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Brasil

Baixa cobertura vacinal de poliomielite acende alerta para risco de retorno da doença

Atualmente, no país, a cobertura vacinal da poliomielite em crianças de até cinco anos está em 61%, segundo dados do SI-PNI obtidos pela plataforma DataSUS. Nos anos anteriores, essa taxa já vinha caindo, de cerca de 80%, em 2016, para 70%, em 2020.

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O Brasil corre risco de retorno da poliomielite, doença causada pelo vírus da pólio e que havia sido erradicada na década de 1990, quando o país se tornou um local livre do patógeno.

Porém, a queda da cobertura vacinal e a diminuição da sensação de perigo da doença, aliadas a uma série de dificuldades estruturais do PNI (Programa Nacional de Imunização), puseram em xeque o certificado de erradicação da pólio. E, nos dois últimos anos, a pandemia da Covid agravou ainda mais esse cenário.

Em setembro, a Opas (Organização Pan-americana para a Saúde), braço nas Américas da OMS (Organização Mundial da Saúde), declarou o Brasil como país de muito alto risco para pólio.

De acordo com a pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Isabella Ballalai, o alerta de muito alto risco do país é devido a uma cobertura vacinal abaixo de 95% em crianças menores de cinco anos com a possibilidade de reintrodução do vírus a qualquer momento, como aconteceu recentemente em Nova York, o primeiro caso nas Américas desde 1994.

“Esse risco é definido por vários critérios, e o Brasil, além de não atingir mais a cobertura vacinal preconizada, também não consegue cumprir com os demais critérios”, diz a médica.

Atualmente, no país, a cobertura vacinal da poliomielite em crianças de até cinco anos está em 61%, segundo dados do SI-PNI obtidos pela plataforma DataSUS. Nos anos anteriores, essa taxa já vinha caindo, de cerca de 80%, em 2016, para 70%, em 2020.

Os dados ainda incompletos para este ano mostram que a menor taxa de cobertura vacinal do país se concentra nas regiões Norte (38,8%) e Nordeste (41%), enquanto a cobertura mais alta é na Centro-Oeste (46,6%).

O esquema vacinal das crianças com menos de cinco anos consiste em um esquema primário, com vacina de vírus inativado (chamada de VIP) de três doses, aos dois, quatro e seis meses. Já o reforço é feito aos 15 meses e aos quatro anos de idade, com a vacina oral de vírus atenuado, a famosa vacina “da gotinha”.

A reportagem ouviu seis especialistas para entender a situação atual do Brasil e, segundo eles, em primeiro lugar é preciso entender que a diminuição da cobertura vacinal é um fenômeno que tem múltiplos fatores e não é exclusivo do país.

“A queda nas coberturas vacinais é um fenômeno global, não é só aqui, e que acontece desde 2016 e 2017. Em 2018, após uma grande mobilização nacional com os gestores de saúde conseguimos recuperar [a cobertura vacinal], mas essa queda se acentuou em 2019 e, com a pandemia, esse trabalho ficou prejudicado”, explica a epidemiologista e ex-coordenadora do PNI (de 2011 a 2019), Carla Domingues.

Segundo Domingues, alguns desses fatores são a própria percepção de falta de risco da doença, uma vez que ela foi erradicada, o desconhecimento da importância da vacinação e, mais recentemente, a disseminação de desinformações sobre imunização.

“Se a população não vê aquela doença como algo grave, embora ela ache importante vacinar, ela não vai priorizar a vacinação, e isso é um dos fatores que contribui para a queda”, afirma.

Além disso, a dificuldade no acesso à vacina, dado o tamanho do território brasileiro e as diferenças regionais, é outro fator.

“Uma cidade do tamanho de São Paulo tem as suas estratégias para ampliar a vacinação, como abrir os postos aos finais de semana, durante a noite. Mas essas estratégias não são as mesmas do Amazonas, onde é preciso pensar em uma estratégia de levar a vacina ativamente para a população”, diz.

Essas atividades, porém, ficaram prejudicadas nos últimos anos com a diminuição dos recursos voltados para comunicação, treinamento e priorização da campanha de vacinação nacional, segundo o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz.

“As coberturas menores no Norte e Nordeste do país trazem a reflexão no que diz respeito ao acesso e o que está sendo feito ativamente. Quanto menor a presença de políticas de saúde da família no município, mais difícil será aumentar a cobertura”, explica.

Para o infectologista, seria importante, no cenário atual, estratégias unificadas de priorização da vacinação. “Se aquele pai ou aquela mãe não consegue levar o filho para vacinar no posto em horário de trabalho, buscar fazer campanhas nas escolas, fazer uma busca ativa, são estratégias que podem funcionar e melhorar a cobertura.”

A mesma visão é partilhada pelo pediatra e professor associado da Faculdade de Medicina da USP Gabriel Oselka. “Ninguém mais conhece um caso de poliomielite, não existe essa percepção de risco. Antes, a população adulta inteira era ‘imunizada’ pela chamada imunidade de rebanho por causa das altas coberturas vacinais e hoje, com a falta de percepção do risco, isso já deixou de ser uma realidade.”
O médico, que coordenou ações de imunização no estado de São Paulo, lembra ainda que essa visão, aliada às fake news, criou um terreno fértil para a atuação dos grupos antivacina nos últimos anos.

Por Folhapress

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Brasil

Polícia investiga dupla que imitou macaco durante roda de samba no Rio

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância; testemunhas estão sendo ouvidas.

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A Polícia Civil do RJ começou a investigar um homem e uma mulher que aparecem em um vídeo imitando macacos durante uma roda de samba na sexta-feira (19), no centro da capital.

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Testemunhas estão sendo ouvidas. Os policiais também tentam identificar e intimar os dois para prestarem esclarecimentos na delegacia.

Eles imitaram os animais durante a apresentação do grupo musical Pede Teresa, na Praça Tiradentes, região central do Rio de Janeiro. Nas imagens, o homem a mulher andam em círculos, fazem gestos de coçar a cabeça e imitam sons de macaco.

O músico Alex Oliveira dos Santos, dono do grupo, afirmou à reportagem no domingo (21) que registraria um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (22). “Parece que eles são argentinos que estão aqui a passeio. Nós vamos tomar as providências para investigar esse crime que eles cometeram”.

Nas redes sociais, a vereadora Mônica Cunha (PSOL), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara do Rio, cobrou respeito. “Porque quando for para frequentar os nossos espaços, nos respeite. Porque nós não vamos admitir o racismo sob as nossas vidas nunca mais”.

O grupo Pede Teresa disse que seguirá com denúncia “até as últimas consequências”. “Racismo é crime e não vamos tolerar”, afirmou o grupo musical, em post no Instagram.

Por Folhapress

           

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Brasil

Tempo seco deve predominar na maior parte do Brasil, diz alerta do Inmet

A umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 30% em todo o Centro-Oeste e em parte das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou alertas de perigo potencial devido ao tempo seco na maior parte do território brasileiro nesta segunda-feira, 22. A umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 30% em todo o Centro-Oeste e em parte das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

Algumas áreas têm previsão de umidade ainda mais baixa, com riscos de incêndios florestais e à saúde. Os estados mais afetados serão Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com suas capitais dentro da área de alerta, o que também inclui parte dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rondônia.

Nessas áreas, a umidade relativa do ar deve ficar entre 12% e 20% no período das 14h às 17h, segundo

o Inmet. O tempo seco acende alertas para a saúde das pessoas, já que está relacionado à maior incidência de doenças respiratórias e outros problemas, como desconforto nos olhos, boca e nariz, além de ressecamento na pele.

A baixa umidade do ar está relacionada à passagem de uma grande massa de ar seco pelo Brasil, que tem sido responsável pela elevação das temperaturas principalmente no Centro-Oeste e Norte do País.

Veja a previsão do tempo nas capitais brasileiras nesta segunda-feira:

Aracaju (SE): temperatura mínima de 23°C e máxima de 28°C;

Belém (PA): temperatura mínima de 23°C e máxima de 36°C;

Belo Horizonte (MG): temperatura mínima de 12°C e máxima de 27°C;

Boa Vista (RR): temperatura mínima de 24°C e máxima de 31°C;

Brasília (DF): temperatura mínima de 15°C e máxima de 25°C;

Campo Grande (MS): temperatura mínima de 20°C e máxima de 32°C;

Cuiabá (MT): temperatura mínima de 20°C e máxima de 37°C;

Curitiba(PR): temperatura mínima de 7°C e máxima de 25°C;

Florianópolis (SC): temperatura mínima de 13°C e máxima de 24°C;

Fortaleza (CE): temperatura mínima de 23°C e máxima de 32°C;

Goiânia (GO): temperatura mínima de 13°C e máxima de 30°C;

João Pessoa (PB): temperatura mínima de 21°C e máxima de 29°C;

Macapá (AP): temperatura mínima de 24°C e máxima de 35°C;

Maceió (AL): temperatura mínima de 20°C e máxima de 28°C;

Manaus (AM): temperatura mínima de 23°C e máxima de 35°C;

Natal (RN): temperatura mínima de 21°C e máxima de 29°C;

Palmas (TO): temperatura mínima de 19°C e máxima de 34°C;

Porto Alegre (RS): temperatura mínima de 13°C e máxima de 24°C;

Porto Velho (RO): temperatura mínima de 22°C e máxima de 37°C;

Recife (PE): temperatura mínima de 23°C e máxima de 28°C;

Rio Branco (AC): temperatura mínima de 21°C e máxima de 35°C;

Rio de Janeiro (RJ): temperatura mínima de 13°C e máxima de 27°C;

Salvador (BA): temperatura mínima de 20°C e máxima de 27°C;

São Luís (MA): temperatura mínima de 24°C e máxima de 34°C;

São Paulo (SP): temperatura mínima de 12°C e máxima de 26°C;

Teresina (PI): temperatura mínima de 18°C e máxima de 35°C;

Vitória (ES): temperatura mínima de 17°C e máxima de 26°C.

Foto  PixaBay

Por Estadão

           

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Brasil

Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar ‘inabitável’ em 50 anos; entenda

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As alterações climáticas são situações que afetam a população global. Nesse sentido, as diferentes nações, especialmente em algumas partes do mundo, não estão isentas da consequência que a aceleração desse fenômeno pode ter. É o que aponta relatório recente da Nasa (agência espacial americana) que desatou alarde ao alertar que em 50 anos, ou seja, aproximadamente no ano 2070, haveria algumas áreas do mundo que poderiam se tornar inabitáveis devido ao aquecimento global.

A Nasa indica que esse relatório foi feito com dados de satélite que alertam sobre o aumento das temperaturas e da umidade, que podem inviabilizar a vida humana em determinadas regiões. O estudo ressalta também que, entre as próximas três e cinco décadas, algumas áreas da Terra já não terão as condições adequadas para o desenvolvimento da vida humana. Esse importante dado foi obtido através de um indicador térmico específico: bulbo úmido.

A temperatura de bulbo úmido, também conhecida como temperatura úmida, é uma medida da temperatura do ar que leva em consideração a temperatura ambiente e a umidade relativa. Ou seja, é a temperatura sentida na pele quando ela está molhada e exposta ao ar em movimento, segundo o portal Sencrop.

A Nasa menciona que o bolbo húmido permite identificar as zonas do planeta que estão em risco e destaca os cinco locais que poderão ficar “inabitáveis” ​​num período máximo de cinco décadas:

– Sul da Ásia: esta região, onde vivem milhares de milhões de pessoas, poderá registar temperaturas de bulbo húmido superiores a 35 graus Celsius até 2070. Isto significa que a combinação de calor e humidade poderá atingir níveis perigosos para a saúde humana, mesmo para pessoas saudáveis.

– Golfo Pérsico e Mar Vermelho: as temperaturas nessas regiões também já são extremamente elevadas e a previsão é a de que aumentem ainda mais nas próximas décadas. A combinação de calor e umidade poderá tornar a região inabitável até 2070.

– Partes da China, Sudeste Asiático e Brasil: essas regiões também poderão enfrentar condições inabitáveis ​​nas próximas décadas, embora o prazo exato seja mais incerto; porém, a derrubada de árvores e o consumo irresponsável de recursos naturais podem provocar uma aceleração no aumento da temperatura ambiental.

Fonte: Exame

           

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