontos na tarde desta segunda, 31. A operação continuará por pelo menos 30 dias. “Tá feia a situação. Fiquei sabendo que mataram uns aí. A gente que mora no morro ouve que nem é para ficar de bobeira na rua de noite. Sou catador e vejo muitas viaturas por todo lado. Tenho medo de acontecer alguma coisa comigo, mas tenho de trabalhar para ganhar um dinheirinho pelo menos para comer”, disse Fabiano Oliveira, morador do morro da Vila.

Ao menos três tiroteios ocorreram ontem, segundo relatos ouvidos pelo Estadão. Um deles teria sido na região da Paecara, a poucas quadras da Avenida Santos Dumont, e outro em Conceiçãozinha, próximo do centro, nos arredores do terminal rodoviário. “Aqui do lado tem uma lanchonete que fica sempre cheia, mas agora está vazia”, diz um comerciante que não quis se identificar. Viaturas passam em alta velocidade pelas principais ruas da cidade a todo momento. “Está uma insegurança muito grande, todo mundo tenso”, disse.

Governo

Questionado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na manhã de ontem que “não houve excesso”. “Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem de ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem de ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações”, disse.

Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. “Cada ocorrência é investigada”, disse, ressaltando que “a polícia quer evitar o confronto de toda forma”. “Nós temos uma polícia treinada e que segue à risca a regra de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada, do momento que há o confronto, do momento que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto.”

Tarcísio destacou que “aqueles que resolveram se entregar foram presos”. “O autor do disparo (contra o PM da Rota) foi preso, entregue à Justiça. A gente não quer o confronto, mas não vai tolerar a agressão porque a polícia reage e vai reagir.” Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo. Outras quatro continuam em processo de identificação. A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morto na quinta.

Arma

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, não foi apreendida ainda a arma usada no disparo contra o policial. No entanto, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre 9 milímetros. O secretário informou ainda que o PM utilizava colete quando foi atingido, mas a bala penetrou em seu ombro em um ângulo em que foi possível chegar até o peito.

Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos.

Direitos humanos

Representantes de entidades de proteção aos direitos humanos e de controle policial, além de entidades da sociedade civil, viajaram ao Guarujá nesta segunda-feira, para apurar denúncias de abuso policial e tortura de moradores sem ligação com o tráfico de drogas.

Participaram da comitiva integrantes da Ouvidoria das Polícias, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar o caso.

laudio Aparecido da Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, assinou um documento publicado também nesta segunda-feira em que aponta o relato de movimentos sociais sobre uma série de possíveis violações de direitos na cidade do litoral paulista. “Diversos órgãos de direitos humanos vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação.” (COLABORARAM GONÇALO JUNIOR e MARCO ANTÔNIO CARVALHO)

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Brasil

Estudo vê chance de recuperação de meio milhão de hectares de caatinga

Publicado

em

Um levantamento feito pela fundação holandesa IDH, com apoio do instituto de pesquisa WRI Brasil, mostra que há, pelo menos, meio milhão de hectares de caatinga com potencial de restauração. Segundo o estudo, divulgado nesta terça-feira (23), em São Paulo, as áreas ficam no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

A pesquisa destaca que a vegetação nativa restaurada  poderá oferecer oportunidades econômicas sustentáveis, proporcionando renda e empregos para as populações locais. Entre outros benefícios, a restauração da mata local traria regulação hídrica, estabilização do solo e controle da erosão.

“A conservação e a restauração da paisagem na caatinga são cruciais para a resiliência climática, a segurança hídrica e a sobrevivência de suas comunidades”, diz a coordenadora de projetos do WRI Brasil e uma das autoras do trabalho, Luciana Alves.

Os arranjos de restauração mais indicados para os territórios analisados são o Sistema AgroFlorestal (SAF) forrageiro, tendo a palma forrageira (Opuntia fícus-indica) como espécie principal; o SAF Melífero, focado em espécies para apicultura e meliponicultura; o SAF Frutífero, combinando árvores com espécies frutíferas, forrageiras e agrícolas; a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) de caprinocultura com produção de forragem e árvores; a Regeneração Natural Assistida (RNA); a Restauração Ativa, com plantio de mudas e sementes; e a Restauração Hidroambiental, baseada em intervenções para reverter a degradação e restaurar solo e vegetação, indica a  pesquisa.

Recursos internacionais

“Pela forte intersecção com a agenda climática, a restauração da caatinga poderá se beneficiar significativamente de recursos internacionais e privados destinados ao fortalecimento dessa agenda”, destaca Luciana.

Dos seis biomas que ocupam o território nacional, a caatinga é o único exclusivamente brasileiro. Ocupando aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados, é a região do semiárido mais densamente povoada do mundo porque aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem nela.

Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma caatinga, a serem implantadas até 2026, que resultarão no aumento de mais de um milhão de hectares das áreas protegidas.

Fonte: Agência Brasil

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Brasil

Assassinatos de indígenas aumentam 15% em primeiro ano de Lula

Publicado

em

Os assassinatos de indígenas voltaram a crescer no primeiro ano do governo Lula (PT) e tiveram alta de 15,5% na comparação com 2022, o último de Jair Bolsonaro (PL). Foram 208 mortos no ano passado ante 180 em 2022.

Os dados são do relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, publicado nesta segunda-feira (22) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). As mortes por desassistência à saúde mais que dobraram, com 40 casos registrados em 2022 e 111 no ano passado, sendo 35 deles no Amazonas.

O indicador faz parte do grupo de omissão do poder público, que também aumentou na comparação entre o último ano de Bolsonaro e o primeiro de Lula. As mortes infantis, também nesse grupo, somam óbitos de crianças indígenas de 0 a 4 anos de idade e chegaram a 1.040 em 2023.

A maior parte das mortes infantis foi considerada evitável pelo Cimi, por estar relacionada a ações de saúde. O relatório destaca os óbitos por gripe e pneumonia (141), diarreia, gastroenterite e doenças infecciosas intestinais (88) e desnutrição (57).

Já os suicídios de indígenas foram 180 em 2023, com a repetição dos três estados com mais casos, Amazonas (66), Mato Grosso do Sul (37) e Roraima (19). O número foi 56% mais alto do que os 115 casos de 2022.

Em relação aos homicídios, pouco mais da metade das mortes de indígenas registradas em 2023 está distribuída entre Roraima (47), Mato Grosso do Sul (43), Amazonas (36) e Rio Grande do Sul (16).

O número de assassinados em 2023 fica abaixo dos 216 mortos em 2020, durante o governo Bolsonaro. As mortes naquele ano foram o ápice de uma escalada de violência marcada pelo aumento, em 2019, de 45,2% das mortes ante 2018.

O aumento mais elevado dos anos recentes, porém, ocorreu no governo Michel Temer (MDB), que registrou 110 assassinatos de indígenas em 2017, na comparação com 2016 —o então mandatário assumiu o cargo definitivamente em 31 de maio daquele ano, após a conclusão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A publicação do relatório ocorre em meio ao agravamento de conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul e no Paraná, lembrados no evento de lançamento.

No oeste paranaense, 22 famílias que já habitavam a TI Guasu Guavirá, no município de Terra Roxa, iniciaram a retomada dos territórios Arakoé e Arapoty e, desde o início do mês, estão sendo alvos de ataques, de acordo com o Ministério dos Povos Indígenas.

Fonte: Folha de S. Paulo

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Brasil

Polícia investiga dupla que imitou macaco durante roda de samba no Rio

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância; testemunhas estão sendo ouvidas.

Publicado

em

A Polícia Civil do RJ começou a investigar um homem e uma mulher que aparecem em um vídeo imitando macacos durante uma roda de samba na sexta-feira (19), no centro da capital.

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Testemunhas estão sendo ouvidas. Os policiais também tentam identificar e intimar os dois para prestarem esclarecimentos na delegacia.

Eles imitaram os animais durante a apresentação do grupo musical Pede Teresa, na Praça Tiradentes, região central do Rio de Janeiro. Nas imagens, o homem a mulher andam em círculos, fazem gestos de coçar a cabeça e imitam sons de macaco.

O músico Alex Oliveira dos Santos, dono do grupo, afirmou à reportagem no domingo (21) que registraria um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (22). “Parece que eles são argentinos que estão aqui a passeio. Nós vamos tomar as providências para investigar esse crime que eles cometeram”.

Nas redes sociais, a vereadora Mônica Cunha (PSOL), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara do Rio, cobrou respeito. “Porque quando for para frequentar os nossos espaços, nos respeite. Porque nós não vamos admitir o racismo sob as nossas vidas nunca mais”.

O grupo Pede Teresa disse que seguirá com denúncia “até as últimas consequências”. “Racismo é crime e não vamos tolerar”, afirmou o grupo musical, em post no Instagram.

Por Folhapress

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!