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Palmeiras se sensibilizou com situação do Galvez e aplicou ações importantes
Talvez uma vitória sobre o Palmeiras não tivesse rendido tantos frutos ao Galvez como a derrota na terceira fase da Copinha. O modesto time acreano foi mais longe na competição do que o próprio clube acreditava. Resultado: perdeu as passagens que já havia comprado e não tinha como voltar para casa.
O Palmeiras se sensibilizou com o caso e, além do retorno da delegação, bancou, chuteiras, bolas e ainda convidou o adversário para um tour pelo Allianz Parque.
Os garotos vivenciaram um dia de profissional. Entraram no estádio pelo mesmo local usado pelos jogadores palmeirenses antes das partidas na arena. E quase com o mesmo glamour, com direito a flashes, câmeras, repórteres e microfones à espera de uma entrevista.
A eliminação para o Palmeiras na Copinha valeu a pena, segundo o próprio técnico do Galvez, Oziel Moreira.
“Perdemos as passagens, pois estavam marcadas para o dia 10. Mas foi bom ter perdido para o Palmeiras, se tivéssemos ganhado não teríamos esse lazer”, contou o técnico, que comanda o time desde 2015 e já passou por todas as categorias de base do clube acreano.
“Depois do jogo, a gente estava no mesmo hotel do Palmeiras. Na hora do jantar, eu fiquei mais afastado, daí o diretor Eduardo [Batista, coordenador administrativo da base], do Palmeiras, perguntou o que tinha acontecido. Eu disse que não tínhamos conseguido as passagens ainda. Depois, ele me deu a boa notícia. Disse que o Palmeiras pagaria as passagens”, contou Oziel.
O dinheiro que o Galvez conseguiu trazer foi pouco, apenas R$ 3.000 para todas as despesas do time durante os dias de competição.
“Adoeceu um garoto e eu tive que comprar remédio. Esses garotos não têm uma boa alimentação, pois o clube não tem condições.”
Apesar da pouca grana, não faltou vontade aos acreanos, que chegaram desacreditados a Capivari, mas alcançaram a terceira fase. A campanha permitiu ao volante Luan, capitão do Galvez, sonhar com a volta ao Allianz como atleta do Palmeiras.
“Ninguém acreditava na gente. Só nossos familiares e a gente mesmo. Vi a dimensão do Palmeiras, é um sonho jogar neste clube.”
(Por Folhapress)
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