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Crise argentina afeta montadoras e projeção de crescimento no Brasil
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País vizinho é um dos nossos principais parceiros comerciais
As dificuldades enfrentadas pela economia argentina devem produzir efeitos negativos sobre a produção brasileira e condicionar a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, segundo relatório da IFI (Instituição Fiscal Independente).
O país vizinho é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e, neste ano, tem enfrentado um cenário econômico conturbado e chegou a pedir ajuda ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
Um dos setores mais sensíveis a esse cenário é o automotivo. A Argentina recebe 76% das exportação do Brasil de veículos leves e 46% das de caminhões e ônibus, segundo a Anfavea, entidade que representa o setor automotivo.
As vendas para o país vizinho também envolvem, segundo dados de 2017, grande volume de negócios nas áreas de máquinas e caldeiras (10%) e ferro e aço (4,5%).
Para Celso Grisi, professor de comércio exterior da USP (Universidade de São Paulo), a queda na demanda por carros na Argentina deve afetar o PIB. As projeções de crescimento já foram revistas por causa da mobilização dos caminhoneiros. Está entre 1% e 1,5%. A indústria automobilística representa cerca de 22% do PIB industrial e 4% do total.
“O setor vai apanhar mais um pouco com a crise na Argentina. Não acredito que vá representar mais que 3,5% do PIB neste ano [2018]. O impacto não é desprezível, apesar de não ser trágico”, afirma.Mais preocupante, segundo ele, é uma possível repercussão na cadeia produtiva e nos empregos gerados pela produção de veículos.
O Brasil tem superavit comercial com a Argentina. “Somos grandes compradores do trigo argentino, mas a balança comercial é mais favorável para o Brasil, devido aos bens manufaturados e semi-manufaturados que mandamos para lá”, diz Otto Nogami, professor de economia do Insper.
Segundo dados divulgados pela Anfevea nesta sexta-feira (6), as projeções já começaram a ser materializar.
As vendas de veículos leves, caminhões e ônibus para o exterior ficaram em 64,9 mil unidades em junho, o que representa uma queda de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.”É um início de revisão dos pedidos de importação pelo lado da Argentina, e, consequentemente, das nossas exportações. Estamos olhando com um pouco de cuidado. Vínhamos em um ritmo mais forte”, diz Antonio Megale, presidente da Anfavea.
No acumulado de janeiro a junho, o avanço foi de apenas 0,5% na comparação com o primeiro semestre do ano passado.
O resultado levou a entidade a revisar sua projeção de que as exportações alcançariam 800 mil unidades neste ano. Pelos novos cálculos elas devem ficar em torno de 766 mil unidades, um número que o presidente da Anfavea ainda considera satisfatório.
“Pelos pedidos que estão chegando da Argentina e do México, nossos principais mercados, acreditamos que ficaremos no mesmo nível de 2017, o que não é desprezível porque 766 mil unidades foi o recorde histórico da indústria automobilística. Não é ruim, mas infelizmente, um pouco abaixo das nossas projeções anteriores.”
A Argentina ingressou em uma disparada do dólar neste ano, com a dificuldade do governo de Mauricio Macri em proteger sua moeda da desvalorização, tendo de bater na porta do FMI (Fundo Monetário Internacional) e cortar as projeções de crescimento econômico do país pela metade.
A revisão da estimativa de exportações também impacta as previsões da produção local.
No primeiro semestre, a indústria produziu 1,43 milhão de unidades no Brasil, alta de 13,6% até o momento, mas que deve arrefecer no segundo semestre, segundo Megale.
Uma dos mais sensíveis ao desempenho da economia argentina, a indústria automotiva já esperava que a crise do país vizinho afetaria as exportações de veículos, mercado que ajudou a retomar a produção em meio à queda nas vendas.
A Argentina recebeu 76% dos carros nacionais enviados ao exterior em 2017. Entre os caminhões, o total chega a 46% da produção, segundo a Anfavea.
Cerca de 762 mil automóveis brasileiros cruzaram as fronteiras no ano passado, o que representa 28% de tudo o que foi produzido no Brasil entre modelos leves, ônibus e caminhões.
“Seguramente o mercado argentino vai cair entre 50 mil e 100 mil unidades neste ano, a maioria desses serão carros importados do Brasil. As vendas serão mantidas por veículos produzidos lá mesmo”, afirma Antonio Filosa, presidente do grupo FCA (que reúne Fiat e Chrysler) na América Latina.
Ao todo, a montadora exportou 121 mil automóveis em 2017. mais de 70% foram enviados para a Argentina, que hoje produz apenas o sedã Fiat Cronos e peças na fábrica de Córdoba.
Na Ford, a preocupação maior está na linha de produtos que vêm da Argentina para o Brasil. Segundo Mauricio Greco, diretor de marketing da montadora, a empresa ainda está avaliando o cenário atual e espera que não haja problemas com a importação da linha Focus e da picape Ranger, fabricadas na cidade de Pacheco.
A Volkswagen, que produz no Brasil o Gol, modelo que é líder no mercado argentino, não quis se pronunciar sobre questões de exportação.
Além do hatch compacto da Volks, os outros quatro carros mais vendidos no país vizinho em 2017 foram feitos em fábricas brasileiras ou montados com peças nacionais: os Chevrolet Onix e Prisma, o Fiat Palio e o Ford Ka.
O avanço da inflação faz os argentinos reduzirem seus gastos. De acordo com a Confederação Argentina da Média Empresa, as vendas a varejo caíram 2,5% nos primeiros cinco meses de 2018.
No fim de abril, teve início uma corrida cambial que levou a uma depreciação de quase 35% da moeda somente neste ano. Depois disso, o Banco Central projetou a inflação de 2018 em 27%.
Antonio Filosa, da FCA, acredita que a Argentina pode se recuperar rápido e cita os US$ 50 bilhões (R$ 191,5 bilhões) emprestados ao país pelo FMI (Fundo monetário Internacional) como um sinal da credibilidade do governo de Maurício Macri.
Contudo, nem mesmo os líderes argentinos são tão otimistas. O chefe de gabinete do governo, Marcos Peña, disse que deverá haver recessão no segundo semestre devido aos problemas cambiais, embora o ano deva fechar com saldo positivo.
A Argentina cresceu 3,6% no primeiro trimestre de 2018 em comparação ao mesmo período do ano anterior, antes da da crise que desvalorizou o peso em 20%.O ministério da economia já tinha antecipado que esperava mais inflação e menos crescimento para o resto do ano.
A partir do fim de abril, a situação saiu ainda mais do controle. O dólar disparou, as metas de inflação projetadas se mostraram irreais e diversos sindicatos começaram a marcar suas greves.
Economistas argentinos acreditam que dificilmente a inflação no país será inferior a 20%, mantendo-se como a maior da região, depois daquela da Venezuela em crise.
Macri precisa enfrentar também problemas políticos e convencer a população de que o acordo com o FMI é bom, que comparações com a crise de 2001 não cabem porque a conjuntura é diferente e de que o governo está seguro de suas decisões.
Por Folhapress.
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Rumble e Trump Media entram com nova ação na Justiça dos EUA contra Moraes
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A plataforma de vídeos Rumble e a empresa Trump Media & Technology entraram, no sábado, com uma nova ação na Justiça dos Estados Unidos contra o ministro do Suprempo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
As empresas questionam a decisão de Moraes que, na sexta-feira, mandou bloquear o Rumble no Brasil, impôs multa diária de R$ 50 mil e determinou a indicação de um representante da plataforma no país.
No documento, Rumble e Trump Media pedem a concessão de medida cautelar para não serem obrigados cumprir as determinações de Moraes. A ação pede uma medida de cumprimento imediato.
Na quinta-feira, a plataforma e a empresa de Trump já havia apresentado à Justiça dos Estados Unidos uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes.
Por G1
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Circuito do Banco Vermelho: Uma luta coletiva contra o Feminicídio
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No dia 21 de fevereiro, o Parque Pedra do Reino, em São José do Belmonte, foi palco do Circuito do Banco Vermelho, um evento que reuniu vozes comprometidas na luta contra o feminicídio.
A vereadora e presidente da Câmara Municipal, Fabiana da Saúde, participou ativamente do encontro, que se propôs a discutir a grave problemática da violência de gênero.
Comemorando a importância da conscientização, o evento propiciou um espaço para que participantes compartilhassem experiências, reflexões e estratégias para o combate ao feminicídio. “Estamos aqui para unir forças e protegermos as vidas das mulheres”, destacou Fabiana da Saúde, enfatizando a necessidade de um engajamento coletivo e contínuo na luta por mudanças efetivas na sociedade.
O Circuito do Banco Vermelho não apenas promoveu debates, mas também reforçou o compromisso de todos os presentes em erradicar essa violência que ceifa vidas e destrói famílias.
A vereadora pediu a colaboração da comunidade, ressaltando que a responsabilidade é de todos.
O evento se concluiu com um sentimento de esperança e determinação, reafirmando que, juntos, é possível transformar a luta contra o feminicídio em uma prioridade de todos os cidadãos.
A mobilização em São José do Belmonte marca um passo significativo rumo à proteção das mulheres e à promoção de uma cultura de respeito e igualdade.
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Prefeito Xicão Tavares participa de evento voltado para a ovinocaprinocultura em Terra Nova
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O prefeito de Verdejante, Xicão Tavares, e o secretário municipal de Agricultura, Valnir Bezerra, marcaram presença no Dia de Campo em Terra Nova, evento que reuniu agricultores da região e membros da ASCCO (Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Verdejante). A iniciativa, promovida pelo SEBRAE e pela Superberro, teve como foco a capacitação e aprimoramento das práticas da ovinocaprinocultura no Sertão pernambucano.
Durante o evento, os participantes tiveram acesso a palestras e treinamentos sobre temas essenciais para o desenvolvimento da atividade, como o cultivo da palma adensada, a alimentação animal, a qualidade da carne e a produção de silagem. As capacitações ofereceram informações valiosas para os produtores locais, contribuindo para a modernização do setor e o aumento da produtividade.
“Agradeço ao SEBRAE e à Superberro por promoverem esse momento de aprendizado, abordando temas fundamentais como cultivo da palma adensada, alimentação animal, qualidade da carne e produção de silagem”.
O Dia de Campo reforça a importância da troca de conhecimentos e do incentivo à capacitação dos produtores rurais, promovendo melhores condições para o crescimento econômico e a geração de renda no Sertão pernambucano.
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