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Política

Só Forças Armadas impedem golpes, diz Bolsonaro

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Em posse do ministro da Defesa, presidente diz que comandante do Exército é responsável por ‘eu estar aqui’

presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta (2) que as Forças Armadas do Brasil são obstáculo para quem quer usurpar o poder no país. A declaração foi feita na transmissão de cargo para o novo ministro da Defesa, a única prestigiada pelo mandatário, capitão reformado do Exército, além da posse dos novos ministros que atuam no Palácio do Planalto.

O evento em que o general de quatro estrelas (topo da hierarquia) da reserva Fernando Azevedo e Silva virou ministro foi um dos mais concorridos do dia de posses em Brasília, dado simbólico em um governo fortemente marcado pela presença de militares de alta patente em seu núcleo decisório. “A situação em que o Brasil chegou é prova inconteste de que o povo, em sua grande maioria, quer respeito, quer ordem, quer progresso”, afirmou.

Disse que os militares, que comandaram uma ditadura de 1964 a 1985, foram esquecidos. “Esquecidos por quê? Porque as Forças Armadas, senhor ministro [Dias] Toffoli [presidente do Supremo, presente], senhora [procuradora-geral da República, também no evento] Raquel Dodge, são na verdade um obstáculo para aqueles que querem usurpar o poder”, disse.

“O tempo passou, as Forças Armadas sofreram um brutal desgaste perante a classe política, mas não junto ao povo, que continua acreditando em nós”, disse. A frase vai contra tudo o que as Forças Armadas desejam neste momento, que é a identificação política com o novo governo, embora o próprio comandante do Exército já tenha dito em entrevista recente que isso acaba sendo inevitável na retórica ao menos.

Ao longo da campanha eleitoral, Bolsonaro cercou-se de militares da reserva, que comandaram a confecção de seus planos de governo. Em mais de um momento foi levantado o temor de que isso significasse uma tutela de farda sobre o poder civil, algo de resto diferente da ideia clássica de um golpe.

Bolsonaro, que não discursou na posse pela manhã no Planalto, fez uma fala considerada algo deselegante por alguns dos generais presentes no evento. Nela, criticou de forma indireta Fernando Henrique Cardoso, a quem já disse que teria mandado fuzilar na ditadura -os militares de forma geral têm os anos FHC no poder (1995-2002) no poder como um dos piores momentos do pós-redemocratização.

Falando que irá recompor a carreira militar, ainda dependente de regulamentação, o presidente fez uma retrospectiva. Falou de José Sarney (1985-1990), Fernando Collor de Mello (1990-92), hoje senador e que estava presente, e Itamara Franco (1992-94). Elogiou os esforços deles sobre a carreira, mas quando foi falar de FHC disse que “depois tivemos outro governo, o senhor [o ministro Azevedo e Silva] sabe qual foi”. Falou que a categoria teve problemas, “em especial comigo, mas seguimos a nossa jornada”.

A plateia riu, mas houve censura velada em rodas de conversa após o fim da solenidade. Os governos petistas subsequentes e o mandato de Michel Temer não foram nem citados, ainda que o presidente tenha se apressado em agradecer a presença de Raul Jungmann, civil que ocupou a pasta de 2016 a 2018. Bolsonaro lembrou que foi um dos três deputados a votar contra a criação do Ministério da Defesa, em 1999 sob FHC, por considerar que ele não atendia naquele momento as demandas militares.

Azevedo e Silva será o segundo militar a chefiar a pasta, substituindo o também general da reserva de quatro estrelas Joaquim Luna e Silva. Entre os vários elogios dispensados, Bolsonaro dedicou uma fala especial ao comandante do Exército que deixará o cargo, general Eduardo Villas Boas.

Considerado um grande fiador de moderação nos turbulentos dois anos do governo Temer, ele disse que o general é “um dos responsáveis por eu estar aqui”, citando uma conversa que ambos tiveram entre os dois turnos da eleição. “O que já conversamos fica entre nós”, disse. Oficiais, questionados sobre o real significado da fala enigmática de Bolsonaro, apenas disseram que ele queria se dizer agradecido pelo papel de Villas Bôas, recusado a ideia de tutela militar sobre o novo governo.

Já Azevedo e Silva também citou o balanço institucional da nova conjuntura em sua fala. Elogiou em seu discurso o papel do Judiciário e do Ministério Público Federal em prol da “estabilidade nacional”. Disse a Toffoli e a Dodge que eles são “catalisadores da estabilidade nacional”.

Ambos estavam presentes à posse do general. Azevedo e Silva foi chamado por Toffoli quando ele assumiu a presidência do Supremo, em setembro de 2018, para o assessorar e sempre foi visto como uma ponte de ligação entre as Forças Armadas e o Judiciário para garantir interlocução nas eventuais turbulências do governo Bolsonaro. Agora, seu peso político multiplicou-se –não menos porque generais como o novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, deixaram seu papel de consultores de campanha e agora estão no próprio governo, reforçando a teoria da tutela militar.

Heleno seria o vice de Bolsonaro, mas uma questão eleitoral acabou tirando o seu PRP da coligação do agora presidente. O cargo acabou com o polêmico general Hamilton Mourão, que em 2017 defendeu a intervenção militar em caso de caos civil e deixou a ativa no começo de 2018. Sobre a frase de Bolsonaro acerca de Villas Bôas, Heleno desconversou.

O novo ministro da Defesa fez uma deferência à mídia, agradecendo sua presença na cerimônia e o papel de cobrança de autoridades –uma postura bem diferente da de Bolsonaro e de seus entorno, hostis à imprensa. Ele ressaltou que as Forças Armadas irão agir apenas dentro do que estabelece a Constituição, inclusive em questões de segurança pública.

De saída do cargo, o também general Joaquim Silva e Luna despediu-se com um discurso no qual defendeu o trabalho de sua pasta. Elogiou sua equipe, “uma seleção da Copa de 1970 de amigos”, e citou valores caros ao bolsonarismo. “Nesse mundo volátil, é preciso ter valores sólidos. Vemos instituições destruídas pela falta de Deus”, disse.

Bolsonaro o elogiou bastante e disse que, no que depender dele, o general “não vai botar o pijama, não”. Há especulação de que ele poderá ser aproveitado em algum cargo no Planalto.

Por Folhapress.

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Política

Bolsonaro é levado a SP para tratar erisipela e obstrução intestinal

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O ex-presidente Jair Bolsonaro, que estava internado em um hospital de Manaus, está sendo transferido para o Hospital Vila Nova Star, na capital paulista. A informação é do advogado e assessor do ex-presidente Fábio Wajngarten.

Wajngarten informou em suas redes sociais que o ex-presidente já está em voo e vai “dar seguimento ao seu tratamento de obstrução intestinal, aos cuidados do cirurgião Dr (Antonio) Macedo, bem como ao quadro infeccioso de erisipela, com antibióticos endovenosos, aos cuidados da equipe de infectologia do hospital Vila Nova Star”.Bolsonaro foi atendido no último sábado (4) no Hospital Santa Júlia, em Manaus, com um quadro de erisipela. No domingo (5), ele chegou a ser internado no hospital para tratar a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, erisipela é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. A doença não é contagiosa e é causada pela bactéria Estreptococo, que penetra na pele.

Fonte: JC

 

 

           

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Política

Governistas e oposição trocam acusações sobre enchentes no Rio Grande do Sul

O senador Humberto Costa (PT) comparou no X (antigo Twitter) as ações de Lula com as do ex-presidente durante enchentes ocorridas na Bahia, entre o final de 2021 e o início de 2022.

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As enchentes que atingem dois terços dos municípios do Rio Grande do Sul, deixando 83 mortos, 111 desaparecidos e mais de 149 mil pessoas fora de casa até esta segunda-feira, 6, têm levado governistas e opositores a discutirem nas redes sociais sobre supostos culpados pelo que é considerado o pior desastre climático já enfrentado pelo Estado.

Apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazem comparações com as enchentes que ocorreram durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência, enquanto aliados do ex-presidente reclamam de falta de ação do governo federal.

O senador Humberto Costa (PT) comparou no X (antigo Twitter) as ações de Lula com as do ex-presidente durante enchentes ocorridas na Bahia, entre o final de 2021 e o início de 2022. “Naquele momento, o ex-presidente Bolsonaro estava de férias, passeando de jet ski em Santa Catarina e seguiu como se nada (estivesse acontecendo). Agora, o RS vive uma tragédia semelhante, também fruto da emergência climática. Lula foi ao Estado, conversou com as pessoas, acompanhou as ações que estão sendo realizadas pelo governo federal e garantiu toda ajuda possível”, escreveu o senador.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também relembrou a emergência causada pelas fortes chuvas na Bahia, que resultou em 28 mortes. Zambelli disse, em seu perfil na rede social, que Lula “se omite” e “quer colocar a responsabilidade na conta do Congresso”, enquanto Bolsonaro teria “disponibilizado imediatamente” R$ 700 milhões em apoio às regiões afetadas.

Bolsonaro, na época presidente, viajou para o litoral paulista e para Santa Catarina de férias em meio a emergência. Ele chegou a dizer que esperava “não ter que retornar antes” do previsto para o fim das férias, 3 de janeiro, por conta da situação.

O presidente editou uma medida provisória em 31 de dezembro de 2021, que abriu crédito extraordinário no valor de R$ 700 milhões para o Ministério da Cidadania, para socorrer cidades da Bahia e de Minas Gerais afetadas pelas enchentes. As fortes chuvas que ocasionaram a tragédia começaram dia 7 de dezembro na Bahia, causando os primeiros alagamentos e, depois, se repetiram no Sudeste.

Lula esteve reunido no Estado gaúcho com ao menos nove ministros, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, no fim de semana. Neste domingo, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública em 336 municípios gaúchos.

A decisão, na prática, permite que os locais atingidos pelo desastre climático recebam recursos para a reconstrução das cidades. Em paralelo, Planalto e Congresso discutem a elaboração de um pacote de socorro para o Estado. Na manhã desta segunda, subiu para 364 o número de cidades afetadas. Lula prometeu verbas para que o Estado se recupere das enchentes e disse que vai liberar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras em encostas.

A deputada federal do Rio Grande do Sul Maria do Rosário (PT) relatou no X uma reunião na manhã desta segunda-feira que coordenou entre Lula, ministros e a bancada parlamentar gaúcha, em que os ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e Nísia Trindade, da Saúde, anunciaram a liberação de emendas parlamentares no valor de R$ 548 milhões para a pasta de Nísia. Também foi anunciado na página oficial do governo federal o repasse de R$ 928 milhões para o Estado, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Entre as críticas, sobrou até para a Madonna. O foco do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) em suas últimas postagens é o show da cantora pop, realizado neste sábado, 4, no Rio de Janeiro. Ele repostou uma publicação que diz que há “dois países diferentes” no Brasil, um que enfrenta as enchentes e está “abandonado pelo governo”, e outro que assiste ao que chamou de “espetáculo de chorume moral protagonizado por uma depravada decadente”, referindo-se ao show em Copacabana.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) argumentou seguindo a mesma linha, mas atacando a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por agradecer Madonna na rede social. A ministra foi homenageada pela cantora no telão do show deste sábado. “No dia em que bebês estavam boiando mortos no RS”, disparou o deputado. Nikolas também tem usado as redes para pedir apoio e doações para as vítimas da tragédia.

Em entrevista concedida à CNN Brasil nesta sexta-feira, 3, a ministra disse que houve “quatro anos de apagão em termos de política climática”, referindo-se ao período em que Bolsonaro esteve à frente da Presidência.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) viajou até o Estado natal e tem concentrado suas postagens em repassar informações da Defesa Civil gaúcha, além de agradecer aos outros Estados que têm contribuído enviando doações e voluntários para as cidades atingidas. O deputado também agradeceu o próprio irmão, o bombeiro militar gaúcho Steven van Hattem, que está trabalhando no resgate das vítimas. “Que Deus abençoe ainda mais quem tem bom coração”, postou com uma foto, em que o irmão carrega uma idosa vítima da tragédia em Novo Hamburgo.

O governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), publicou uma fotografia com Lula e agradeceu “a todo o apoio do governo federal e das forças nacionais de segurança pelo que tem feito ao povo gaúcho”. O tucano ainda fez um apelo ao presidente, para que os dois petista sigam “focando no que é o lema de sua gestão (federal), a união e a reconstrução”. Ao lado de Lula, Pacheco e Lira, Leite disse neste domingo que “não é hora de procurar culpados”.

Foto  Jefferson Rudy/Agência Senado

Por Estadão

           

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Política

Lula envia PDL ao Congresso para dar celeridade às ações do governo de assistência ao RS

“Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a gente contribua com a recuperação do Estado do Rio Grande do Sul”, disse Lula.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou, na segunda-feira, 6, um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para dar celeridade às ações do governo federal de assistência ao Rio Grande do Sul. De acordo com o chefe do Executivo, este será o primeiro de um grande número de atos que a gestão assinará de apoio ao Estado.

“Nesta reunião, vou assinar uma mensagem e enviar ao Congresso Nacional um projeto de decreto legislativo que visa dar celeridade para que as coisas atendam a necessidade do Rio Grande do Sul”, afirmou Lula nesta tarde. “O decreto é o primeiro passo para as coisas começarem a andar.” O Palácio do Planalto, contudo, não detalhou o conteúdo do ato.

A reunião ocorre nesta tarde e conta com a presença dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, além dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, do Planejamento, Simone Tebet, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da Gestão, Esther Dweck, e da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias.

“Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a gente contribua com a recuperação do Estado do Rio Grande do Sul, com a melhoria da vida das pessoas e facilitar naquilo que a gente puder facilitar, obviamente que dentro da lei, a vida do povo gaúcho”, comentou o chefe do Executivo. “Vou assinar aqui a mensagem e esse é o primeiro de um grande número de atos que vamos fazer em benefício aos nossos irmãos do Rio Grande do Sul.”

Foto Ricardo Stuckert

Por Estadão

           

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