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Colapso no RN: ‘ela vai entrar aqui para morrer’, diz médica

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A ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para os casos grave da infecção está em 95% na Região Metropolitana de Natal, composta por 15 municípios e quase 1,7 milhão de habitantes

“Não tenho o que fazer. Ela vai entrar aqui para morrer”. As frases ditas por uma médica na porta de entrada da Urgência e Emergência do Hospital Municipal Belarmina Monte, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, comprovam a situação dramática dos pacientes graves com suspeita ou confirmação de coronavírus no Rio Grande do Norte. A ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para os casos grave da infecção está em 95% na Região Metropolitana de Natal, composta por 15 municípios e quase 1,7 milhão de habitantes.

Febre alta, dificuldade para respirar e a agudização do diabetes fizeram a família da aposentada Iraci Fonseca Salviano, de 84 anos, acionarem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no início da manhã de quarta-feira, 3, em São Gonçalo do Amarante, cidade vizinha a capital. Com todos os sintomas de covid-19, a idosa foi socorrida pelo Samu e levada a uma outra cidade, Macaíba, onde fica a Base de Apoio do Samu Metropolitano, para que ela fosse colocada numa Unidade de Suporte Avançado (USA), que é uma ambulância com os equipamentos para pacientes em estado grave, incluindo respirador mecânico.

Após a troca de ambulância, a idosa precisou ser entubada, ainda na Base de Apoio do Samu, em decorrência do agravamento do quadro clínico. Estabilizada, a equipe de socorristas iniciou a viagem de volta ao município de São Gonçalo do Amarante, com destino ao Hospital Municipal Belarmina Monte. Foi lá que o drama da família Fonseca Salviano se tornou uma via crucis. Ao chegarem ao local, os familiares se depararam com uma unidade hospitalar lotada. O acesso da idosa foi negado por uma médica plantonista.

“Não tenho onde colocar. Leve para o Giselda (Hospital Giselda Trigueiro), leve para uma UPA. O que eu vou fazer, pelo amor de Deus? A senhora quer subir para ver? Ela vai entrar aqui para morrer. Não tenho o que fazer. Eu não posso receber”, repetia a médica plantonista aos socorristas do Samu e aos filhos da idosa entubada e que esperava há quase cinco horas por internação.

Em um vídeo gravado por Luciana Fonseca, filha de Iraci Fonseca Salviano, é possível ver a médica no estacionamento do hospital, com a porta da ambulância aberta, enfermeiros e médicos paramentados e tentando convencê-la de que a internação era necessária e urgente. A médica dizia, porém, que não havia espaço e chamou Luciana Fonseca para entrar no hospital e visualizar a situação dos leitos de enfermaria e UTIs, lotados. A médica que fez as declarações não foi localizada para comentar o caso.

“Onde eu vou colocar sua mãe? É um desespero para nós. Não é má vontade. A gente não tem onde botar”, disse a médica após mostrar os ambientes lotados à filha da idosa. Desesperada, Luciana Fonseca ameaçou chamar a Polícia, o Conselho Regional de Medicina e o Ministério Público para intermediar a situação. “Foi somente depois de afirmar que chamaria esses órgãos, que a assistente social do hospital disse que conseguiria um leito, mas que não seria de UTI”, afirma Luciana Fonseca.

Após quase seis horas de espera, a paciente deu entrada no hospital e foi colocada numa ala destinada aos pacientes suspeitos e confirmados para a covid-19. Aliviada por ter conseguido internar a mãe, Luciana disse que voltou para casa com um misto de sentimentos. “Alívio pela internação, mas uma angústia por não ter mais notícias. A gente se sente impotente”, relata.

Luciana suspeita que a mãe tenha sido infectada pelo novo coronavírus dentro da própria casa. “Eu testei positivo para a doença. Recebi meu resultado ontem e deu positivo. Eu cuido dela todos os dias. Ela pode ter pego de mim”, lamenta.

O município de São Gonçalo do Amarante, um dos maiores da Grande Natal e onde está localizado o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, não dispõe de uma Unidade de Pronto Atendimento. O Hospital Municipal Belarmina Monte é administrado uma instituição filantrópica e, nos últimos dias, recebeu reforço de nove leitos.

Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante informou que o hospital está com 12 pacientes internados na ala destinada aos casos de covid-19. A unidade conta com quatro respiradores mecânicos. Sobre a paciente que teve o atendimento inicialmente negado, a assessoria detalhou que ela está “estável, entubada, com ventilador mecânico” e que fará o teste para a covid-19 nas próximas horas.

A Prefeitura destacou que foram “foram contratados mais 25 médicos para as UBS, na atenção básica, para que o paciente seja atendido e acompanhado na comunidade e não vá para o hospital”. No município, deverá ser montado um Hospital de Campanha com capacidade para 50 leitos, sendo 20 de UTI.

Ocupação de leitos

O Rio Grande do Norte tem 219 leitos, entre clínicos e de UTI, específicos para a covid-19. Destes, 170 estão ocupados, 32 bloqueados e 17 disponíveis. O índice de ocupação é crítico na região oeste do estado, com 100%, e na Grande Natal, com 95%.

Nessas duas regiões, se concentram os epicentros da doença (Mossoró, com 1.238 casos confirmados e 62 óbitos; e Natal, com 3.496 casos confirmados e 126 mortes por covid-19). Em todo o Estado existem 515 pessoas internadas divididas entre os hospitais públicos e privados. Até quarta-feira, 3, foram registradas 367 mortes pela doença.

Na terça-feira, 2, o secretário de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, disse que a situação da rede de assistência pública local para o novo coronavírus está “à beira de um colapso”.

“Estamos numa situação extremamente crítica. Eu não diria ainda colapso, porque os pacientes estão conseguindo ser atendidos em algum serviço. Mas podemos dizer que estamos, realmente, à beira do colapso se não contivermos a taxa de transmissão, se continuarmos com a expansão do contágio e, consequentemente, o aumento do número de pacientes graves que irão demandar mais leitos. Essa abertura de leitos é limitada. Ela tem muitas restrições tanto no setor público, quanto no setor privado. Realmente, estamos numa situação limite”, declarou Cipriano Maia.

Por Estadão Conteúdo

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Caminhoneiro morre após pneu explodir durante calibragem em GO

Edson Rodrigues de Jesus calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão.

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Um caminhoneiro morreu na terça-feira (3) após ser atingido por um pneu que estourou em Padre Bernardo (MG).

Edson Rodrigues de Jesus, de 40 anos, calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão. Conhecido como ”Breno” pelos moradores da cidade, ele estava em uma borracharia no momento do acidente.

Ao explodir, o pneu foi arremessado contra o homem. Segundo a delegada Alessandra Oliveira, o motivo da explosão pode ter sido uma solda que fragilizou a estrutura do objeto.

Ele morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, as circunstâncias do caso ainda são apuradas e uma perícia está sendo aguardada.

A Prefeitura de Padre Bernardo publicou uma nota de pesar pela morte de Edson. O evento ”Arraiá do Grupo Melhor Idade” também foi adiado em solidariedade à vítima, que havia participado da organização.

Foto Sergio Flores/Getty Images

Por Folhapress

           

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Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

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O Pantanal enfrenta desde 2019 o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma, de acordo com um estudo inédito lançado nesta quarta-feira (3). Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.

O estudo foi encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão. O diferencial em relação a outras análises baseadas em dados de satélite é o uso de dados do satélite Planet.

“Graças à alta sensibilidade do sensor do satélite Planet, pudemos mapear a área que é coberta pela água quando os rios transbordam. Ao analisar os dados, observamos que o pulso de cheias não aconteceu em 2024. Mesmo nos meses em que é esperado esse transbordamento, tão importante para a manutenção do sistema pantaneiro, ele não ocorreu”, ressalta Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil que é também uma das autoras do estudo.

“De forma geral, considera-se que há uma seca quando o nível do Rio Paraguai está abaixo de 4 metros. Em 2024, essa medida não passou de 1 metro. O nível do Rio Paraguai nos cinco primeiros meses deste ano esteve, em média, 68% abaixo da média esperada para o período”, afirma Helga. “O que nos preocupa é que, de agora em diante, o Pantanal tende a secar ainda mais até outubro. Nesse cenário, é preciso reforçar todos os alertas para a necessidade urgente de medidas de prevenção e adaptação à seca e para a possibilidade de grandes incêndios.”

Na Bacia do Alto Rio Paraguai, onde se situa o Pantanal, a estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro e abril, e a estação seca, entre maio e setembro. De acordo com o estudo, entre janeiro e abril de 2024, a média da área coberta por água foi de 400 mil hectares, em pleno período de cheias, abaixo da média de 440 mil hectares registrada na estação seca de 2023.

De acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira. A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

“O Pantanal é uma das áreas úmidas mais biodiversas do mundo ainda preservadas. É um patrimônio que precisamos conservar, por sua importância para o modo de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade”, ressalta Helga.

Além dos eventos climáticos que agravam a seca, a redução da disponibilidade de água no Pantanal tem relação com ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens e estradas, o desmatamento e as queimadas, explica Helga.

De acordo com a especialista em conservação do WWF-Brasil, diversos estudos já indicam que o acúmulo desses processos degradação, acentuados pelas mudanças climáticas, pode levar o Pantanal a se aproximar de um ponto de não retorno – isto é, perder sua capacidade de recuperação natural, com redução abrupta de espécies a partir de um certo percentual de destruição.

Outra preocupação é que as sucessivas secas extremas e as queimadas por elas potencializadas afetam a qualidade da água devido à entrada de cinzas no sistema hídrico, causando mortalidade de peixes e retirando o acesso à água das comunidades. “É preciso agir de forma urgente e mapear onde estão as populações tradicionais e pequenas comunidades que ficam vulneráveis à seca e à degradação da qualidade da água”, diz ela.

A nota técnica traz uma série de recomendações como mapear as ameaças que causam maiores impactos aos corpos hídricos do Pantanal, considerando principalmente a dinâmica na região de cabeceiras; fortalecer e ampliar políticas públicas para frear o desmatamento; restaurar áreas de Proteção Permanente (APPs) nas cabeceiras, a fim de melhorar a infiltração da água e diminuir a erosão do solo e o assoreamento dos rios, aumentando a qualidade e a quantidade de água tanto no planalto quanto na planície, e apoiar a valorização de comunidades, de proprietários e do setor produtivo que desenvolvem boas práticas e dão escala a ações produtivas sustentáveis.

Fonte: Agência Brasil

           

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Gasolina fica mais cara no primeiro semestre e chega a R$ 6,02, aponta índice

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O preço da gasolina subiu 5% no primeiro semestre de 2024, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O aumento foi impulsionado pela alta de 11% no preço do petróleo no mercado internacional e pela inflação, resultando em um preço médio de R$ 6,02 por litro em junho.

O etanol teve uma alta ainda maior, de 11%, atingindo um preço médio de R$ 3,99. Regionalmente, o Norte apresentou a gasolina mais cara, com uma média de R$ 6,40 por litro, enquanto o Nordeste registrou o etanol mais caro, a R$ 4,64.

Comparado ao primeiro semestre de 2023, os motoristas estão pagando 9% a mais pela gasolina e 2% a mais pelo etanol.

O Acre teve o preço mais alto da gasolina, R$ 6,88 por litro, e Sergipe registrou o etanol mais caro, a R$ 5,08. São Paulo apresentou os menores preços para ambos os combustíveis, com a gasolina a R$ 5,77 e o etanol a R$ 3,77, empatado com o Mato Grosso.

Por Conexão Política

           

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