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Brasil

Com queda na vacinação, casos de catapora voltam a crescer em São Paulo

A catapora é uma infecção viral febril aguda, contagiosa, caracterizada pelo surgimento de bolhas na pele.

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Os casos de catapora voltaram a subir na cidade de São Paulo após dois anos de números baixos durante a pandemia de Covid-19.

O crescimento ocorre após a flexibilização nas regras sanitárias adotadas por causa do coronavírus, como volta às aulas em ritmo normal e o fim da obrigatoriedade no uso de máscara de proteção –retomada em alguns lugares recentemente.

Ao mesmo tempo, a vacinação contra a doença, única forma de prevenção, acumula quedas seguidas.

A combinação entre maior facilidade no contágio e menos pessoas vacinadas explica o crescimento nas estatísticas, dizem especialistas.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, em 5 de outubro –dados mais recentes– a capital paulista contabilizava 56 surtos de catapora em 2022, mais que os 41 de todo o ano passado.

O volume de casos diagnosticados nos recentes surtos é maior. Foram 213 até 5 de outubro deste ano contra 129 de todo 2021.

Em 2020, quando explodiu a pandemia e comércios e escolas foram fechados, foram apenas 14 surtos e 23 infectados.

Os últimos registros, entretanto, são bastante inferiores aos de antes da pandemia. Em 2019, por exemplo, a capital somou 188 surtos e 405 infectados.

A secretaria explica que a notificação de surto é feita quando há o registro de um caso de catapora (também conhecida como varicela) em locais específicos, como creches, hospitais, escolas, entre outros

Se as ocorrências de catapora voltaram a crescer, por outro lado, o número de vacinados não para de cair. Também de acordo com a pasta municipal da Saúde, de janeiro até o último dia 13 foram aplicadas 260.762 vacinas (primeira e segunda doses) contra 271.356 de todo o ano passado.

Em 2019 e 2020 foram 329.070 e 293.363 vacinas aplicadas (também a soma das duas doses), respectivamente, comprovando as sucessivas quedas na vacinação.

“Há uma combinação de crianças que ficaram reclusas por causa da pandemia, quando o vírus não circulou, e a cobertura vacinal que não ideal”, afirma o pediatra e diretor de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.

A secretaria municipal diz que a circulação de pessoas após longo período de isolamento social, “elevando o risco de exposição de mais crianças ao mesmo tempo a vários vírus que circulam nos ambientes”, pode ser um dos fatores para o crescimento.

A catapora é uma infecção viral febril aguda, contagiosa, caracterizada pelo surgimento de bolhas na pele.

Altamente contagiosa, a doença é transmitida de pessoa a pessoa, pelo contato direto, com secreções respiratórias e com as lesões de pele, que costumam coçar bastante.

Os sintomas da catapora, em geral, começam no décimo dia após o contágio.

O paciente também pode apresentar febre baixa ou moderada por até quatro dias, cansaço, dor de cabeça e perda de apetite.

Em crianças, a doença tem característica benigna e é controlada pelo próprio organismo. Mas em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico pode ser mais grave.

Embora não sejam frequentes, casos como os de catapora hemorrágica, que sangra pelas lesões, por exemplo, podem provocar complicações, explica o Kfouri.

As secreções na pele também podem ser porta de entrada para bactérias que provocam outras infecções.

“Antes da vacinação, os pediatras recebiam dois ou três casos por dia, hoje são poucos por ano”, diz o pediatra, que afirma ter atendido um bebê de oito meses com a doença, na última segunda (12). A criança não frequenta creche ou berçário.

Desde 2013, o calendário básico de imunizações do Brasil passou a contar com a vacina tetravalente viral que inclui a imunização contra a varicela, além de sarampo, caxumba e rubéola, já contempladas anteriormente na tríplice viral. O imunizante é produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz.

A vacina é aplicada na rede pública, dividida em duas doses, sendo a primeira a partir de 15 meses e a segunda a partir dos 4 anos de idade.

Quando notificados, conforme a secretaria municipal, os surtos são investigados pelas equipes de vigilância epidemiológica, que definem medidas sanitárias a serem aplicadas em locais com a ocorrência, como afastamento dos casos suspeitos até fim dos sintomas e desinfecção diária dos objetos potencialmente contaminados.

O paciente infectado deve ser isolado. Higienização com água e sabão é importante.

A vacina contra a catapora é grátis e pode ser recebida em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais)/UBS Integradas, DAS 7h às 19h.

Aos sábados, as crianças podem ser levadas nas AMAs/UBSs Integradas, no mesmo horário.

Por Folhapress

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Caminhoneiro morre após pneu explodir durante calibragem em GO

Edson Rodrigues de Jesus calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão.

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Um caminhoneiro morreu na terça-feira (3) após ser atingido por um pneu que estourou em Padre Bernardo (MG).

Edson Rodrigues de Jesus, de 40 anos, calibrava o pneu do caminhão quando houve a explosão. Conhecido como ”Breno” pelos moradores da cidade, ele estava em uma borracharia no momento do acidente.

Ao explodir, o pneu foi arremessado contra o homem. Segundo a delegada Alessandra Oliveira, o motivo da explosão pode ter sido uma solda que fragilizou a estrutura do objeto.

Ele morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, as circunstâncias do caso ainda são apuradas e uma perícia está sendo aguardada.

A Prefeitura de Padre Bernardo publicou uma nota de pesar pela morte de Edson. O evento ”Arraiá do Grupo Melhor Idade” também foi adiado em solidariedade à vítima, que havia participado da organização.

Foto Sergio Flores/Getty Images

Por Folhapress

           

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Brasil

Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

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O Pantanal enfrenta desde 2019 o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma, de acordo com um estudo inédito lançado nesta quarta-feira (3). Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.

O estudo foi encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão. O diferencial em relação a outras análises baseadas em dados de satélite é o uso de dados do satélite Planet.

“Graças à alta sensibilidade do sensor do satélite Planet, pudemos mapear a área que é coberta pela água quando os rios transbordam. Ao analisar os dados, observamos que o pulso de cheias não aconteceu em 2024. Mesmo nos meses em que é esperado esse transbordamento, tão importante para a manutenção do sistema pantaneiro, ele não ocorreu”, ressalta Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil que é também uma das autoras do estudo.

“De forma geral, considera-se que há uma seca quando o nível do Rio Paraguai está abaixo de 4 metros. Em 2024, essa medida não passou de 1 metro. O nível do Rio Paraguai nos cinco primeiros meses deste ano esteve, em média, 68% abaixo da média esperada para o período”, afirma Helga. “O que nos preocupa é que, de agora em diante, o Pantanal tende a secar ainda mais até outubro. Nesse cenário, é preciso reforçar todos os alertas para a necessidade urgente de medidas de prevenção e adaptação à seca e para a possibilidade de grandes incêndios.”

Na Bacia do Alto Rio Paraguai, onde se situa o Pantanal, a estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro e abril, e a estação seca, entre maio e setembro. De acordo com o estudo, entre janeiro e abril de 2024, a média da área coberta por água foi de 400 mil hectares, em pleno período de cheias, abaixo da média de 440 mil hectares registrada na estação seca de 2023.

De acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira. A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

“O Pantanal é uma das áreas úmidas mais biodiversas do mundo ainda preservadas. É um patrimônio que precisamos conservar, por sua importância para o modo de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade”, ressalta Helga.

Além dos eventos climáticos que agravam a seca, a redução da disponibilidade de água no Pantanal tem relação com ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens e estradas, o desmatamento e as queimadas, explica Helga.

De acordo com a especialista em conservação do WWF-Brasil, diversos estudos já indicam que o acúmulo desses processos degradação, acentuados pelas mudanças climáticas, pode levar o Pantanal a se aproximar de um ponto de não retorno – isto é, perder sua capacidade de recuperação natural, com redução abrupta de espécies a partir de um certo percentual de destruição.

Outra preocupação é que as sucessivas secas extremas e as queimadas por elas potencializadas afetam a qualidade da água devido à entrada de cinzas no sistema hídrico, causando mortalidade de peixes e retirando o acesso à água das comunidades. “É preciso agir de forma urgente e mapear onde estão as populações tradicionais e pequenas comunidades que ficam vulneráveis à seca e à degradação da qualidade da água”, diz ela.

A nota técnica traz uma série de recomendações como mapear as ameaças que causam maiores impactos aos corpos hídricos do Pantanal, considerando principalmente a dinâmica na região de cabeceiras; fortalecer e ampliar políticas públicas para frear o desmatamento; restaurar áreas de Proteção Permanente (APPs) nas cabeceiras, a fim de melhorar a infiltração da água e diminuir a erosão do solo e o assoreamento dos rios, aumentando a qualidade e a quantidade de água tanto no planalto quanto na planície, e apoiar a valorização de comunidades, de proprietários e do setor produtivo que desenvolvem boas práticas e dão escala a ações produtivas sustentáveis.

Fonte: Agência Brasil

           

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Gasolina fica mais cara no primeiro semestre e chega a R$ 6,02, aponta índice

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O preço da gasolina subiu 5% no primeiro semestre de 2024, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O aumento foi impulsionado pela alta de 11% no preço do petróleo no mercado internacional e pela inflação, resultando em um preço médio de R$ 6,02 por litro em junho.

O etanol teve uma alta ainda maior, de 11%, atingindo um preço médio de R$ 3,99. Regionalmente, o Norte apresentou a gasolina mais cara, com uma média de R$ 6,40 por litro, enquanto o Nordeste registrou o etanol mais caro, a R$ 4,64.

Comparado ao primeiro semestre de 2023, os motoristas estão pagando 9% a mais pela gasolina e 2% a mais pelo etanol.

O Acre teve o preço mais alto da gasolina, R$ 6,88 por litro, e Sergipe registrou o etanol mais caro, a R$ 5,08. São Paulo apresentou os menores preços para ambos os combustíveis, com a gasolina a R$ 5,77 e o etanol a R$ 3,77, empatado com o Mato Grosso.

Por Conexão Política

           

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