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Líderes europeus veem em nacionalismo ameaça à paz

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O discurso foi, sobretudo, endereçado ao líder americano Donald Trump e a países europeus como Hungria e Polônia, em que o populismo nacionalista ganha força

presidente da França, Emmanuel Macron, usou neste domingo (11) a cerimônia do centenário do Armistício da Primeira Guerra (1914-18) para uma defesa enfática da cooperação internacional e do multilateralismo.

O discurso foi, sobretudo, endereçado ao líder americano Donald Trump e a países europeus como Hungria e Polônia, em que o populismo nacionalista ganha força.

No ato, realizado sob o Arco do Triunfo, onde fica o Monumento ao Soldado Desconhecido em Paris, Macron disse que “cem anos depois, a cicatriz [da guerra] ainda é visível na face do mundo” e exortou governantes a não confundir patriotismo e nacionalismo –o segundo seria a traição do primeiro.

“Ao dizer ‘nossos interesses primeiro, os outros pouco importam’, apaga-se aquilo que uma nação tem de mais precioso […], aquilo que a leva a ser grande: seus valores morais”, afirmou, diante de uma plateia de 72 chefes de governo e de Estado, dentre os quais o Trump de slogans como “A América em primeiro lugar” e “Faça a América voltar a ser grande”.

Ele lembrou que as primeiras parcerias internacionais remontam ao fim da Grande Guerra e, encadeando expressões como “amizade entre os povos” e “espírito de conciliação”, insistiu em quanto essas noções conduziram à aproximação entre França e Alemanha (adversárias no front de 1914 a 1918) e à criação da União Europeia e da Organização das Nações Unidas (ONU).

“A história ameaça às vezes retomar seu curso trágico e comprometer nosso legado de paz”, disse.

“Somemos nossas esperanças em vez de colocar em confronto nossos medos. Juntos, podemos afastar essas ameaças que são o espectro do aquecimento global, a pobreza, a fome, as desigualdades, a ignorância.”

Era mais um aceno a Trump, que em 2017 retirou os EUA do Acordo de Paris (2015), com o qual 196 países se comprometeram a combater a mudança climática e tentar frear o aquecimento do planeta.

A cerimônia foi coreografada para dar protagonismo a Macron (único a discursar, ele passou as tropas em revista longa e solitariamente) e retratá-lo como líder nato do globalismo (em oposição à insularidade e ao nativismo).

Além de Trump, estavam na plateia a chanceler alemã, Angela Merkel, os presidentes russo, Vladimir Putin, e turco, Recep Tayyip Erdogan, e o premiê espanhol, Pedro Sánchez, entre outros. A chefe de governo britânica, Theresa May, ficou no Reino Unido para acompanhar celebrações locais.

À tarde, na abertura do Fórum sobre a Paz, criado pelo governo francês para abrigar debates sobre governança global, Merkel declarou estar inquieta com o fato de que “se volte a agir como se fosse possível pura e simplesmente ignorar nossos compromissos recíprocos”.

Segundo ela, “o equilíbrio pacífico entre os interesses de uns e de outros e mesmo o projeto europeu de paz estão sendo colocados em questão”.

Trump não compareceu. Preferiu visitar um cemitério militar americano na periferia de Paris. 

Não foi a primeira desfeita com o anfitrião. 

No sábado, Trump evitara um dos atos previstos, culpando a chuva. Na sexta (9), ao pousar na capital francesa, o americano escrevera em uma rede social que tinha se sentido insultado pela declaração de Macron, em entrevista prévia, de que a Europa deveria criar um Exército conjunto para se defender “de China, Rússia e até dos EUA”.

“Mas talvez a Europa devesse antes desembolsar uma quantia mais justa para a [manutenção da] Otan, que os Estados Unidos bancam amplamente”, completou Trump.

O francês não se fez de rogado. Em entrevista à rede americana CNN exibida no domingo (11), afirmou preferir “discussões cara a cara ou responder a questões” a “fazer diplomacia por tuítes”.

Apesar da alfinetada, porém, o presidente francês disse concordar com o republicano sobre a necessidade de a Europa incrementar sua participação no custeio da Otan.

“Não quero que os países europeus aumentem seus orçamentos de defesa para comprar armas ou material americano, mas sim para reforçar sua autonomia”, ressalvou.

Por  Folhapress.

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México inicia envio de 10 mil militares para a fronteira com os EUA

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O México iniciou o envio de 10 mil militares para a fronteira com os Estados Unidos para frear o tráfico de drogas como parte do acordo para que o presidente americano, Donald Trump, não imponha tarifas alfandegárias de 25% ao país vizinho. A informação foi dada pela presidente, Claudia Sheinbaum durante sua coletiva de imprensa diária. “Os militares já começaram a ser enviados. O plano foi feito pelo general secretário (da Defesa) com sua equipe”, disse Sheinbaum, afirmando que os soldados foram mobilizados de outros estados que “não têm tanto problema de segurança” e que a transferência “não deixa o resto do país sem segurança”. Ela disse, ainda, que o envio dos militares também ajudará a fortalecer as operações de segurança na fronteira norte, que tem sido sacudida pela violência vinculada ao crime organizado.

Foto Reprodução: Reuters

Por Record

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Europeus e árabes rejeitam plano de Trump de ocupar Gaza

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Diversas autoridades rejeitaram a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar os palestinos da Faixa de Gaza e ocupar o território. A ideia foi lançada na noite desta terça-feira (4), ao lado do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

“Assumiremos o controle. Será nossa”, disse Trump em entrevista coletiva. “As pessoas que moram lá hoje poderiam viver em paz, porque hoje elas vivem no inferno. E tenho a impressão de que, embora hoje digam que não, [Jordânia e Egito] vão abrir seus corações.”

França, Espanha e Arábia Saudita estão entre os países que rejeitaram a fala. Veja abaixo algumas reações.

“Remover todos os palestinos de Gaza equivale a destruí-los como povo. Gaza é o lar deles. A morte e destruição em Gaza são resultado do governo de Israel matando civis aos milhares, frequentemente com bombas dos EUA” / Paul O’Brien – Diretor-executivo da Anistia Internacional dos EUA

“O presidente Mahmud Abbas e os líderes palestinos expressaram sua forte rejeição aos apelos para tomar a Faixa de Gaza e deslocar os palestinos para fora de sua terra natal. (…) Em resposta aos apelos americanos para o deslocamento de palestinos de Gaza, não permitiremos que os direitos do nosso povo sejam violados” / Mahmud Abbas, em comunicado – presidente da Autoridade Nacional Palestina

“Nosso povo na Faixa de Gaza não permitirá que esses planos se concretizem, e o que é necessário é pôr fim à ocupação e à agressão contra nosso povo, não expulsá-los de sua terra” / Sami Abu Zuhri – Funcionário de alto escalão do Hamas

“Sobre a questão de Gaza, Donald Trump está certo. Ao ver as cenas dos palestinos que foram horrendamente deslocados ao longo de tantos meses de guerra, fica claro que Gaza está em ruínas. (…) Sempre fomos claros em nossa crença de que devemos buscar dois estados. Devemos ver os palestinos capazes de viver e prosperar em suas terras, em Gaza, na Cisjordânia” / David Lammy – Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido

“A França reitera sua oposição a qualquer deslocamento forçado da população palestina de Gaza, o que constituiria uma séria violação do direito internacional, um ataque às legítimas aspirações dos palestinos, mas também um grande obstáculo para a solução de dois estados e um fator de desestabilização para nossos parceiros próximos, Egito e Jordânia, bem como para toda a região” / Christophe Lemoine – porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França

“Quero ser muito claro sobre isso: Gaza é a terra dos palestinos de Gaza e eles devem permanecer em Gaza. Gaza faz parte do futuro estado palestino que a Espanha apoia e deve coexistir garantindo a prosperidade e segurança do estado de Israel” / José Manuel Albares – Ministro das Relações Exteriores da Espanha

“O Ministério das Relações Exteriores afirma que a posição da Arábia Saudita em relação ao estabelecimento de um Estado palestino é firme e inabalável. Sua Alteza Real, o príncipe Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud, príncipe herdeiro e primeiro-ministro, reafirmou clara e inequivocamente essa postura.” / Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita na rede social X

“Ele perdeu totalmente o juízo. Uma invasão dos EUA em Gaza levaria ao massacre de milhares de soldados americanos e décadas de guerra no Oriente Médio. É uma piada ruim e doentia.” / Chris Murphy – Senador democrata por Connecticut

Por Folhapress

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Trump inicia deportação de imigrantes em situação irregular para Guantánamo

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Os primeiros voos dos Estados Unidos transportando migrantes detidos rumo à base militar da baía de Guantánamo, administrada pelos americanos em Cuba, estão em andamento, afirmou a Casa Branca nesta terça-feira (4) à tarde.

O presidente Donald Trump disse querer que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna expandam uma instalação de detenção de migrantes na base naval para abrigar mais de 30 mil migrantes.

“Hoje, o primeiro voo dos Estados Unidos para a baía de Guantánamo com migrantes ilegais está em andamento”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, à FOX Business.

Os relatos de autoridades que falaram sob reserva são de que o voo iria transportar quase uma dúzia de migrantes. Voos militares já deportaram pessoas dos EUA para Guatemala, Peru, Honduras e Índia.

O Pentágono disse que planeja expulsar do país mais de 5.000 migrantes detidos pelas autoridades americanas em cidades fronteiriças como El Paso (Texas) e San Diego (Califórnia).

Os voos militares são uma forma cara de transportar migrantes. Um voo militar de deportação para a Guatemala na semana passada provavelmente custou pelo menos US$ 4.675 (R$ 27 mil) por migrante.

Trump tem recorrido cada vez mais aos militares para ajudar a executar sua agenda de imigração. Isso inclui o envio de soldados para a fronteira, o uso de aeronaves militares para levar estrangeiros em situação irregular para fora dos EUA e a abertura de bases militares para ajudar a abrigá-los.

A chefe do Departamento de Segurança Interna americana se recusou a dizer no domingo se mulheres, crianças ou famílias migrantes seriam mantidas no centro de detenção da baía de Guantánamo. Kristi Noem disse que o plano não era manter pessoas na base em Cuba indefinidamente e que a administração seguiria a lei dos EUA.

A base já abriga uma instalação para migrantes -separada da prisão de alta segurança dos EUA para suspeitos de terrorismo estrangeiros- que tem sido usada ocasionalmente por décadas, incluindo para abrigar haitianos e cubanos resgatados no mar.

A administração não disse quanto custaria expandir Guantánamo, estabelecida em 2002 para deter militantes estrangeiros após os ataques de 11 de Setembro de 2001, e que ficou conhecida nos anos seguintes pelos casos de tortura cometidos por órgãos como a CIA, a agência de inteligência americana, contra pessoas acusadas de terrorismo.

Sua prisão de alta segurança dos EUA foi criticada em 2023 por um especialista das Nações Unidas, que disse que o tratamento dos detentos da baía de Guantánamo pelo governo dos EUA era cruel, desumano e degradante sob a lei internacional.

Refugiados que estiveram presos no centro de detenção de migrantes em Cuba denunciaram em 2024 maus-tratos e condições degradantes na instalação, incluindo exposição a esgoto a céu aberto, infestações de ratos e falta de água potável.

Entretanto, apesar da fama da prisão para acusados de terrorismo, pouco se sabe sobre o centro de detenção de migrantes que o governo dos EUA também opera no local.

Até mesmo seu tamanho é incerto: no ano passado, o Departamento de Segurança Interna disse haver quatro pessoas presas na instalação, mas não há informações atualizadas a respeito. Grupos de defesa dos direitos humanos nos EUA processam o governo americano para que documentos detalhando as características e o número de migrantes no centro de detenção sejam liberados.

Em meio à crise imigratória nos EUA, El Salvador, país com a maior taxa de encarceramento do mundo, ofereceu suas penitenciárias para criminosos de qualquer país do mundo expulsos pelos EUA -incluindo os próprios americanos.

O preço seria uma taxa “relativamente baixa para os EUA, mas significativa para nós, tornando todo o nosso sistema prisional sustentável”, afirmou na rede social X o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, após receber em seu país o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio. O líder chamou a oferta de uma “oportunidade de externalizar” parte de seu sistema penitenciário.

Foto Reuters

Por Folhapress

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