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Carnaval acende alerta para doenças sexualmente transmissíveis; saiba como evitá-las

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 Foliões no bloco Céu na Terra, no Rio de Janeiro;  Ministério da Saúde constata menor uso de preservativo e maior contágio de HIV entre jovens  (Foto: Reuters/Ricardo Moraes)

Foliões no bloco Céu na Terra, no Rio de Janeiro; Ministério da Saúde constata menor uso de preservativo e maior contágio de HIV entre jovens (Foto: Reuters/Ricardo Moraes)

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A preocupação deve existir no ano todo, mas no carnaval se intensificam as campanhas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. Neste ano, o esforço é de elevar o tom de alarme para os mais jovens, grupo no qual o Ministério da Saúde vem constatando menor hábito de usar preservativos – e maior índice de contágio por HIV.

Até o fim do carnaval, as peças publicitárias do governo estarão em TVs, revistas e redes sociais propagando o slogan “No carnaval, use camisinha – e viva essa grande festa!”.

A campanha chama atenção para o alto número de pessoas no Brasil que têm HIV mas ainda não sabem – aproximadamente 112 mil brasileiros – e para os cerca de 260 mil que vivem com o vírus mas ainda não se tratam, o que as torna propagadores da doença.

A falta de prevenção no início da vida sexual tem preocupado o Ministério de Saúde, afirma Adele Schwartz Benzaken, diretora do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais.

“Nos últimos anos temos observado que a população mais jovem está reduzindo o uso do preservativo”, alerta, citando a última Pesquisa de Comportamentos e Atitudes e Práticas, que indica que, entre jovens de 15 a 24 anos, apenas 56,6% usam camisinha com parceiros eventuais.

As ações do governo durante o carnaval incluem a presença de “homens camisinha” distribuindo preservativos nas ruas – serão 74 milhões preservativos masculinos e 3,1 milhões femininos. Estão sendo realizadas também campanhas informativas com foliões nos blocos, em cidades como Rio, Recife, Salvador e Ouro Preto.

O principal foco do Ministério da Saúde é a prevenção de HIV/Aids. Mas especialistas alertam para o risco de propagação de outras doenças, como HPV, herpes genital, gonorreia, hepatite B e C e sobretudo sífilis – que vem apresentando aumento no número de ocorrências no Brasil, acompanhando uma tendência mundial.

Saiba mais sobre cada doença abaixo. Todas podem ser evitadas com o uso do preservativo.

HIV/Aids

O vírus da imunodeficiência humana é o causador da Aids, que ataca o sistema imunológico e derruba o sistema de defesa do organismo.

No Brasil, a epidemia de HIV/Aids é considerada estabilizada, mas vem avançando entre os mais jovens.

Na última década, o índice de contágio mais que dobrou entre jovens de 15 a 19 anos, passando de 2,8 casos por 100 mil habitantes para 5,8 casos.

Também aumentou na faixa etária entre 20 a 24 anos, chegando a 21,8 casos a cada 100 mil habitantes.

“Isso mostra que nossa população jovem está mais vulnerável ao HIV e precisa acessar mais conhecimento e os serviços de saúde para se testar”, afirma a infectologista Brenda Hoagland, pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e AIDS do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

“Como a nova geração não assistiu à epidemia quando o HIV ainda não tinha tratamento, é possível que não tenha uma percepção sobre a gravidade do HIV, o que aumenta nossa responsabilidade de informar sobre sobre riscos e prevenção”, acrescenta ela.

Atualmente, cerca de 827 mil pessoas vivem com o HIV no país, e aproximadamente 112 mil brasileiros têm o vírus, mas não o sabem.

O tratamento contínuo ao HIV pode controlar a doença, garantir a sobrevida dos infectados e tornar o vírus indetectável (o que equivale a prevenir a transmissão com uma segurança de 96%). Mas não pode curá-la. O teste rápido costuma detectar a infecção cerca de 15 dias após o contágio.

As campanhas costumam focar no uso da camisinha como método de prevenção, mas é essencial conhecer também a proteção disponível para casos de relação de risco desprotegidas, frisa Brenda – a chamada profilaxia pós-exposição, ou PEP, um conjunto de medicamentos contra o HIV que devem ser ingeridos por 28 dias no período imediatamente após o possível contágio.

“Se uma pessoa teve uma relação sexual desprotegida em que suspeite de risco para o HIV, ela deve procurar um serviço de saúde até no máximo 72 horas após a relação. Ou seja, se a camisinha rompeu ou deixou de ser usada, a pessoa pode buscar o atendimento numa emergência e o serviço é gratuito”, ressalta a infectologista, acrescentando que quanto mais cedo se inicia o tratamento dentro dessas 72 horas, maiores suas chances de eficácia.

Sífilis

Transmitida pela bactéria Treponema pallidum, a infecção apresenta diferentes estágios, do primário ao terciário, e tem maior potencial de infecção nas duas primeiras fases, que costumam ocorrer até 40 dias após o contágio. É transmitida por relações sexuais ou pode ser passada da gestante para o bebê.

“A sífilis congênita, que é notificada compulsoriamente no Ministério da Saúde, é transmitida de mãe para filho e teve aumento de quase 200% ao longo dos últimos dois anos”, alerta a infectologista Brenda Hoagland, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

Os sintomas são feridas na região genital (na fase primária) e manchas no corpo que sugerem uma alergia (na fase secundária). O tratamento da doença é gratuito na rede pública, feito com penicilina.

O problema é que os sintomas podem se curar sozinhos e passar despercebidos.

“O fato de uma pessoa não ter mais sintomas não significa que esteja curada. Esse é o grande problema e faz com que o diagnóstico esteja muito abaixo do necessário”, avisa Brenda.

A sífilis terciária pode aparecer de dois a quarenta anos após o início da infecção, podendo causar lesões neurológicas, cardiovasculares e levar à morte.

“Pessoas com vida sexual ativa e que tenham relações desprotegidas devem fazer o teste para a sífilis independentemente dos sintomas, da mesma forma que devem fazer testes para o HIV e serem vacinadas contra Hepatite B”, recomenda Brenda, lembrando que a sífilis aumenta o risco de infecção por HIV.

O acompanhamento da gestante no pré-natal também é fundamental para evitar a transmissão da doença para o bebê.

A sífilis pode levar à má-formação do feto, surdez, cegueira e deficiência mental.

HPV

O Papilomavírus Humano existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações verrugosas – que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca ou garganta.

O sexo é a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral.

O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.

O vírus pode ficar latente por períodos prolongados sem que haja sintomas, e é difícil erradicar a infecção por completo.

Por isso, especialistas recomendam que mulheres em idade reprodutiva façam exames preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas.

A infectologista Brenda Hoagland, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), estende a recomendação a homens que fazem sexo anal desprotegido, e devem fazer exames preventivos na região anal e no reto.

No fim do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou que a vacina quadrivalente que protege contra quatro tipos de HPV passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 12 a 13 anos. Até agora, a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 13 anos.

Gonorreia

A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que infecta sobretudo a uretra.

O sintoma mais comum é a presença de corrimento na região genital, mas a infecção pode causar dor ou ardor ao urinar, dor ou sangramento na relação sexual e, nos homens, dor nos testículos. A maioria das mulheres infectadas não apresenta sintomas.

O tratamento é feito com antibiótico e deve ser estendido ao parceiro, mesmo que este não tenha sintomas.

Quando não tratada, a infecção pode atingir vários órgãos, como o testículo, nos homens, e o útero e as trompas, nas mulheres, e pode causar infertilidade e complicações graves.

Herpes genital

Transmitido pela relação sexual com uma pessoa infectada, o vírus do herpes causa pequenas bolhas e lesões dolorosas na região genital masculina e feminina.

As feridas podem acompanhar ardor, coceira, dor ao urinar e mesmo febre, e os sintomas podem reaparecer ou se prolongar quando a imunidade está baixa.

“O herpes não tem cura. A partir do momento que você tem uma infecção, você ter vários episódios ao longo da vida. A única forma de prevenção é o preservativo”, ressalta a infectologista Brenda Hoagland, da Fiocruz.

Além do incômodo causado pelas lesões, o herpes pode facilitar a entrada das outras doenças sexualmente transmissíveis.

Os portadores do vírus devem ter cuidado redobrado para não transmiti-lo, o que ocorre principalmente quando as feridas estão presentes, mas pode também ocorrer na ausência das lesões ou quando elas já estão cicatrizadas.

A doença pode ter consequências graves durante a gravidez, podendo provocar aborto e trazer sérios riscos para o bebê.

Hepatite B ou C

No Brasil, as formas virais mais comuns de hepatite ou inflamação do fígado são as causadas pelos vírus A, B ou C.

A hepatite B é transmitida sexualmente, e também por transfusão de sangue e compartilhamento de material para uso de drogas, entre outros.

As mesmas formas valem para a hepatite C, mas a transmissão sexual é mais rara, por isso, ela não é considerada propriamente uma infecção sexualmente transmissível.

De acordo com o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros são portadores dos vírus B ou C e não sabem.

Correm, assim, o risco de desenvolver a doença crônica e ter graves danos ao fígado, como cirrose e câncer.

A vacina contra a hepatite B é gratuita e disponível na rede pública. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue e o tratamento pode combinar medicamentos e corte de bebidas alcoólicas.

Os sintomas para ambas as doenças são raros, mas podem incluir cansaço, tontura, enjoo e pele e olhos amarelados.

Como a doença é considerada “silenciosa”, é indicado realizar exames de rotina que detectam todas as suas formas.

Ainda não há vacina para a hepatite C.

(Da BBC)

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Salgueiro: Veja como foi o pronunciamento do Savio Pires, durante a Sessão desta Quarta-feira, 24 jul 24

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Veja como foi o pronunciamento do vereador Savio Pires, na sessão desta Quarta-feira, 24 de Julho de 2024.

           

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Raquel Lyra cumpre agenda em Salgueiro nesta quarta-feira

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Nesta quarta-feira (24), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, terá um dia de compromissos administrativos, destacando-se sua agenda no município de Salgueiro, no Sertão Central.

A governadora começará o dia às 10h, na sede do Governo do Estado, onde empossará nove novos procuradores nomeados para atuar na Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco. A cerimônia acontecerá no Palácio do Campo das Princesas, localizado na Praça da República, no bairro de Santo Antônio, em Recife.

À tarde, Raquel Lyra se deslocará para Salgueiro, onde cumprirá uma série de compromissos significativos para a região. Às 16h, na Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Professora Maurina Rodrigues dos Santos, situada na Rua Vinte e Dois, no bairro Cohab, a governadora entregará 617 títulos de propriedade aos moradores do loteamento Conjunto Residencial Vila Cohab.

Além disso, durante sua visita a Salgueiro, Raquel Lyra assinará a ordem de serviço no valor de R$ 4,2 milhões para a obra de recuperação e sinalização da pista do Aeroporto de Salgueiro.

 

           

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Colisão na Avenida Boa Viagem: cachorro resgatado após acidente segue na UTI, mas se recupera bem

No final da tarde desta terça (23), a Clínica Pet Dream, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, emitiu um boletim clínico atualizando sobre o estado de saúde do pet.

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O cão Spike, o único sobrevivente do acidente de trânsito na Avenida Boa Viagem, no bairro do Pina, que deixou seis pessoas mortas, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de uma clínica veterinária, no Recife. 
No final da tarde desta terça (23), a Clínica Pet Dream, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade,  emitiu um boletim clínico atualizado sobre o estado de saúde do pet. 
Segundo a unidade de saúde animal, Spike se recupera bem da “cirurgia de alta complexidade” à qual precisou ser submetido na segunda (22), horas após a colisão do automóvel Ônix com uma árvore, que vitimou seis jovens, inclusive a ex-tutora do pet, Raquel Chaves Fernandes da Silva, de 21 anos. 
Segundo a clínica veterinária, a equipe médica que está tratando o pet classificou que o cão “continua nos surpreendendo com a sua evolução” e que “a recuperação pós-cirúrgica segue evoluindo muito bem, com o pet já conseguindo se alimentar e demonstrando força para tentar se levantar do leito”, declarou a Pet Dream, por meio de um comunicado emitido nas redes sociais da clínica veterinária. 
Ainda segundo a unidade médica,  muitas pessoas demonstraram interesse em visitar o cão no leito da UTI da clínica, contudo, a direção da Pet Dream salientou em nota que, “diante de um caso tão especial, compreendemos que todos gostariam de ver nosso amigo de perto, mas, neste momento, Spike/Milagre continua internado na UTI e, por isso, só pode receber visitas de seus responsáveis”. 
Vaquinha
Na manhã desta terça (23), a vaquinha online aberta para ajudar nos custos da cirurgia de Spike, bateu a meta de R$ 15 mil e foi encerrada. 
O pet foi resgatado pela jornalista Taciana Góes e pela servidora pública Cecília Carvalho.
“Ele está evoluindo muito, não tem previsão ainda da nova cirurgia”, declarou Taciana Góes. 
O anúncio do encerramento da Vaquinha foi feito por meio das redes sociais e, segundo Cecília, o valor arrecadado é suficiente para pagar duas cirurgias que o animal precisa fazer. 
De acordo com ela, o valor extra será doado para outros pets.
Caso a gente precise, daqui para frente, a gente vai reabrir a vaquinha. E, se por acaso, sobrar algum dinheiro, a gente vai destinar à causa animal ou a outras cirurgias. Mas, por enquanto, a gente vai garantir que Spike tenha uma boa recuperação. Ele vai precisar de tratamentos depois [da cirurgia]”, informou Cecília em um vídeo compartilhado nas redes sociais.
A colisão
A colisão entre o carro e a árvore aconteceu nesta segunda-feira (22) por volta das 4h na Avenida Boa Viagem, no Pina, Zona Sul do Recife. No carro estavam seis pessoas e um cachorro. Cinco pessoas morreram no local e uma foi levada para o Hospital da Restauração (HR), mas não resistiu e morreu no mesmo dia.
As vítimas estariam perseguindo suspeitos de um assalto em um luau, minutos antes, na praia de Boa Viagem, também na Zona Sul. A informação sobre o assalto e perseguição foi repassada por familiares do mototaxista Arthur Felipe de Oliveira, de 20 anos, um dos jovens que morreu na batida.
Com o impacto da colisão, o motor do carro se desprendeu e ficou a 30 metros do local do sinistro.
Foto Instagram
Por Wilson Maranhão

           

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