Política
Bolsonaro tem quadro estável e sem previsão de alta da UTI
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De acordo com a nota do hospital, Bolsonaro não apresentou complicações após o procedimento
O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, apresenta “evolução clínica estável” e não tem previsão de alta na UTI, diz boletim emitido por volta das 19h desta quinta-feira (13) pelo hospital Albert Einstein, em São Paulo.
De acordo com a nota do hospital, Bolsonaro recebe analgésicos para controle de dor e não apresentou sangramentos ou outras complicações após o procedimento. “Permanece afebril, sem sinais de infecção e com função renal normal. Se mantém em jejum oral e com alimentação parenteral (endovenosa) exclusiva”, diz a nota
Bolsonaro, que foi esfaqueado no dia 6 em Juiz de Fora (MG), está internado no hospital paulistano desde o dia 7.
Na madrugada, o presidenciável foi submetido a uma cirurgia de emergência que durou pouco mais de uma hora.
Segundo o hospital, Bolsonaro teve náuseas e foi submetido a uma tomografia. O resultado levou a equipe médica a submetê-lo a uma nova cirurgia, que durou cerca de uma hora, conduzida pelo médico Antônio Macedo.
Foram retiradas aderências que obstruíram o intestino delgado, e corrigida uma fístula surgida em uma das suturas feitas na operação inicial após o atentado em Juiz de Fora.
Por Folhapress.
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Política
Moraes reage a post do governo Trump e diz que Brasil deixou de ser colônia em 1822
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu a soberania do Brasil e afirmou que o país deixou de ser colônia em 1822. Sem citar os Estados Unidos, o magistrado citou a independência do Brasil e a construção da ONU contra o nazismo.
Moraes deu as declarações durante a sessão plenária da corte nesta quinta-feira (27), antes de iniciar o relatório de casos sobre a Lei de Abuso de Autoridade que relata. Ele participa por videoconferência.
O ministro Alexandre de Moraes, durante sessão Adriano Machado – 27.nov.24 Reuters Um homem calvo, com expressão séria, está sentado em uma cadeira de couro amarelo. Ele usa um terno escuro e uma gravata azul clara. Ao fundo, há outras pessoas em um ambiente que parece ser uma sala de reuniões ou tribunal. “Reafirmo nosso juramento integral de defesa da Constituição brasileira e pela soberania do Brasil, pela independência do Poder Judiciário e pela cidadania de todos os brasileiros e brasileiras, pois deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma República independente e cada vez melhor”, disse.
Até então, os ministros do Supremo vinham minimizado as ações tomadas em território americano, desde que a empresa de mídia de Trump, a Truth Social, e a Rumble, plataforma de vídeos, recorreram à Justiça na Flórida para que as ordens do ministro sejam declaradas ilegais.
Sob reserva, magistrados e assessores próximos a eles afirmam que não há impacto significativo sobre a rotina do Supremo e negam grandes preocupações em relação aos movimentos do presidente americano, de aliados e de bolsonaristas no país.
Alvo prioritário da ofensiva, Moraes diz a interlocutores que não tem o hábito de viajar aos EUA, não tem bens imóveis ou patrimônio no país e, portanto, não estaria dando muita importância às medidas por não ser afetado por elas.
Os demais magistrados mantêm linha parecida. Até o momento, acompanham o noticiário, mas sem se mobilizarem internamente para pedir uma posição institucional de defesa ou resposta.
Ainda na terça-feira (25), antes da publicação do Departamento de Estado dos EUA, o decano do Supremo, Gilmar Mendes, afirmou em conversa com jornalistas ser extravagante a apresentação de uma ação judicial contra Moraes em um tribunal americano, mas sem grande impacto.
“É algo muito extravagante uma empresa que sofra algum tipo de sanção aqui entrar com ação nos Estados Unidos contra o juiz que tomou a medida. A forma de impugnar as decisões judiciais é impugnar perante a própria corte que é competente”, disse.
Por Folhapress
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Política
Lula e Tarcísio exaltam diálogo em evento com vaia a governador e coro ‘sem anistia’
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O presidente Lula (PT) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) exaltaram o diálogo firmado entre os dois durante o lançamento do edital para a construção do túnel Santos-Guarujá, nesta quinta-feira (27), uma parceria entre as duas gestões.
O evento em Santos também teve vaias a Tarcísio, coro de “sem anistia” e menções à tentativa de golpe para reverter o resultado das eleições de 2022.
Tarcísio foi ministro de Jair Bolsonaro (PL) e, com o aliado inelegível, é um dos cotados para disputar a Presidência em 2026 pelo campo da direita. Lula poderá disputar a reeleição no ano que vem.
O governador sentou-se na primeira fileira do evento, ao lado de Lula. Em duas ocasiões, a plateia cantou o coro “sem anistia”, em referência ao perdão discutido no Congresso aos manifestantes golpistas que invadiram e depredaram prédios públicos no 8 de janeiro. Tarcísio já defendeu a anistia publicamente.
Também houve reações, do ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), às revelações sobre a tentativa de golpe para reverter o resultado das eleições de 2022.
Nesta semana, Tarcísio classificou como “forçação de barra” e “revanchismo” a denúncia que implicou Bolsonaro no crime.
“Enquanto alguns maquinavam o assassinato de seus adversários, Lula promove o diálogo e estende as mãos em benefício do povo e do desenvolvimento do Brasil”, afirmou Alckmin, que, segundo a Polícia Federal, teve sua morte tramada por militares golpistas.
Em sua fala, Lula disse que a fotografia tirada nesta quinta-feira talvez marque um novo momento para o Brasil. E afirmou a Tarcísio que ele está “fazendo história” com as parcerias que estão construindo.
“Pode ficar certo que o povo compreende o que está acontecendo. Tem gente do lado do Tarcísio que não gosta de vê-lo do meu lado. Tem gente do meu lado que não gosta de me ver do teu lado. Temos que ter consciência que só temos um lado: atender bem o povo de São Paulo e do Brasil.”
O presidente disse ainda que aquele momento representava uma promessa de campanha: trazer o Brasil de volta à normalidade. “Não fomos eleitos para brigar, fomos eleitos para compartilhar nosso esforço e fazer com que o povo sinta prazer em ser governado por alguém preocupado com ele”, afirmou.
Tarcísio agradeceu a Lula por ter colocado o túnel como prioridade. Mencionou uma ocasião, em meio às conversas sobre o projeto, em que o presidente disse que não era hora de discussão política, porque precisavam atender o cidadão.
O governador afirmou que esse momento mostra que “é possível sentar na mesa e construir”. “As diferenças têm que ser deixadas de lado para que a gente chegue num consenso e possa atender a população”, disse.
Tarcísio foi vaiado duas vezes ao mencionar investimentos na região feitos pela Sabesp, privatizada em sua gestão. Na primeira delas, Lula levantou as mãos em um gesto de lamento.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), foi um dos que exaltaram o diálogo entre Lula e Tarcísio. Pressionado por bolsonaristas a pautar a anistia do 8 de janeiro, afirmou que buscará a convergência à frente da Casa.
“Nosso povo cansou de conflitos, não quer mais radicalismo, não aguenta mais viver numa tensão que só faz mal a nós mesmos”, disse.
“Enquanto presidente da Câmara fiz questão de estar pessoalmente aqui para dizer que à frente daquela Casa Legislativa vamos tentar replicar esse momento de convergência na pauta da Casa.”
A construção do túnel Santos-Guarujá chegou a gerar desconforto entre as gestões Lula e Tarcísio. Inicialmente, o governo federal pretendia construir o túnel por meio de obra pública, com verbas da União, do estado e da Autoridade Portuária de Santos.
Depois, porém, a Autoridade Portuária sinalizou que dispensaria a participação do governo estadual no projeto. A instituição é vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, dirigido por Silvio Costa Filho (Republicanos), colega de partido de Tarcísio.
O governador ficou incomodado com a tentativa de escanteamento, argumentando a aliados que ele havia tocado o projeto enquanto ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro. Tarcísio foi então ao Planalto para conversar diretamente com Lula e selar um acordo de parceria para a construção do túnel.
Foto Getty
Por Folhapress
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Política
Bolsonaro desdenha de ‘Ainda estou aqui’ e detona Fernanda Torrres
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, e atacou a atriz Fernanda Torres durante uma entrevista ao Portal Léo Dias. A declaração ocorre no momento em que o Brasil ganha destaque na corrida pelo Oscar, com a produção concorrendo à premiação internacional.
Ao ser questionado se assistiu ao longa e se estava torcendo pelo Brasil no Oscar, Bolsonaro ironizou a produção e fez um paralelo com sua própria trajetória política. “O filme tinha que começar comigo”, afirmou. Sem responder diretamente sobre a obra, o ex-presidente resgatou teorias sobre Rubens Paiva, político cassado e desaparecido na ditadura militar. “Família Paiva, você tem que falar em Eldorado Paulista, minha cidade. Você tem que falar em maio de 70, quando passou o Lamarca na cidade. Por que o Lamarca achou aquele lugar de guerrilha? Pode ser que não tenha nada a ver com o Rubens Paiva”, declarou.
Mesmo diante da insistência do jornalista, Bolsonaro admitiu que não viu o filme. “Eu não tenho tempo de ver filme, até ler livro é quase impossível pra mim”, disse. Quando questionado se estava torcendo pela produção brasileira no Oscar, desviou do tema e respondeu apenas: “O brasileiro ganha em qualquer lugar”.
O ex-presidente também direcionou críticas à atriz Fernanda Torres, protagonista do longa, após ela ter declarado que o filme não poderia ter sido feito durante o governo Bolsonaro. “A mensagem ali é política. Ela falou que no meu governo não seria possível fazer aquele filme. Não seria por quê? Eu proibi algum filme no meu governo? Eu arrumei a Lei Rouanet, se bem que não tem Lei Rouanet nesse filme. Eu não persegui ninguém. Meu governo não perseguiu ninguém”, afirmou.
Em resposta, o jornalista Léo Dias questionou Bolsonaro sobre denúncias de perseguição a artistas críticos de sua gestão. “Nem aquele pessoal do movimento Ele Não? Porque eu conheço artistas ali e logo depois a Receita Federal foi para cima deles, foi isso que haviam me dito”, perguntou. O ex-presidente negou qualquer envolvimento e declarou: “Eu não determinei nada disso”.
O filme Ainda Estou Aqui aborda temas relacionados à ditadura militar no Brasil e tem gerado debates sobre memória e justiça. A obra se destaca na temporada de premiações internacionais e representa o Brasil no Oscar deste ano.
Foto Getty
Por Notícias ao Minuto
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