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Diante de crise política, partidos mudam de nome para atrair eleitores em 2018

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Vídeo do senador Romário para o ato de lançamento do Podemos (Foto: Reprodução/Facebook)

 

Legendas tiram a palavra “partido” e adotam palavras como “Podemos”, “Avante” ou “Patriota”; cientistas políticos veem estratégia como jogada de marketing.

De olho nas eleições de 2018, um grupo de partidos aposta na mudança de nome, inclusive com a retirada da palavra “partido” da nomenclatura, para se apresentar como uma nova alternativa e se descolar da atual crise política e se aproximar dos eleitores.

O PTN já efetivou a troca para Podemos. O PTdoB virou Avante. O PSDC se intitula agora Democracia Cristã. O PEN quer passar a ser denominado Patriota.

No PMDB, há um estudo para que a legenda resgate as origens e volte a ser MDB, como na época da ditadura, em que fazia oposição ao regime militar. O presidente da sigla, senador Romero Jucá (RR), chegou a defender a ideia em 2016, mas a discussão não foi adiante.

No entanto, o G1 apurou que ele pretende retomar esse debate até o fim deste ano.

Com o objetivo de se fortalecer para a disputa eleitoral, o DEM, que já foi PFL, também estuda alterar novamente o nome e articula uma revisão do estatuto para atrair parlamentares do PSB. Uma possibilidade aventada atualmente é que a sigla venha a se chamar Mude.

O que dizem os partidos

Podemos, antigo PTN

Presidente do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP) explica que a troca do nome Partido Trabalhista Nacional (PTN), realizada no final de 2016, aconteceu após um longo estudo e que não foi feita pensada em 2018.

Ela, porém, reconhece que a mudança deverá ajudar a sigla nas urnas.

“A maior parte dos brasileiros não se identifica com partido nenhum. E queremos superar esse debate de direita-esquerda. Queremos ser um movimento e escolhemos ‘Podemos’ porque foi a palavra que mais aparecia nas nossas pesquisas, por representar um empoderamento. A ideia é distanciar da crise política e mostrar uma reaproximação com a sociedade”, afirma Renata.

A intenção dentro da legenda é lançar o senador Álvaro Dias (Pode-PR), recém-incorporado ao partido, como candidato à Presidência da República.

Avante, antigo PTdoB

No Avante, a nova denominação, após 27 anos como Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB), faz parte de uma estratégia para aumentar o número de parlamentares eleitos em 2018, segundo o deputado federal Silvio Costa (PE). Atualmente, a bancada na Câmara tem apenas três nomes.

O presidente da legenda, deputado federal Luis Tibé (MG), diz que o novo nome é uma tentativa de “humanizar a política” e atrair quadros com uma preocupação de falar mais diretamente com a população.

“Buscamos pessoas que acreditam no mesmo que nós: na política do bem, na transparência e em um novo modo de atuar em favor do cidadão. Por isso, chegou um momento em que precisávamos incorporar esses ideais ao nosso nome e sermos reconhecidos por isso”, declara.

 

O Avante, antigo PTdoB, já criou páginas nas redes sociais que remetem ao novo nome da sigla (Foto: Reprodução/Facebook)

PEN

Objetivo semelhante tem o Partido Ecológico Nacional (PEN), que irá mudar para Patriota e, com isso, espera abrigar o deputado Jair Bolsonaro (RJ), que hoje está no PSC e tem planos de se lançar candidato ao Palácio do Planalto em 2018.

“Além de buscar a eleição do presidente da República, vamos impulsionar o partido de forma grandiosa e aumentar a bancada”, explica o líder do partido na Câmara, deputado federal Junior Marreca (MA).

Segundo Marreca, a meta é fazer um “resgate daquilo que a população quer: o patriotismo, a família, a integridade e a política de forma séria”.

Bolsonaro anuncia 'noivado' com PEN e impõe condição à candidatura pelo partido (Foto: Nicolás Satriano/G1)

Bolsonaro anuncia ‘noivado’ com PEN e impõe condição à candidatura pelo partido (Foto: Nicolás Satriano/G1) 

PSDC

O Partido Social Democrata Cristão (PSDC) também está de olho em 2018. A Executiva já decidiu que terá candidato próprio a presidente, mas não definiu quem será.

Nos últimos anos, quem disputou o Planalto pela legenda foi o presidente do partido, José Maria Eymael, que concorreu em 1998, 2006, 2010 e 2014.

O diretor de marketing da legenda, Rubens Pavão, diz que a futura mudança de nome é uma tentativa de se diferenciar dos demais partidos.

“Com tanta sigla, o PSDC se confunde. O projeto é mostrar a nossa filosofia, a democracia cristã, e solidifica-lá. Decidimos colocar o nosso nome e sobrenome. Não mudamos, apenas assumimos aquilo que somos”, argumenta.

Regras atuais

Pelas regras de fidelidade partidária fixadas pela legislação eleitoral, os parlamentares que quiserem mudar de partido terão que aguardar até março, seis meses antes da eleição, quando será aberto prazo de um mês para que migrem sem sofrerem punição. Quando a mudança é feita fora desse período, os parlamentares podem perder o mandato.

As situações aceitas fora desse período são em caso de criação ou fusão de legenda ou de mudança substancial ou desvio do programa partidário, além de grave discriminação pessoal.

Cientistas políticos

A simples mudança de nome, porém, é vista com ceticismo por cientistas políticos, que consideram a estratégia somente uma jogada de marketing.

Na avaliação de David Fleischer, Universidade de Brasília (UnB), alterar o nome representa “apenas uma mudança de fachada” e que é preciso haver uma reforma política profunda.

Roberto Romano, professor de política e ética da Universidade de Campinas (Unicamp), também considera ser algo pouco eficaz para o eleitor brasileiro.

“Os marqueteiros acham que mudando a sigla ou trocando por uma palavra mais significativa vão atrair a atenção dos eleitores. Mas o eleitor brasileiro foi acostumado, e isso é muito ruim, a não votar tanto em legendas, mas em indivíduos”, pondera. Dessa forma, ele acredita que o nome é “o que menos importa nesse momento de crise”.

De acordo com Romano, a tendência de trocar as siglas por palavras também tem uma explicação ligada às coligações partidárias.

Como é comum partidos usarem no nome termos como “socialista” ou “liberal” para indicar o seu posicionamento político, na hora de fazerem alianças, causava um certo estranhamento a união de partidos com ideologias diferentes. Com a mudança do nome por palavra, isso ficará menos evidente.

“Antes, os partidos utilizavam o nome como uma condensação do programa. Se era socialista, carregava isso no nome. Hoje, os partidos buscam palavras mais genéricas para representar a sigla, ao invés de carregar no nome ideologias”, diz Romano.

Por Alessandra Modzeleski e Fernanda Calgaro, G1, Brasília

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Vereador Pitel Filho é eleito segundo vice-presidente da Câmara Municipal de Salgueiro

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Na sessão da Câmara Municipal de Salgueiro desta quarta-feira (05), o vereador Pitel Filho, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi eleito por unanimidade como o segundo vice-presidente da Casa Epitácio Alencar.

A eleição ocorreu em um clima de harmonia entre os vereadores, onde Pitel recebeu 13 votos.

O cargo estava vago desde que a vereadora Paizinha Patriota deixou a função para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social do município. A eleição do novo vice-presidente era, portanto, uma necessidade sentida por diversos membros da casa, visando garantir a continuidade das atividades legislativas.

Pitel Filho, que antes da eleição havia sido eleito por um partido da oposição, fez uma declaração significativa na última segunda-feira (03), ao manifestar seu apoio à gestão do prefeito Fabinho Lisandro. Essa mudança de postura política tem gerado discussões entre os parlamentares e a população salgueirense, refletindo um momento de adaptação e novas alianças políticas no cenário local.

A posse de Pitel Filho no cargo de vice-presidente da Câmara deve trazer novas perspectivas para a condução dos trabalhos legislativos, considerando sua experiência e disponibilidade para trabalhar em conjunto. “Estou honrado com a confiança dos colegas e me comprometo a ajudar no que for necessário para o desenvolvimento de nosso município”, afirmou o vereador após a votação.

Com a unificação em torno de novos objetivos políticos, a expectativa é que a Câmara Municipal siga ativa e engajada em pautas importantes para a população de Salgueiro, especialmente em um momento em que a gestão municipal se prepara para enfrentar desafios significativos.

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STJ derruba tese de “racismo reverso” em que homem branco acusava negro

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Por unanimidade, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que não há injúria racial contra brancos. Os ministros seguiram o entendimento do relator, Og Fernandes.

A tese do “racismo reverso” foi analisada no caso de um homem branco que acusava um negro de injúria racial em razão da cor de sua pele. Pela lei brasileira, o crime de injúria racial é equiparado ao de racismo.

Os ministros concluíram que uma pessoa branca não pode ser vítima de racismo. Com isso, o pedido do réu foi aceito, determinando que o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) não julgue o caso com base no argumento de racismo reverso. Apesar da falta de embasamento, o TJ-AL vinha insistindo em levar o julgamento adiante.

O caso

O homem negro havia sido denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) por injúria contra um italiano branco, casado com sua tia. A situação ocorreu na cidade alagoana de Coruripe.

O réu trocou mensagens com o italiano, afirmando que ele possuía uma cabeça “branca, europeia e escravagista”. De acordo com a defesa, feita pelo Instituto do Negro de Alagoas, isso ocorreu após negócios frustrados entre os dois. O homem negro teria trabalhado sem receber do branco, que também teria prometido parte de um terreno e não cumprido o acordo.

A Defensoria Pública da União (DPU) alegou a impossibilidade da existência de “racismo reverso”. Segundo a DPU, a Lei de Racismo tem o objetivo de proteger grupos sociais historicamente discriminados por sua própria existência, não sendo possível incluir nela pessoas que pertencem a grupos historicamente privilegiados.

Fonte: CNN

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Haddad diz que queda do dólar e safra devem conter preço dos alimentos

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta terça-feira (4) que a pressão sobre os preços dos alimentos deve diminuir nos próximos meses com a queda do dólar e a safra recorde em 2025.

“O dólar estava a R$ 6,10, está a R$ 5,80. Isso já ajuda muito”, afirmou o ministro ao ser questionado sobre a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que apontou um “cenário adverso” para a inflação dos alimentos no médio prazo.

Haddad disse estar “muito confiante de que a safra deste ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro,

vai ser uma safra muito forte. Isso também vai ajudar”.

A ata do Copom destacou que os preços dos alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi.

O ministro da Fazenda observou que variáveis econômicas como o câmbio e a inflação “se acomodam em outro patamar, e isso certamente vai favorecer”. Ele lembrou que o governo e o Congresso promovem um esforço de contenção de R$ 30 bilhões no Orçamento, com o objetivo de reduzir pressões fiscais sobre a política monetária.

O Copom estima que a inflação de 12 meses deverá se manter acima da meta do Banco Central até junho, o que configuraria “descumprimento da meta”, de acordo com o novo modelo de metas contínuas.

Para Haddad, esse novo modelo, que prevê uma busca contínua por se manter na faixa de tolerância, “permite uma melhor acomodação” da política monetária pelo BC.

O regime de meta de inflação atual determina que o índice deve ficar em 3% no acumulado em 12 meses, com bandas de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Se ficar acima do limite da banda por mais de 6 meses seguidos, há o descumprimento da meta.

Por Agência Brasil

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