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Alta da Selic: como o choque de juros e a inflação de dois dígitos afetam seu orçamento, seu emprego e seus financiamentos

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O Banco Central voltou a subir a taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira, no maior choque de juros na economia brasileira em 20 anos. Essa foi à sétima alta só em 2021.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu pelo aumento de 1,5 ponto percentual, como já era previsto pelos agentes de mercado, elevando a Selic para 9,25% ao ano.

Mesmo com o país em recessão, especialistas afirmam que a medida foi necessária porque a inflação acumula alta superior a 10% nos últimos 12 meses.

Inflação e juros altos são uma combinação perversa para o orçamento das famílias, a saúde financeira das empresas e as contas do governo. Entenda, abaixo, como este cenário afeta sua rotina.

O Comitê ressaltou que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores que empurram os preços para duas direções diferentes:

“Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico. Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do país”.

Boletos e contas do mês

A alta dos preços comprime a renda das famílias. Com a conta do supermercado mais cara, o reajuste maior na escola, os remédios e o plano de saúde subindo, pode faltar salário no fim do mês.

Muitas famílias recorrem ao crediário para fazer as compras caberem no orçamento. Quando a inflação sobe, o orçamento aperta e fica mais difícil honrar as prestações. E a taxa Selic mais alta têm impacto direto no custo do crediário.

Em outubro, a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou a 343% ao ano, a maior desde 2017. E nunca o brasileiro usou tanto este tipo de crédito de emergência: o total postergado no rotativo alcançou R$ 21,6 bilhões, recorde histórico.

Investimentos

A inflação também corrói os ganhos das aplicações financeiras. Mesmo com os juros mais altos – o que garante retorno maior para quem põe suas reservas na renda fixa – a escalada dos preços faz o dinheiro valer menos.

Até outubro (último balanço fechado disponível), nenhum dos principais tipos de fundos de investimento tiveram ganho acima da inflação. Os fundos de renda fixa valorizaram no máximo 5,55% em 12 meses, bem menos do que a alta de preços no período, que foi de 10,67% pelo IPCA, índice de inflação ao consumidor usado nas metas do governo.

O novo patamar da Selic vai mudar a regra de correção da poupança. Quando a taxa básica de juros supera 8,5%, a regra de reajuste da caderneta é alterada e passa a ser de 0,5% ao ano mais a TR.

A regra muda, o ganho aumenta um pouquinho frente ao atual, mas a caderneta segue rendendo pouco acima de 6% ao ano, e abaixo da inflação caso a alta de preços siga no atual patamar de dois dígitos.

Martin Iglesias, especialista líder em investimentos e alocação de ativos do Itaú Unibanco, aponta que a alta da Selic gera oportunidades atrativas para todos os perfis de risco.

— Títulos indexados à inflação e Bolsa já apresentavam potenciais importantes para quem aceita riscos maiores e, agora, os investimentos mais conservadores indexados ao DI também projetam rentabilidades reais interessantes. O importante é investir de acordo com o perfil de cada pessoa, ressalta.

Emprego e salários

Com a alta dos juros, um remédio amargo para combater a inflação, a tendência é que as famílias comprem menos (o crediário fica mais caro) e as empresas reduzam seus investimentos (o custo do financiamento para o setor produtivo aumenta).

O resultado é menos vendas no comércio, menos produção na indústria e, com isso, menor abertura de postos de trabalho.  O desemprego caiu nos últimos meses, mas ainda atinge 13,5 milhões de brasileiros.

E, ao mesmo tempo, quem está empregado sofre com a inflação corroendo o valor do seu salário. Nos últimos 12 meses, a renda média do trabalhador brasileiro recuou 11,1% –  a maior queda já registrada na série histórica do IBGE.

Financiamento imobiliário

A alta de juros tem impacto direto nas prestações da casa própria. A maioria dos contratos no mercado são atrelados, de alguma forma, à TR, taxa de juros que sobe quando a Selic é elevada pelo Banco Central.

Mas a inflação também pesa. O setor de construção civil tem se queixado de uma alta de custos que será repassada ao preço dos imóveis.

Além disso, há algumas modalidades de crédito imobiliário atreladas ao IPCA, o índice de inflação usado nas metas do governo e que superou 10% nos últimos 12 meses.

Custo para as empresas

A alta de custos é uma queixa recorrente das empresas brasileiras que, muitas vezes, dado o cenário de um país em recessão, não conseguem repassar para os preços de seus produtos essa pressão.

Além disso, a alta da Selic torna mais cara a gestão do fluxo de caixa e o crédito para financiar uma expansão do negócio.

Contas do governo

Num primeiro momento, a inflação é um presente para as contas públicas. Eleva arrecadação e dá a falsa sensação de orçamento mais equilibrado. Mas, a longo prazo, vem o custo. A inflação eleva as despesas com aposentadorias e pensões do INSS, principal rubrica dos gastos do governo.

A alta de juros para combater a inflação pressiona a dívida pública, já que a maior parte dos títulos emitidos pelo governo para se financiar são corrigidos pela Selic.

 

 

 

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Brasil

Caminhoneiro morre após pneu explodir durante calibragem em GO

Edson Rodrigues de Jesus calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão.

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Um caminhoneiro morreu na terça-feira (3) após ser atingido por um pneu que estourou em Padre Bernardo (MG).

Edson Rodrigues de Jesus, de 40 anos, calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão. Conhecido como ”Breno” pelos moradores da cidade, ele estava em uma borracharia no momento do acidente.

Ao explodir, o pneu foi arremessado contra o homem. Segundo a delegada Alessandra Oliveira, o motivo da explosão pode ter sido uma solda que fragilizou a estrutura do objeto.

Ele morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, as circunstâncias do caso ainda são apuradas e uma perícia está sendo aguardada.

A Prefeitura de Padre Bernardo publicou uma nota de pesar pela morte de Edson. O evento ”Arraiá do Grupo Melhor Idade” também foi adiado em solidariedade à vítima, que havia participado da organização.

Foto Sergio Flores/Getty Images

Por Folhapress

           

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Brasil

Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

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O Pantanal enfrenta desde 2019 o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma, de acordo com um estudo inédito lançado nesta quarta-feira (3). Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.

O estudo foi encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão. O diferencial em relação a outras análises baseadas em dados de satélite é o uso de dados do satélite Planet.

“Graças à alta sensibilidade do sensor do satélite Planet, pudemos mapear a área que é coberta pela água quando os rios transbordam. Ao analisar os dados, observamos que o pulso de cheias não aconteceu em 2024. Mesmo nos meses em que é esperado esse transbordamento, tão importante para a manutenção do sistema pantaneiro, ele não ocorreu”, ressalta Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil que é também uma das autoras do estudo.

“De forma geral, considera-se que há uma seca quando o nível do Rio Paraguai está abaixo de 4 metros. Em 2024, essa medida não passou de 1 metro. O nível do Rio Paraguai nos cinco primeiros meses deste ano esteve, em média, 68% abaixo da média esperada para o período”, afirma Helga. “O que nos preocupa é que, de agora em diante, o Pantanal tende a secar ainda mais até outubro. Nesse cenário, é preciso reforçar todos os alertas para a necessidade urgente de medidas de prevenção e adaptação à seca e para a possibilidade de grandes incêndios.”

Na Bacia do Alto Rio Paraguai, onde se situa o Pantanal, a estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro e abril, e a estação seca, entre maio e setembro. De acordo com o estudo, entre janeiro e abril de 2024, a média da área coberta por água foi de 400 mil hectares, em pleno período de cheias, abaixo da média de 440 mil hectares registrada na estação seca de 2023.

De acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira. A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

“O Pantanal é uma das áreas úmidas mais biodiversas do mundo ainda preservadas. É um patrimônio que precisamos conservar, por sua importância para o modo de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade”, ressalta Helga.

Além dos eventos climáticos que agravam a seca, a redução da disponibilidade de água no Pantanal tem relação com ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens e estradas, o desmatamento e as queimadas, explica Helga.

De acordo com a especialista em conservação do WWF-Brasil, diversos estudos já indicam que o acúmulo desses processos degradação, acentuados pelas mudanças climáticas, pode levar o Pantanal a se aproximar de um ponto de não retorno – isto é, perder sua capacidade de recuperação natural, com redução abrupta de espécies a partir de um certo percentual de destruição.

Outra preocupação é que as sucessivas secas extremas e as queimadas por elas potencializadas afetam a qualidade da água devido à entrada de cinzas no sistema hídrico, causando mortalidade de peixes e retirando o acesso à água das comunidades. “É preciso agir de forma urgente e mapear onde estão as populações tradicionais e pequenas comunidades que ficam vulneráveis à seca e à degradação da qualidade da água”, diz ela.

A nota técnica traz uma série de recomendações como mapear as ameaças que causam maiores impactos aos corpos hídricos do Pantanal, considerando principalmente a dinâmica na região de cabeceiras; fortalecer e ampliar políticas públicas para frear o desmatamento; restaurar áreas de Proteção Permanente (APPs) nas cabeceiras, a fim de melhorar a infiltração da água e diminuir a erosão do solo e o assoreamento dos rios, aumentando a qualidade e a quantidade de água tanto no planalto quanto na planície, e apoiar a valorização de comunidades, de proprietários e do setor produtivo que desenvolvem boas práticas e dão escala a ações produtivas sustentáveis.

Fonte: Agência Brasil

           

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Gasolina fica mais cara no primeiro semestre e chega a R$ 6,02, aponta índice

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O preço da gasolina subiu 5% no primeiro semestre de 2024, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O aumento foi impulsionado pela alta de 11% no preço do petróleo no mercado internacional e pela inflação, resultando em um preço médio de R$ 6,02 por litro em junho.

O etanol teve uma alta ainda maior, de 11%, atingindo um preço médio de R$ 3,99. Regionalmente, o Norte apresentou a gasolina mais cara, com uma média de R$ 6,40 por litro, enquanto o Nordeste registrou o etanol mais caro, a R$ 4,64.

Comparado ao primeiro semestre de 2023, os motoristas estão pagando 9% a mais pela gasolina e 2% a mais pelo etanol.

O Acre teve o preço mais alto da gasolina, R$ 6,88 por litro, e Sergipe registrou o etanol mais caro, a R$ 5,08. São Paulo apresentou os menores preços para ambos os combustíveis, com a gasolina a R$ 5,77 e o etanol a R$ 3,77, empatado com o Mato Grosso.

Por Conexão Política

           

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