Política
Lula volta a Brasília para desatar nós com Tebet e partidos sobre ministério
Lula já anunciou os chefes de 21 das 37 pastas que vão compor a Esplanada
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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retorna a Brasília nesta segunda-feira (26) com nós a desatar com MDB, União Brasil e PSD para fechar a montagem dos seus ministérios.
Lula já anunciou os chefes de 21 das 37 pastas que vão compor a Esplanada. A expectativa é que o restante dos nomes seja divulgado até quarta-feira (28). No centro do imbróglio, estão ministérios como Cidades e Turismo.
Nesta segunda, o petista terá reuniões com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil- AP), com representantes do PSD e deve voltar a conversar com a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Um dos entraves que o presidente precisa resolver é a posição que será ocupada pela aliada no governo. O presidente eleito conversou com a parlamentar na sexta (23) por duas vezes, mas o destino dela seguiu indefinido.
Inicialmente, o plano era que Tebet fosse nomeada ministra do Meio Ambiente, mas ela condicionou o aceite à decisão de Marina Silva (Rede-AP) a respeito da pasta.
Marina, por sua vez, deixou claro na reunião que teve também na sexta com o presidente que deseja chefiar a pasta ambiental e, depois, Lula indicou que deverá nomeá-la para o cargo.
Nas conversas com Tebet, o petista colocou algumas possíveis soluções sobre a mesa, entre elas Turismo, Cidades e o Planejamento.
Há, porém, duas dificuldades ligadas a esta última pasta. Uma delas é que Tebet resiste a ocupá-la por considerar ter pouca afinidade com o programa econômico do PT. A segunda é que o Plano A de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, para o Planejamento é o nome do economista André Lara Resende, que já rejeitou o posto, mas tem recebido apelos para que aceite a missão.
Neste domingo (25), havia a previsão de que Lula conversasse com Lara para insistir no assunto. O nome do governador Paulo Câmara (PSB-PE) também passou a ser ventilado para a pasta.
Ele esteve com o petista na última quinta (22), por mais de uma hora. Aliados dizem que outra possibilidade seria a de ele assumir o Banco do Nordeste.
As outras duas possibilidades colocadas sobre a mesa para Tebet –Cidades e Turismo– estão sendo disputadas por outros atores. A senadora ficou em terceiro lugar na corrida presidencial e passou a apoiar Lula no segundo turno. Nomeá-la no governo é uma forma de dar a cara de frente ampla à gestão, como o presidente eleito diz querer.
Em conversa com emedebistas, Lula ofereceu Transportes, que ficará com o senador eleito Renan Filho (MDB-AL), e Cidades, que ficaria com uma indicação da bancada da Câmara do MDB, e contemplaria o Pará, que teve o maior número de parlamentares eleitos.
Os deputados, no entanto, ainda não se entenderam sobre o nome que será indicado para Cidades. Uma ala defende que seja o deputado eleito José Priante (MDB-PA), mas o governador Helder Barbalho (MDB-PA) quer emplacar o irmão Jader Barbalho Filho (MDB-PA), que não foi eleito para a Câmara.
A decisão deve ser tomada nesta segunda pelos deputados. Em meio à indefinição, aliados de Lula acreditam que a pasta de Cidades pode acabar nas mãos de Tebet.
A opção pela senadora não cessaria o desejo dos parlamentares porque líderes emedebistas dizem que ela não é uma indicação do partido, mas seria acomodada no ministério numa cota pessoal de Lula.
Caso o presidente opte pela senadora, no entanto, aliados avaliam que ele contemplaria o MDB e deixaria o partido com dois ministérios, como deve fazer com outros partidos.
Enquanto isso, a União Brasil também pleiteia o Ministério das Cidades. Em reunião com Alcolumbre e o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Lula ofereceu o Ministério da Integração Nacional e citou as pastas do Turismo, das Comunicações e da Previdência. Nenhuma dessas três opções agradou à União Brasil, que decidiu pleitear também Cidades.
Integração Nacional ficou inicialmente prometida a Elmar Nascimento, que relatou a PEC da Gastança na Câmara. O deputado, porém, sofre grande resistência do PT, especialmente da Bahia, para ocupar um ministério.
Elmar já avisou a aliados que, se for vetado, a bancada na Câmara poderia inevitavelmente se tornar oposição ao governo Lula.
Em outra frente, Alcolumbre indicou o nome do governador do Amapá Waldez Góes (PDT) para assumir a segunda pasta pleiteada pela União Brasil –ele migraria de partido caso fosse escolhido. Integrantes da legenda queriam que o nome fosse o da professora Dorinha (União Brasil-TO), mas ela teria indicado resistência.
Alcolumbre quer suceder a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado em 2025, por isso não quer ser ministro. Se Lula não der Cidades à União Brasil, a indicação do senador pode ficar com o Ministério do Turismo ou mesmo com Integração Nacional, se as resistências em torno de Elmar Nascimento não forem resolvidas.
Já o PSD terá o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) na pasta da Agricultura, e o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), que acaba o mandato agora, deve ser confirmado no Ministério de Minas e Energia. O impasse com o PSD diz respeito ao Ministério do Turismo.
A bancada do partido na Câmara quer emplacar o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), mas o parlamentar tem sofrido muitas resistências e pode acabar de fora do ministério. Nesta segunda, Lula deve conversar com o deputado Antônio Brito (PSD-BA) e o senador Otto Alencar (PSD-BA) a respeito da participação do partido no governo.
Lula precisa ainda bater o martelo sobre o Ministério dos Povos Indígenas, que deve ficar com a deputada Sônia Guajajara (PSOL-SP). O da Pesca deve ficar com o PV e o da Previdência, com o PDT.
O presidente, porém, ainda não chamou o PDT oficialmente para conversar, assim como a Rede.
O petista já definiu também como ficarão alguns cargos de comando no Congresso. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi convidado para ser líder do governo no Congresso, Jaques Wagner (PT-BA) será o líder do governo no Senado e o deputado José Guimarães (PT-CE), o líder do governo na Câmara.
Até então, a maioria do ministério de Lula é composto por petistas. Dos 21 anunciados, sete são do PT. Além deles, segundo aliados do presidente, os deputados federais Paulo Teixeira (SP) e Paulo Pimenta (RS) assumirão o Ministério das Comunicações e a Secom (Secretaria de Comunicação Social), respectivamente.
Por Folhapress
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Política
Bolsonaro desdenha de ‘Ainda estou aqui’ e detona Fernanda Torrres
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, e atacou a atriz Fernanda Torres durante uma entrevista ao Portal Léo Dias. A declaração ocorre no momento em que o Brasil ganha destaque na corrida pelo Oscar, com a produção concorrendo à premiação internacional.
Ao ser questionado se assistiu ao longa e se estava torcendo pelo Brasil no Oscar, Bolsonaro ironizou a produção e fez um paralelo com sua própria trajetória política. “O filme tinha que começar comigo”, afirmou. Sem responder diretamente sobre a obra, o ex-presidente resgatou teorias sobre Rubens Paiva, político cassado e desaparecido na ditadura militar. “Família Paiva, você tem que falar em Eldorado Paulista, minha cidade. Você tem que falar em maio de 70, quando passou o Lamarca na cidade. Por que o Lamarca achou aquele lugar de guerrilha? Pode ser que não tenha nada a ver com o Rubens Paiva”, declarou.
Mesmo diante da insistência do jornalista, Bolsonaro admitiu que não viu o filme. “Eu não tenho tempo de ver filme, até ler livro é quase impossível pra mim”, disse. Quando questionado se estava torcendo pela produção brasileira no Oscar, desviou do tema e respondeu apenas: “O brasileiro ganha em qualquer lugar”.
O ex-presidente também direcionou críticas à atriz Fernanda Torres, protagonista do longa, após ela ter declarado que o filme não poderia ter sido feito durante o governo Bolsonaro. “A mensagem ali é política. Ela falou que no meu governo não seria possível fazer aquele filme. Não seria por quê? Eu proibi algum filme no meu governo? Eu arrumei a Lei Rouanet, se bem que não tem Lei Rouanet nesse filme. Eu não persegui ninguém. Meu governo não perseguiu ninguém”, afirmou.
Em resposta, o jornalista Léo Dias questionou Bolsonaro sobre denúncias de perseguição a artistas críticos de sua gestão. “Nem aquele pessoal do movimento Ele Não? Porque eu conheço artistas ali e logo depois a Receita Federal foi para cima deles, foi isso que haviam me dito”, perguntou. O ex-presidente negou qualquer envolvimento e declarou: “Eu não determinei nada disso”.
O filme Ainda Estou Aqui aborda temas relacionados à ditadura militar no Brasil e tem gerado debates sobre memória e justiça. A obra se destaca na temporada de premiações internacionais e representa o Brasil no Oscar deste ano.
Foto Getty
Por Notícias ao Minuto
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Política
Quaest: reprovação de Lula dispara em PE e ultrapassa aprovação
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Levantamento da Quaest divulgado, nesta quarta-feira (26), revela que o terceiro governo do presidente Lula (PT), pela primeira vez, é mais reprovado do que aprovado pelos pernambucanos, chegando a 50% de rejeição, um aumento de 17 pontos percentuais em comparação a pesquisa anterior. Já a aprovação caiu 15 pontos, chegando a 49%.
Em dezembro de 2024, a desaprovação era de 33%, aumento de 17 pontos para a pesquisa desta quarta, enquanto a aprovação era de 66% e sofreu queda para 49%, recuo de 16 pontos. Foram ouvidas 1.104 pessoas e a margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.
A pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos, foi feita entre os dias 19 e 23 de fevereiro com brasileiros de 16 anos nos seguintes estados: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos em 7 estados, com a exceção de SP, em que é de 2 pontos para mais ou menos.
Pesquisa Quaest indicou queda de popularidade de Lula em janeiro, quando o índice de desaprovação superou pela primeira vez, numericamente, a aprovação ao presidente em pesquisa nacional. Foram entrevistados 4,5 mil eleitores em todo o Brasil, na época.
Confira os números:
Aprova: 47% (eram 52% em dezembro);
Desaprova: 49% (eram 47%);
Não sabe/não respondeu: 4% (eram 2%).
Por JC
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Política
Lula demite Nísia e confirma Padilha como novo ministro da Saúde
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O presidente Lula demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira (25/2). Ela será substituída no cargo por Alexandre Padilha (PT), atual ministro das Relações Institucionais.
A demissão foi comunicada por Lula em reunião com a ministra no Palácio do Planalto, no início da tarde. Além de Nísia, o próprio Padilha participou do encontro, segundo apurou a coluna.
Nísia já vinha sendo fritada por Lula nos bastidores há pelo menos duas semanas. Na semana passada, o próprio presidente avisou a auxiliares que trocaria sua ministra da Saúde.
A demissão de Nísia ocorreu horas após ela realizar seu último evento como ministra no Planalto ao lado de Lula: uma cerimônia para anunciar parcerias para produção de vacinas.
Segundo apurou a coluna, Lula também teve uma reunião com Nísia antes desse evento. A conversa também teve a participação de outros ministros, como Rui Costa, da Casa Civil.
Funcionária concursada da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia estava como ministra da Saúde desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023. Sua indicação era atribuída a Padilha.
Por Metropoles
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