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Guerra da Ucrânia derruba ministra da Defesa alemã e expõe dilema da Otan

Até dezembro, dos cerca de US$ 40 bilhões enviados em armas e ajuda militar a Kiev, US$ 24 bilhões vieram dos EUA, que querem maior participação europeia.

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 A ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, renunciou nesta segunda-feira (16) após enfrentar uma série de críticas acerca da resposta de Berlim à Guerra da Ucrânia, iniciada há quase 11 meses, quando o russo Vladimir Putin invadiu o país vizinho.

Mais do que isso, a crise alemã expõe um dilema crescente entre os membros europeus da Otan, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos acerca do fornecimento de armas pesadas para Kiev combater os russos.

Até dezembro, dos cerca de US$ 40 bilhões enviados em armas e ajuda militar a Kiev, US$ 24 bilhões vieram dos EUA, que querem maior participação europeia. Os países do continente temem o desabastecimento de seus arsenais e a escalada da tensão com a Rússia, arriscando uma Terceira Guerra Mundial.

A queda de Lambrecht ocorre na semana em que a Otan discutirá o tema do envio de tanques modernos para ajudar o esforço de guerra ucraniano. O governo de Volodimir Zelenski já pediu ao menos 300 blindados do tipo para tentar conter as forças russas no Donbass, o leste do país onde Moscou está colhendo suas primeiras vitórias em meses.

A questão é que o principal modelo de tanque em operação na Europa, com cerca de 2.500 unidades em 16 membros da Otan, é o alemão Leopard-2. Até por estarem no mesmo continente, seriam a opção mais óbvia de blindado pesado para ser fornecido a Kiev.

Mas Berlim hesita em envolver-se mais. Até aqui, concordou em enviar 40 blindados leves Marder, bastante letais, mas numa categoria inferior à dos tanques. Os EUA seguem a mesma política, tendo se comprometido a fornecer 50 blindados Bradley, assim como os franceses anunciaram a doação de um número incerto de tanques leves AMX.

A Ucrânia operava, antes da guerra, 957 tanques de origem soviética, a maioria T-72. A Polônia enviou cerca de 230 desses modelos para ajudar os ucranianos. Ao todo, segundo o site de monitoramento holandês Oryx, 449 já foram perdidos de forma documentada.

A pressão está sobre Berlim também porque o país precisa autorizar que outras nações operadoras de seus tanques os transfiram para um terceiro país. Nesta segunda, o governo finlandês pediu tal aval para Berlim -em processo de adesão à Otan, o país tem uma frota de mais de 200 Leopard-2.

No domingo (15), o jornal Bild am Sonntag publicou uma entrevista com o presidente da Rheinmetall, a fabricante do tanque que explicitou outra face da questão. “Mesmo que a decisão de enviar nossos Leopard fosse tomada amanhã, a entrega iria demorar até o começo do ano que vem”, disse Armin Papperger.

Ele se referia aos tanques em estoque na Alemanha: 22 Leopard-2, o que não faria exatamente diferença alguma nos combates, e 88 modelos antigos Leopard-1. Eles teriam de ser desmontados e remontados para serem operacionais.

Ou seja, para que algo seja feito de forma mais eficiente, teriam de ser enviados tanques de arsenais ativos dos países europeus. Também no domingo, o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, prometeu que a reunião do grupo na próxima sexta (20) marcaria o “envio de armas mais pesadas”.

Até aqui, apenas o Reino Unido disse estudar o envio de um punhado de tanques Challenger-2, que o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, prometeu que serão “incinerados” se forem a campo na Ucrânia.

Como as frotas europeias não são exatamente volumosas como a russa, que tinha mais de 3.000 tanques pesados antes da guerra, perdendo o equivalente à metade disso mas mantendo sua produção, a Otan precisa fazer um “catado” desses blindados entre vários de seus membros para não desguarnecê-los.

O temor de provocar os russos é testado gradualmente. Inicialmente, americanos só enviaram mísseis portáteis. Depois, obuseiros, seguidos por sistemas de artilharia de precisão. Agora, preparam a entrega de sistemas de defesa antiaérea. Mas caças ainda são um tabu, tanto que a Polônia não conseguiu doar seus MiG-29 para Kiev.

Além dessa questão, a queda de Lambrecht acentua as críticas internas ao premiê Olaf Scholz, que assumiu no fim de 2021. Ela sempre foi considerada uma política de pouca estatura para o cargo, e quando o chefe anunciou um pacote de EUR 100 bilhões para reavivar as Forças Armadas alemãs na esteira da guerra, pouco fez na prática.

Até aqui, apenas parece ter andado a aquisição de 35 caças de quinta geração americanos F-35, ainda assim de forma atabalhoada. Além disso, a hesitação simbolizada no envio imediato de 5.000 capacetes para ajudar os ucranianos sempre pesou contra a agora ex-ministra.

O próprio estado das forças militares alemãs é alvo de crítica. No mês passado, 18 veículos de infantaria Puma, os mais avançados do país, tiveram de ser retirados de um exercício da Otan por problemas técnicos de operação. Ainda não se sabe quem irá substituir Lambrecht, mas as apostas são de que será outra mulher, para manter a proporção feminina no gabinete de Scholz.

Na Ucrânia, seguem as trocas de acusação pelo bombardeamento de um prédio residencial em Dnipro no sábado (14), matando dezenas de pessoas. Moscou diz que o edifício foi atingido por fogo antiaéreo de Kiev, que acusa um ataque com míssil balístico russo.

Nesta segunda, a tensão foi redobrada no norte do país invadido com o início de um exercício conjunto de forças aéreas da Rússia e de Belarus. O estreitamento da cooperação militar entre os aliados sugere que a ditadura de Minsk possa entrar na guerra ao lado do Kremlin, o que por ora é negado apesar das evidências. Até aqui, Putin usou o território vizinho como base para suas ações.

Por Folhapress

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Jornalista é condenada após falar da altura da primeira-ministra da Itália

Giulia Cortese foi sentenciada a pagar indenização de 5 mil euros (cerca de R$ 30 mil).

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Giulia Cortese, uma jornalista italiana, foi condenada, nesta semana, por um tribunal de Milão após ridicularizar a altura da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, 47.

A jornalista foi sentenciada a pagar indenização de 5 mil euros (cerca de R$ 30 mil) por ter falado da altura da primeira-ministra italiana nas redes sociais. As informações são da agência Ansa.

O caso em si aconteceu em outubro de 2021. A publicação foi feita no X (antigo Twitter), quando Meloni não era primeira-ministra, porém, uma das líderes da extrema-direita italiana.

Meloni entrou com uma ação judicial contra a jornalista, após se irritar com Giulia Cortese por postar uma foto em que ela aparecia com o falecido líder fascista Benito Mussolini ao fundo. Na ocasião, Cortese respondeu com vários tweets. “Você não me assusta, Giorgia Meloni. Afinal, você tem apenas 1,2 metro de altura. Nem consigo vê-la”.

Apesar da polêmica, a altura de Giorgia Meloni é um mistério. Na mídia, ela varia entre 1,58m e 1,63m. O juiz do caso considerou o tweet da jornalista um episódio de “body shaming” ao proferir o veredicto.

O advogado da primeira-ministra afirmou que o valor a ser recebido será “doado para caridade”. A jornalista pode recorrer.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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Mundo

Apagão virtual global afeta voos, bancos, telecomunicações e mídia

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Uma atualização de software causou estragos em sistemas de computadores em todo o mundo nesta sexta-feira (19), suspendendo voos, forçando algumas emissoras a sair do ar e afetando serviços bancários e de saúde.

Uma atualização de um produto oferecido pela empresa global de segurança cibernética CrowdStrike parece ter sido o gatilho, afetando clientes que usam o sistema operacional Windows, da Microsoft. A Microsoft informou que o problema há havia sido corrigido.

O presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou na plataforma de rede social X que a empresa estava “trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts do Windows” e que uma correção estava sendo implantada.

“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”, disse Kurtz no post.

Efeito

Na manhã de hoje, importantes companhias aéreas dos Estados Unidos – American Airlines, Delta Airlines e United Airlines – suspenderam voos, enquanto outras transportadoras e aeroportos em todo o mundo relataram atrasos e interrupções.

Bancos e empresas de serviços financeiros da Austrália à Alemanha e também do Brasil alertaram os clientes sobre falhas, e traders de todos os mercados falaram de problemas na execução das transações.

O Bradesco informou que suas plataformas digitais foram afetadas pelo apagão cibernético global e por isso não estavam disponíveis para os clientes do banco. Em comunicado, o Bradesco informou também que suas equipes “estão atuando para regularização o mais breve possível”.

No Reino Unido, os sistemas de agendamento usados ​​pelos médicos estavam fora do ar, segundo vários relatos postados no X por autoridades médicas, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar, pedindo desculpas por não poder transmitir ao vivo. O clube de futebol Manchester United afirmou no X que teve que adiar um lançamento programado de ingressos.

A unidade de nuvem da Microsoft, Azure, disse estar ciente do problema que afetou as máquinas virtuais que executam o sistema operacional Windows e o agente CrowdStrike Falcon ficou travado em um “estado de reinicialização” em meio a uma falha global.

Em um alerta aos clientes emitido às 2h30 de sexta-feira (horário de Brasília), a CrowdStrike disse que seu software Falcon Sensor estava fazendo com que o Microsoft Windows travasse e exibisse uma tela azul. Também compartilhou uma solução alternativa manual para corrigir o problema.

Mais da metade das empresas Fortune 500 usavam o software CrowdStrike, disse a empresa norte-americana em um vídeo promocional este ano.

“Esta é uma ilustração muito, muito desconfortável da fragilidade da infraestrutura central da Internet mundial”, disse Ciaran Martin, professor da Escola de Governo Blavatnik da Universidade de Oxford e ex-chefe do Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido.

Aeroportos

Os aeroportos de Cingapura, Hong Kong e Índia disseram que a interrupção significou que algumas companhias aéreas tiveram que fazer o check-in manual dos passageiros.

O Aeroporto Schiphol de Amsterdã, um dos mais movimentados da Europa, afirmou que foi afetado, enquanto a companhia aérea Iberia disse que operava manualmente nos aeroportos até que seus balcões de check-in eletrônicos e check-ins online fossem reativados. Houve alguns atrasos, mas nenhum cancelamento de voo.

A Air France-KLM disse que suas operações foram afetadas.

Embora houvesse relatos de empresas que restauraram gradualmente os seus serviços, os analistas avaliaram o potencial daquilo que chamaram de maior interrupção na indústria e na economia em geral.

“Todas as ferramentas de segurança de TI são projetadas para garantir que as empresas possam continuar a operar no pior cenário de violação de dados, portanto, ser a causa raiz de uma interrupção global de TI é um desastre absoluto”, disse Ajay Unni, presidente-executivo da StickmanCyber, uma das maiores empresas de serviços de segurança cibernética da Austrália.

Fonte: Agência Brasil

           

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Biden faz nova confusão, esquece nome de secretário da Defesa e o chama de ‘o homem negro’

Biden defendia seu histórico de ignorar críticas e indicar pessoas negras para altos postos do governo na emissora Black Entertainment Network quando se confundiu.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez nova confusão nesta quinta-feira (18) e chamou seu secretário de Defesa, Lloyd Austin, de ‘o homem negro’ ao esquecer seu nome durante uma entrevista para um canal voltado à população negra americana.

Biden defendia seu histórico de ignorar críticas e indicar pessoas negras para altos postos do governo na emissora Black Entertainment Network quando se confundiu. “Precisamos tratar as pessoas com dignidade. Por exemplo, é só ver pra como me pressionam porque eu escolhi um… o secretário de Defesa… o homem negro, porque eu escolhi Ketanji Brown Jackson”, disse, em referência à juíza da Suprema Corte.

Depois do ocorrido, uma porta-voz do Pentágono disse que Austin “tem total confiança em Biden, com quem passou horas trabalhando de perto durante cúpula da Otan” que terminou no último dia 11. Austin é a primeira pessoa negra a chefiar o Pentágono na história dos EUA.

O lapso de Biden se soma a vários outros nos últimos dias, como quando disse na quarta (17) que apresentaria um plano para limitar o crescimento de aluguéis em US$ 55 quando quis dizer 5%, ou quando, na cúpula da Otan, confundiu sua vice Kamala Harris com seu adversário, Donald Trump.

A pressão de democratas pela desistência de Biden aumenta a medida que novos lapsos se acumulam e as chances de uma vitória de Trump, com consequências profundas para a democracia americana, crescem nas pesquisas.

Nesta quinta, uma reportagem do jornal The New York Times relatou que o presidente parece mais receptivo a ouvir argumentos defendendo sua saída. Já o britânico Financial Times cita doadores e funcionários do partido que disseram, sob condição de anonimato, que Biden está próximo de desistir e que a pressão contra sua permanência já é incontornável.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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