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O meia Diego Souza, enfim, rompeu o silêncio. Nesta quarta-feira, o jogador voltou a treinar no Sport e, após a movimentação, pronunciou-se sobre a negociação entre ele, Sport e Palmeiras. Em tom emotivo – chegou a parar o pronunciamento em alguns momentos -, o jogador confirmou que permanece, mas se disse chateado com a condução da diretoria rubro-negra e detonou setores da imprensa (sobretudo o comentarista Edmundo).
Chateado com diretoria do Sport
Diego Souza não gostou da postura da diretoria do Leão em um momento da negociação: quando ele foi ao Rio de Janeiro. Segundo o meia, ele tinha problemas pessoais, que calharam de coincidir com o que seria o seu sétimo jogo pela Série A – contra o Coritiba, na última segunda. A reportagem do GloboEsporte.com tentou ouvir os diretores do Leão, mas até agora ninguém se pronunciou.
Caso ele atuasse diante do Coxa, inviabilizaria de vez a negociação com o Palmeiras. Diego garantiu que a ausência se deu por uma coincidência. E que o fato do Sport não ter acreditado totalmente nele, ao menos a princípio, o incomodou.
– Eu nunca precisei mentir aqui dentro em relação a nada. Sempre tive meu caráter, raramente machucado, muitos jogos durante a temporada. Exemplos para essa juventude. E carreguei essa bandeira, sim, do Sport comigo. Tanto dentro quanto fora de campo. Em todos os sentidos. Aconteceram coisas, nesses dias, que acabei passando por um momento de dificuldade, que me deixou muito triste. Triste de verdade. Nunca estive tão triste desde que cheguei no Sport.
O jogador garantiu que, mais do que triste, sentiu-se desamparado.
– Não tenho meu histórico errado nessa situação. Nunca menti. A partir do momento que cheguei e falei a minha situação, e continuaram falando de negociações, continuaram falando de renovação de contrato, de aumento de salário, que eu ia ganhar o dobro no Palmeiras, continuaram falando de valores. Não me respeitaram no momento que precisei. Eu me senti desprotegido pela diretoria do clube. E isso me fez ficar muito chateado com a situação.
Outros fatos que incomodaram Diego foi o vaivém das negociações. Ora o clube indicava que iria negociar, ora fechava totalmente as portas.
– Isso é uma merda para a cabeça de um atleta. Me encheu o saco, com o perdão da palavra.
Não foi só isso. Segundo o jogador, no contrato, havia uma cláusula de liberação de um milhão e 600 mil euros. O não respeito a esse acordo também o incomodou.
– Desde que cheguei ao Sport, a gente tinha uma cláusula que era de saída. Juridicamente, ela pode até não valer nada (além da cláusula, o contrato tem um multa de uma valor muito maior). Mas o espírito da cláusula, quando foi feita, foi feita para uma futura saída. O valor era um milhão e 600 mil euros, sim. Mas o Diego, em momento algum, forçou saída por um milhão e seiscentos mil euros. Meu empresário procurou o clube para negociações.
(Do GE PE)
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