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Política

Carlos Bolsonaro é discreto na Câmara, mas barulhento nas redes

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Quem chega ao gabinete 905 da Câmara Municipal do Rio pode pensar que está na assessoria do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Trata-se, porém, do local de trabalho do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), de 35 anos, para onde ele voltou na terça-feira, 27, após deixar a equipe de transição. Filho do meio do primeiro casamento de Jair, é o mais ligado ao pai, segundo pessoas próximas à família, e também o mais impulsivo, com um histórico de aversão à mídia e paixão pelas redes sociais.

No gabinete do vereador está estampada a adoração de Carlos pelo presidente eleito – o que pode ser vista também em seu braço, numa tatuagem com o rosto do pai. Ali estão diplomas de Jair na Academia Militar das Agulhas Negras, no curso de paraquedista, além de medalhas militares e o certificado de mergulhador autônomo. Também há quadros pintados com a figura do agora presidente eleito. Até o início deste ano, era ali que Jair Bolsonaro podia ser encontrado uma vez por semana – o gabinete funcionou como um dos QGs da campanha à Presidência.

Em agosto, o vereador se licenciou da Câmara para se dedicar à campanha. Prorrogou a licença mais de uma vez, inclusive após a eleição para auxiliar o pai na transição. O voo de Carlos rumo à administração federal, porém, foi interrompido pelo próprio presidente eleito, quando prestigiou um desafeto do filho, o advogado Gustavo Bebianno – a quem deu a função de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Até então, era esperado que Carlos assumisse uma função próxima ao pai, como uma espécie de conselheiro. No gabinete de Carlos, funcionários até estudaram as legislações que tratam de nepotismo. Mas a ideia foi descartada depois que Bebianno, já indicado, afirmou que o vereador poderia ser o titular da Secretaria de Comunicação – um sinal público de que o advogado teria mais importância que ele.

Carlos foi o primeiro filho de Bolsonaro a entrar para a política. Foi eleito pela primeira vez para a Câmara em 2000, aos 17 anos, e assumiu em janeiro de 2001, com 18 anos recém-completados. Antes disso, tentou cursar Direito por seis meses, mas não gostou das aulas e desistiu. Já eleito, passou a frequentar o curso de Ciências Aeronáuticas pela Universidade Estácio de Sá, onde se formou.

Na Câmara, onde está há quase 18 anos, sua conduta é discreta, com poucos discursos e leis aprovadas. Neste período, o vereador assinou 42 leis aprovadas, a maioria como coautor. Seu chefe de gabinete, o sargento da Marinha da reserva Jorge Luiz Fernandes, admite que o mandato apresente “poucos projetos”, mas quando apresenta, são textos “cavernosos” (sic), diz. “Os projetos que a gente faz tem realmente interesse público, não são de Dia da Vovó ou do Gari. A pauta dessa semana, por exemplo, tem projetos que não funcionam para p… nenhuma”, afirmou Fernandes.

Em seu retorno à Casa, no entanto, Carlos foi cortejado por grande parte de seus colegas – alguns até lhe pediram selfies. Foi chamado para ler a ata da sessão e se sentou à mesa da Presidência do plenário para abrir o expediente – algo incomum, segundo assessores da Casa. Avesso à mídia tradicional, Carlos não quis dar entrevista e demonstrou irritação, em certos momentos, com o assédio dos repórteres.

Um dos projetos de que Carlos mais se orgulha foi o primeiro que conseguiu aprovar: uma emenda à Lei Orgânica do Rio que terminava com o voto secreto nas discussões da Câmara. Outra lei de sua autoria que destaca é a que criou o Banco Municipal de Recolhimento de Cordão Umbilical para cura de doenças de recém-nascidos. Carlos também costuma trabalhar para barrar projetos que vão contra bandeiras “da família”, como os de diversidade de gênero, e pela Escola sem Partido. Pouco interage com os outros vereadores ou com os seus dois colegas de partido. Costuma agir com independência em relação ao PSC e consulta apenas um líder: seu pai.

Mas o que Carlos mais gosta de fazer, segundo seus assessores, é “trabalhar nas redes sociais”. “Ele fica o tempo todo aqui no celular, no Twitter”, diz o chefe de gabinete. A dedicação do vereador foi vista como fundamental para a vitória do pai na Presidência. Foi pelas redes sociais que Bolsonaro conduziu sua campanha – tinha apenas oito segundos no rádio e na televisão. No anúncio em que deixava a transição de governo, Carlos também avisou que não administraria mais as páginas do pai nas redes, uma tarefa iniciada em 2010, quando publicou no Facebook de Jair uma foto dele com os filhos, mergulhando.

O contato entre pai e filho é próximo. Carlos mora no mesmo condomínio de Jair, em uma casa em nome do presidente eleito. Divide o local com um primo, que também é uma espécie de secretário para assuntos burocráticos, e uma cadela da raça poodle. No gabinete, fotos da cachorrinha são as únicas que dividem espaço com imagens do pai.

Reservado

Carlos praticamente abandonou seus prazeres, como praticar crossfit na praia e frequentar clubes de tiro. Diferente do irmão mais velho que é casado, e do mais novo, que casará em maio, o vereador tem uma namorada que mora no Sul, mas pouco a vê, segundo amigos. “Carlos é uma pessoa que quer ter uma vida normal, mas sabe que não tem. Também evita ambientes em que lhe perguntam sobre política, mesmo sendo político 24 horas. Não tem liberdade, mas quer ter. Ele é meio ermitão”, define Fernandes. Com informações do Estadão Conteúdo. (Do PE notícias)

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Lula diz que quer debater política de segurança pública com os 27 governadores

Lula deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, cujo áudio foi divulgado pela assessoria.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que quer discutir uma política de segurança pública com os 27 governadores dos Estados. Ele deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, cujo áudio foi divulgado pela assessoria.

“Eu agora vou discutir uma política de segurança pública. Não vou fazer junto com Lewandowski Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça aqui, junto com a Casa Civil, com a Advocacia-Geral da União um projeto de segurança. Não. Vou chamar os 27 governadores de Estado para dizer o seguinte: o governo federal quer participar da questão da segurança pública. Queremos saber qual é o nosso papel, onde a gente entra, como a gente pode ajudar”, disse o presidente da República.

Lula afirmou que a política de segurança é mais estadual do que federal. “Mas queremos construir uma coisa para esse país para dar um pouco de tranquilidade”, disse o petista.

Foto getty

Por Estadão

           

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Valdemar diz que saída de Salles do PL depende de Bolsonaro e abre caminho para desfiliação

O parlamentar tem convite para se filiar ao Novo e quer disputar o Senado em 2026.

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, diz que vai liberar a desfiliação do deputado federal Ricardo Salles (SP) do partido caso isso seja aprovado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Depende do Bolsonaro”, disse Valdemar à reportagem, ao ser questionado. Com isso, o dirigente demonstra mais flexibilidade no tema e abre caminho para que Salles deixe o partido, uma vez que o ex-presidente, de quem o deputado é próximo, não deve impor barreiras à migração.

Salles já conversou com Bolsonaro e deve ainda falar com Valdemar. O parlamentar tem convite para se filiar ao Novo e quer disputar o Senado em 2026.

O Novo, por sua vez, tem pressa na chegada de Salles, que seria o quinto congressista da legenda e assim garantiria que seus candidatos na eleição municipal sejam convidados para debates na TV, como manda a lei. O prazo para que isso aconteça, no entanto, é o próximo sábado (20), quando começam as convenções partidárias.

Por Folhapress

           

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‘A gente nunca sabe se alguém tá gravando’, disse Bolsonaro ao ser gravado por Ramagem

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À época do encontro, que ocorreu em agosto de 2020, um mês após a prisão de Fabrício Queiroz, o então chefe do Executivo mal sabia que estava sendo gravado, tampouco que o áudio em questão seria encontrado pela Polícia Federal no celular de um de seus principais aliados, o deputado federal Alexandre Ramagem.

Em meio à reunião em que discutia, junto da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência, uma estratégia para livrar o senador Flávio Bolsonaro do inquérito das ‘rachadinhas’, o ex-presidente Jair Bolsonaro externou seu receio de uma eventual gravação das artimanhas que ele e seus aliados pretendiam lançar para minar o inquérito. À época do encontro, que ocorreu em agosto de 2020, um mês após a prisão de Fabrício Queiroz, o então chefe do Executivo mal sabia que estava sendo gravado, tampouco que o áudio em questão seria encontrado pela Polícia Federal no celular de um de seus principais aliados, o deputado federal Alexandre Ramagem.

Bolsonaro mencionou a possibilidade de uma gravação ambiental logo após sugerir “conversas” com o então secretário da Receita Federal e com uma pessoa que seria, segundo o ex-presidente, da Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados. Após a sugestão, o general Augusto Heleno ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional que também participava da reunião – fez um alerta para manter o “troço fechadíssimo”.

O ex-presidente concorda e completa: “Tá certo. E deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa, que não estamos procurando favorecimento de ninguém.”

Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo”. Ele citou justamente o trecho do áudio no qual Bolsonaro diz que não estaria procurando o favorecimento de ninguém.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Alexandre Ramagem, que participava da conversa e teria sido autor da gravação, disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente. “Essa gravação não foi clandestina”. Ele disse ainda que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado. “O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência.”

Ainda durante a reunião, Bolsonaro questionou a defesa de Flávio: “Vocês querem falar com quem amanhã? Canuto?”. A advogada de Flávio responde: “O senhor que determina”. Então Bolsonaro segue. “A quem interessa pra gente resolver esse assunto?”. E completa: “Eu falo com o Canuto. Agora isso aí eu falo com o Flávio então. Qualquer hora do dia amanhã”.

Segundos depois, Bolsonaro afirma ainda: “Ninguém gosta de tráfico de influência”.

Em outro momento da conversa, a advogada de Flávio segue a deixa de Heleno, preocupada com um eventual vazamento da operação ali planejada. “Que tudo que a gente tá falando [inaudível] que eu não quero meu nome no jornal”.

A gravação mostra ainda que a defesa de Flávio pretendia que a manobra ali planejada – mirando os auditores da receita responsáveis pelo relatório que enquadrou Flávio – não beneficiasse somente o senador. “A grande questão é quando falar o seguinte. Ah, que o presidente da República está querendo se utilizar da estrutura da presidência para defender o filho, só que esse caso aqui, isso que a gente descobriu. Pode beneficiar, de uma forma ou de outra, todas as pessoas que foram atacadas. Então não dá para dizer que é uma coisa partidária, ideológica. Então com isso a gente consegue anular a Furna da Onça de um modo geral”.

Foto Getty

Por Estadão

           

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