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Política

Lula diz a senadores que vitória em 1º turno é essencial contra golpismo

O petista busca atrair 3ª via

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No almoço com parlamentares aliados e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (13) ser essencial haver uma vitória sua já no primeiro turno para que não prosperem ameaças de ruptura democrática estimuladas por Jair Bolsonaro (PL) e aliados.

Para isso, segundo relatos de pessoas que participaram da conversa, Lula afirmou que ele e o PT estão em busca do apoio formal no primeiro turno de quase toda a chamada terceira via –não só do PSD de Gilberto Kassab e do MDB de Simone Tebet, mas também da União Brasil de Luciano Bivar.

Lula esteve nesta terça (12) e quarta em Brasília e participou de diversos encontros políticos, sendo o principal um almoço com Pacheco e parlamentares aliados, na residência oficial da presidência do Senado.

A avaliação de Lula a senadores ocorreu após o almoço, em uma roda de conversa em que estavam presentes, além de Pacheco, os senadores Humberto Costa (PT-PE), Jean Paul Prates (PT-RN), Paulo Rocha (PT-PA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Alexandre Silveira (PSD-MG), além do deputado federal Reginaldo Lopes (MG), líder da bancada do PT na Câmara.

A reportagem obteve o relato da fala de Lula com três dos participantes dessa conversa. Segundo todos eles, o ex-presidente afirmou ter certeza de que obterá o apoio de MDB –sob o argumento de que o PT cedeu ao partido em dez arranjos políticos estaduais sem pedir nada em troca– e que tem mantido pontes com Bivar, que, segundo ele, “odeia” Bolsonaro.

A União Brasil é fruto da fusão do DEM, adversário histórico do PT, e do PSL, nanico que abrigou a eleição de Bolsonaro em 2018. Lula teria sublinhado aos participantes da conversa que, no sentido de evitar arestas com os adversários históricos, não falou uma palavra crítica em relação a ACM Neto, ex-DEM e secretário-geral da União, na visita recente que fez à Bahia.

O MDB tenta emplacar a candidatura de Tebet, mas está rachado internamente e é alvo de ofensiva do PT.

Na última pesquisa do Datafolha, de 22 e 23 de junho, Lula tinha 53% dos votos válidos. Para ganhar no primeiro turno, é necessário que o candidato some 50% dos votos válidos mais um.

Nessa pesquisa Tebet teve 1% das intenções de voto. Bivar não chegou a pontuar. O cálculo político do PT, porém, parte de duas lógicas. MDB e União Brasil terão razoável tempo de propaganda eleitoral na TV e rádio, o que tende a ampliar a fatia de votos de eventuais candidatos, seja quais forem.

Embora não tenha sido citado no almoço, o PT também tenta obter o apoio do Avante de André Janones, que teve 2% das intenções de voto no último Datafolha.

O PT também pressiona, por meio das bancadas na Câmara e no Senado, uma adesão de Ciro Gomes (PDT), mas o candidato e a cúpula do partido descartam desistência.

Estava também no almoço desta quarta o pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), ex-tucano que representa o principal símbolo da movimentação de Lula no sentido de ampliar o seu arco de alianças para além da esquerda tradicional.

Ainda de acordo com relato dos parlamentares que participaram da conversa com Lula, o petista disse que em um cenário normal ele até preferiria uma disputa com dois turnos, o que permite aos dois candidatos da reta final mais oportunidades de debate e de discussão de seus programas. Dessa vez, porém, uma vitória no primeiro turno seria crucial.

A possibilidade de ameaça de ruptura democrática foi o tema central do almoço em si.

O objetivo formal do encontro foi obter de Pacheco uma garantia política de que ele se colocará na linha de frente da defesa de que as eleições serão realizadas sem percalços e que os eleitos serão empossados.

Bolsonaro tem feito reiterados ataques golpistas contra o sistema eleitoral e já deixou claro, assim como aliados, que pode questionar resultado que não seja a sua vitória.

“Nós todos saímos daqui com a garantia de que o presidente do Congresso Nacional, que, como nós temos dito, é a última ratio [último recurso] de defesa da democracia, dará posse aos eleitos no dia 1° de janeiro”, afirmou o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues.

Lula manifestou a Pacheco ter absoluta confiança de que o presidente do Senado é a pessoa ideal para conter eventuais avanços golpistas e garantir a normalidade democrática e cumprimento sem ressalvas do resultado eleitoral

Pacheco prometeu que o Congresso Nacional atuará para garantir o respeito ao resultado, disseram senadores, segundo quem o senador afirmou que, na condição de presidente do Congresso, vai reagir diante de qualquer tentativa de ruptura democrática e que vai garantir a posse do ganhador das eleições de outubro.

A posição de Pacheco tem, desde muito, destoado da do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro e ativo apoiador da reeleição do presidente.

Lira foi alvo de críticas de Lula na roda em que falou da necessidade de sua vitória sem necessidade de uma segunda etapa. O petista teria dito que nunca viu um presidente da Câmara com tanto poder nem mesmo na época de Ulysses Guimarães, que comandou o Congresso Constituinte após a ditadura militar.

Para o petista, Lira teria o objetivo de “acabar” com a oposição.
Lira tem grande influência no Congresso e no governo por meio do controle da distribuição entre os parlamentares das bilionárias emendas orçamentárias da rubrica RP-9.

Segundo o ex-ministro Aloizio Mercadante, que esteve no almoço, Lula afirmou que Bolsonaro e os filhos dele foram eleitos pelas urnas eletrônicas e é importante que o Senado se posicione diante dos ataques ao sistema eleitoral e dialogue com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para fortalecer a corte.

Lula, relatou Mercadante, afirmou que o presidente busca repetir no Brasil o roteiro do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump –que está sendo investigado por insuflar a invasão do congresso americano, o Capitólio, após a derrota para Joe Biden.
“Nós não podemos aceitar. Esse foi o diálogo, foi muito importante. O Senado é uma instituição democrática, o presidente Rodrigo Pacheco disse que está totalmente comprometido, que é um valor inegociável da democracia o resultado dos votos”, disse Mercadante.

Por Folhapress

 

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Política

Lula diz que quer debater política de segurança pública com os 27 governadores

Lula deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, cujo áudio foi divulgado pela assessoria.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que quer discutir uma política de segurança pública com os 27 governadores dos Estados. Ele deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, cujo áudio foi divulgado pela assessoria.

“Eu agora vou discutir uma política de segurança pública. Não vou fazer junto com Lewandowski Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça aqui, junto com a Casa Civil, com a Advocacia-Geral da União um projeto de segurança. Não. Vou chamar os 27 governadores de Estado para dizer o seguinte: o governo federal quer participar da questão da segurança pública. Queremos saber qual é o nosso papel, onde a gente entra, como a gente pode ajudar”, disse o presidente da República.

Lula afirmou que a política de segurança é mais estadual do que federal. “Mas queremos construir uma coisa para esse país para dar um pouco de tranquilidade”, disse o petista.

Foto getty

Por Estadão

           

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Política

Valdemar diz que saída de Salles do PL depende de Bolsonaro e abre caminho para desfiliação

O parlamentar tem convite para se filiar ao Novo e quer disputar o Senado em 2026.

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, diz que vai liberar a desfiliação do deputado federal Ricardo Salles (SP) do partido caso isso seja aprovado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Depende do Bolsonaro”, disse Valdemar à reportagem, ao ser questionado. Com isso, o dirigente demonstra mais flexibilidade no tema e abre caminho para que Salles deixe o partido, uma vez que o ex-presidente, de quem o deputado é próximo, não deve impor barreiras à migração.

Salles já conversou com Bolsonaro e deve ainda falar com Valdemar. O parlamentar tem convite para se filiar ao Novo e quer disputar o Senado em 2026.

O Novo, por sua vez, tem pressa na chegada de Salles, que seria o quinto congressista da legenda e assim garantiria que seus candidatos na eleição municipal sejam convidados para debates na TV, como manda a lei. O prazo para que isso aconteça, no entanto, é o próximo sábado (20), quando começam as convenções partidárias.

Por Folhapress

           

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Política

‘A gente nunca sabe se alguém tá gravando’, disse Bolsonaro ao ser gravado por Ramagem

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À época do encontro, que ocorreu em agosto de 2020, um mês após a prisão de Fabrício Queiroz, o então chefe do Executivo mal sabia que estava sendo gravado, tampouco que o áudio em questão seria encontrado pela Polícia Federal no celular de um de seus principais aliados, o deputado federal Alexandre Ramagem.

Em meio à reunião em que discutia, junto da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência, uma estratégia para livrar o senador Flávio Bolsonaro do inquérito das ‘rachadinhas’, o ex-presidente Jair Bolsonaro externou seu receio de uma eventual gravação das artimanhas que ele e seus aliados pretendiam lançar para minar o inquérito. À época do encontro, que ocorreu em agosto de 2020, um mês após a prisão de Fabrício Queiroz, o então chefe do Executivo mal sabia que estava sendo gravado, tampouco que o áudio em questão seria encontrado pela Polícia Federal no celular de um de seus principais aliados, o deputado federal Alexandre Ramagem.

Bolsonaro mencionou a possibilidade de uma gravação ambiental logo após sugerir “conversas” com o então secretário da Receita Federal e com uma pessoa que seria, segundo o ex-presidente, da Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados. Após a sugestão, o general Augusto Heleno ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional que também participava da reunião – fez um alerta para manter o “troço fechadíssimo”.

O ex-presidente concorda e completa: “Tá certo. E deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa, que não estamos procurando favorecimento de ninguém.”

Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo”. Ele citou justamente o trecho do áudio no qual Bolsonaro diz que não estaria procurando o favorecimento de ninguém.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Alexandre Ramagem, que participava da conversa e teria sido autor da gravação, disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente. “Essa gravação não foi clandestina”. Ele disse ainda que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado. “O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência.”

Ainda durante a reunião, Bolsonaro questionou a defesa de Flávio: “Vocês querem falar com quem amanhã? Canuto?”. A advogada de Flávio responde: “O senhor que determina”. Então Bolsonaro segue. “A quem interessa pra gente resolver esse assunto?”. E completa: “Eu falo com o Canuto. Agora isso aí eu falo com o Flávio então. Qualquer hora do dia amanhã”.

Segundos depois, Bolsonaro afirma ainda: “Ninguém gosta de tráfico de influência”.

Em outro momento da conversa, a advogada de Flávio segue a deixa de Heleno, preocupada com um eventual vazamento da operação ali planejada. “Que tudo que a gente tá falando [inaudível] que eu não quero meu nome no jornal”.

A gravação mostra ainda que a defesa de Flávio pretendia que a manobra ali planejada – mirando os auditores da receita responsáveis pelo relatório que enquadrou Flávio – não beneficiasse somente o senador. “A grande questão é quando falar o seguinte. Ah, que o presidente da República está querendo se utilizar da estrutura da presidência para defender o filho, só que esse caso aqui, isso que a gente descobriu. Pode beneficiar, de uma forma ou de outra, todas as pessoas que foram atacadas. Então não dá para dizer que é uma coisa partidária, ideológica. Então com isso a gente consegue anular a Furna da Onça de um modo geral”.

Foto Getty

Por Estadão

           

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