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Pernambuco

Famílias reclamam de indenizações de transposição do Velho Chico

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19mar2017---neuza-ramos-71-viuva-de-heleno-palmeira-conta-que-marido-morreu-de-desgosto-apos-perder-parte-de-suas-terras-para-a-transposicao-do-rio-sao-francisco-1490287009731_615x300

 

paulo_pereira_logoA construção dos canais para a transposição do rio São Francisco levou esperança de água a parte do semiárido nordestino, mas também trouxe problemas para comunidades e famílias retiradas para a passagem dos eixos leste e norte.

Durante três dias, o UOL visitou cidades nos Estados de Pernambuco e Paraíba e ouviu relato de agricultores que tiveram que sair de suas casas e terras para dar passagem ao eixo leste da transposição, inaugurado no último dia 10.

Apesar de sempre se colocarem como favoráveis à obra, eles criticam a forma como as desapropriações ocorreram, muitas vezes indenizando agricultores com valores bem abaixo do que valeriam suas posses.

“Ele ficou em depressão quando o processo começou”

O líder comunitário e rural Suitiberto Patriota, 56, ressalta que uma queixa dos moradores da região é com a escolha das terras para passagem dos canais. “Pegaram as terras baixas, que eram as mais produtivas. Eram as melhores terras, onde havia plantações. Eles tiraram mais que terras, levaram o sonho, a vida das pessoas. Isso as indenizações não pagam”, conta o líder, que é o representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sertânia (PE) e interlocutor de dez entidades locais.

Neuza Ramos, viúva de Heleno Palmeira, conta que marido ‘morreu de desgosto’

Um dos maiores críticos desse processo foi Heleno Palmeira, morador do distrito de Pernambuquinho, em Sertânia, que morreu aos 74 anos em novembro. “Meu marido estava bonzinho aqui na sala, disse de repente que deu uma agonia na cabeça, que ficou cego e ali mesmo morreu”, conta a viúva, Neuza Ramos, 71, que diz que a luta dele por suas terras acabou acelerando a morte. “Ele ficou em depressão desde que esse processo começou”, completa.

A execução das obras também foi de grande sofrimento. “Toda vez que tinha as implosões na obra ele tirava as vaquinhas pra longe. Andava 1 km. Sem contar que as pedras e escombros matavam a palma que ele plantava. Cada explosão matava ele um pouquinho. Muitas vezes ele tirava as vacas chorando, era muito revoltado com o que fizeram”, conta.

“Minha terra foi cortada ao meio”

Em Monteiro (PB), Maria Aparecida de Souza Pereira, 49, conta que recebeu R$ 13 mil de indenização, em 2014, por uma área às margens da BR-110 onde havia o parque de vaquejada Recanto Verde, localizado no sítio Mulungu. A família, porém, não aceita o valor –que não representaria 20% do preço correto– e procurou a Justiça.

Maria Aparecida Pereira teve um terreno em Monteiro (PB) desapropriado e luta na Justiça por uma indenização maior

“Minha terra foi cortada ao meio, sobrou só uma pequena área para criar os cavalos”, conta a mulher, que é proprietária de um bar às margens da rodovia e ao lado do canal.

A família de Pereira já foi chamada pela Justiça e houve uma audiência, mas o governo não apresentou proposta. “Nós pedimos R$ 100 mil, mas baixamos para R$ 80 mil e, por fim, oferecemos 50 mil, mas eles não sinalizam nada. Estamos aguardando”, diz.

Ela relata que o prejuízo sentimental foi maior do que a questão financeira. Segundo diz, o filho de 33 anos foi o que mais sofreu com a perda das terras. “Ali era o sonho dele, o parque era o que ele mais queria na vida. Ele disse ao engenheiro que podia dar um caminhão com dinheiro a ele que ainda assim preferiria o parque. Hoje não temos mais área”, explica.

“Fomos enganados, fizeram muito medo”

Manoel Messias e Maria Ilza receberam R$ 21 mil de indenização por um terreno de 7 hectares: “O dinheiro não deu nem para construir uma casa nova”, contam

Já o casal Manoel Messias, 50, e Maria Ilza, 51, moradores do sítio Brabo Novo, também em Sertânia, recebeu R$ 21 mil de indenização por um terreno de 7 hectares (cada hectare equivale a 10 mil m²), onde ficava a casa onde viviam e plantações.

“O dinheiro dado não deu nem para construir uma casa nova, tive que vender muitos animais para concluir a parte de dentro, porque a parte de fora e a cisterna eu não fiz ainda”, diz Messias.

“Fizemos essa casa em três vezes, demorou. Na época, não teve negociação nenhuma, vieram aqui, olharam e deram o preço. Fomos enganados, fizeram muito medo. Acabou que aceitamos, mas não devíamos, porque pagaram muito menos do que valia”, completa Ilza.

O casal Genival Gomes dos Santos, 59, e Rosilene Pinheiro, 44, mora no sítio Barreiras desde 2008 e conta que na comunidade Sant’Ana –onde vivem 16 famílias– a água da barragem foi levada pelas obras. “A água que tínhamos, o canal levou. Hoje, temos a construção aqui do nosso lado e não podemos pegar porque proíbem. A situação, para a gente, piorou. A gente espera que logo deem uma solução”, conta Rosilene, que compra por R$ 120 um caminhão-pipa com 8.000 litros de água.

Casas com falhas e cupins

Parte do teto da sede da Associação Vila Produtiva Rural do Sítio Salão desabou logo após a entrega do imóvel aos moradores de Sertânia (PE)

Em Sertânia, a Agrovila Produtiva também tem relato de problemas. No local, moram agricultores que foram atingidos pelas obras, mas não receberam indenização e foram contemplados com casa e terras. 

Alguns moradores dizem que receberam casas com falhas. A própria presidente da Associação Vila Produtiva Rural do Sítio Salão, Elielma Ferreira, explica que a sede da associação está fechada porque parte do teto cedeu. “Há muitas reclamações, as casas aqui todas têm cupim, e elas já vieram com esse problema. Na associação, o telhado afundou”, conta.

Na residência de Ana Paula Porfírio, 38, os problemas estão logo no batente da entrada, onde há diversas rachaduras no chão. Além disso, ela afirma que a casa veio com falta de telhas, o que faz com que os móveis fiquem molhados e inchados. “Já entregaram assim, e não adianta reclamar porque eles não resolvem, dizem que é nossa obrigação fazer manutenção. Mas como é obrigação da gente, pobre, se eles já entregaram assim?”, questiona a moradora, que recebeu a casa no dia 2 de dezembro de 2015.

Ministério diz que realizou estudos para definir valores

Para a construção dos canais, o Ministério da Integração Nacional informou que indenizou 2.553 propriedades. “A equipe do ministério realizou estudos técnicos de acordo com a regularização fundiária de cada local para produzir a tabela base de valores para pagamentos das indenizações. Com a tabela-base, foi produzido um laudo técnico para cada um dos 2.553 terrenos indenizados com informações específicas”, informou.

Segundo o órgão, as demais 848 famílias não proprietárias ou donas de pequenas propriedades de terra foram reassentadas nas Vilas Produtivas Rurais, construídas pelo Ministério da Integração Nacional. Ao todo, o Projeto São Francisco construiu 18 Vilas Produtivas Rurais nos Estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba. 

“O investimento do governo foi de R$ 207,5 milhões. As casas têm 99 m², e os locais têm rede de água, esgoto e energia elétrica, além de postos de saúde, escola, espaço de lazer e áreas destinadas ao comércio e à construção de templos religiosos.” 

“Além das infraestruturas, as famílias contam com visitas periódicas dos técnicos do Ministério da Integração Nacional e participam de capacitações e oficinas, com objetivo de garantir a reinserção e a organização socioeconômica das comunidades”, diz o ministério.

Fonte: UOL

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Pernambuco

8° BPM realiza Operação Carnaval em Salgueiro e região

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Na abertura das festividades carnavalescas, nessa sexta-feira, 28, o 8° BPM lançou a Operação Carnaval em toda sua área de abrangência. Ao todo, 81 policiais militares serão empregados na segurança dos foliões em Salgueiro e região.

A primeira noite do Carnaval em Salgueiro, o evento contou com o reforço de 46 militares, que fizeram a segurança dos participantes através de policiamento a pé e motorizado.

Os policiais continuarão assegurando a paz dos festejos carnavalescos de Salgueiro e toda a região até o término do Carnaval, na terça-feira, 4.

Por Alvinho Patriota

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Pernambuco

Carnaval deve movimentar mais de 400 R$ milhões em Olinda e R$ 2,7 bilhões em Recife

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Em Pernambuco, o carnaval é um importante momento de celebração multicultural, que traz ritmos e manifestações de diversas origens. Além disso, por possuir um dos carnavais mais tradicionais do país, as cidades irmãs, Recife e Olinda, atraem turistas do mundo nesse período. Com isso, diversos setores da economia são beneficiados, como a hotelaria e o comércio local.

Com uma programação repleta de shows que vão do frevo ao brega e atrações de blocos afoxés e maracatus tradicionais, a capital pernambucana deve receber mais de 3,5 milhões de foliões na cidade. A estimativa do mercado é de que essa época movimente algo em torno de 2,7 bilhões. 

O prefeito do Recife, João Campos, destacou recentemente o quanto esses dias de celebração são importantes, principalmente para geração de renda das pessoas que trabalham no período. “A gente sabe que além da festa, da cultura, do turismo, tem uma movimentação muito expressiva de bilhões que circulam nesse período e principalmente dos empregos que gera. São mais de 50 mil postos de trabalho, só pela prefeitura tem mais de 6.500 pessoas trabalhando. Então, imagine a quantidade de gente, desde o informal que faz o caldinho, a cerveja, o espeto, até as grandes redes de hotelaria.”, disse. 

Já em Olinda, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação, Tecnologia e Turismo, a expectativa é de que cerca de 4 milhões de pessoas participem das festividades em 2025. O evento deve movimentar R$ 400 milhões na economia da cidade.

A prefeita de Olinda, Mirella Almeida, declarou recentemente em coletiva a importância econômica do carnaval para a cidade. “O carnaval, além de ser a nossa maior manifestação cultural, é também onde muita gente tira o seu sustento. O desenvolvimento econômico, a cadeia produtiva que depende muitas vezes do recurso que tira no carnaval, para nós é muito importante essa movimentação financeira circular, que faz muita gente desenvolver e essa cadeia produtiva crescer cada vez mais”, ressaltou. 

Foto: Francisco Silva/DP Foto

Por  Thatiany Lucena

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Pernambuco

Carnaval 2025: veja horários de shoppings do Grande Recife no feriadão

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Com o carnaval seguido pelo feriado estadual da Data Magna, na próxima quinta-feira (6), alguns shoppings do Grande Recife abrirão suas lojas durante as festividades de momo. No período, o funcionamento do comércio do Recife será facultativo, as lojas do Centro fecham e shoppings abrirão em horário especial

De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), do sábado de Zé Pereira (01) até a quinta-feira (06), fica a critério de cada lojista decidir se vai ou não abrir e definir seu próprio horário de funcionamento. 

De sábado a terça, o varejo do Centro ficará fechado, mas abre na quarta (5), a partir do meio-dia, e depois fecha novamente na quinta-feira (6), por conta do feriado da Data Magna (06). 

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), Fred Leal, a expectativa para as vendas deste ano é de um incremento entre 5% e 10% para o carnaval 2025.

 “O Carnaval é uma data importante para o comércio porque movimenta diversos setores e fornece diversos insumos a empresas e a empreendedores, que geram renda nesse período. Para o público geral, oferece fantasias, adereços e acessórios para quem vai à folia”, destacou Fred Leal. 

Já de acordo com a Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce), em comparação a um período comum, há um incremento do fluxo de pessoas de cerca de 5%, com expectativa de aumento de vendas neste mesmo patamar. Em relação ao Carnaval passado, vendas e público devem crescer na faixa de 3% a 5%. 

Diario de Pernambuco reuniu algumas informações sobre os principais horários de funcionamento das lojas. Confira: 

Recife 

Shopping Recife

Sábado (01/03) – das 9h às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – das 12h às 21h

RioMar Recife

Sábado (01/03) – das 09 às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – das 12h às 21h

Shopping Boa Vista

Sábado (01/03) – Lojas fechadas

Domingo (02/03) – Lojas fechadas

Segunda-feira (03/03) – das 11h às 19h

Terça-feira (04/03) – das 11h às 19h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 21h

Data Magna (06/03) – Das 10h às 19h

Shopping Tacaruna

Sábado (01/03) – das 9h às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – das 12h às 21h, com exceção do Carrefour que permanece com o horário habitual das 8h às 21h

Plaza Shopping

Sábado (01/03) –  das 9h às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – das 12h às 21h

Shopping ETC

Sábado (01/03) – das 9h às 18h

Domingo (02/03) – lojas fechadas. Praça da Alimentação das 12h às 18h

Segunda-feira (03/03) – lojas fechadas. Praça da Alimentação das 12h às 18h

Terça-feira (04/03) – lojas fechadas. Praça da Alimentação das 12h às 18h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 21h

Quinta-feira (06/03) – das 12h às 18h

Shopping de Afogados

Sábado (01/03) – Fechado

Domingo (02/03) – Fechado

Segunda-feira (03/03) – Fechado

Terça-feira (04/03) – Fechado

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 18h

Quinta-feira (06/03) – das 09h às 18h

Olinda 

Shopping Patteo Olinda

Sábado (01/03) – das 9h às 19h

Domingo (02/03) – 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – 12h às 21h

Paulista

Paulista North Way Shopping

Sábado (01/03) – das 9h às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22

Camaragibe

Camará Shopping

Sábado (01/03) – das 10h às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – das 12h às 21h

Jaboatão dos Guararapes

Shopping Guararapes

Sábado (01/03) – das 09h às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – das 09h às 22h

Cabo de Santo Agostinho

Shopping Costa Dourada

Sábado (01/03) – das 9h às 19h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 22h

Quinta-feira (06/03) – 9h às 22h

Igarassu

Shopping Igarassu

Sábado (01/03) – das 9h às 18h

Domingo (02/03) – das 12h às 20h

Segunda-feira (03/03) – das 12h às 20h

Terça-feira (04/03) – das 12h às 20h

Quarta-feira (05/03) – das 12h às 21h

Quinta-feira (06/03) – 12h às 20h

Moreno

Recife Outlet

Sábado (01/03) – das 9h às 19h 

Domingo (02/03) – das 9h às 19h 

Segunda-feira (03/03) – das 9h às 19h 

Terça-feira (04/03) – das 9h às 19h 

Quarta-feira (05/03) – das 9h às 21h

Quinta-feira (06/03) – das  9h às 21h.

Foto: Divulgação/RioMar Recife

Por Diário de Pernambuco

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