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Assange se declara culpado como parte de acordo com Justiça dos EUA

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Julian Assange, liberado de uma prisão no Reino Unido, se declarou culpado nesta quarta-feira (noite de terça, 25, em Brasília) em um tribunal americano em uma ilha do Pacífico como parte de um acordo que lhe permitirá recuperar a liberdade, observaram jornalistas da AFP.

Assange, processado pelas autoridades americanas por ter revelado centenas de milhares de documentos confidenciais, admitiu sua responsabilidade em uma “conspiração para obter e revelar informações relativas à defesa nacional”.

O fundador do WikiLeaks, de 52 anos, chegou ao tribunal de Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, um território americano, vestido com um terno preto e gravata ocre.

“Sou culpado da informação”, disse Assange no tribunal. Em seguida, ele brincou com o juiz dizendo que sua satisfação com o acordo “depende do resultado da audiência”.

O WikiLeaks anunciou em sua página na internet que Assange viajará ainda nesta quarta-feira (26) para Canberra, capital da Austrália, após a audiência em Saipan.

Diplomacia secreta

Assange pode ser condenado a 62 meses de prisão. Por já ter cumprido esse período de prisão preventiva em Londres, a expectativa é que ele possa seguir em liberdade para a Austrália.

Assange “será um homem livre depois que o acordo for ratificado pelo juiz” na quarta-feira, explicou à BBC sua esposa e mãe de seus dois filhos, Stella Assange.

O acordo implica que seu marido se declare culpado de uma única acusação, que “diz respeito à obtenção e divulgação de informações sobre a defesa nacional”, explicou.

Sua mãe, Christine Assange, disse estar agradecida pelo fim do “calvário” do filho. “Isso mostra a importância e o poder da diplomacia secreta”, afirmou.

O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, um dos advogados de Assange, comemorou que ele “possa, finalmente, ser um homem livre, após quase 14 anos de luta privado de liberdade, nas condições mais adversas”.

A porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direito Humanos, Elizabeth Throssel, celebrou a libertação de Assange e “os avanços significativos para uma solução definitiva do caso”, que “gerou uma série de preocupações relacionadas aos direitos humanos”, acrescentou.

“Não deveria ter sido privado da liberdade por nenhum dia por ter publicado informações de interesse público”, disse Rebecca Vincent, diretora da ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou “uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”. “O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje”, acrescentou.

Stella Assange fez um apelo por uma campanha de financiamento para pagar os 520 mil dólares que seu marido deve reembolsar ao governo australiano depois de fretar o voo entre Londres e a Austrália.

Saga de 14 anos

O acordo, que encerra uma saga de quase 14 anos, que inclui sete anos de confinamento na embaixada do Equador em Londres, foi anunciado duas semanas antes de uma audiência crucial nos tribunais britânicos.

Nos dias 9 e 10 de julho, o recurso de Assange contra a sua extradição para os Estados Unidos seria examinado.

Desde 2019, quando ele foi levado para uma prisão de segurança máxima em Londres, Assange lutava para não ser entregue à Justiça americana, que o persegue pela publicação de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas, em particular no Iraque e Afeganistão.

O australiano, alvo de 18 acusações, enfrentava o risco de ser condenado a até 175 anos de prisão com base na Lei de Espionagem.

O governo britânico aprovou a extradição em junho de 2022. Em maio, no entanto, dois juízes concederam o direito de apelação.

Sete anos na embaixada do Equador

O fundador do WikiLeaks foi preso pela polícia britânica em abril de 2019, depois de passar sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres, de onde tentou evitar a extradição para a Suécia em uma investigação por estupro, que foi arquivada no mesmo ano.

Nos últimos anos, a pressão aumentou para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, retirasse as acusações contra ele. A Austrália apresentou um pedido formal em fevereiro, que o presidente democrata afirmou que estava considerando.

“Que o primeiro-ministro [australiano, Anthony Albanese] tenha declarado algumas vezes publicamente “é suficiente’, e que o Parlamento o tenha apoiado, foi algo significativo e absolutamente contemplado pelos Estados Unidos”, declarou à AFP Emma Shortis, pesquisadora de questões internacionais e de segurança no The Australia Institute.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, disse que, por se tratar de um assunto legal em andamento, não lhe parecia “apropriado fazer comentários neste momento”.

Fonte: AFP

 

           

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Polícia foi avisada de atirador 86 segundos antes de tiro em Trump

O xerife confirmou que um policial foi avisado sobre o atirador.

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Vídeos gravados por pessoas do lado de fora do comício de Donald Trump mostram que ao menos um policial foi avisado sobre o atirador antes do ataque.

Nas imagens, é possível ouvir Trump discursando enquanto pessoas chamam atenção de policiais para o atirador. “Policial, ele está no telhado”, diz uma das testemunhas.

Aviso é dado exatos 86 segundos antes do primeiro disparo. Ao comparar o áudio da gravação com o áudio do comício, é possível ver o policial sendo avisado no momento em que Trump cita “milhões e milhões” no discurso.

Xerife confirmou que policial foi avisado sobre atirador

Michael Slupe, representante dos policiais de Butler, afirmou à CNN e à Associated Press que um policial chegou a içar outro até a borda do telhado.

Atirador apontou arma para policial, que se soltou para se proteger. Ele estava literalmente pendurado na beirada de um prédio e assumiu a posição defensiva que precisava naquele momento. Ele não conseguia se segurar”, disse Tom Knights, gerente municipal de Butler.

Policial caiu de uma altura de 2,4 metros. Ele feriu o tornozelo e está usando uma bota ortopédica, afirmou Knights.

Thomas Matthew Crooks não foi atrás dos policiais e começou a atirar contra Trump. O ex-presidente foi atingido na orelha e saiu do palco às pressas com sangue no rosto. Um bombeiro de 50 anos que participava do comício morreu no ataque.

QUEM ERA O ATIRADOR

Formado há dois anos. Crooks se formou na Escola Secundária Bethel Park em 2022, de acordo com relatos da imprensa local e um vídeo da cerimônia de formatura da escola visto pela CNN.

Ele estava registrado como eleitor republicano. A informação consta em um banco de dados de eleitores da Pensilvânia, onde a polícia encontrou seu nome, idade e endereço, segundo a emissora americana CNN. Isso não significa, contudo, que Crooks era necessariamente eleitor de Trump, uma vez que ser registrado em um partido específico nos EUA não te obriga a votar no candidato que o representa.

Jovem não levava documento quando foi morto pelo Serviço Secreto. O FBI precisou analisar seu DNA para obter a confirmação de sua identidade, explicou Kevin Rojek, agente especial encarregado do escritório de Pittsburgh. Os detalhes foram repassados durante uma entrevista coletiva, ainda na noite de ontem.

Foto Anna Moneymaker/Getty Images

Por Folhapress

           

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Noiva organiza casamento e vai até ao altar mas… não tinha noivo

Casamento foi preparado sem esquecer nenhum detalhe, a não ser o marido.

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Uma mulher italiana, que vive em Vale d’Itria, em Puglia, preparou o seu ‘grande dia’ de casamento com muito amor. Do vestido branco aos sapatos combinando, sem esquecer da igreja, do cabelo, do carro, das flores, esta noiva não deixou nada para trás. Nada a não ser o fato de não ter noivo.

A história parece irreal mas aconteceu mesmo e está dando a volta ao mundo. Conta o Corriere della Sera, esta terça-feira, que a mulher estava “tão presa à sua fantasia que permaneceu prisioneira dela”.

Não se sabe se a “noiva infeliz”, como está sendo apelidada, sofre de algum distúrbio ou se agiu só pelo choque de ser protagonista de um amor não correspondido, o que se sabe é que imaginou um grande casamento com o amor da sua vida, sem que com ele tivesse qualquer tipo de relação, muito menos um noivado.

O “suposto marido” já tinha demonstrado, tanto à família da italiana como às autoridades, a sua “preocupação com a situação”, uma vez que a mulher, com quem não tinha qualquer vínculo, estava sendo cada vez mais “insistente”.

Apesar de garantir que nunca deu esperança à italiana, isto não a impediu de organizar todo um casamento, que não foi selado por um ‘sim’, mas sim por um profundo sentimento de desânimo.

A mulher chegou ao altar de vestido branco, mas sem ninguém esperando por ela além do padre. Nem convidados tinha.

O pároco já desconfiava que algo de estranho se passava, uma vez que a noiva não tinha entregue todos os documentos necessários para a cerimônia. Mas não pensou que fosse algo tão grave. No dia do suposto casamento, tentou conversar com a mulher e fazê-la voltar à razão, explicando que, na verdade, nunca houve nenhum casamento planejado.

A mulher saiu da igreja mas, até ao momento, não se sabe nada mais dela. O seu futuro permanece envolto em mistério, assim como os motivos que a levaram a organizar um casamento sem noivo.

A história real desta “infeliz noiva italiana” está sendo comparada com o romance ‘A Terra das Noivas Infelizes’, de Mario Desiati, que, coincidentemente, tem como cenário precisamente Vale d’Itria. O livro, que entretanto foi adaptado também ao cinema, acompanha a história de uma noiva igualmente triste.

           

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Estimativa de vitória de Trump sobe para 66% em casas de apostas após ataque

A média foi calculada pelo site RealClearPolitics.

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Dois dias após o atentado contra Donald Trump durante um comício na Pensilvânia, a chance de vitória do republicano na corrida à Casa Branca cresceu para 66% em casas de apostas dos Estados Unidos.

Em comparação, a chance de que o presidente Joe Biden conquiste a reeleição é de apenas 18,3%, de ainda acordo com as casas de apostas. A média foi calculada pelo site RealClearPolitics.

Participantes da convenção nacional do Partido Republicano levantam cartazes com os nomes do ex-presidente Donald Trump e de seu candidato a vice, J.D. Em seguida, a vice-presidente Kamala Harris tem 7% de chance vitória, enquanto nomes como o ex-presidente Barack Obama, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. marcam 2% ou menos. O levantamento considera sites de apostas como BetOnline, Betfair, e Bovada, entre outros.

O site indica que a probabilidade calculada por apostadores de uma vitória de Trump saltou dez pontos percentuais depois do atentado contra ele no último sábado (13), refletindo a percepção de que o ocorrido fortalece as chances do republicano.

Imediatamente após ser atingido de raspão, Trump, com o rosto ensanguentado, ergueu o punho em um gesto de desafio, gerando uma imagem política que correu o mundo e foi retratada, por exemplo, na capa da revista Time.

Biden condenou o atentado e pediu união, enquanto alguns membros do Partido Republicano culparam os democratas por uma retórica agressiva contra Trump que supostamente inflamou tensões.

De acordo com analistas ouvidos pela Bloomberg, as chances de uma vitória de Trump só não subiram mais nas casas de apostas porque, por enquanto, as pesquisas de intenção de voto não registraram grande mudança no humor do eleitorado americano –de acordo com o site FiveThirtyEight, Trump continua ligeiramente à frente de Biden em uma média de pesquisas que contemplam o país inteiro: 42% a 40%.

Após o debate presidencial entre os candidatos, durante o qual o desempenho desastroso de Biden deu início à pressão interna do Partido Democrata para que ele desista da reeleição, as chances do presidente nas casas de apostas despencaram quase 15 pontos percentuais.

Antes da entrevista coletiva da última quinta (11), na qual o presidente buscou se fortalecer e resistir à pressão para que abandonasse a corrida, a média apontava que Kamala tinha mais probabilidade de vencer a eleição do que Biden –a vice-presidente chegou a marcar 20%, mas caiu depois que o atual ocupante da Casa Branca insistiu que permaneceria como candidato.

Foto getty

Por Folhapress

           

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