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Política

FBC diz que ‘falta política’ no governo Raquel e confirma que filho deverá disputar o Senado

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O ex-senador e ex-ministro Fernando Bezerra Coelho avaliou que o prefeito João Campos (PSB) foi o grande vitorioso da eleição municipal de 2024 no estado, e que o resultado do pleito foi “muito ruim” para a governadora Raquel Lyra (PSDB). A declaração foi dada em entrevista ao Jornal do Commercio, nesta segunda-feira (14).

“Politicamente, ela [Raquel Lyra] sofreu um grande revés, de certa forma amortecido pela vitória que ela conseguiu em Caruaru, que foi uma vitória pessoal dela. Mas o conjunto do estado, sobretudo a derrota acachapante do candidato dela no Recife, deve remeter a ela uma grande reflexão sobre os resultados”, analisou FBC.

Na visão do ex-ministro, o resultado do grupo de Raquel foi reflexo do modelo de gestão utilizado pela tucana. “Acho que no governo dela falta muito a política. É um governo muito centralizado. É preciso dar mais autonomia à equipe”, disse, ponderando que o governo estadual tem condições para Raquel obter um desempenho melhor daqui adiante.

“O governo, de certa forma, tem condições e tem recursos para que ela possa, nos próximos dois anos, ter um desempenho melhor do que teve até aqui. Acho que, completando metade do mandato, a governadora fará uma ampla avaliação sobre os resultados eleitorais, assim como o presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores”, declarou.

Em contrapartida, o ex-senador destacou a vitória do prefeito do Recife, João Campos (PSB), a quem rasgou elogios, especialmente em relação à ampla vantagem obtida na capital. O clã dos Coelho, vale lembrar, se aliou ao grupo de Campos no ano passado, após não obter o espaço esperado no governo estadual.

“Sem dúvida nenhuma, o grande vitorioso nessa eleição foi o prefeito João Campos, pela expressiva votação que teve. A nível nacional ele também se coloca muito bem, porque representa a renovação das forças de esquerda e centro-esquerda no Brasil. Acho que o protagonismo de João Campos na política estadual e nacional será cada vez mais crescente”, disse.

“O testemunho do presidente Lula foi inédito nesse sentido. O posicionamento do presidente, o apoio à candidatura de Júnior Matuto (PSB) em Paulista é um reconhecimento a essa liderança de João Campos a nível estadual e nacional. Acho que Pernambuco está muito bem servido de quadros políticos”, completou.

“PT teve derrota dura”

O ex-senador também relacionou o baixo desempenho do PT diante do PL ao trabalho realizado por Lula neste terceiro mandato, apontando que o mandatário precisa se modernizar e ampliar o olhar para as forças de centro.

“Os resultados das eleições municipais foram um recado muito claro de que o governo do presidente Lula precisa se reciclar e se aproximar dos sentimentos da população. A derrota do PT foi uma derrota muito dura, muito clara. Então, é preciso que o governo se mexa com o centro da política. O grande vitorioso das eleições municipais foram as forças de centro”, disse FBC.

O Partido dos Trabalhadores, vale lembrar, conquistou 248 prefeituras no primeiro turno. Foram 65 cidades a mais do que em 2020, mas o número é menor que a metade dos 509 prefeitos eleitos pelo Partido Liberal de Bolsonaro.

“O governo precisa rejuvenescer, se reciclar. Acho que estamos caminhando aí para uma ampla reforma ministerial, que deverá tomar forma entre o final de janeiro e início de fevereiro, após o encaminhamento das eleições das mesas diretoras do Senado e da Câmara. Mas é preciso fazer uma reflexão sobre o recado das urnas. Foi muito duro para a governadora e foi muito duro para o presidente Lula”, finalizou.

Miguel Coelho no Senado

Ainda na entrevista, Fernando Bezerra Coelho confirmou que seu filho Miguel Coelho (União Brasil), ex-prefeito de Petrolina, deverá ser candidato ao Senado por Pernambuco nas eleições de 2026.

FBC afirmou que, embora ainda seja cedo para cravar as alianças políticas que poderão ser firmadas até lá, Miguel está credenciado para disputar o pleito majoritário. Ele já havia mencionado a candidatura do filho anteriormente, em um vídeo publicado nas redes sociais.

“O resultado da eleição, sobretudo a partir de Petrolina, mas também em outras cidades importantes, como Araripina, Salgueiro e Surubim, de fato cria uma expectativa muito grande de que Miguel possa ter a possibilidade de disputar uma eleição majoritária em Pernambuco em 2026″, disse o ex-ministro.

“A vitória de Simão [Durando, prefeito reeleito em Petrolina] foi uma vitória muito expressiva. Petrolina é hoje o principal colégio eleitoral do interior de Pernambuco, então nós estamos vivendo essa expectativa. É claro que ainda é muito cedo, temos ainda um ano e seis meses para essas definições, mas eu acredito que daqui pra lá é muita conversa, muito diálogo, muita aproximação”, acrescentou FBC.

Dívida pública

Também nesta segunda, Fernando Bezerra Coelho participou do programa Debate da Super Manhã, da Rádio Jornal. Ele discutiu o problema da dívida pública do país com o economista e cientista político Sandro Prado e com o mestre em Gestão Pública e especialista em Direito Administrativo André Albuquerque.

FBC afirmou que a expectativa em relação ao cenário fiscal do país “não é muito boa”, mas elogiou o trabalho do ministro da Fazenda Fernando Haddad, ainda que tenha criticado setores do PT por não estarem, segundo ele, facilitando o trabalho do ministro.

“Nesse exato momento, a expectativa em relação ao cenário fiscal não é muito boa. Temos projeção de déficit fiscal de R$ 60 bilhões. É possível que algumas medidas não recorrentes reduzam isso para algo como R$ 45 ou 40 bi, o que vai deixar o déficit público dentro da meta do arcabouço fiscal. O ministro Haddad tá fazendo um belíssimo trabalho, isso é importante dizer. Ano passado tivemos um déficit de quase R$ 180 bi, e ele vai entregar esse ano um déficit de cerca de R$ 40 bi, então o trabalho é muito bom, é preciso ser dito. Agora, o ministro Haddad vem sendo enfrentado por setores do PT e do governo que não têm muito compromisso em relação ao controle do gasto público”, avaliou.

“O Brasil vai crescer em torno de 3,5% ou 3,2%, o que é uma excelente taxa. Mas é preciso conjugar o verbo de cortar despesas. Esse governo não está conjugando esse verbo, só está conjugando o verbo de aumentar receita, e na realidade isso já está começando a mexer com o sentimento do profissional liberal, do médio empresário, porque tem muita arrecadação e isso certamente rebate no sentimento dos negócios. Defendo muito o trabalho do ministro Haddad, ele botou o dedo na ferida, que são os incentivos fiscais, e ele está reduzindo essa despesa”, acrescentou.

Fonte:JC

           

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Política

”Não acredito que passe pela porta”, diz Gilmar Mendes sobre PEC que limita STF

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (14/10) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca limitar as decisões monocráticas dos ministros da Corte é “extravagante”. Ele afirmou que o projeto representa um retrocesso para o sistema democrático brasileiro e que não deve seguir adiante. 
“É realmente um vexame que nós estamos discutindo isso em um país democrático”, disse em entrevista à CNN. “Não acredito que essa proposta passe pela porta, que algum contínuo no Congresso não vá barrá-la, porque ela é tão extravagante, que é uma estrovenga”, emendou.
O texto, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na última quarta-feira (9), proíbe decisões monocráticas que suspendam a eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral, ou que suspendam atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados.
Também ficam vetadas decisões monocráticas com poder de suspender a tramitação de propostas legislativas, que afetem políticas públicas ou criem despesas para qualquer Poder.
O magistrado argumentou que a limitação das decisões monocráticas dos ministros do Supremo já está prevista em normas internas e leis existentes. “Isso já está em normas do próprio Supremo. A rigor, nas próprias leis que tratam da ação direta de inconstitucionalidade e da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) já se prevê que só se consegue eliminar com seis votos, portanto isso já estava no nosso ordenamento”, explicou.
Gilmar Mendes declarou ainda que não vê falta cometida pelo ministro Alexandre de Moraes que justifique um processo de impeachment. Ele afirmou que a suspensão do X (antigo Twitter) foi “correta” e não deve ser considerada um parâmetro para o pedido. “Não vejo perigo e nem falta cometida pelo ministro Moraes que justifique impeachment ou sequer a abertura de um processo. O que existe é um incômodo com uma decisão que estava correta”, avaliou.
Foto ROSINEI COUTINHO/STF

Por Correio Braziliense

           

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Política

Haddad diz estar preocupado com avanço do conservadorismo no País após eleições

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que vê com preocupação o resultado das eleições municipais, em que o centro e a direita conquistaram mais espaço no Brasil. Em evento promovido pelo Itaú nesta segunda-feira, 14, o ministro afirmou ainda que o conservadorismo tem “ganhado força” em todo mundo.

“O mundo está muito mais conservador e muito mais distópico do que a gente imagina. Hoje, tem espaço para todo tipo de retórica. Aquilo que parecia improvável 10, 20 anos atrás, improvável do ponto de vista retórico, hoje existe lugar de fala para qualquer narrativa”, disse Haddad.

O ministro da Fazenda afirmou ter imaginado que o conservadorismo ficaria para trás. Mas disse que os discursos anticientíficos, antidemocráticos e intolerantes não perderam espaço no Brasil como ele esperava. “Você vê que mesmo gente que come com garfo e faca fala contra a vacina, fala contra mudança climática. Isso não vai nos levar para um bom lugar”, opinou. “Esse discurso está ganhando força, ele não está perdendo. Nós imaginávamos que ele fosse ficar para trás, e eu acredito que ele não tenha ficado para trás.”

Haddad disse que o fenômeno começou há 10 anos com a Primavera Árabe – protestos que ocorreram entre 2010 e 2013 contra ditaduras de países árabes. O ministro afirmou ainda que o Brasil deve estar cada vez mais apoiado na ciência, na liberdade e no respeito e que, para a economia funcionar, deve estar cercada de instituições que também funcionem.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

Ricardo Nunes e ministro Lula trocam farpas sobre Enel no X em meio a apagão em São Paulo

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), trocaram farpas nas redes sociais neste domingo, em meio a um apagão de energia que atinge clientes da concessionária Enel.

Ainda no sábado, 12, Ricardo Nunes lançou críticas ao governo federal, dizendo que haveria “descaso atrás de descaso com a população de São Paulo. Segundo ele, “milhares de pessoas estão sofrendo e sendo afetadas pelo desserviço da Enel, enquanto o governo federal insiste em manter o contrato com essa empresa ineficiente.”

Neste domingo, Nunes mirou diretamente no ministro Alexandre Silveira. “É lamentável! No dia do apagão, o ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira, falou em durante um evento com o diretor da Enel, em Roma, na Itália, da possibilidade de renovação dos contratos da Enel no Brasil. São Paulo não merece que a Enel continue prestando seus serviços aqui”, criticou.

Alexandre Silveira reagiu também neste domingo. “De olho na herança eleitoral de Pablo Marçal, o @ricardo_nunessp se mostra um excelente aprendiz de malfeitos, ao divulgar fake news. A verdade é que participei de um fórum de debates na Itália com a presença de vários empresários e autoridades brasileiras e italianas”, rebateu o ministro.

Alexandre Silveira afirmou que “não houve qualquer discussão sobre a renovação da concessão da Enel e que “isso não está na mesa, pois o contrato, que os aliados do prefeito assinaram, vai até 2028”.

O ministro ainda criticou Nunes em razão da gestão da poda de árvores da cidade, o que também tem sido enfatizado por Guilherme Boulos (PSOL), adversário do emedebista nas eleições. “As árvores de SP que caíram em cima das redes de energia também são de responsabilidade do governo federal? O que anda fazendo a Aneel, agência ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de caducidade que denunciei há meses?”, questionou o ministro, que completou: “Prefeito, ainda dá tempo de podar as árvores, antes que o período chuvoso chegue de vez.”

Os efeitos da chuva de sexta-feira que deixam milhares de moradores de São Paulo sem luz ainda neste domingo viraram tema de campanha, com Boulos e Nunes trocando farpas e visitando locais afetados.

Como mostrou o Estadão, a pressão pelo fim da concessão da Enel, empresa que opera o serviço elétrico na capital paulista e região metropolitana, uniu o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e até o Ministério de Minas e Energia, do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em meio ao apagão que atinge a capital paulista e chega ao seu terceiro dia neste domingo, 13, com 900 mil imóveis ainda sem luz.

Cabe à Aneel recomendar ao MME a eventual caducidade do contrato de concessão da Enel. A agência reguladora é independente do governo federal e já manifestou que intimará a Enel para que haja uma adequação do serviço ao previsto pelo contrato de concessão.

Foto Getty

Por Estadão

           

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