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Saúde

Biólogo explica algumas curiosidades sobre o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue

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Para quem olha de longe, aparentemente, fica difícil distinguir cada tipo de mosquito, mas no geral, eles fazem parte de uma mesma família, os Culicidae. O Aedes aegypti é mais escuro com listras brancas, já o Culex, conhecido popularmente como pernilongo, é mais marrom acinzentado, quando visto de perto.  Uma das grandes diferenças entre ambos é que o Culex, a nossa muriçoca, tem hábitos noturnos, já o mosquito da dengue age durante a manhã e pela tarde.

O Aedes tem hábitos domiciliares ou em quintais, quer dizer que os criadores estarão ou dentro de casa ou ao redor das casas, principalmente, nas porções de água parada, explica o biólogo e professor do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Flávio Félix. “Eles podem estar no reservatório esquecido no canto da casa, tampinhas de garrafa no quintal, na calha que coleta água de chuva, nos vasos de plantas, entre outros. Esses locais têm que ser verificados e esvaziados com frequência”.

“Dentre as curiosidades que, ao longo do tempo, foram observadas pelos cientistas, é que uma fêmea consegue picar, durante o dia, vários hospedeiros. E aí, à medida que ela vai sugando sangue, se ela estiver contaminada, ela vai passando na saliva a arbovirose. Já foram encontrados ovos de Aedes aegypti já contaminados. Então, um mosquito, quando não está contaminado, ele não transmite nada, ele suga sangue. Mas, se os ovos estiverem contaminados, esse insetinho, já nasce e eclode como um adulto contaminado, e vai contaminar outras pessoas também. Isso é uma coisa que é muito perigosa quando a gente fala de epidemia”, destaca o especialista.

Além disso, existem fatores no ciclo biológico do inseto que dificultam os mecanismos usados na prevenção, sendo um dos ovos colocados pelo Culex, que adicionam seus ovos sobre a água e com um ou dois dias, os ovos eclodem e vão direto para a água. Diferente das muriçocas, o Aedes aegypti costuma botar os seus ovos na parede dos recipientes.

“Então, mesmo que o lugar tenha água, ele não bota os ovinhos na água, bota na parede. Isso quer dizer que se alguém colocar mais água, a água sobe, encosta nos ovos e os ovos irão eclodir também com dois, três dias. Uma outra coisa importante é que a pessoa, por exemplo, tem um balde, e aí, ela usou aquele balde e deixou no canto da casa. Se ainda tiver um pouquinho de água lá embaixo, o mosquito vai colocar ovo na parede do balde, não na água. O problema é que esses ovos são tão pequenininhos que a pessoa não vê. E aí, ela acha que o balde está limpo. Da próxima vez que ela for armazenar água, ela vai encher de água e vai deixar lá no cantinho. E aí, os ovos são emergidos e eclodem”, informa Flávio Félix.

O professor ainda alerta que outro fator importante é o tempo que os ovos podem ficar nesses meios. “Na parede, ou se eles se soltarem, e eles vão virar partículas de poeira, eles podem ficar por mais de um ano soltos ou grudados naquela superfície, até que encontrem um curso d’água ou que chova e que aquele ambiente enche d’água. Então, isso vai servir para vasos, isso vai servir para tampinha de garrafa, para pneus, para tudo que puder, em algum momento, encher de água. Então, mesmo que ele esteja vazio, mas que tenha um pouco de umidade, a fêmea vai lá e deposita os ovos. E veja, eles podem ficar viáveis por mais de um ano”.

Por fim, é importante que cada pessoa esteja atenta aos focos do mosquito da dengue, evitando locais com água parada, os quais podem ser vasos de plantas, pneus, caixa d’água sem a vedação correta, garrafas plásticas, dentre outros. Assim será evitado a proliferação do mosquito, bem como a doença transmitida pelo Aedes, que em casos mais graves pode acometer o indivíduo com a dengue hemorrágica, que nesses casos, o paciente pode ter pequenas hemorragias pelo corpo e morrer por choque anafilático.

           

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Saúde

Ministério da Saúde faz alerta para aumento de casos de febre oropouche

No total, foram registrados 5.102 casos desde o início do ano, destes, 2.947 estão no Amazonas, enquanto 1.528, em Rondônia.

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Em boletim emitido com dados de até quarta-feira (15), o Ministério da Saúde apontou aumento nos casos de febre oropouche pelo Brasil. No total, foram registrados 5.102 casos desde o início do ano, destes, 2.947 estão no Amazonas, enquanto 1.528, em Rondônia.

Outros casos confirmados e em investigação foram contabilizados em estados como Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel informou que essa difusão da febre oropouche para outros estados brasileiros acontece há algumas semanas. “Não temos só aquele concentração na região norte, como aconteceu no primeiro momento. Acreditamos que ficaria concentrado, mas houve um espalhamento”, diz.

A febre oropouche acomete, geralmente, pessoas com idades entre 20 e 29 anos, seguida por faixas etárias de 30 a 39, 40 a 49 e 10 e 19 anos.

Para controle, a secretária afirma que foi feita uma construção das orientações para observação clínica da doença. “Não tínhamos um manual ou protocolo para febre oropouche”, diz.

O Ministério da Saúde afirmou ainda ter distribuído testes para diagnóstico para os Lacens (Laboratórios Centrais de Saúde Pública). O único teste capaz de diagnosticar a doença é o RT-PCR, desenvolvido pela Fiocruz Amazonas. A coleta acontece por sangue.

A febre oropouche é transmitida pela picada do Culicoides paraensisI, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que tem um ciclo silvestre e urbano, e é detectada no Brasil desde a década de 60.

Os sintomas da doença são semelhantes ao da dengue. Os pacientes contaminados frequentemente relatam temperatura acima dos 38ºC, dor de cabeça, muscular e articular, podendo apresentar também quadros de náuseas, vômitos e tontura por um período de dois a sete dias.

Tais sinais, no entanto, se diferem do contágio da dengue porque, no caso da febre oropouche, o paciente não evolui para um quadro grave de dores abdominais e hemorragias após alguns dias desde o início dos sintomas -como pode acontecer em casos de dengue grave.

Os sintomas da febre oropouche também podem ser bifásicos para 60% dos contaminados, ou seja, podem ter febre e dores por alguns dias e, após uma semana e o desaparecimento, retornarem os mesmos sinais, até sumirem completamente.

Não há registros de mortes por febre oropouche até o momento, porém, em alguns casos, pode haver comprometimento do sistema nervoso central em pacientes imunocomprometidos, podendo resultar em meningite asséptica e meningoencefalite.

É mais comum apresentarem sintomas da doença se o paciente tiver viajado para a região amazônica. Nestes casos, o recomendado é procurar uma unidade de saúde para a avaliação clínico-laboratorial.

Foto iStock

Por Folhapress

           

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Saúde

Quarta morte por dengue é confirmada no Estado, mas governo já identifica queda da incidência da doença

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Secretaria de Saúde de Pernambuco identificou uma redução de 89,9% na entrada de novos casos de dengue nas últimas cinco semanas no mais recente boletim epidemiológico, que aponta 278,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes – a condição de alta incidência é quando a taxa supera 300 casos prováveis a cada 100 mil habitantes.

O período sazonal de Arboviroses ocorre, normalmente, entre março e julho, mas os especialistas da pasta já vislumbram a sustentabilidade da queda da dengue em Pernambuco neste mês de maio.

No Estado, já foram divulgados 19 boletins epidemiológicos que apresentam o mapeamento e as investigações dos casos no Estado e a última semana epidemiológica Nº 19, entre 31/12/23 e 11/05/2024, já se identificou sustentabilidade da queda dos números de dengue sem atingir uma condição de alta incidência.

Até a semana epidemiológica 19, foram registradas quatro mortes por dengue no estado. A última, foi registrada no boletim Nº 19, de um homem, 79 anos, residente de Moreno. O óbito ocorreu em 05/04 e o paciente tinha outras comorbidades.

Projeção de sustentabilidade

Os dados recentes consolidam a projeção de uma linha sustentável de redução da entrada de novos casos das arboviroses no Estado e apontam para o fim do período de sazonalidade nas próximas semanas.

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Saúde

“Dificuldades para engravidar, quais exames devo fazer?”

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Quando o desejo de ser mãe se torna uma jornada repleta de desafios, cada passo é uma busca por respostas e esperança. Como ginecologista, sei o quão complexo pode ser esse caminho e estou aqui para oferecer meu apoio e orientação. Nos casos de dificuldades para engravidar, é crucial realizar uma série de exames para investigar as possíveis causas subjacentes. Entre esses exames, destacam-se análises hormonais para avaliar o equilíbrio hormonal da mulher, ultrassonografia pélvica para verificar a saúde dos órgãos reprodutivos, avaliação da reserva ovariana para entender a quantidade e qualidade dos óvulos e histerossalpingografia para examinar as trompas e a cavidade uterina.

Esses testes não apenas ajudam a identificar fatores que possam estar interferindo na fertilidade, mas também orientam o desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado. Cada resultado é peça importante do quebra-cabeça, nos aproximando cada vez mais do sonho da maternidade. Conte comigo para guiar você nessa jornada e oferecer todo o suporte necessário. Juntas, vamos superar desafios e tornar realidade o seu desejo de ser mãe.

Por Noyla Denise-Ginecologista

           

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