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Política

Lula reduziu 200 militares da ativa no governo, após recorde sob Bolsonaro

Lula reduziu 200 militares da ativa no governo, após recorde sob Bolsonaro.

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O número de militares da ativa das Forças Armadas cedidos para cargos de comissão no governo, quase todos à Presidência da República e à Defesa, vem diminuindo desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), mas ainda somava 1.871 pessoas em fevereiro.

O corte total desde outubro, mês das eleições, até fevereiro, data dos dados mais recentes, é de 319 vagas. Se considerado só o período em que Lula assumiu a Presidência, são 196 militares a menos.

Capitão reformado do Exército e defensor da ditadura militar (1964-1985), Bolsonaro assumiu seu governo com 1.793 militares da ativa das Forças Armadas requisitados para cargos no governo, praticamente o mesmo número que Dilma Rousseff (PT) encerrou 2015 (1.800), seu último ano fechado de governo.

Mediante um discurso de enaltecimento do militarismo que por várias vezes flertou com o golpismo, o ex-presidente, de acordo com a Fazenda, chegou a 2.206 fardados da ativa em cargos de comissão em julho de 2022, um recorde histórico (com aumento de 23%).

Ao assumir cargo de chefia na administração federal, o militar da ativa recebe um incremento na sua remuneração, até o limite do teto salarial do Executivo.

Lula assumiu retomando a tradição quebrada por Michel Temer (MDB) e Bolsonaro e colocou novamente um civil para comandar a Defesa, o ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro.

Temer havia sido responsável por nomear o general Joaquim Silva e Luna no comando da Defesa, anulando parte do simbolismo da submissão constitucional das forças militares ao comando civil democraticamente eleito.

Bolsonaro sempre colocou militares à frente da pasta -os generais Fernando Azevedo e Silva, Walter Braga Netto (que foi o vice em sua frustrada tentativa de reeleição) e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que à época era o comandante do Exército.

Lula, que durante a campanha viu a desconfiança contra ele aumentar na caserna, teve contra o início de seu governo um ataque golpista de bolsonaristas que depredaram as sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro.

Eles tiveram como ponto de partida a sede do Quartel-General do Exército, local de acampamento tratado com leniência pelos militares durante a gestão Bolsonaro e no início da de Lula.

Treze dias depois, Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, em meio à crise de confiança aberta com os ataques.

A decisão foi tomada porque Arruda não teria demonstrado disposição de tomar providências imediatas e contundentes para reduzir as desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após os ataques bolsonaristas.

De acordo com relatos de aliados de Lula e generais ouvidos pela Folha, a gota d’água para a exoneração foi Arruda ter resistido ao pedido para que o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, fosse retirado do comando de um batalhão do Exército em Goiânia.

Como a Folha mostrou em janeiro, ao menos oito militares da ativa lotados na Presidência da República durante o governo Bolsonaro compareceram em 2022 a atos no acampamento golpista em frente ao quartel-general.

Além disso, alguns deles participaram de grupo de WhatsApp em que foram trocadas e compartilhadas mensagens antidemocráticas e ameaças a Lula. Parte desses militares continuava, à época da reportagem, lotada na Presidência.

Procurada, a Defesa não se manifestou sobre os dados quantitativos de militares da ativa no governo. A Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência afirmou apenas que as substituições ocorreram dentro do processo de troca e montagem do novo governo.

Em seus primeiros meses de gestão, Lula prometeu punir militares que agiram com leniência nos atos do dia 8, mas em algumas ocasiões também promoveu nomeações de outros fardados para o lugar dos que saíam.

No final de janeiro, por exemplo, o governo nomeou 121 militares para o Gabinete de Segurança Institucional, revertendo parte da série de dispensas no órgão que se seguiram aos atos golpistas.

Na prática, isso mostra que o corte de fardados da gestão Bolsonaro superou os 200 postos (ou cerca de 320, se considerado o mês da eleição) que são mostrados nos dados estatísticos, já que Lula fez nomeações de outros militares para parte desses lugares.

Os dados do Painel Estatístico de Pessoal do Ministério da Fazenda não tratam de militares da reserva, apenas os que estão na ativa no Exército, Marinha, Aeronáutica e que foram requisitados para trabalhar no governo.

Bolsonaro também distribuiu cargos para vários militares da reserva, inclusive ministérios, como foram os casos, entre outros, dos generais Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos e Braga Netto

Um dos órgãos federais loteados por militares da reserva foi a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

O órgão informou, por meio da Lei de Acesso à Informação, que havia no final do governo passado 24 militares do Exército, Marinha ou de polícias miliares, todos da reserva ou reformados, ocupando cargos de coordenação e chefia no órgão, além de um delegado aposentado da Polícia Federal. Desses, 17 foram exonerados de uma única vez, em 18 de janeiro.

Os dados do painel estatístico da Fazenda também não discriminam quem dos militares da ativa está na Defesa e quem está na Presidência da República (em especial no Gabinete de Segurança Institucional), os dois órgãos do governo que reúnem agora praticamente todos os fardados requisitados. Pelos dados anteriores, essa divisão ficava em torno de 60% na Presidência e 40% na Defesa.

Foto Getty

Por Folhapress

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Política

PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura no Rio, e vice segue indefinida

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa.

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O PL oficializou nesta segunda-feira (22) a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa, mas o deputado confirmou que o partido vai escolher uma mulher.

O evento do PL nesta segunda não contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve no Rio na última semana em agendas públicas para campanha de rua com o aliado.

A temporada das convenções partidárias começou no último sábado (20), dando início ao período de duas semanas para a formação do cenário eleitoral nas principais capitais brasileiras, incluindo o Rio.

Quanto ao posto de vice, ainda não há definição no PL quanto a se o partido irá aceitar a indicação do MDB ou se emplacará uma chapa ‘puro sangue’.

O MDB sugeriu o nome da ex-deputada estadual e pré-candidata a vereadora Rosane Félix, radialista gospel e aliada do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, presidente estadual do MDB.

Caso opte por uma vice do próprio partido, as postulantes são a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e a deputada estadual Índia Armelau (PL).

“A gente está trabalhando para que [a candidata a vice] esteja adequada aos nossos princípios, aos nossos valores, que seja uma mulher conservadora, que deseja as nossas pautas de família, vida e defesa do nosso Brasil”, disse Ramagem, em entrevista coletiva nesta segunda, após a convenção do partido.

Ramagem também repetiu discurso de que é alvo de perseguição ao falar sobre as investigações da Polícia Federal sobre suposto monitoramento irregular na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob sua gestão.

“Eu acredito que é uma grande perseguição que se verifica que não há crime. Elegeram a mim como alvo de investigações sem ter conduta criminosa alguma. Infelizmente, é muito negativo para nós que haja essa perseguição grande. Mas, por outro lado, eu vejo que o Carioca está notando essa perseguição.”

A campanha de Ramagem será focada na ordem pública. As críticas ao atual prefeito Eduardo Paes (PSD) serão direcionadas à pauta da segurança. O principal argumento preparado pelo PL será o de que, apesar de atribuição estadual, o município poderia contribuir com a segurança pública

“Nós queremos colocar a ordem pública e a segurança como prioridades, como prioritário para o Rio de Janeiro. Com a ordem pública chegando, o comércio e a indústria voltarão e crescerão no Rio de Janeiro”, disse Ramagem.

No sábado, o diretório municipal do PSD no Rio oficializou, por sua vez, o nome de Paes como candidato à reeleição -também sem escolher o candidato a vice na chapa, o que só deve ocorrer em agosto.

Foto Reuters

Por Folhapress

           

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Política

‘Somos muito amigas’, diz Brigitte Macron sobre Janja

Brigitte disse que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25).

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Janja pode fazer tudo”. Para a primeira-dama da França, Brigitte Macron, sua colega brasileira não terá dificuldade em desempenhar dois papéis -representante do marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e esposa de chefe de Estado- em sua visita à França para as Olimpíadas.

Brigitte disse à Folha que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25), no Palácio do Eliseu, residência e local de trabalho do presidente e da esposa. Brigitte tem um escritório próprio no local.

“On est très copines” (somos muito amigas), disse Brigitte sobre Janja.

Embora Janja vá à França na condição de representante de chefe de Estado, será convidada ao almoço por também ser primeira-dama. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, por exemplo, não participará da recepção por ser chefe de governo, e não cônjuge.

Acompanhada de seus cachorros, Jules, Jeanne e Némo, que brincavam nos jardins do palácio, Brigitte acompanhou o marido na recepção organizada para a imprensa que vai cobrir os Jogos.

Ela disse que pretende assistir às provas de equitação, seu esporte favorito, no Palácio de Versalhes.

A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, também estará em Paris para o almoço. Brigitte elogiou a decisão de Joe Biden de desistir da reeleição, anunciada neste domingo (21).

Ela ainda elogiou a vice-presidente Kamala Harris, endossada por Biden para a disputa com Donald Trump, mas ressalvou que o Partido Democrata ainda não escolheu o nome para a eleição.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Política

Após ir à convenção de Dani Portela, João Paulo diz seguir PT com João Campos

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Firme nas críticas sobre a escolha de vice na chapa de João Campos (PSB) nas eleições de 2024, o deputado estadual João Paulo (PT), ex-prefeito do Recife, esteve na convenção que oficializou Dani Portela (PSOL), no sábado (20), como candidata a prefeita da cidade.

Ao comentar sobre a passagem no ato político, João Paulo destaca a sintonia que tem com o trabalho desenvolvido por Dani Portela. “Ela é uma grande companheira e tem uma identidade imensa com o que realizei enquanto prefeito do Recife (2001-2009). Dani quer, por exemplo, retomar o Orçamento Participativo e resgatar a participação popular em programas”, diz João Paulo.

“Esperava que outros companheiros, do PT e do PSB, comparecessem à convenção, até porque Dani foi líder da bancada de oposição da Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco).”

Sobre a presença de João Paulo na convenção realizada sábado (20), Dani Portela comenta que o recebeu com “muita satisfação e alegria”. Ela confirma que pretende recuperar projetos que foram criados por João Paulo quando esteve à frente da gestão da cidade. “Estamos do mesmo lado, somos do campo popular e acreditamos na gestão de esquerda. Ele é um dos políticos que mais admiro em Pernambuco; é o melhor prefeito que o Recife já teve. Tenho aprendido muito com ele.”

Ao ser questionado sobre o evento que será realizado nesta segunda-feira (22) para anuncar o vice de João Campos nas eleições, João Paulo informa que, apesar de discordar do processo que tirou o PT de cena para o cargo, participará do encontro. “Estarei lá, ao lado de Gleisi Hofmann (presidente nacional do PT). O partido tomou a decisão de apoiá-lo (João Campos), e eu acompanho essa decisão.”

Quem deve acompanhar o socialista no pleito é o ex-chefe de gabinete, Victor Marques (PCdoB). Ele foi exonerado no mês de junho, dentro do prazo de desincompatibilização, para que pudesse compor a chapa. Dias antes de deixar o governo, ele se filiou ao PCdoB.

“O prefeito tem demonstração de força, até de certa arrogância. Dar um não a Lula, que investiu tanto aqui no Recife. Mas ele se sentiu com força e com apoio de parte do PT. Não escolheu uma força política para sua chapa, mas é alguém única e exclusivamente dele. Mas tem nada de comunista”, destaca João Paulo.

Ao passo que discorda do processo de escolha do vice de João Campos (PT era um dos interessados na vaga), João Paulo espera que a chapa dê certo. “Desejo que esta estratégia seja vitoriosa e que não tenhamos um fiasco eleitoral”, frisa.

Fonte: JC

           

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