Saúde
Cerca de 300 mil brasileiros morrem de doenças cardiovasculares por ano

Mulheres são as principais vítimas de infartos no País.
A maior causa de morte em países ricos e emergentes são doenças cardiovasculares. Em todo o mundo, 17 milhões de pessoas sofrem de problemas no coração. No Brasil, essa taxa anual chega a 300 mil, de acordo com o Ministério da Saúde, o que corresponde a uma morte a cada dois minutos.
Para dar a dimensão da gravidade das doenças do coração, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) criou o cardiômetro, que reúne diversos indicadores a repeito do tema no País.
Em uma década, de 2004 a 2014, 3,5 milhões de mortes foram provocadas por problemas no coração e na circulação sanguínea. O número corresponde a quase mil mortes por dia. Estimativas da ONG Lado a Lado Pela Vida apontam que doenças vasculares fazem duas vezes mais vítimas do que o câncer.
Entre as ocorrências mais comuns estão o Acidente Vascular cerebral (AVC), com 100 mil casos; seguido pelo infarto, com 85,9 mil casos. Doenças relacionadas à hipertensão chegam a 46,8 mil registros e 27,3 mil são de insuficiência cardíaca. Além disso, ainda que menos frequente neste grupo, as mulheres são as principais vítimas de infartos no País e somam 60% dos óbitos pela doença.
Mas medidas simples de prevenção podem reduzir essas taxas, além de serem cinco vezes mais baratas para o Sistema Único de Saúde (SUS) do que os tratamentos.
Mudança de hábitos
O Dia Mundial do Coração (29) marca as ações pela conscientização da população para a adoção de hábitos mais saudáveis que reduzam os fatores de risco.
Esse é um dos objetivos da campanha Setembro Vermelho, que alerta para a necessidade de mudanças no estilo de vida. Uma das orientações é adotar uma dieta rica em frutas, verduras e grãos para controlar o colesterol que contribui para o acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos.
Outra orientação é praticar exercícios físicos para controlar a pressão arterial ao nível de 12 por 8. Mais um fator a ser evitado é o estresse com atividades físicas, mentais e recreativas. O combate ao sedentarismo também é essencial para evitar desenvolvimento de doenças cardíacas precoces. O ideal é realizar caminhadas de pelo menos 30 minutos. Fonte: Portal Brasil, com informações da ONG Lado a Lado e Cardiometro.
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Saúde
Conheça os cuidados essenciais para resultados seguros do peeling

O peeling é um procedimento estético que promove a renovação celular por meio da descamação controlada da pele, estimulando sua regeneração. Ele pode ser químico, atuando de forma mais profunda, ou físico, que atua de forma superficial na camada mais externa da pele.
Os peelings químicos estão cada vez mais populares e eficazes no tratamento de acnes, manchas, rugas, linhas de expressão e cicatrizes. No entanto, para alcançar os resultados esperados, é necessário que sejam realizados com acompanhamento médico especializado e seguindo todos as recomendações do profissional.
Para a Dra. Larissa Montanheiro, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o paciente tem que entender se sua pele está apta para o tratamento, algo que só pode ser avaliado por um médico. “Dependendo do tipo do procedimento e de sua profundidade, ele não pode ser aplicado por qualquer profissional da saúde. Alguns tipos são de uso restritos a médicos”, explica.
Tipos de peeling químicos
Os peelings químicos, cada vez mais populares, também geram dúvidas, especialmente diante do aumento de relatos na mídia e nas redes sociais sobre pacientes que tiveram efeitos adversos. Os procedimentos mais invasivos só podem ser realizados por médicos, enquanto os superficiais podem ser feitos por esteticistas, por exemplo. No entanto, é recomendado buscar um dermatologista, que pode indicar o melhor tipo de peeling para cada caso.
“Cada peeling deve ser indicado e realizado por um profissional especializado, considerando o tipo de pele, histórico do paciente e a época do ano para evitar complicações”, orienta a especialista.
Os peelings químicos são divididos em três categorias: superficial, médio e profundo. Cada um tem finalidades específicas e com utilização substâncias que variam em intensidade.
O superficial remove apenas a epiderme, camada mais externa da pele. Feito com ácidos como glicólico, salicílico, mandélico e retinóico em baixas concentrações, é indicado para a melhora da textura da pele, tratar acnes leves, controlar a oleosidade e suavizar manchas e finas linhas de expressão facial.
O médio atinge a epiderme e a derme superficial, camada intermediária da pele. É realizado com ácido tricloroacético (TCA) em concentrações moderadas, ácido retinóico em concentrações mais altas e peelings combinados, como o peeling de Jessner. É indicado para rugas mais evidentes, manchas mais profundas, cicatrizes de acnes superficiais e danos solares moderados.
Já o peeling profundo atinge a derme média e profunda, promovendo a renovação intensa da pele. Utiliza ácidos como Fenol e TCA em concentrações altas e é indicado para tratar rugas profundas, cicatrizes mais evidentes, danos solares graves e flacidez facial.
Riscos e cuidados após os procedimentos
Mesmo com os diversos benefícios, os peelings podem apresentar risos consideráveis. Alterações na pigmentação da pele, como o escurecimento, hiperpigmentação, ou clareamento, hipopigmentação, são comuns, especialmente em pacientes negros. Além disso, há riscos de vermelhidão prolongada na região, infecções bacterianas ou virais, como herpes, e até formação de cicatriz elevada, avermelhada e espessa.
Os peelings químicos profundos, como os que usam ácido tricloroacético (TCA) em altas concentrações e óleo de Cróton, presente no peeling de Fenol modificado, apresentam riscos ainda maiores, uma vez que podem ser absorvidos pelo organismo e causar toxidade sistêmica, afetando órgãos como coração, rins e fígado.
Para evitar complicações, a Dra. Larissa reforça a importância de realizar o procedimento apenas com profissionais qualificados. “Uma avaliação prévia é essencial para indicar o peeling mais adequado para cada paciente. Além disso, algumas pessoas precisam preparar a pele antes do procedimento para minimizar os riscos de manchas e irritações”, destaca.
A recuperação adequada também é essencial para evitar danos permanentes. A exposição solar sem proteção após um peeling profundo é um dos principais erros, pois a pele fica extremamente sensível, e a exposição solar pode causar queimaduras e manchas irreversíveis.
Para garantir a cicatrização segura, recomenda-se evitar a exposição ao sol por pelo menos três meses, usar diariamente protetor solar com FPS igual ou superior a 50 aplicar cremes cicatrizantes indicados pelo dermatologista e não remover crostas que se formam na pele.
Impacto das redes sociais na busca por peelings
A popularidade de influenciadores digitais tem impulsionado a procura por procedimentos estéticos, mas também gerado expectativas irreais. Muitas pessoas procuram realizar esses procedimentos baseando-se em fotos e vídeos de antes e depois de influenciadores, esperando obter os mesmos resultados, no entanto, sem considerar as particularidades de sua própria pele.
A especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz reforça que, o uso de filtros e edições pode iludir o público sobre os verdadeiros efeitos dos procedimentos, já que não existe milagre em uma única sessão. O resultado de qualquer tratamento depende de vários fatores, como o tipo de pele, cuidados pós-procedimento e a resposta do organismo de cada paciente.
“Antes de realizar qualquer procedimento, é fundamental consultar um dermatologista para avaliar se a pele está apta e qual a melhor abordagem para cada caso. A segurança e a eficácia do peeling dependem de um planejamento individualizado e do acompanhamento profissional adequado”, reforça a Dra. Larissa Montanheiro.
Foto Shutterstock
Por Rafael Damas


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Saúde
Conheça dois alimentos que ajudam a reduzir o inchaço abdominal

O inchaço na região abdominal pode ser desconfortável e até doloroso, mas, de acordo com a nutricionista Johanna Angman, há alimentos que podem ajudar a aliviar o problema de forma simples e eficaz. Em entrevista ao portal SheFinds, a especialista destacou dois ingredientes que auxiliam na redução da retenção de líquidos e na digestão: pepino e funcho.
Pepino: aliado contra a retenção de líquidos
O pepino é uma das melhores opções para quem deseja aliviar o inchaço abdominal. “Ele é rico em nutrientes que ajudam a combater a retenção de líquidos e a inflamação, fatores que contribuem para o inchaço”, explica Angman. Além disso, o vegetal contém compostos antioxidantes que reduzem processos inflamatórios no corpo, promovendo uma sensação de leveza.
Funcho: combate gases e melhora a digestão
Outro alimento indicado pela nutricionista é o funcho, conhecido por seus benefícios digestivos. “Os compostos presentes no funcho ajudam a desintegrar os gases no estômago e relaxam os músculos intestinais, facilitando o processo digestivo e reduzindo o desconforto abdominal”, detalha.
O funcho pode ser consumido de diversas maneiras: cru em saladas, assado ou como acompanhamento em pratos quentes. Seu sabor suave e levemente adocicado também o torna uma excelente opção para chás e infusões digestivas.
Incorporar esses alimentos na dieta pode ser uma solução natural e eficaz para minimizar o inchaço e melhorar o bem-estar digestivo.
Foto Shutterstock
Por Notícias ao Minuto


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Saúde
Ginecologista revela a importância de investigar as cólicas menstruais

Cólicas intensas e outros sintomas frequentemente considerados normais durante o fluxo menstrual podem ser sinais de endometriose, doença inflamatória que afeta 7 milhões de brasileiras. Em alusão ao Mês da Mulher, a campanha Março Amarelo alerta sobre o diagnóstico precoce e o tratamento da endometriose e de outros fatores que afetam o aparelho reprodutor feminino. Bruno Ramalho, ginecologista, especialista em reprodução assistida e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica os principais sintomas, métodos de diagnóstico e as opções de tratamento.
A endometriose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero. Esse tecido pode se espalhar para órgãos como ovários, trompas de falópio, bexiga e intestino, causando inflamação, aderências e, em alguns casos, cistos (os chamados endometriomas). “A endometriose leva a um estado inflamatório crônico na pelve, que pode provocar a formação de aderências, distorção da anatomia, dor e infertilidade”, explica o médico ginecologista.
O risco de desenvolver endometriose pode estar relacionado a diversos fatores. Mulheres com ciclos menstruais mais curtos, que menstruam com intervalos menores que 27 dias, e aquelas com fluxo menstrual intenso e prolongado apresentam maior predisposição à doença. “Também há forte influência genética no desenvolvimento da doença. Se a mãe ou irmã tem endometriose, o risco de desenvolver a condição pode ser sete vezes maior”, indica Ramalho.
Dor menstrual intensa deve ser investigada
O principal mito é a ideia de que as cólicas menstruais são normais. “Não devemos normalizar cólicas menstruais, principalmente as incapacitantes. Se a dor interfere nas atividades diárias, é um sinal de alerta”. Segundo o especialista, além das cólicas fortes, a endometriose pode se manifestar com dor pélvica constante, dor profunda durante as relações sexuais e sintomas intestinais, como diarreia, constipação e até mesmo sangramento retal no período menstrual.
Embora as cólicas possam ser um sintoma comum, a endometriose deve ser sempre investigada, podendo mudar significativamente o cenário do diagnóstico tardio. “Infelizmente, muitas mulheres passam anos sem um diagnóstico adequado, o que pode levar à progressão da doença e ao comprometimento da fertilidade. O ideal é que qualquer sintoma suspeito seja avaliado por um ginecologista para que exames específicos sejam realizados e o tratamento adequado seja iniciado o quanto antes.”
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da endometriose começa com o relato dos sintomas e queixas ao ginecologista. O exame físico, que inclui o toque vaginal, é fundamental para identificar a doença. Caso o exame clínico seja considerado normal, a ultrassonografia ou a ressonância magnética podem ser necessárias. “Esses exames não só ajudam no diagnóstico, mas também preparam para tratamentos cirúrgicos, caso necessário”, afirma o especialista.
De acordo com o ginecologista, o uso de hormônios e anti-inflamatórios pode ajudar a controlar a doença, mas não levar à cura. “A cirurgia é geralmente adiada até que a mulher tenha filhos, o que permite ao cirurgião tratar a doença de forma mais eficaz em uma única intervenção”, explica o docente do CEUB, acrescentando que o acompanhamento médico deve ser regular, especialmente antes da menopausa.
Foto iStock
Por Rafael Damas


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