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Educação

Buraco sem fundo: Fundeb sofre com evasão de impostos.

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Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, que pode ser extinto em 2020, teve nos últimos nove anos, apenas 8,24% da arrecadação de impostos redistribuída a estados e municípios.
Com uma carga tributária de 32,43% de tudo o que o país produz (Produto Interno Bruto, o PIB), o Brasil é considerado uma das nações que mais cobram impostos no mundo. Uma parte desses recursos é direcionada para a educação, que atualmente recebe cerca de 6% do PIB, com a possibilidade de aumentar esse investimento para 10% até 2024, segundo a meta 20 do Plano Nacional de Educação, cuja intenção é ampliar os recursos públicos no setor.

Embora haja algumas tentativas de melhorar o modelo educacional brasileiro com pouco recurso financeiro, especialistas são quase unânimes em dizer que é impossível fazer educação de qualidade sem um bom aporte governamental.

Distorções

Criado em 2007 para ajudar a financiar a educação pública no país e para substituir o antigo Fundef, atual­mente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é composto por uma cesta de 20% de impostos arrecadados por estados e municípios – com complementação da União – e redistribuídos por repartição de receita. Assim, todo o dinheiro do Fundo é redistribuído por número de matrículas, de modo que haja uma equalização no âmbito de cada estado do valor disponível por aluno para todas as redes municipais e estaduais de ensino.

Um levantamento feito pela revista Educação – a partir de dados divulgados pelo Tesouro Nacional e pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) – revela que nos últimos nove anos os recursos redistribuídos pelo Fundeb para os 26 estados, além do Distrito Federal, a partir de impostos como o ICMS, IPI, IPVA, ITCMD e ITR representam apenas 8,24% do total arrecadado pela União e pelos próprios estados entre os anos de 2010 e 2018 em todas as unidades da Federação.

Estados com menos recursos (como Ceará, Alagoas e Bahia, por exemplo) recebem retorno de cerca de 5% da sua arrecadação através dos recursos do Fundeb. No Maranhão, que possui municípios mais pobres e tem mais participação do Fundo percentualmente, só se conseguiu redistribuir para o estado 4,3% da arrecadação total dos impostos mencionados, o menor índice do país.

“O Fundeb representa ajuda mútua e colaborativa entre os entes, ou seja, falar deste Fundo representa pensar na educação como um todo e não em um estado da Federação específico. A redistribuição desproporcional é decorrente do critério de distribuição dos recursos, que tem por base a quantidade de matrículas nas escolas públicas e conveniadas. Os dados apresentados pela revista Educação indicam a aplicação do princípio da solidariedade, essencial ao federalismo cooperativo, modelo de organização do Estado adotado pelo Brasil”, afirma Felipe Costa Camarão, secretário de Educação do Maranhão.

Já o Rio Grande do Sul, um dos estados mais ricos da Federação e com 8,70% de retorno dos recursos do Fundo, acredita que o atual modelo do Fundeb recompensa apenas os municípios e acaba onerando os cofres estaduais.

“A sistemática do Fundeb faz com que os estados transfiram mais recursos para o Fundo do que recebem de retorno. O Rio Grande do Sul, por exemplo, teve perdas financeiras próximas a R$ 1,5 bilhão com o Fundeb em 2018, e a previsão para o conjunto dos estados passa dos R$ 30 bilhões, com tendência crescente”, aponta a Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul.

Alto e baixo

Autor do estudo técnico n° 24/2017 da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (Conof/CD), em que é demonstrado que municípios de nível socioeconômico alto dispõem de 79% mais dinheiro por aluno que os municípios de nível socioeconômico baixo, o consultor Claudio Riyudi Tanno explica que a efetivação do Fundeb representou uma minirreforma tributária, de modo a promover uma repartição de impostos mais equitativa, no âmbito de cada estado.

“Há transferências líquidas dos governos estaduais a municípios, da ordem de R$ 25 bilhões anuais, muitas vezes tratado como perdas. Municípios de pequeno porte também perdem recursos. Para os parlamentares, em vista da situação fiscal de estados e municípios, haveria uma maior resistência a alterações que repactuem essa repartição tributária”, salienta o consultor legislativo.

Tanno ainda diz que o fim do Fundeb, previsto para acontecer no dia 31 de dezembro de 2020, segundo a Emenda Constitucional nº 53, promulgada em 19 de dezembro de 2006, geraria o colapso financeiro dos municípios.

“Sem o Fundo, os municípios aplicariam 25% de seus impostos, o que é insuficiente para cobrir as despesas de pessoal, cujo comprometimento pode ultrapassar 90% dos recursos do Fundeb em municípios com essa dependência. Haveria o colapso das finanças municipais”, alerta.

Além do ICMS, IPI, IPVA, ITCMD e ITR, a cesta tributária do Fundeb também é composta pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Desoneração das Exportações (LC nº 87/96), receitas da dívida ativa e de juros e multas incidentes.

Novo Fundeb

Com a previsão de expirar no final de 2020, diversas são as especulações e as propostas para que se desenhe um novo modelo do Fundeb, em que haja ainda mais equidade e um mecanismo mais redistributivo para estados e municípios.

Além disso, duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs), uma no Senado e outra na Câmara dos Deputados, pretendem incorporar o modelo de redistribuição do Fundo à Constituição.

Apresentado pela deputada federal reeleita professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), uma das ideias da PEC 15 é aumentar a porcentagem de complementação da União de 10% para 30%.

“A União deveria contribuir mais com essa cesta do Fundo e mais estados e municípios passariam a receber maior complementação da União, havendo assim uma melhor redistribuição de recursos em nosso país”, opina o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima.

Todos os anos o Ministério da Educação determina um valor mínimo anual por estudante na redistribuição dos recursos do Fundeb, que é válido para todo o país.

De acordo com a Portaria Interministerial 6/2018, no ano passado esse valor foi de R$ 3.227,36. Aqueles que não atingem o valor mínimo acabam sendo contemplados pelo repasse da União. Em 2018, receberam os repasses os estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí, além dos seus respectivos municípios.

Segundo o especialista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Camillo de Moraes Bassi, estados e municípios poderiam investir diretamente no Fundeb o mínimo constitucional – 25% de toda a arrecadação – destinado a educação.

Para ele, um novo Fundeb pode acumular recursos suficientes à implantação do CAQi, mecanismo criado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação que traduz em valores o quanto o Brasil precisa investir por aluno ao ano, em cada etapa e modalidade da Educação Básica Pública, para garantir, ao menos, um padrão mínimo de qualidade do ensino.

“A alavancagem do Fundeb via incorporação dos mínimos constitucionais seria uma maneira de induzir uma maior participação da União – uma espécie de soft power, já que a complementação tem como limite mínimo a somatória de todos os fundos estaduais – ocorrência que não pode ser desprestigiada”, comenta o pesquisador.

Advogada da área educacional e mestre em Direito pela FGV/SP, Alynne Nayara Ferreira Nunes acredita que essa discussão sobre os repasses da União ganhará força durante o ano legislativo. “A União tem mais condições financeiras e tributárias para destinar mais recursos à educação, do que os estados e municípios – muitos em grave crise fiscal e que dependem do repasse dos recursos do Fundeb para manter funcionando minimamente sua estrutura educacional”, destaca.

Robin Hood

Para o coordenador de projetos do Todos pela Educação e participante do grupo de especialistas que se dedicam à formulação de propostas para um novo Fundeb, Caio de Oliveira Callegari, o Fundo funciona, na verdade, como uma espécie de “Robin Hood”, repartindo recursos de quem tem muito com quem tem pouco. Na prática, o Fundeb permite que os municípios mais pobres, em média, dobrem a disponibilidade de recursos para investir por aluno (valor aluno/ano).

“Se o município tem pouco recurso para o número de alunos que tem, ele vai ser um recebedor líquido do Fundeb. Um município que tem muito imposto e pouco estudante perde para o Fundeb porque ele manda 20% dos seus impostos e recebe pouco de volta. É esse processo de tirar de quem tem muito e dar para quem tem pouco. A ideia é que nós nos aproximemos de um patamar de equidade que seja razoável através de condições financeiras também equalizadas para investimento por estudante da educação básica”, aponta o especialista.

Com pouco mais de 70 mil habitantes, segundo o IBGE, o município de Santa Luzia, que fica a 294 quilômetros de São Luís, no Maranhão, arrecada pouco imposto e por isso está entre as cidades que mais recebem verbas percentualmente do Fundeb (se levado em conta o número de matrículas e o valor aluno/ano). No ano passado, esse percentual foi de 88,7% dos R$ 3.238,58 gastos por aluno no município.

Abastecida por uma economia simples baseada na agricultura e na pecuária, Santa Luzia possui mais de 17 mil alunos matriculados em todos os níveis da educação básica em 154 escolas com 1.200 profissionais ligados ao magistério, além de 496 pessoas que trabalham nessas escolas. Neste ano, a cidade deve receber mais de R$ 60 milhões de recursos oriundos do Fundo. A população teme pelo fim do Fundeb.

“Desconsiderar as receitas do Fundo seria decretar o fim do nosso sistema de ensino. Além disso, jamais teríamos condições de pagar o piso salarial nacional dos nossos docentes”, afirma o secretário de Educação do município, Antonio da Silva.

Assim como os alunos, professores e funcionários do município de Santa Luzia, milhões de pessoas ligadas à Educação serão afetadas com a falta de recursos provenientes do Fundeb caso ele seja mesmo extinto no fim de 2020.

Um estudo do movimento Todos pela Educação mostra que, em 4.810 municípios brasileiros, o Fundeb corresponde a 50% de tudo o que se gasta por aluno a cada ano. Em 1.102 desses municípios, a participação do Fundo chega a 80% do total. Além disso, 60% de todo o dinheiro do Fundeb serve para pagar salários de professores.

“O fim do Fundeb traria um caos para as redes de ensino do país. Se o Fundeb deixar de existir essa fonte de recursos vai secar. Ao secar, as redes de ensino não vão ter condição de pagar professor, comprar uniforme, merenda, pagar transporte escolar. Além disso, boa parte dessas redes que vivem com o dinheiro do Fundo atendem estudantes de nível socioeconômico mais baixo. Acabar com esses recursos faria com que voltasse uma grande desigualdade em termos de recursos a disposição, porque o dinheiro voltaria para os municípios mais ricos, enquanto os municípios mais pobres não teriam mais o dinheiro do Fundo”, alerta Callegari.

Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC e responsável pela administração do Fundeb, somente em 2018 foram investidos R$ 149,2 bilhões na educação infantil, ensinos fundamental e médio, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Dados do próprio FNDE ainda mostram que os recursos aplicados na educação básica a partir do Fundeb quase triplicaram entre 2007 e 2015. Nesse período, estados e municípios receberam mais de R$ 844 bilhões do Fundo para investir em educação. (Frederico Guimarães)

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Educação

Inscrição para concurso da Justiça Eleitoral com 412 vagas termina nesta quinta

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As inscrições para o concurso unificado da Justiça Eleitoral terminam na próxima quinta-feira (18), às 18h, no horário oficial de Brasília. Ao todo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e 26 tribunais regionais eleitorais (TREs) oferecerão 412 vagas para 21 cargos das carreiras de analista e de técnico judiciário, ambos de nível superior de ensino, em diversas especialidades.

O concurso irá preencher vagas de cargos efetivos dos quadros de pessoal da Justiça Eleitoral, além da formação de cadastro reserva. O cargo com a maior oferta é o de técnico judiciário – área administrativa, com 208 vagas.

A remuneração mensal para analista judiciário é R$ 13.994,78 e para técnico judiciário, R$ 8.529,65, exceto para o cargo de técnico judiciário, na especialidade de agente da polícia judicial, de R$ 9.773,56. A jornada de trabalho será de 20 a 40 horas semanais, conforme o cargo de admissão.

O certame prevê ainda reserva de 20% de vagas para pessoas negras, 10% para pessoas com deficiência e 3% para indígenas.

Inscrição

A inscrição deve ser feita pelo site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), a empresa que organizará o concurso.

Para concorrer aos cargos, é necessário ter diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de superior na área de atuação pretendida, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação, e registro no órgão de classe, quando requisitado.

A solicitação de inscrição com isenção de taxa também pode ser feita no mesmo endereço eletrônico. O edital prevê duas situações para o pedido de isenção. O candidato deve ser membro de família de baixa renda, inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), e ser doador de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, conforme a Lei nº 13.656/2018. A documentação referente à solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição deve ser enviada de forma eletrônica no site do Cebraspe.

Para concorrer a uma das vagas reservadas a pessoas com deficiência (PcD), o candidato deverá enviar, via upload, a imagem legível do laudo assinado por médico da área da deficiência do candidato, com a data de emissão de, no máximo, 36 meses anteriores ao último dia de inscrição neste concurso público.

Taxa de inscrição

A taxa de inscrição é R$ 130, para quem quer concorrer aos cargos de analista judiciário, e R$ 85, para os de técnico judiciário.

O prazo para o pagamento da taxa é até 9 de agosto. O candidato deverá usar a Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança), gerada na conclusão do preenchimento da ficha de inscrição online, no site do Cebraspe. O documento pode ser pago em qualquer banco, em casas lotéricas e agências bancárias. Se o candidato optar pelo pagamento via Pix, deve usar o QR code apresentado na GRU Cobrança.

Fases

A seleção ocorrerá por meio da aplicação de provas objetivas para todos os cargos; prova discursiva somente para os postos de analista judiciário; teste de aptidão física somente para agente da polícia Judicial; e avaliação de títulos somente para os cargos de analista judiciário.

Todas as fases do concurso serão realizadas nas capitais dos 26 estados da federação e no Distrito Federal. E as provas objetivas e discursiva serão aplicadas de forma simultânea em 22 de setembro de 2024.

Fonte: IstoÉ

           

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Educação

Concurso de Professor: TCE deve determinar que Governo de Pernambuco nomeie quase 5 mil concursados

O site apurou que o TCE deve manter decisão favorável aos professores na fila de reserva do concurso e exigir que o Governo de Pernambuco faça nomeação.

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A Auditoria Especial criada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) para avaliar a possibilidade de nomear aprovados no cadastro de reserva do concurso do cargo de professor na rede estadual deve emitir parecer favorável aos concursados em aguardo. 

O site jamildo,com apurou que a conclusão do TCE-PE sobre o recurso do Governo de Pernambuco irá determinar que quase cinco mil concursados do cadastro reserva sejam nomeados

A Auditoria Especial deve ser concluída ainda neste mês de julho, quando o TCE encerrará a análise da defesa da Secretaria de Educação de Pernambuco. 

A situação pode indicar que os contratos temporários no cargo de professor que estejam nessas vagas sejam dispensados de suas posições, de forma planejada, para não prejudicar a continuidade do ano letivo nas instituições de ensino.  

Caso dos contratos temporários para professor

O TCE iniciou a auditoria para apurar o caso após o Governo de Pernambuco entrar com recurso contra a medida cautelar que determinava à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) que nomeasse os aprovados no concurso.

A medida cautelar foi revista em sessão plenária do Tribunal de Contas presidida pelo Conselheiro Carlos Neves, em 08 de maio. A decisão anterior favorável aos professores foi concedida pelo Conselheiro Substituto Marcos Flávio Tenório de Almeida, em 21 de março. 

O recurso do estado foi parcialmente aceito pelo TCE, que retirou a exigência de que os contratos temporários fossem imediatamente substituídos pelos concursados na fila de reserva.

O processo foi iniciado após uma das candidatas classificadas no concurso denunciar o Governo ao TCE sob a alegação de que a rede de educação pública estadual mantinha contratos temporários para professor, em vez de convocar os aprovados que aguardavam nomeação. 

Tal posição foi acatada pelo Tribunal, que considerou a conduta da SEE sobre as contratações uma infração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

A determinação do relator do processo é de que, enquanto houver um cadastro reserva com candidatos aprovados, a secretaria não poderá renovar ou criar novos contratos para função. 

A decisão permitia a manutenção dos profissionais contratados até a conclusão da auditoria especial e determinou que a SEE não criasse ou renovasse contratos temporários no cargo de professor, salvo situações excepcionais. 

Acompanhe notícias de economia e política em jamildo.com, editado pelo jornalista Jamildo Melo, ex-titular do Blog de Jamildo do Jornal do Commercio (JC).

Por Jamildo

           

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Educação

“Não podemos empobrecer a experiência do estudante”, afirma o novo secretário de Educação de Pernambuco ao destacar a reforma do ensino médio

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O novo secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Alexandre Schneider, considerou positiva a aprovação do projeto de lei da nova reforma do ensino médio pela Câmara dos Deputados. Segundo Schneider, o modelo, que agora seguirá para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com mudanças a serem implementadas já em 2025, foi construído dentro do que era possível “diante de uma situação política complexa”.

O substitutivo apresentado pelo deputado federal e relator do PL, Mendonça Filho (União-PE), manteve as 2,4 mil horas para os cursos de ensino médio regulares, com garantia de flexibilidade de 600 horas para os itinerários formativos, nos quais os estudantes poderão escolher aprofundamentos nas áreas de conhecimento (linguagens; matemática; ciências da natureza; e ciências humanas e sociais aplicadas). Para os estudantes que optarem pelo itinerário da formação técnica e profissional, será preservada a carga horária de até 1.200 horas para os cursos que exigem maior carga horária para a formação profissional, a exemplo de cursos técnicos da área de saúde e de tecnologia da informação.

Diante das mudanças, Alexandre Schneider afirmou à coluna Enem e Educação, nesta quarta-feira (10), que o Governo do Estado vai iniciar uma pesquisa com os estudantes pernambucanos — do 9º ano do ensino fundamental, dos 1º, 2º e 3º anos do ensino médio e aqueles que já concluíram os estudos — para identificar o que esses jovens querem para o futuro e o que os faz permanecer na escola.

A ideia é que a rede estadual de ensino possa ofertar uma formação mais robusta a partir dos dados coletados. “O que foi feito, esse retorno [do aumento da carga horária para formação geral básica], é um bom caminho, porque possibilita que tenhamos um itinerário técnico para aqueles que desejam ter, mas fortalece a formação geral básica. Mesmo o estudante que opta pelo técnico, ele precisa de uma formação geral boa para seguir a profissão ou para eventualmente ir para a universidade enquanto trabalha. Não podemos empobrecer a experiência desse estudante”, comentou o secretário da Educação.

AÇÕES COMPACTUADAS JUNTO COM OS PROFESSORES

Ex-secretário municipal de Educação de São Paulo, Alexandre Schneider também falou sobre o desafio de assumir a pasta em Pernambuco, adiantando que, por ter apenas dois anos pela frente, não pretende ficar “olhando para o lado ou para trás”.

“Aqui nós temos uma boa história do ensino médio e que pode melhorar. A governadora tem dito muito, e ela tem razão, que Pernambuco já mostrou que pode mais. O estado saiu de uma situação muito ruim, hoje ele se encontra em uma situação muito boa relativa, mas ainda tem 7% dos alunos com aprendizagem adequada, que é a média nacional. Então a gente precisa garantir que todos aprendam”, disse em entrevista à coluna Enem e Educação.

Com isso, o secretário da SEE-PE quer desenhar um indicador para as desigualdades educacionais em todo o território estadual. “Não adianta eu ter uma média boa, ter um grande número de contingente de alunos que estão na escola, mas não estão aprendendo. Nós temos que trabalhar para que as escolas olhem para as desigualdades por raça, gênero e situação de vulnerabilidade”, pontuou Schneider.

Esse planejamento, que busca elevar a qualidade do ensino, também passa, principalmente, por apoiar os docentes que fazem parte da rede. “Todas as discussões sobre currículos, materiais e formações precisam ser feitas com os professores, eles precisam acreditar nesse trabalho. Então, nesse período, em especial com o novo currículo que a gente vai ter que rapidamente mudar, vamos trabalhar para que eles possam ser agentes desse processo, possam dizer aquilo que está faltando e a gente possa correr atrás”, completou o secretário estadual de Educação.

Fonte:JC

           

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