Conecte-se Conosco

Política

Gastos com marqueteiro na campanha de Lula podem chegar a R$ 45 milhões

Segundo apurou o Estadão, o primeiro orçamento apresentado pela agência escolhida foi de R$ 45 milhões para ações de comunicação.

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

A contratação do marqueteiro Augusto Fonseca e de sua agência, a MPB Estratégia e Criação, ampliou um intenso embate que transcorre nos bastidores do PT e da pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fonte de suspeitas de caixa 2 em outras disputas, o marketing eleitoral da futura campanha de Lula já revive as cifras milionárias do passado.

Segundo apurou o Estadão, o primeiro orçamento apresentado pela agência escolhida foi de R$ 45 milhões para ações de comunicação. A briga pelo controle dos recursos milionários se tornou o ponto central das divergências entre os grupos do ex-ministro das Comunicação Franklin Martins – conselheiro mais próximo de Lula – e o do secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto.

O secretário petista era contra a contratação de uma agência e defendia “estatizar” o marketing da campanha, mantendo as ações dentro da máquina do partido. Com apoio de Lula, Franklin bancou a escolha de Fonseca após uma concorrência na qual os valores não foram apresentados previamente, segundo dirigentes da legenda e integrantes da pré-campanha.

O valor pedido pela MPB é comparado por petistas aos cobrados por Duda Mendonça, histórico marqueteiro que ajudou Lula a se eleger em 2002 que morreu no ano passado. Naquela campanha, Fonseca auxiliou Duda. A MPB fica em um prédio na Avenida Nove de Julho, em São Paulo, dois andares abaixo da antiga agência do simbólico marqueteiro das campanhas petistas. Além de Fonseca, os outros dois sócios da MPB, Manoel Antonio Canabarro e Eduardo de Matos Freiha, também atuaram com Duda. Canabarro já foi o braço direito do publicitário. Freiha chegou a ser condenado no mensalão.

Preços

Dirigentes do PT e integrantes da campanha afirmaram ao Estadão, sob condição de reserva, que apenas após a escolha ser feita por Franklin – e avalizada por Lula -, foram discutidos os preços dos serviços. Fonseca apresentou a cobrança de R$ 45 milhões para o primeiro turno da disputa. O valor envolve gastos com o marketing, locação de câmeras, ilhas de edição e serviços relacionados às redes sociais e internet. Está excluída do pacote a demanda de pesquisas, que costuma atingir valores milionários.

O Estadão mostrou, em março, que Franklin e Tatto têm protagonizado discordâncias sobre como conciliar a propaganda de Lula e do partido na corrida presidencial. A contratação da MPB acirrou a disputa interna e a levou para o campo financeiro, diante do elevado montante de recursos envolvido. Segundo dirigentes do PT, integrantes da pré-campanha e profissionais próximos de Fonseca, há uma negociação para reduzir este valor.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, empresas de pesquisa eleitoral, produtoras e locadoras de equipamentos custaram R$ 29 milhões em 2018, somadas a pré-candidatura de Lula – que acabou preso e barrado pelo TSE antes do pleito – e a candidatura de Fernando Haddad. O marqueteiro era Otávio Antunes, que fará a campanha do ex-prefeito ao governo de São Paulo. Antunes é jornalista e foi chefe de comunicação da Fundação Perseu Abramo. Tem boa relação com Tatto, para quem trabalhou na campanha ao Senado naquele ano.

Caixa 2

Em 2005, em meio ao mensalão, Duda Mendonça confessou ter recebido R$ 10,5 milhões em caixa 2 no exterior para a campanha de Lula. Ele acabou absolvido, mas se tornaria delator anos depois, na Operação Lava Jato. Sócio da MPB, Freiha era produtor de vídeo de Duda à época. As investigações, no entanto, mostraram que seus serviços iam além das câmeras e ilhas de edição. Em 2015, foi condenado por evasão de divisas sob acusação de controlar contas atribuídas a Duda que receberam US$ 2,5 milhões no exterior. Em segunda instância, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região reconheceu a prescrição da pena.

Quando a contratação da agência foi anunciada, somente o nome de Fonseca foi mencionado pela assessoria de Lula. Freiha é sócio administrador da MPB e participará da campanha como diretor de vídeo. Nas eleições de 2018, a MPB recebeu R$ 10 milhões pela campanha de Ciro Gomes (PDT). Hoje, Ciro tem como marqueteiro João Santana, que fez as campanhas de Lula, em 2006, e da ex-presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014. Santana foi delator na Lava Jato e confessou ter recebido valores da Odebrecht e da JBS no exterior pelas campanhas petistas. O marqueteiro e sua ex-mulher, Mônica Moura, devolveram R$ 80 milhões aos cofres públicos em seus acordos de delação.

Fonseca também trabalhou para a campanha de Aécio Neves (PSDB) em 2014, quando o então senador rivalizou com Dilma. Quando a petista foi reeleita, em 2014, último ano em que contribuições de empresas foram permitidas na disputa presidencial, a arrecadação foi de R$ 318 milhões. Em 2018, a campanha do PT ao Planalto recebeu valor bem inferior: R$ 55 milhões. Mas, com o aumento do fundo eleitoral aprovado pelo Congresso e avalizado pelo Supremo Tribunal Federal, partidos vão receber R$ 4,9 bilhões em recursos públicos. Atrás apenas do União Brasil, o PT terá a segunda maior fatia do bolo de recursos públicos: R$ 484 milhões para gastar em campanhas.

Procurados, Augusto Fonseca e Eduardo Freiha não se manifestaram. A assessoria de Lula e de Franklin Martins afirmou que não faria comentários sobre divergências internas do partido e valores da campanha. Sobre a contratação da MPB, disse que foi realizada uma concorrência entre quatro agências, e que foi escolhida a melhor proposta na opinião do ex-presidente, da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e de Franklin.

O PT nacional afirmou que “os valores e contratos com fornecedores para a campanha eleitoral serão negociados no devido tempo, de acordo com a legislação e levando em conta os recursos disponíveis das três fontes: fundo eleitoral, Fundo Partidário e arrecadação própria” do partido.

(Do jornal O Estado de S. Paulo.)

 

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

 

Política

Nunes nega que seu vice tenha pedido sigilo de 100 anos sobre processos disciplinares na PM

A declaração foi dada após ser revelado que corporação impôs sigilo máximo permitido na legislação sobre processos já arquivados envolvendo o coronel Mello Araújo.

Publicado

em

“Eu até perguntei para o Coronel Mello, ele falou que isso partiu de um procedimento lá da Polícia Militar, que não foi uma solicitação dele. Então, se a própria PM ou a Secretaria de Segurança Pública tomou a iniciativa de fazer o sigilo no procedimento dele. A gente só pode respeitar”, disse o prefeito.

A declaração foi dada a jornalistas após a cerimônia de abertura da Feira Internacional da Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos (Fipan), na manhã de terça-feira, 23.

Nunes disse que o vice afirmou a ele que não há problema nenhum com relação à divulgação dos processo porque, segundo o coronel, não há nada contra ele. “A não ser uma advertência em 1900 e não sei quando, por uma questão de escala, quando ele comandou um batalhão”, acrescentou o prefeito.

O Estadão solicitou via Lei de Acesso à Informação (LAI) dados de processos internos abertos contra o coronel, durante o período em que integrou a corporação – ele é ex-comandante da tropa de elite da PM-SP, a Rota, Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar.

Em resposta, a PM disse que as ocorrências que tiveram participação de Mello Araújo “foram devidamente investigadas, sendo os respectivos inquéritos posteriormente arquivados”, e que não resultaram na abertura de processos judiciais.

Segundo entendimento prévio da Controladoria-Geral da União (CGU), procedimentos disciplinares são de acesso restrito a terceiros somente até que sejam julgados. Depois disso, quando concluídos, os documentos são passíveis de acesso público. No caso de Mello Araújo, segundo a própria PM, os processos foram até mesmo arquivados.

Apadrinhado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mello Araújo foi oficializado pelo partido como vice na chapa de Nunes, indicado pelo governador Tarcísio de Freitas, esse sim responsável por administração a segurança pública do Estado de São Paulo. O partido do prefeito, MDB, ainda precisa aceitar oficialmente a indicação, em evento marcado para o dia 3. O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo.

Ainda falando dos feitos de seu vice, desta vez a frente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Nunes aproveitou a fala aos jornalistas para cutucar o adversário na corrida eleitoral, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

O prefeito foi questionado sobre a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Mello, durante a convenção partidária do PSOL, em que afirmou, não nominalmente, que o coronel foi um “ditador” na Ceagesp. Nunes “lamentou” a declaração do presidente, e defendeu o colega de chapa dizendo que ele combateu a prática de “rachadinha” no órgão.

“Tem candidatos aqui que são ‘passador de pano’ para ‘rachadinha’, o Mello é anti-rachadinha, ele acabou com a rachadinha lá na Ceagesp”, em referência ao deputado federal, que foi relator da representação do PL contra André Janones (Avante-MG), e em junho pediu o arquivamento do caso que investiga a prática de “rachadinha” pelo colega parlamentar.

Foto Wilson Dias/Agência Brasil

Por Estadão

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Temos uma semana para avisar órgãos quanto vai se gastar e de onde vai cortar, diz Tebet

Publicado

em

A distribuição dos cortes nos gastos públicos, que somam R$ 15 bilhões, será informada em decreto presidencial, no próximo dia 30, após o relatório bimestral que avalia o comportamento de receitas e despesas, assegurou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

“A gente tem uma semana para avisar os órgãos setoriais de quanto vai gastar, de onde vai cortar, de onde vai conseguir e quem vai ter o maior corte”, afirmou a ministra. “Isso vai ser anunciado na data certa, com decreto presidencial, no dia 30”.

Tebet disse que, com o detalhamento, alguns gastos não terão retorno e alguns outros, “a depender da receita ou da revisão de gastos ainda neste ano”, poderão ser descontingenciados. “O bloqueio é um pouco mais difícil.”

Na segunda-feira, 22, o Ministério do Orçamento e Planejamento confirmou o congelamento de gastos da ordem de R$ 15 bilhões, sendo R$ 11,2 bilhões em bloqueio em verbas do Orçamento e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. Após a divisão de bloqueio e contingenciamento por ministério, as pastas definirão programas e obras afetados.

A ministra enfatizou que é preciso fechar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 com meta zero. “Disso depende nós termos uma revisão de gastos da ordem de R$ 9 bilhões. Isso estava no nosso cronograma. Vai ficar mais claro no segundo semestre.”

Ainda sobre o detalhamento dos cortes, Simone Tebet destacou que na semana que vem será divulgado “onde vai cada ponto do Atestmed, ProAgro, Seguro Defeso e todas políticas e algumas outras que não estavam na LOA de 2024”.

“Vamos mostrar por A mais B onde estarão as economias na revisão de gastos de R$ 9 bilhões para este ano”, afirmou, acrescentando que o detalhamento se trata de um pedido do presidente Lula. “Isso foi um pedido do próprio presidente Lula: quando explica, a sociedade compreende”.

“De onde e como virão a revisão de gastos e o corte dos R$ 25 bilhões para o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2025, o detalhamento será feito pela equipe econômica”, comentou a ministra. “No mesmo dia e local, teremos a equipe econômica, o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento, e o professor Sérgio Firpo, secretário de Avaliação de Políticas Públicas, detalhando como se dará e como está acontecendo a revisão de gastos de R$ 9 bilhões deste ano, para que nós possamos chegar com a meta zero ainda no ano de 2024.”

Fonte: Estadão Conteúdo

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Eleições 2024: Justiça Eleitoral divulga limites de gastos de campanha por município

Publicado

em

Na última sexta-feira (20), a Justiça Eleitoral divulgou portaria com os limites de gastos de campanha para os cargos eletivos em disputa nas Eleições 2024. Os valores variam de acordo com cada município e correspondem aos praticados nas eleições municipais de 2016, atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho de 2016 até junho de 2024.

Em Pernambuco, Recife é a cidade com o maior teto, sendo até R$ 9.776.138,29 no primeiro turno para o cargo de prefeita ou prefeito e até R$ 1.313.263,10 para o cargo de vereadora ou vereador. Em um eventual segundo turno, até R$ 3.910.455,32 poderão ser gastos na campanha para o Executivo municipal.

Além da capital pernambucana, outros cinco municípios aparecem com possibilidade de ter segundo turno por concentrarem mais de 200 mil eleitoras e eleitores. São eles: Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Petrolina.

Veja abaixo o limite de gastos nas seis cidades com possibilidade de segundo turno:

Eleições 2024: Justiça Eleitoral divulga limites de gastos de campanha por município; confira

Clique aqui e confira qual o limite de gastos de campanha em seu município.

Por Wellington Ribeiro

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!