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Câmara dos EUA aprova abertura do processo de impeachment de Biden

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A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou nesta quarta-feira (13) a formalização da abertura do processo de impeachment do presidente Joe Biden. O procedimento foi iniciado em setembro, por determinação do então presidente da Casa, Kevin McCarthy, mas como não havia passado pelo plenário, o governo vinha se negando a colaborar com as investigações.

Assim, a votação desta quarta tem um caráter muito mais simbólico, com o efeito prático de ampliar o poder dos comitês que apuram possíveis irregularidades cometidas pelo presidente.

O placar foi de 221 votos a favor e 212 contrários, com todos os republicanos apoiando a formalização do processo, e todos os democratas, opondo-se. A união da bancada é uma vitória para o novo presidente da Casa, o republicano Mike Johnson.

Desde que o procedimento foi aberto, os republicanos realizaram apenas uma audiência pública, na qual as testemunhas presentes, na posição de experts no assunto, afirmaram não ver nenhuma evidência de crime por parte de Biden. Outro comitê formado por republicanos que vem investigando o presidente há meses também não encontrou nenhuma prova contra o democrata.

Em nota divulgada após a votação, Biden caracterizou a votação como uma perda de tempo diante do que vê como outras prioridades -a aprovação de mais ajuda para a Ucrânia e para Israel, que está travada no Senado.

“Em vez de fazer qualquer coisa para ajudar a melhorar as vidas dos americanos, eles estão focados em me atacar com mentiras. Em vez de cumprir o seu trabalho nas tarefas urgentes que precisam ser realizadas, estão optando por desperdiçar tempo com esse truque político sem fundamento que até mesmo os republicanos no Congresso admitem não ser respaldado pelos fatos”, disse.

Os inquéritos apuram se Biden tem envolvimento com os negócios suspeitos do filho, Hunter, com empresas estrangeiras. A suspeita é que Hunter teria usado o nome do pai enquanto ele era vice-presidente, com sua anuência, para obter vantagens financeiras.

Tanto a Casa Branca quanto Hunter negam o envolvimento de Biden nesses negócios e acusam a investigação de ser motivada politicamente, de olho na eleição do próximo ano, em que o democrata buscará a reeleição contra o provável adversário Donald Trump.

O deputado Tom Cole, republicano de Oklahoma e presidente do Comitê de Regras, retratou a votação como uma etapa processual para reforçar os poderes de investigação da Câmara.

“Desde setembro, a Câmara está envolvida em um inquérito de impeachment, examinando se existem motivos suficientes para a Câmara exercer o poder constitucional de impeachment do presidente dos EUA”, disse. “A resolução de hoje simplesmente formaliza esse inquérito e concede à Câmara plena autoridade para fazer cumprir as suas intimações que foram negadas até hoje.”

Republicanos moderados mantêm uma postura cética em relação ao impeachment -por essa razão, McCarthy não levou o tema para votação ao plenário em setembro, sabendo que seria derrotado. No entanto, a resistência do governo em colaborar com as investigações pesou para que agora votassem a favor da formalização do processo.

Na manhã desta quarta, por exemplo, Hunter desafiou a intimação para comparecer a um depoimento a portas fechadas no Congresso. Em vez de ir à audiência, o filho do presidente preferiu falar com jornalistas nas proximidades do Capitólio, em um gesto interpretado como uma provocação.

Nos últimos dias, Hunter e republicanos vinham travando uma batalha se o depoimento seria público, como queria a defesa do filho de Biden, ou fechado, como determinou a oposição.

Ele disse que os republicanos não querem um “processo aberto no qual os americanos consigam ver suas táticas”. “Do que eles estão com medo? Eu estou pronto.”

A oposição já respondeu que vai iniciar procedimentos contra o filho do presidente por desacato. Em nota, os deputados James Comer e Jim Jordan, que presidem respectivamente o Comitê de Supervisão e o Judiciário, afirmaram que Hunter desafiou uma intimação legal.

No discurso nesta quarta, Hunter também negou que seu pai esteja envolvido financeiramente em qualquer um de seus negócios. “Não há provas que sustentem essas alegações”, disse, em resposta às suspeitas da oposição.

“Estou aqui hoje para garantir que as investigações ilegítimas da Câmara sobre minha família não prossigam com base em provas manipuladas e mentiras”, seguiu ele. “Estou aqui hoje para reconhecer que cometi erros em minha vida e desperdicei oportunidades.”

Hunter se tornou um complicador na campanha do pai pela reeleição após ser alvo de uma série de acusações criminais, algumas por fraude fiscal na semana passada. Segundo investigadores, ele deixou de pagar US$ 1,4 milhão (R$ 6,8 milhões) em impostos enquanto mantinha um estilo de vida luxuoso.

Ele já havia se tornado réu em setembro passado após uma apuração apontar que ele não informou que tinha problemas com drogas, como manda a legislação, ao comprar um revólver em 2018. Há a possibilidade, assim, de que seja julgado em dois casos diferentes.

Fonte: FOLHAPRESS

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Morre em acidente com helicóptero o presidente do Irã

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O presidente Ebrahim Raisi estava a bordo de um helicóptero que precisou fazer um pouso forçado neste domingo (19/5).

A morte do presidente iraniano e do seu ministro das Relações Exteriores pode ser anunciada a qualquer momento, informa a NBC.

Com 63 anos, Raisi era presidente da República Islâmica desde junho de 2021, sucedendo ao moderado Hassan Rouhani após uma vitória que pôs todas as instituições políticas importantes do país sob o controle da chamada linha dura do regime.

           

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Nova enchente deixa dezenas de mortos noa Alfeganistão

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Ao menos 50 pessoas morreram ao serem atingidas por uma nova enchente causada por chuvas torrenciais no centro do Afeganistão, informaram autoridades neste sábado (18/05).

“Cinquenta moradores da província de Ghor foram mortos pelas enchentes na sexta-feira e vários outros estão desaparecidos”, disse o porta-voz da polícia de Ghor, Abdul Rahman Badri, em comunicado.

Segundo Mawlawi Abdul Hai Zaeem, chefe do departamento de informação da província, não há dados disponíveis sobre o número de feridos na tempestade.

 

           

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Israel diz ter recuperado corpos de mais 3 reféns na Faixa de Gaza

As vítimas teriam sido assassinadas no dia 7 de outubro enquanto tentavam fugir do festival de música Universo Paralello.

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As forças de Israel recuperaram na noite de quinta-feira (16) mais três corpos de reféns que foram levados por terroristas do Hamas para a Faixa de Gaza, anunciaram nesta sexta (17) autoridades do país. As vítimas teriam sido assassinadas no dia 7 de outubro enquanto tentavam fugir do festival de música Universo Paralello, que ocorria próximo ao território palestino e que foi interrompido pelo mega-atentado.

Os corpos eram de Shani Louk, Amit Buskila e Yitzhak Gelernter e foram encontrados em um túnel. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, elogiou a operação militar e reiterou a promessa de encontrar os outros reféns. “Vamos trazer de volta todos eles, estejam vivos ou mortos”, afirmou.

Shani Louk, 23, foi uma das primeiras reféns identificadas. Ela era germano-israelense e trabalhava como DJ. Um vídeo que circulou nas redes sociais após o ataque mostrou a artista seminua na parte de trás de uma caminhonete. Nas imagens, ela é agredida pelos terroristas. Um dos agressores puxa seu cabelo, e o outro, que parece ser um adolescente, cospe em sua cabeça. Eles gritam “Allahu Akbar” (Alá é grande, em árabe). A gravação provocou revolta em todo o mundo. Acredita-se que ela já estava morta.

Na ocasião, a mãe da DJ, Ricarda Louk, reconheceu a filha ao ver o vídeo e afirmou que havia conversado com ela na manhã do sábado em que ocorreram os atentados. Ainda em outubro, o governo israelense informou que a artista estava morta após especialistas encontrarem restos mortais que seriam dela.

Após o anúncio de que o corpo foi recuperado, Nissim Louk, o pai da DJ, disse ao Canal 12 que receber a notícia foi difícil, mas que a família esperava por esse momento. Ele afirmou que autoridades israelenses mostraram fotos do corpo de Shani.

Os outros dois corpos eram dos israelenses Amit Buskila, que tinha 28 anos, e de Itzik Gelernter, 58, que chegou ao Universo Paralello pouco antes dos ataques, segundo o jornal The Times of Israel. Foi na festa de música eletrônica que o Exército de Israel diz ter encontrado 260 corpos e de onde muitos israelenses e cidadãos de outras nacionalidades foram sequestrados.

A atual guerra entre Israel e o Hamas começou após o mega-atentado da facção que matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e fez mais de 250 reféns, muitos dos quais continuam em Gaza. Em novembro, durante um cessar-fogo, 105 reféns foram libertados pela facção, sendo 81 israelenses, 23 tailandeses e um filipino. Em troca, Israel libertou 210 mulheres e crianças prisioneiros palestinos.

A resposta israelense já deixou mais de 35 mil palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Nesta sexta, autoridades de Tel Aviv disseram à Corte Internacional de Justiça que há uma “guerra trágica” em Gaza, mas não um genocídio, e que acusar Israel desse crime é uma leitura distorcida do direito internacional. Tentativas para estabelecer um novo cessar-fogo fracassaram nos últimos dias.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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