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Saúde

Como funciona a glândula pineal, o órgão enigmático que regula nosso sono

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Dormir bem é um dos processos fisiológicos de maior impacto no nosso bem-estar diário e a glândula pineal tem papel-chave nisso; entenda.

É verdade que existem poucas coisas mais agradáveis do que um sono reparador depois de “cair nos braços de Morfeu”. Outra grande verdade é que passar uma noite em claro acaba com o nosso humor.

Dormir bem é um dos processos fisiológicos de maior impacto no nosso bem-estar diário. Na verdade, a ausência de sono a longo prazo tem efeitos negativos em nossa saúde.

Regulação do sono

O sono é regulado pela combinação de dois processos. Por um lado, ritmos circadianos. Por outro lado, o acúmulo de substâncias indutoras do sono no cérebro, como a adenosina. Sua quantidade depende de vários fatores. Entre outros, o tempo que ficamos acordados (mais tempo, mais adenosina) ou a qualidade do sono.

Nosso ritmo circadiano controla o chamado ciclo vigília-sono, dividido em uma fase de repouso (escuridão-sono) e uma fase de alerta (luz-atividade). Eis o motivo pelo qual está relacionado ao nosso comportamento ao longo do dia.

O ritmo circadiano (ou ciclo circadiano) em nossa espécie dura cerca de 24 horas, e o corpo precisa sincronizá-lo com os sinais ambientais. O sincronizador externo mais importante de nosso ritmo biológico é o ciclo claro-escuro.

Sincronizando nosso relógio biológico

A glândula pineal ou epífise é um agente cronobiótico. Isso significa que ela sincroniza nosso relógio interno com o ciclo claro-escuro. Na ausência de luz, esse pequeno órgão cerebral de apenas 120 miligramas produz o hormônio que nos leva ao mundo dos sonhos: a melatonina.

Em alguns animais (peixes, répteis e anfíbios), essa glândula está localizada sob a pele e é capaz de receber informações de luz diretamente. Por isso também é conhecida como “o terceiro olho”.

No entanto, na espécie humana, assim como na maioria dos vertebrados, esse órgão em forma de abacaxi e do tamanho de uma ervilha está localizado dentro do crânio. Portanto, você precisa de maneiras mais complexas para saber se é dia ou noite.

A retina registra a informação da luz, que atinge o núcleo supraquiasmático (SPQ) do hipotálamo (veja o diagrama).

A regulação do sono em humanos. Esquerda: a luz é capturada pela retina. O sinal de luz é transmitido pelo cérebro e impede a liberação de melatonina pela epífise. À direita: à noite, a ausência de luz estimula a produção do hormônio do sono.  — Foto: Gráfico feito via Mindthegraph.com

A regulação do sono em humanos. Esquerda: a luz é capturada pela retina. O sinal de luz é transmitido pelo cérebro e impede a liberação de melatonina pela epífise. À direita: à noite, a ausência de luz estimula a produção do hormônio do sono. — Foto: Gráfico feito via Mindthegraph.com

Esta é a estrutura do cérebro responsável por controlar o ritmo circadiano como um relógio biológico. O núcleo informa a glândula pineal, estrela desse processo, para esta sintetizar e liberar melatonina no escuro.

Melatonina, indutora do sono e promotora da saúde

Quando nosso relógio interno fica fora de sincronia com os ritmos do ambiente, desencadeia-se um problema.

É o que acontece, por exemplo, quando fazemos uma viagem cuja origem e destino têm fusos horários diferentes (transoceânicos), desencadeando o famoso jet-lag ou síndrome do jet lag.

Nesses casos, é necessária uma fase de adaptação ao novo ritmo adquirido, mais difícil se viajarmos para leste, devido à perda de horas que acarreta.

Às vezes, tomar comprimidos de melatonina é usado para sincronizar com o novo cronograma.

Outro exemplo é o trabalho por turnos, em que o ciclo claro-escuro é alterado.

Durante a noite há uma exposição artificial a condições de alta luminosidade que inibe a produção de melatonina, confundindo esse sistema.

Essas situações podem causar distúrbios do sono e outros efeitos prejudiciais.

Os turnos de trabalho noturno podem causar distúrbios do sono que são prejudiciais — Foto: Getty Images

Os turnos de trabalho noturno podem causar distúrbios do sono que são prejudiciais — Foto: Getty Images

Esses efeitos ocorrem porque a melatonina não só desempenha um papel fundamental na indução do sono, mas também tem um efeito hipotensor e inibidor da atividade tireoidiana.

Como se não bastasse, esse hormônio noturno é também um antioxidante, neuroprotetor, modulador do sistema imunológico e oncostático, já que controla o desenvolvimento de tumores.

Na prática, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou os turnos noturnos de trabalho como “provavelmente cancerígeno para os humanos” (o chamado grupo 2A). Existem vários estudos que apontam para uma maior incidência de câncer de mama em mulheres que trabalham em turnos rotativos por longos períodos de tempo.

Até o comportamento sexual é afetado pela melatonina, cujos níveis aumentam no outono e no inverno devido ao prolongamento das noites. Isso produz uma atrofia ovariana e testicular que diminui a produção de hormônios sexuais. Portanto, a atividade sexual e reprodutiva é reduzida. Esses efeitos são mais evidentes em animais reprodutores sazonais.

Finalmente, foi descrito que em períodos de pouca luz há uma maior incidência de transtornos depressivos. É o caso do transtorno afetivo sazonal, mais frequente nas latitudes mais setentrionais (países nórdicos, por exemplo).

Transtorno afetivo sazonal é causado por pouca luz durante o inverno — Foto: Getty Images

Transtorno afetivo sazonal é causado por pouca luz durante o inverno — Foto: Getty Images

A importância da higiene do sono

É importante observar que certos distúrbios graves do sono estão relacionados a algumas doenças mentais. Além disso, a insônia é um fator de risco para o desenvolvimento de depressão. No entanto, os mecanismos subjacentes a esses transtornos são bastante complexos e dependem de muitos outros fatores.

O que é evidente é que a higiene adequada do sono é essencial para o nosso bem-estar físico e mental. Para tanto, a Sociedade Mundial do Sono (WSS na sigla em inglês) propõe uma lista de dez recomendações simples. Isso inclui definir um horário de sono, monitorar a ingestão de cafeína ou praticar exercícios regularmente.

Conhecida a relação entre luminosidade e estado de espírito, poderíamos dizer que o filósofo francês René Descartes (1596-1650) não se enganou quando se referiu à pineal como a própria “sede da alma”. Segundo o filósofo, desse lugar remoto, no centro do cérebro, a alma dirigiria a relação entre o corpo e a mente.

É possível que essa mesma observação espiritual esteja relacionada à dimetiltriptamina (DMT), substância com propriedades alucinógenas produzida na pineal e também utilizada como perigosa droga de consumo. Por esse motivo, a DMT foi chamada de “droga dos deuses” e foi associada a experiências de quase morte.

*Raquel Sánchez Varo, Diego Teófilo Bermúdez Flores e Juan Antonio López Villodres são professores da Faculdade de Medicina da Universidade de Málaga (Espanha), especializados em Histologia (área que estuda os tecidos biológicos).

Por G1

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Saúde

Cinco frutas saborosas que ajudam a diminuir os níveis de triglicerídios

Em quantidades altas, estas gorduras podem originar problemas cardíacos.

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Os triglicerídios são gorduras que circulam no sangue e uma espécie de reserva de energia que o nosso organismo retira das calorias que ingerimos ‘a mais’. Por si só, não constituem um problema. Contudo, em quantidade excessivas (hipertrigliceridemia), podem estar na origem de doenças cardiovasculares, sobretudo se coexistirem com níveis baixos de colesterol bom e níveis altos de colesterol mau ou diabetes tipo 2.

Níveis elevados de triglicéridos podem ser sinal de doenças, como a diabetes e o hipertireoidismo, ou um efeito secundário de medicamentos.  A ingestão excessiva de álcool, o tabagismo e o estilo de vida sedentário também contribuem para esta situação. Porém, mesmo quando ultrapassam os valores de referências, estas gorduras não dão sintomas.

Por isso mesmo, para despistar estas possibilidades, deve fazer uma análise ao sangue. A American Heart Association recomenda que se faça um teste, pelo menos, de cinco em cinco anos, a partir dos 21 anos.

Os seus níveis de triglicerídios estão acima do normal (150 a 200 mg/dL ou mais)? Existem várias estratégias para diminui-los. Seguir uma dieta saudável, equilibrada e diversificada é uma delas.

A pensar nisso, o portal Nova Mulher reuniu um conjunto de cinco frutas muito saborosas que vão ajudá-lo a normalizar os níveis de triglicerídios. 

1- Ameixa;

2-  Banana;

3- Kiwi;

4- Maçã;

5- Morango.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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