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Brasil

Cerimonialista finge a própria morte e velório falso acaba em confusão

O caso foi descoberto e gerou revolta e confusão entre as pessoas que foram até o local.

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Um cerimonialista, de 60 anos, fingiu estar morto e organizou o próprio velório em Curitiba (PR) na noite desta quarta-feira (18). Horas antes da cerimônia, em um salão funerário, o caso foi descoberto e gerou revolta e confusão entre as pessoas que foram até o local.

Na última terça-feira (10), o cerimonialista Baltazar Lemos postou uma foto em sua rede social e escreveu: “No início desta triste tarde, o comendador Baltazar Lemos nos deixou. Em breve mais informações”. Isso aconteceu um dia após ele publicar outra foto na frente do hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O sobrinho chegou a procurar informações sobre o tio na unidade hospitalar, mas descobriu que ele não havia dado entrada no local. O rapaz não havia falado com parentes antes, o que gerou preocupação.

“A equipe me informou que não teve a entrada de nenhum paciente com o nome de Antônio Baltazar Lemos. O atendente informou que já ocorreram outros casos em que hackers invadiram contas para de alguma forma realizaram golpes em familiares e amigos. Não consegui ainda falar com minha mãe, mas tudo leva a crer que não passa de um mal-entendido”, relatou Pedro Oliveira em uma rede social.

Na mesma página, dezenas de pessoas lamentaram a morte do cerimonialista de forma inesperada. Em outra rede social, as pessoas procuravam saber a causa da morte, mas nenhuma informação havia sido divulgada, a não ser do local do velório e o horário que começaria a cerimônia.

Em um salão decorado com coroas de flores e uma mesa com vários arranjos, uma voz semelhante à de Baltazar começou a relatar a vida do homem. Muitos acharam que era uma gravação e começaram a chorar. Em determinado momento, as portas do altar se abriram e o cerimonialista apareceu com uma roupa de capuz prata justificando o que fez.

Amigos e familiares que estavam ali, ouviram o discurso, mas não entenderam o porquê de tamanha armação que gerou dor e tristeza. Outros acharam engraçada a atuação e não julgaram. Ao final, houve bate-boca entre alguns participantes e confusão.

MORTO-VIVO QUERIA SABER QUEM IRIA AO VELÓRIO

Em entrevista à reportagem, o cerimonialista disse que resolveu promover esse episódio na tentativa de descobrir quem era os “amigos de verdade” que iriam no seu velório. Dias antes ele disparou um convite de aniversário para comemorar os seus 60 anos e já esperava “causar” na data.

“Eu tive a ideia há cinco meses. Fiz os convites, enviei e antes da data resolvi fazer esse episódio. Eu queria dar a entender que realmente morri. As pessoas interpretaram da forma delas. A verdade é que eu queria saber quem de verdade iria no meu velório e não só no meu aniversário”, contou Baltazar Lemos à reportagem.

O homem ainda contou que foi atacado, ofendido, mas não teve a intenção de fazer mal a ninguém. “Eu não contei pra ninguém, porque esperava que desse certo. Não tinha a intenção de magoar, ofender, causar algum mal a ninguém. Peço perdão a essas pessoas, de verdade”, disse o cerimonialista.

‘BRINCADEIRA RIDÍCULA’, DIZ FOTÓGRAFO

Nas redes sociais a “falsa morte” gerou revolta em que se sensibilizou com o suposto óbito. Muitos profissionais da área de eventos se indignaram com a postura do cerimonialista em promover um episódio sério com cunho “sarcástico”. Houve relatos de que quando souberam da morte, algumas pessoas chegaram a passar mal.

“Você conseguiu o que queria Baltazar, chamar a atenção. Em todos os grupos de fotógrafos falando da sua ‘morte’. Todos lamentando. Que brincadeira ridícula. Acho que você deveria se retratar com cada um que lamentou sua suposta morte. Não te conheço pessoalmente e espero nem te conhecer”, disse Michele Camillo em um comentário.

À reportagem, o fotógrafo Marcelo Ceccon contou que antes de promover toda essa situação, ele descobriu que Baltazar deixou uma carta em alguns veículos de imprensa, que foi ignorada. Na carta, ele relatou o que iria fazer como uma forma de comemorar o aniversário. O intuito era saber quem iria comparecer ao local.

“Então essa carta foi lida e conseguimos resolver o caso, isso ontem [18] mesmo. Na própria carta ele diz que nem a família sabia o que faria. Divulguei nos grupos para alertar a todos, pois várias pessoas estavam tristes e passaram mal. Isso é muito cruel, tanto com os colegas quanto com a família. Ele tem mãe idosa, cadeirante. Essa senhora poderia sofrer ao ponto de não aguentar”, lamentou Marcelo.

A empresária do ramo de evento, Regina Moraes, lamentou o episódio e deixou claro que não tem interesse mais na amizade deles. “Conhece ele desde 2001. Eu achei a história horrível. Passei um dia triste e outro muito indignada. Pra mim ele faleceu dia 17, quando eu descobri tudo. Foi muito de mau gosto. Não compactuo, não acho interessante. Não trabalharemos mais juntos”, contou à reportagem.

Por Uol/Folhapress

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Brasil

Mansão levou PF a empresas ligadas a fornecedor de cartéis mexicanos suspeitas de lavar R$ 5,4 bi

Roland, que foi preso na última terça (2) pela Operação Terra Fértil, há tempos estava na mira dos investigadores. Ele é um antigo conhecido do setor de repressão a entorpecentes da Polícia Federal, mas nunca tinha visto sua rede de lavagem de valores atingida por uma investigação.

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A Polícia Federal chegou a uma rede de empresas suspeitas de lavar R$ 5,4 bilhões do tráfico de drogas após Ronald Roland comprar uma mansão de R$ 2,5 milhões em Uberlândia (MG).

Roland, que foi preso na última terça (2) pela Operação Terra Fértil, há tempos estava na mira dos investigadores. Ele é um antigo conhecido do setor de repressão a entorpecentes da Polícia Federal, mas nunca tinha visto sua rede de lavagem de valores atingida por uma investigação.

A compra do imóvel na cidade mineira, feita por uma empresa registrada em nome de pessoas apontadas pela PF como laranjas, chamou a atenção porque Roland tem inúmeros registros policiais por tráfico. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele.

Nas palavras da PF, Roland é “internacionalmente conhecido como grande traficante de drogas que se utiliza de aeronaves, sendo suspeito do envio de enormes quantidades de cocaína para as Américas do Sul e Central, inclusive cocaína oriunda das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para violentos cartéis mexicanos”.

A relação com os cartéis foi descoberta em outra investigação da PF, de 2015. Os cartéis apontados à época eram o de Sinaloa e Los Zetas.
Após receber informações sobre a mudança dele para o condomínio em Uberlândia, a PF passou a levantar informações sobre o imóvel e descobriu que ele foi adquirido em nome da empresa Kaupan Exportação e Importação de Alimentícios.

Os investigadores então pediram informações ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre possíveis transações suspeitas da empresa.

A resposta do órgão embasou o mapeamento de dezenas de empresas com transações entre si, sem lastro em atuação lícita.
Somente a Kaupan, mostram os dados coletados pela PF, recebeu R$ 1,6 milhão em depósitos em espécie em suas contas entre maio de 2019 e janeiro de 2022.

Os investigadores descobriram também que o mesmo contador responsável pela Kaupan possuía uma série de pessoas ligadas a ele que eram responsáveis no papel por dezenas de empresas que se relacionavam entre si.
No total, apenas focando nas principais empresas, foram mapeados 48 CNPJs em nome de laranjas cuja movimentação suspeita foi de R$ 5,4 bilhões nos últimos cinco anos.

A PF afirma, no entanto, que o valor movimentado deve ser ainda maior, uma vez que foram computadas pelo Coaf apenas transações classificadas como suspeitas.

Uma das empresas, a LS Comércio, diz a PF, está em nome de Leonardo Santos, preso pela Interpol em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). Santos é apontado como líder da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) em Portugal e principal articulador de logística no transporte dos entorpecentes para a Europa.

A ligação de Roland com o PCC também foi apontada após a análise das movimentações financeiras das empresas. Os documentos indicam transações com ladrões de banco e outros criminosos ligados à facção, segundo a PF.

A PF cita alguns exemplos dessas transações suspeitas mapeadas pelo Coaf. Em uma delas, o banco notificou o Coaf porque três homens foram até uma agência em São Paulo para depositar dinheiro em espécie na conta de uma das empresas. Os valores estavam em um saco de lixo e foram realizados 20 depósitos de R$ 3.000 cada.

Além do fracionamento nos depósitos em espécie, a comunicação ao Coaf ocorreu porque, quando o banco foi questionar os depositantes sobre a origem do dinheiro, eles saíram correndo da agência. O grupo tentou o depósito em outra agência.

“[Quando eles] chegaram com o mesmo saco de lixo cheio de dinheiro, os colaboradores [do banco] acharam estranho e foram até a sala do caixa eletrônico”, diz a PF. “Percebendo que estavam sendo observados, os mesmos 03 homens juntaram o saco de dinheiro e mais alguns envelopes e saíram andando pela rua.”

Além das movimentações, a PF aponta para o poder financeiro do grupo ao listar os bens registrados em nome das empresas e pessoas investigadas. São mais de 90 automóveis, 11 aeronaves e dezenas de imóveis.

“Até mesmo para o mais experiente operador do direito da área criminal são assustadores os valores suspeitos envolvidos, a quantidade de criminosos interconectados, dezenas deles com registro policiais/judiciais por tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, latrocínio, roubo, sequestro entre outros, alguns inclusive com envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC”, afirma a PF.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Brasil

Falta de saneamento afeta 75% dos que ganham até um salário mínimo

Segundo o Panorama da Participação Privada no Saneamento, 75,3% das pessoas que não estão conectadas à rede de água vivem com até um salário mínimo.

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A Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon-Sindcon) divulgou, nesta quinta-feira (4), um levantamento que mostra que os mais pobres são os mais afetados pela falta de saneamento básico no país.

Segundo o Panorama da Participação Privada no Saneamento, 75,3% das pessoas que não estão conectadas à rede de água vivem com até um salário mínimo. O levantamento mostra que 74,5% das pessoas que não estão conectadas à rede de coleta de esgoto também têm rendimento mensal abaixo de um salário mínimo.

Tanto a coleta de esgoto quanto o fornecimento de água atingem níveis superiores a 90% para as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos. Já a universalização do saneamento no país é prevista para 2033, segundo o marco legal do setor. 

“Após quatro anos em vigor, o Marco Legal do Saneamento já conseguiu incrementar investimentos e promover avanços importantes, mas ainda temos grandes desafios pela frente até a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033. O saneamento precisa ser considerado uma prioridade nacional, inclusive no âmbito da reforma tributária”, disse a diretora executiva da Abcon Sindcon, Christianne Dias.

Foto  iStock

Por Agência Brasil

           

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Brasil

Lula inaugura universidade inacabada em Osasco e é cobrado por aluna para concluir obra

A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o presidente foi cobrado por uma aluna do terceiro ano de direito, Jamile Fernandes, pela conclusão da obra.

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Em uma tenda improvisada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta sexta-feira, 5, da inauguração do novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na cidade de Osasco. A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o presidente foi cobrado por uma aluna do terceiro ano de direito, Jamile Fernandes, pela conclusão da obra.

De acordo com a aluna, hoje está sendo inaugurada apenas metade do projeto. “A obra não está concluída. O que está sendo inaugurada hoje é apenas metade da obra. Faltam moradias estudantis, restaurante e auditórios. A universidade não é verdadeiramente nossa, do corpo discente apenas 8% são de alunos negros. Temos que trabalhar com a realidade”, disse Jamile.

Em sua breve fala durante o evento, o ex-ministro da Educação e atual titular da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu a cobrança da aluna da Unifesp, alegando que a construção de universidades não tem fim.

“A USP [Universidade de São Paulo] até hoje está sendo construída, prédios estão sendo construídos e professores sendo contratados”, disse Haddad se dirigindo à aluna.

Haddad lembrou que desde que o governo Lula iniciou em 2007 “o maior plano de universidades públicas do Brasil”, 126 prédios de universidades foram entregues. Na ocasião, continuou o ministro, as pessoas perguntavam sobre o porquê de o governo implantar universidades federais em São Paulo, Estado que já era bem servido por universidades e faculdades.

“O presidente Lula me disse que era importante a presença de universidades federais em São Paulo porque São Paulo não tinha o sentimento de pertencimento”, disse Haddad.

Foi a partir de então que, segundo Haddad, que o governo federal resolveu criar o anel universitário em São Paulo, onde só se falava em rodoanel. “Aqui só se falava em rodoanel, que até hoje não está concluído apesar dos recursos enviados pelo governo federal”, disse Haddad.

Foto Getty

Por Estadão

           

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