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Os detalhes de horror sobre a morte do médico em Aldeia

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Na casa onde Denirson Paes Silva foi morto, polícia encontrou muitos vestígios de sangue. Transformado em sepultura, poço foi ornado com flores

A polícia ainda não sabe ao certo a motivação do crime e nem de que forma Denirson Paes Silva foi morto

Um vaso de flores ornamentais e pedras cuidadosamente arrumadas foram usados para decorar a macabra sepultura na qual o poço da casa do médico e advogado Denirson Paes Silva, 54 anos, no condomínio Torquato de Castro, em Aldeia, se transformou ao servir como esconderijo de seu corpo esquartejado e carbonizado. Dentro da cacimba vedada, os restos mortais estavam cobertos com cloro líquido e em pastilha, areia, concreto e metralhas, numa clara tentativa de ocultação de cadáver. 
Foi esse o cenário encontrado por policiais civis quando chegaram à residência da vítima, que, segundo os investigadores, foi assassinada pela esposa, a farmacêutica Jussara Rodrigues Paes Silva, 54 anos, e pelo filho Danilo Paes, 23, recém-formado em engenharia civil pela UFPE. Dentro da casa, foram descobertos diversos vestígios de sangue. A polícia ainda não sabe ao certo a motivação do crime e nem de que forma a vítima foi morta – na casa não foram encontradas armas ou objetos que pudessem ter sido usados para matar Denirson. No entanto, há indícios de que um pedido de divórcio por parte de Denirson tenha levado os suspeitos a planejarem o assassinato. O corpo foi descoberto na tarde da quarta-feira e os suspeitos foram presos preventivamente ontem. Eles já haviam sido autuados por ocultação de cadáver e são sendo investigados por assassinato. 
Os peritos do Instituto Criminalística, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, encontraram grandes vestígios de sangue no hall social e no banheiro próximo à piscina, que fica ao lado da cacimba, indicando o arrastamento do corpo do médico até o local onde o cadáver foi armazenado. Também foram achados vestígios de sangue no banheiro do primeiro andar da casa que, segundo a polícia, era usado por Danilo. 
“Durante a perícia, observamos que o ambiente havia sido bastante alterado como forma de dificultar qualquer investigação. Com a ajuda de reagentes, conseguimos ver gotículas de sangue no piso, mas também muitas manchas de limpeza. Alguns cômodos da casa receberam pintura recente e, ao lado da cacimba havia uma área que tinha recebido cimentação recente, numa tentativa de esconder o local onde o corpo foi carbonizado”. detalhou o perito do IC Fernando Benevides. Foi a cimentação, inclusive, que levou os peritos à cacimba. “O uso de substâncias químicas dentro da cacimba também sugere a tentativa de evitar que o odor do cadáver viesse a se espalhar”, acrescentou.
No dia 20 de junho, Jussara registrou queixa do suposto desaparecimento de Denirson. A mentira, descoberta posteriormente pela polícia, foi inventada cerca de 20 dias após o assassinato, que teria ocorrido entre 31 de maio e 3 de junho. Durante mais de um mês, até a quarta-feira passada, mãe e filho seguiram morando na casa, ao lado da cacimba com o corpo do médico. 
Segundo a Polícia Civil, o caseiro e a empregada que trabalhavam para a família afirmaram que Jussara havia solicitado limpeza excessiva em alguns ambientes, no início de junho. O resultado da perícia dos restos mortais e dos vestígios de sangue encontrados, para confirmar que o corpo é mesmo da vítima, sairá em 10 dias. Após os laudos, a polícia fará reprodução simulada do crime, indicando a forma como o médico foi morto e os locais da residência onde ele foi esquartejado e carbonizado. 

Mãe e filho ficam em silêncio
Para a Polícia Civil, não há dúvidas quanto à autoria do crime. Após a descoberta de indícios do assassinato dentro da residência, Jussara e Danilo Paes foram conduzidos à delegacia de Camaragibe e se negaram a prestar depoimento à delegada Carmem Lúcia. 
“A mulher e o filho se resumiram a dizer que só vão falar em juízo. Então as investigações estão muito no início. Muitas pessoas ainda serão ouvidas. O que podemos dizer é que, em depoimento, o filho mais novo do casal (Daniel Paes, 23 anos) afirmou que o relacionamento dos pais era bastante conturbado, bem como a relação de Danilo com o pai. Também contou que o pai havia pedido o divórcio à mulher, informação que foi confirmada pelos funcionários da casa”, contou o chefe da Polícia Civil de Pernambuco Joselito Kehrle. 
Segundo ele, Daniel está bastante abalado com a situação, dispensou assessoria jurídica e está colaborando com as investigações. Também não há indícios de que ele possa ter alguma participação no crime.

Último contato foi em 30 de maio
A última vez que o médico e advogado teve contato com alguém externo à sua família foi no dia 30 de maio, data em que ele entrou em casa e não saiu mais. Neste dia, ele cancelou uma viagem de férias para Miami (EUA), que faria com a esposa, com data do voo para 2 de junho. 
Segundo a delegada Carmem Lúcia, neste mesmo dia Denirson enviou mensagem de WhatsApp para a secretária do consultório médico particular onde trabalha, afirmando que retomaria os atendimentos do mês de junho. Desde então, ninguém conseguiu falar mais com ele nem as câmeras do condomínio Torquato Castro registraram imagens suas saindo ou entrando na casa. No perfil do Facebook, funcionários das clínicas de saúde onde Denirson Paes Silva trabalhava postaram mensagens, durante o mês de junho, solicitando que o médico entrasse em contato com as empresas.  
“No mesmo dia 30 de maio, uma quarta-feira, os funcionários disseram que foram dispensados por Jussara e só retornaram ao expediente na segunda-feira, dia 4 de junho, o que pode indicar que o assassinato e a ocultação do cadáver tenham ocorrido entre 30 de maio e 3 de junho. Em outro depoimento, um funcionário disse que no dia 12 de junho sentiu um forte odor próximo à cacimba e também havia muitas moscas. Jussara chegou a afirmar para ele que teria jogado um gato morto. Mas os restos mortais encontrados pelos peritos e pelo Corpo de Bombeiros eram de humanos”, contou a delegada.  
No dia 20 de junho, Jussara, que é farmacêutica e funcionária pública, registrou boletim de ocorrência sobre o suposto desaparecimento do marido. 
“Nesse depoimento, ela sugere que ele poderia ter viajado para ver a Copa do Mundo na Rússia e menciona que o viu pela última vez em 30 de maio. Durante o depoimento, Jussara não chorou nem apresentou remorso, e outros indícios nos levaram a solicitar à Justiça um mandado de busca e apreensão na casa”, detalhou Carmen Lúcia. Jussara e Denirson são naturais de Campo Alegre de Lourdes, pequena cidade do interior da Bahia, e estavam juntos há 40 anos, entre casamento e namoro. 

Da libertação à prisão em uma hora

Em menos de uma hora, o destino dos suspeitos de matar o médico e advogado Denirson Paes Silva sofreu uma reviravolta. Logo após receberem alvarás de soltura em audiência de custódia realizada pelo juiz Otávio Pimentel, no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, e até cogitarem a volta para a casa onde ocorreu o crime, para responderem ao processo em liberdade, a mulher e o filho mais velho da vítima foram surpreendidos pelas prisões temporárias decretadas pela juíza da 1ª Vara Criminal de Camaragibe, Marília Falcone.

O prazo da prisão temporária por acusação de crime de homicídio corresponde a 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período. Com isso, Jussara Rodrigues foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor e Danilo Paes para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). Antes disso, seguiram de volta para a Delegacia de Camaragibe. Na chegada à unidade policial, mais uma vez usaram capuz preto, assim como na audiência, e se negaram a falar com a imprensa.
No entendimento do juiz Otávio Pimentel, bastava a aplicação de medidas cautelares junto aos dois suspeitos e não a decretação de prisão pela acusação de ocultação de cadáver. Entre as medidas estavam comparecer mensalmente à sede do juízo competente para informar endereço residencial atualizado, não se ausentar da Região Metropolitana do Recife por mais de 15 dias sem prévia comunicação ao juízo competente, e entregar os respectivos passaportes no prazo de cinco dias úteis.
O magistrado justificou que os suspeitos ainda não tinham sido condenados por outro crime doloso, com sentença transitada em julgado, o que seria um pré-requisito para decretar a prisão preventiva. O juiz, inclusive, não acatou fiança estipulada pela delegada responsável pelas investigações, Carmem Lúcia. O valor chegou a R$ 1,9 milhão para a farmacêutica e o engenheiro.
Os dois suspeitos deixaram a Delegacia de Camaragibe ainda na madrugada de ontem em direção à Delegacia de Prazeres. De lá, pela manhã, seguiram com escolta policial para o Fórum de Jaboatão. Antes da audiência de custódia, Jussara chegou a adormecer na cela de espera do fórum. Ambos também receberam orientações do advogado deles, Alexandre Oliveira.
Na audiência de custódia, mãe e filho voltaram a falar de uma viagem em família programada para o mês passado, mas cancelada porque o médico estaria com depressão. Voltaram a afirmar que o cardiologista sumiu sem deixar pistas e que procuraram a polícia para falar sobre o desaparecimento.
Remédios 
De acordo com a delegada Carmem Lúcia, quando à polícia chegou à residência da família, em Aldeia, na quarta-feira, Danilo ficou na sala de estar da casa e a mãe ministrava alguns remédios para o filho. “Jussara acompanhou o trabalho da perícia, mas a gente percebia que ela tentava evitar que a polícia fosse próximo à cacimba. E ela também tomava medicações. Danilo chegou a sugerir que o pai havia se suicidado e os dois parecem muito unidos”, relatou Carmem Lúcia.

Por: Marcionila Teixeira

Por: Rosália Vasconcelos

Foto Facebook

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STJ derruba tese de “racismo reverso” em que homem branco acusava negro

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Por unanimidade, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que não há injúria racial contra brancos. Os ministros seguiram o entendimento do relator, Og Fernandes.

A tese do “racismo reverso” foi analisada no caso de um homem branco que acusava um negro de injúria racial em razão da cor de sua pele. Pela lei brasileira, o crime de injúria racial é equiparado ao de racismo.

Os ministros concluíram que uma pessoa branca não pode ser vítima de racismo. Com isso, o pedido do réu foi aceito, determinando que o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) não julgue o caso com base no argumento de racismo reverso. Apesar da falta de embasamento, o TJ-AL vinha insistindo em levar o julgamento adiante.

O caso

O homem negro havia sido denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) por injúria contra um italiano branco, casado com sua tia. A situação ocorreu na cidade alagoana de Coruripe.

O réu trocou mensagens com o italiano, afirmando que ele possuía uma cabeça “branca, europeia e escravagista”. De acordo com a defesa, feita pelo Instituto do Negro de Alagoas, isso ocorreu após negócios frustrados entre os dois. O homem negro teria trabalhado sem receber do branco, que também teria prometido parte de um terreno e não cumprido o acordo.

A Defensoria Pública da União (DPU) alegou a impossibilidade da existência de “racismo reverso”. Segundo a DPU, a Lei de Racismo tem o objetivo de proteger grupos sociais historicamente discriminados por sua própria existência, não sendo possível incluir nela pessoas que pertencem a grupos historicamente privilegiados.

Fonte: CNN

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Haddad diz que queda do dólar e safra devem conter preço dos alimentos

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta terça-feira (4) que a pressão sobre os preços dos alimentos deve diminuir nos próximos meses com a queda do dólar e a safra recorde em 2025.

“O dólar estava a R$ 6,10, está a R$ 5,80. Isso já ajuda muito”, afirmou o ministro ao ser questionado sobre a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que apontou um “cenário adverso” para a inflação dos alimentos no médio prazo.

Haddad disse estar “muito confiante de que a safra deste ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro,

vai ser uma safra muito forte. Isso também vai ajudar”.

A ata do Copom destacou que os preços dos alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi.

O ministro da Fazenda observou que variáveis econômicas como o câmbio e a inflação “se acomodam em outro patamar, e isso certamente vai favorecer”. Ele lembrou que o governo e o Congresso promovem um esforço de contenção de R$ 30 bilhões no Orçamento, com o objetivo de reduzir pressões fiscais sobre a política monetária.

O Copom estima que a inflação de 12 meses deverá se manter acima da meta do Banco Central até junho, o que configuraria “descumprimento da meta”, de acordo com o novo modelo de metas contínuas.

Para Haddad, esse novo modelo, que prevê uma busca contínua por se manter na faixa de tolerância, “permite uma melhor acomodação” da política monetária pelo BC.

O regime de meta de inflação atual determina que o índice deve ficar em 3% no acumulado em 12 meses, com bandas de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Se ficar acima do limite da banda por mais de 6 meses seguidos, há o descumprimento da meta.

Por Agência Brasil

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Vereador Pitel Filho adere à base aliada do prefeito Fabinho

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O vereador Pitel Filho, uma das novas revelações da política de Salgueiro, eleito para a Câmara de Vereadores pela primeira vez em 2024, aderiu à base aliada do prefeito Fabinho Lisandro. Nesta terça-feira, 4, Fabinho e Pitel conversaram na sede da administração municipal, chegando a um entendimento para marcharem juntos em prol do desenvolvimento do município.

Com a nova adesão, o prefeito soma 10 vereadores em sua base aliada na Casa Epitácio Alencar, o que ajudá-lo na aprovação de projetos importantes do seu Plano de Governo. O primeiro já passou pelo crivo do legislativo, que foi a reestruturação do Funpressal (Fundo de Previdência dos Servidores de Salgueiro).

Fabinho demonstra assim muita habilidade e capacidade de dialogar, sobretudo com aqueles que pensam em favor do desenvolvimento e progresso de Salgueiro.

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