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Saúde

Cientistas descobrem antibiótico que consegue matar as superbactérias

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Cientistas descobriram um novo antibiótico com grande potencial de ação e cujo efeito dificulta que os patógenos desenvolvam resistência a ele. A substância, chamada clovibactin, demonstrou ser capaz de combater bactérias prejudiciais aos humanos, inclusive aquelas que não são tratáveis com outras drogas do tipo. Segundo a equipe, trata-se de um grande avanço porque a criação desse tipo de remédio é demorada, e, geralmente, surgem opções parecidas com as já disponíveis. O trabalho foi compartilhado por um grupo internacional de pesquisadores na edição desta terça-feira (22/08) da revista Cell.

Os autores do artigo também enfatizam que a resistência antimicrobiana é um grande problema para a saúde humana. Um relatório da Organização Mundial da Saúde divulgado em dezembro mostra que mais de 50% das infecções bacterianas que podem levar à morte estão se tornando resistentes aos tratamentos disponíveis. Além disso, a agência das Nações Unidas estima que, em 2050, cerca de 10 milhões de pessoas vão morrer em decorrência das superbactérias.

Segundo Markus Weingarth, pesquisador do Departamento de Química da Universidade de Utrecht, entre os patógenos bacterianos resistentes que sucubem ao clovibactin, estão o Staphylococcus aureus, responsável por pneumonias e endocardites, e o Mycobacterium tuberculosis, que causa tuberculose. “Precisamos urgentemente de novos antibióticos para combater os micro-organismos que se tornam cada vez mais resistentes à maioria dos medicamentos usados clinicamente”, afirma, em nota. “O clovibactin parece ser uma perspectiva promissora para o desenvolvimento de antibióticos com uma longa vida clínica.”

José David Urbaez, presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, sublinha que a resistência bacteriana é um processo natural, mas de difícil enfrentamento. “Bactérias têm enorme eficiência para desenvolver mecanismos que as protegem. Portanto, a criação de antibióticos é um desafio enorme, porque temos que correr atrás de descobrir mecanismos novos de resistência e sermos capazes de criar moléculas que consigam atacar esses micro-organismos. Isso é gravíssimo. E nessa corrida, estamos muito atrasados em relação às bactérias”, avalia.

MATÉRIA ESCURA

A descoberta do remédio foi feita por pesquisadores da Universidade Northeastern, nos EUA, e da Universidade de Bonn, na Alemanha, em parceria com a NovoBiotic Pharmaceuticals, uma empresa estadunidense em estágio inicial. Antes disso, a mesma equipe havia desenvolvido um dispositivo capaz de cultivar bactérias que, anteriormente, não podiam ser criadas em laboratório, um fenômeno chamado de “matéria escura bacteriana”.

De acordo com o artigo, essas bactérias representam cerca de 99% de todas as existentes. Como não era possível o cultivo em laboratório, não se podia explorar novos antibióticos a partir delas. Através do uso de um dispositivo, chamado iCHip, os pesquisadores americanos encontraram o clovibactin em uma bactéria isolada de um solo arenoso na Carolina do Norte, chamada E. terrae ssp. Carolina. Em testes, a substância foi utilizada, com sucesso, no tratamento de camundongos infectados pela superbactéria Staphylococcus aureus.

O ensaio também mostra que o medicamento tem um mecanismo incomum no combate aos micro-organismos. Ele não ataca apenas uma, mas três moléculas essenciais para a construção da parede celular da bactéria, estrutura que a protege da ação de antibióticos. “O mecanismo de ataque de múltiplos alvos bloqueia, simultaneamente, a síntese da parede celular bacteriana em diferentes posições. Isso melhora a atividade do medicamento e aumenta substancialmente sua eficiência contra o desenvolvimento de resistência”, explica, em nota, Tanja Schneider, pesquisadora da Universidade Bonn e coautora da pesquisa.

“Isso é importante porque, quanto mais mecanismos de eliminação um antibiótico utiliza, menos provável é o surgimento de resistência antimicrobiana”, completa Weingarth. Segundo o pesquisador, não foram encontradas resistências até o momento. Urbaez também destaca esse diferencial do clovibactin. “A busca por novos mecanismos de ação é incansável, e as bactérias têm uma capacidade quase infinita de desenvolver resistência. Esse novo antimicrobiano ainda é experimental, mas, diferentemente de outros, tem um mecanismo de ação em vários pontos. É importante esse tipo de proposta.”

MAIS ESTUDOS

Nos testes, o antibiótico mostrou outra característica importante. Ao se ligar às moléculas que são seu alvo, ele se organiza em grandes fibrilas — estruturas alongadas, finas e geralmente fibrosas — na superfície das membranas bacterianas. Esses arranjos são estáveis por um longo tempo, garantindo que as estruturas-alvo permaneçam sequestradas pelo tempo necessário para matar as bactérias.

De acordo com Weingarth, a equipe trabalha, agora, para descobrir contra quais patógenos o clovibactin terá mais efeito. “As micobactérias, como a conhecida Mycobacterium tuberculosis, causam problemas de saúde porque têm uma camada externa muito grossa e especial que as protege dos antibióticos. Estamos tentando entender como podemos atingir essa camada usando antibióticos”, explica.

PALAVRA DE ESPECIALISTA: USO DEVE SER RACIONAL

“É importante as pessoas entenderem que os antibióticos só devem ser utilizados quando realmente há indicação. Nós temos bactérias no nosso organismo, no intestino, na pele e em vários outros locais. Quando utilizamos o remédio, ele mata aquelas bactérias que queremos que morra e várias outras também. Isso gera uma seleção, que pode fazer com que as bactérias com mecanismo de resistência específicos se tornem dominantes. Conforme surgem novas classes de antimicrobianos e quanto mais eles são utilizados, a resistência vai aumentando se não forem administrados de forma racional.”

André Bon, infectologista do Hospital Brasília

Fonte:Correio Braziliense.

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Saúde

Cinco frutas saborosas que ajudam a diminuir os níveis de triglicerídios

Em quantidades altas, estas gorduras podem originar problemas cardíacos.

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Os triglicerídios são gorduras que circulam no sangue e uma espécie de reserva de energia que o nosso organismo retira das calorias que ingerimos ‘a mais’. Por si só, não constituem um problema. Contudo, em quantidade excessivas (hipertrigliceridemia), podem estar na origem de doenças cardiovasculares, sobretudo se coexistirem com níveis baixos de colesterol bom e níveis altos de colesterol mau ou diabetes tipo 2.

Níveis elevados de triglicéridos podem ser sinal de doenças, como a diabetes e o hipertireoidismo, ou um efeito secundário de medicamentos.  A ingestão excessiva de álcool, o tabagismo e o estilo de vida sedentário também contribuem para esta situação. Porém, mesmo quando ultrapassam os valores de referências, estas gorduras não dão sintomas.

Por isso mesmo, para despistar estas possibilidades, deve fazer uma análise ao sangue. A American Heart Association recomenda que se faça um teste, pelo menos, de cinco em cinco anos, a partir dos 21 anos.

Os seus níveis de triglicerídios estão acima do normal (150 a 200 mg/dL ou mais)? Existem várias estratégias para diminui-los. Seguir uma dieta saudável, equilibrada e diversificada é uma delas.

A pensar nisso, o portal Nova Mulher reuniu um conjunto de cinco frutas muito saborosas que vão ajudá-lo a normalizar os níveis de triglicerídios. 

1- Ameixa;

2-  Banana;

3- Kiwi;

4- Maçã;

5- Morango.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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