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Educação

Maioria das escolas brasileiras não tem plataformas para ensino online

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Dados são da pesquisa TIC Educação 2019

A maioria das escolas do país não possuía plataformas específicas para o ensino online e grande parte dos estudantes não tinha, em casa, acesso aos equipamentos adequados para acompanhar disciplinas de forma remota, pela internet. Esse é o cenário do Brasil até o final do ano passado, poucos meses antes da suspensão das aulas presenciais devido a pandemia do novo coronavírus (covid-19), de acordo com a pesquisa TIC Educação 2019

A pesquisa mostra que 28% das escolas localizadas em áreas urbanas têm ambiente ou plataforma virtual de aprendizagem. Essa porcentagem é maior entre as escolas privadas, 64%. O número aumentou em relação a 2018, quando 47% das particulares possuíam esse serviço. Já entre as públicas esse percentual, que era 17% em 2018, caiu para 14% em 2019. 

Acesso

Entre os estudantes, 83% daqueles de escolas urbanas têm acesso a rede. Essa porcentagem cai para para 78% na Região Nordeste e para 73% na Região Norte. Em casa, 41% têm computador portátil, 35% computadores de mesa e, 29%, tablet. Ao todo, 18% dos estudantes acessa a internet exclusivamente pelo celular. Essa porcentagem é maior considerando apenas os estudantes de escolas públicas, 21%, e considerando a Região Norte, 26%, e Nordeste, 25%. Nas particulares, apenas 3% acessam a internet exclusivamente pelo celular. 

Nas escolas rurais, a realidade é diferente, 40% das escolas têm ao menos um computador com acesso à internet. Apenas 9% acessam a rede por meio de outros dispositivos. 

A pesquisa mostra também que 33% dos professores de escolas urbanas afirmam ter recebido formação sobre computador e internet recentemente. Já 79% dizem que a ausência de curso específico para o uso dessas tecnologias nas aulas dificulta o ensino. 

“Muitos alunos, professores e escolas estavam fazendo uso de sistemas e plataformas virtuais para troca de conteúdo, mas a gente verifica muitas diferenças e desigualdades. Muitas escolas não estavam preparadas e muitos professores não estavam preparados para esse momento de ensino remoto”, disse a coordenadora da pesquisa, Daniela Costa. “Esse é um momento emergencial, está se fazendo o que é possível. Escolas, pais, alunos estão tentando encontrar estratégias para que [o ensino] aconteça”, acrescentou. 

Uso das redes 

A pesquisa mostra que, aos poucos, a internet já vinha ganhando espaço na educação. Cerca de um a cada três professores em escolas urbanas recebeu trabalhos pela internet, o que corresponde a 35% dos entrevistados. Quase a metade, 48%, tirou dúvidas pela rede e 51% disponibilizaram conteúdo na internet para os alunos. Considerando apenas as escolas públicas, 31% dos professores receberam trabalhos pela internet, 44% tiraram dúvidas e 48% disponibilizaram conteúdo nas redes. Nas privadas, esses percentuais são maiores, 52%, 65% e 65%, respectivamente. 

Entre os estudantes, o uso da internet é mais ou menos semelhante, 65% dos estudantes de escolas públicas e 66% de escolas particulares usaram a internet para fazer trabalhos escolares a distância. No entanto, apenas 27% dos estudantes de escolas públicas e 32% das particulares, usaram a rede para falar com os professores. 

A pesquisa mostra ainda que um a cada quatro estudantes, 24%, usou a rede para fazer provas ou simulados, e 16% para participar de cursos. O celular é o principal meio de acesso, 58% dos alunos de escolas urbanas e usuários de Internet utilizaram o telefone celular para realizar atividades escolares e 61% usaram o WhatsApp para esse fim. 

Se são poucas as escolas com plataformas específicas de aprendizagem, as redes sociais, por sua vez, ganharam mais espaço como ambiente de divulgação de ações da escola e conteúdos pedagógicos. Em 2016, 64% das escolas públicas urbanas possuíam perfil ou página nas redes. Essa porcentagem passou para 73% em 2019. Entre as particulares, essa porcentagem saltou, no mesmo período, de 85% para 94%. Entre 2016 e 2019, a porcentagem de instituições públicas urbanas cujos pais ou responsáveis utilizaram perfis ou páginas em redes sociais para interagir com a escola passou de 32% para 54%. 

“As redes sociais já vinham crescendo como espaço de troca entre escolas e famílias. Esses espaços, provavelmente, cresceram ainda mais [com a suspensão das aulas presenciais]. Muitos diretores adotaram grupos de WhatsApp e temos visto exemplos de lives [transmissões ao vivo] nas redes sociais sociais”, disse Daniela. 

Faltam, no entanto, orientações para o uso seguro da rede. Cerca da metade dos alunos (51%) afirmou que recebeu orientações de segurança e 40% que receberam orientações sobre o que fazer se alguma coisa incomodar na internet. Essa porcentagem cai para 36% entre os alunos do 5º ano do ensino fundamental, mais jovens.

Acesso a tecnologias

Para os pesquisadores, a pandemia trouxe questões importantes que precisam ser abordadas na hora de garantir o acesso à educação. “[Os governos] foram pegos de surpresa. Temos mais de duas décadas de políticas públicas, mas as políticas estavam focadas na tecnologia na escola, no uso dentro da escola. Agora que se levou a escola para dentro de casa. Muitas casas não estão preparadas, com conexão banda larga e dispositivos. As políticas precisam também olhar a inclusão dessas crianças no domicílio, que é espaço de ensino e aprendizagem”, explicou o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa. 

“Chegar aos alunos sempre foi mais complexo. Esse momento mostra a necessidade de se olhar para o uso de tecnologias para que passem a ser item de acesso à educação e não só item acessório”, acrescentou Daniela.

Pesquisa

Os dados foram coletados entre agosto e dezembro de 2019. Foram entrevistados presencialmente 11,4 mil estudantes, 1,9 mil professores, cerca de 1 mil coordenadores pedagógicos e 1 mil diretores de escolas urbanas. Foram entrevistados por telefone 1,4 mil diretores ou responsáveis por escolas rurais. A pesquisa foi feita com escolas públicas e privadas urbanas do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e 2º ano do ensino médio e escolas públicas e privadas rurais de qualquer modalidade de ensino. Não participaram escolas federais.

Edição: Fernando Fraga

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

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Educação

Cesar School sedia no Recife maior conferência internacional de IA aplicada à educação

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A Cesar School recebe na capital pernambucana, entre 8 e 12 de julho, a maior conferência internacional de Inteligência Artificial aplicada à educação. É a primeira vez que a International Conference on Artificial Intelligence in Education (AIED) será realizada numa cidade da América Latina. A expectativa é reunir cerca de 400 pesquisadores de todo o mundo na 25ª edição do evento, que acontece anualmente.

A AIED 2024 traz como tema “IA na Educação para um Mundo em Transição” e se propõe a discutir o alinhamento das tecnologias de inteligência artificial com práticas pedagógicas, políticas educacionais e como ferramenta para uma aprendizagem fluida e equitativa. A conferência é um marco para a ciência nacional porque dá respaldo às instituições e aos pesquisadores brasileiros, incentivando um debate vital para o Brasil, segundo Rafael Ferreira Mello, pesquisador do Cesar e um dos organizadores locais do evento.

“Num momento em que se discute a regulação da IA no país, é mais do que necessário explorar, com base em dados científicos, como essa tecnologia pode transformar a educação, pilar essencial para o desenvolvimento socioeconômico”, avalia.

A expectativa é que as discussões avancem como um propulsor para moldar a prática pedagógica, políticas educacionais e regulamentações, ampliando o uso de IA com metodologia educacional para todas as áreas, especialmente frente a um mundo em constante mudança. “A educação cria oportunidades e desenvolve competências como o pensamento crítico e a empatia, que devem ser privilegiadas em contraponto à transferência de conhecimento. Estamos honrados em sediar essa conferência tão relevante aqui no Recife, que é um polo inovador e com enorme potencial”, diz Eduardo Eduardo Peixoto, CEO do CESAR.

Destaques

Blaenka Divjak, ex-ministra da Educação e Ciência da Croácia, é uma das speakers da AIED 24, e falará sobre a era da IA pós-pandemia. Essa discussão integra a Agenda 2030 para a Educação e está alinhada com o Consenso de Pequim sobre Inteligência Artificial e Educação, publicado em 2019 pela UNESCO, que propõe a integração da tecnologia no ensino para enfrentar os desafios de aprendizagem, com conselhos e recomendações.

Outro destaque é Peter Clark, diretor de Pesquisa e fundador do Allen Institute for AI (AI2). Ele vai tratar dos grandes modelos de linguagem (LLMs), que mudaram significativamente o cenário da educação.

Também estará presente Seiji Isotani, professor visitante de educação na Harvard Graduate School of Education e professor de ciência da computação e tecnologia de aprendizagem na Universidade de São Paulo, Brasil, e vai abordar IA em Educação e Políticas Públicas: Um caso do Brasil.

O Comitê Brasileiro de organização da AIED 2024 é formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade de Pernambuco (UPE), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), além da CESAR School.

Sobre AIED 2024

  • AIED 2024 será a 25ª edição de uma longa série de conferências internacionais conhecidas por pesquisas inovadoras e de alta qualidade sobre sistemas assistidos por IA e abordagens de ciências cognitivas para aplicações de computação educacional. A Sociedade AIED, que celebrou o seu 30º aniversário, organiza a conferência e tem como objetivo o avanço da ciência e da engenharia de ecossistemas inteligentes de tecnologia humana que apoiam a aprendizagem. Promove pesquisa rigorosa e desenvolvimento de ambientes de aprendizagem interativos e adaptativos para alunos de todas as idades em todos os domínios.

    O Cesar é o mais completo centro de inovação e conhecimento do Brasil, referência no desenvolvimento de soluções tecnológicas de alta complexidade, com impacto para toda a sociedade. Atua, há quase 30 anos, integrando pesquisa, aceleração de negócios e tecnologia para elevar organizações a um novo patamar de competitividade, além de educação, por meio da Cesar School.

    Sediado no Recife, no coração do Porto Digital, um dos principais parques tecnológicos da América Latina, entregou mais de 100 projetos por ano em parceria com grandes empresas globais, formou mais de 9 mil pessoas, e impulsionou, nos últimos dois anos, mais de 700 startups, contando, hoje, com mais de 1.100 colaboradores e expandiu os negócios para a Europa, com sede em Aveiro, Portugal, e Flórida, EUA.

    Serviço

    25ª International Conference on Artificial Intelligence in Education (AIED 2024)

    Quando: De 8 a 12 de julho

    Onde: CESAR School

    Informações: https://aied2024.cesar.school/home

Fonte: JC

           

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Educação

Governo de Pernambuco anuncia mudanças na Secretaria de Educação

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O Governo de Pernambuco anunciou, nesta segunda-feira (1°), mudanças no comando da Secretaria de Educação. O consultor, professor e pesquisador Alexandre Schneider, doutor em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas e ex-secretário de Educação da cidade de São Paulo por duas vezes (2006-2012, na gestão de Gilberto Kassab; e 2017-2019, nas gestões de João Dória e Bruno Covas) assumirá a Pasta em substituição a Ivaneide Dantas.

Os atos de exoneração, a pedido, da atual secretária e da nomeação de Schneider serão publicados no Diário Oficial desta terça-feira (2). “Agradeço a Ivaneide pelo compromisso com a Educação e com o serviço público desde o início de nosso governo e tenho certeza de que o novo secretário, com sua expertise e experiência em gestão pública, vai fortalecer ainda mais nossa atuação na área coordenando o maior programa educacional já realizado em Pernambuco, o Juntos pela Educação”, destacou a governadora Raquel Lyra, em nota divulgada.

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Educação

Lula anuncia novo campus da UFPE em Sertânia nesta terça-feira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta terça-feira, 2 de julho, às 15h30, da cerimônia de entrega de 448 unidades habitacionais dos Conjuntos Vila Brasil I e II, em Recife (PE). Na ocasião, também serão anunciados os novos campus Recife – Centro do Instituto Federal de Pernambuco, e o novo Campus do Sertão – UFPE, no município de Sertânia.

No mesmo dia, às 17h30, no Palácio do Campo das Princesas (Praça da República, s/n), o presidente Lula participa da cerimônia de anúncio de acordos indenizatórios às famílias proprietárias de moradias em “prédios-caixão” na região metropolitana de Recife, e da assinatura de termo de repasse de recursos, do Ministério de Portos e Aeroportos, para o estado de Pernambuco, para execução da 4ª etapa do molhe de Suape e dragagem do canal interno de Suape.

Fonte: Nill Junior

           

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