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Saúde

Mais de 70% das famílias identificam comportamento preocupante nos filhos

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Falar sobre saúde mental com crianças e adolescentes é fundamental para ajudá-los a compreender as emoções e saber quando buscar ajuda. Uma pesquisa realizada Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) revela que o tema já está presente nos lares brasileiros, com conversas sobre transtornos psiquiátricos e demais questões da saúde mental entre pais e filhos.

Os resultados mostram que 80,3% dos pais e responsáveis responderam já ter falado sobre o assunto em casa e 63% disseram já ter sido abordados pelos filhos para falar sobre saúde mental. Além disso, 62% dos entrevistados disseram ter informações satisfatórias sobre saúde mental para conversar com os filhos.

Um outro recorte dos resultados revela que 72% dos pais e responsáveis afirmaram já terem percebido nos filhos algum comportamento que causasse preocupação em relação à saúde mental.

“Na infância, conversas sobre temas relacionados às doenças mentais ainda são pouco abordadas, mas acreditamos ser essencial combater o estigma e os preconceitos. É necessário criar um ambiente seguro e acolhedor, em que as crianças e os adolescentes se sintam confortáveis para expressar seus sentimentos sem medo de julgamento e confiem nos pais e responsáveis para buscar ajuda”, diz o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva.

Intitulada “Conversas sobre saúde mental: Pesquisa com pais de crianças e adolescentes até 21 anos”, a pesquisa traz não apenas dados, mas serve como ponto de partida na elaboração de medidas preventivas eficazes.

O levantamento marca mais uma edição da campanha internacional Setembro Amarelo, que ganhou notoriedade em 2013 através do trabalho de Antônio Geraldo. Ele colocou a campanha no calendário nacional e, desde 2014, a ABP e o Conselho Federal de Medicina (CFM) trabalham para promover ações de prevenção ao suicídio.

Participaram da pesquisa pais e responsáveis de crianças e adolescentes de todo o País, de 25 Estados brasileiros, contemplando todas as regiões do Brasil. O público que participou da pesquisa tinha entre 21 e 70 anos de idade, e incluiu profissionais de diversas áreas.

Com base nos resultados da pesquisa, a ABP produziu a cartilha “Como falar sobre saúde mental com crianças e adolescentes”, como parte das ações da campanha Setembro Amarelo. O material tem como intuito orientar os pais e responsáveis no momento da conversa e para fortalecer mensagens importantes sobre o cuidado com a saúde mental para essa faixa etária.

A cartilha oferece orientações práticas para abordar a saúde mental de maneira apropriada e com informação de qualidade. Nela, o leitor encontra dicas sobre maneiras de utilizar uma linguagem adequada para cada faixa etária, de criar um ambiente aberto para o diálogo e de ensinar a normalizar os diferentes tipos de sentimentos.

“A cartilha mostra como incentivar a cria

nça e adolescente a expressar os seus sentimentos e como promover a autoestima é importante, além de destacar a importância de buscar ajuda profissional quando necessário”, ressalta Antônio Geraldo.

Veja como abordar o tema saúde mental de forma eficaz, segundo orienta a cartilha da ABP:

  • Use uma linguagem simples e clara

Adapte a linguagem à idade. Evite termos técnicos e explique conceitos de forma que a criança
possa entender.

  • Seja aberto e acessível

Crie um ambiente em que a criança se sinta segura para falar sobre seus sentimentos sem medo de julgamento.

  • Use exemplos concretos

Utilize histórias, livros, filmes, desenhos para ilustrar pontos sobre saúde mental. Isso ajuda muito a tornar o assunto mais compreensível para a idade da criança.

  • Normalize os sentimentos

Explique que é normal sentir emoções como tristeza, raiva e alegria. Mostre que todos passam por momentos difíceis.

  • Ensine estratégias de enfrentamento

Dê à criança ou ao adolescente ferramentas práticas para lidar com suas emoções, como respiração
profunda, contagem até dez ou falar com um adulto de confiança. Em caso de dúvida sobre como fazer, deve-se procurar um profissional de saúde.

  • Incentive a expressão emocional

Encoraje a criança ou o adolescente a falar sobre como se sente ou a expressar seus sentimentos através de desenhos, brincadeiras ou escrita.

  • Seja um exemplo

Demonstre como você lida com suas próprias emoções de forma saudável. As crianças e os adolescentes aprendem muito observando os adultos. Fale sobre suas emoções, demonstre para a criança que estas emoções podem acontecer com todos.

  • Esteja atento aos sinais

Preste atenção ao comportamento da criança. Mudanças repentinas podem indicar que ela está enfrentando dificuldades emocionais e precisa de apoio profissional.

  • Promova a autoestima

Reforce as qualidades e conquistas da criança, ajudando-a a desenvolver uma autoimagem positiva. Sempre destaque positivamente cada conquista que ela teve, especialmente aquelas que para ela eram muito difíceis. Isso ajudará a criança a ser mais confiante e assertiva.

  • Busque ajuda profissional se necessário

Se a criança estiver enfrentando problemas persistentes ou graves, considere consultar um psiquiatra com Registro de Qualificação de Especialidade em Psiquiatria da Infância e Adolescência.

Fonte: JC

           

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Saúde

O que é preciso saber sobre a nova variante da Covid-19 chamada XEC

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A Covid-19 ainda não desapareceu. Uma nova variante do SARS-CoV-2, chamada XEC, está provocando um aumento no número de casos em pelo menos 15 países. Cientistas temem que essa variante possa se tornar dominante.

A XEC é uma subvariante da Ômicron, identificada pela primeira vez em junho deste ano, em Berlim, na Alemanha. Desde então, já foi detectada em 15 países de três continentes: Europa, América e Ásia.

Os sintomas relatados pelos infectados incluem febre, dor de garganta, tosse, dores no corpo, perda de olfato e falta de apetite.

O virologista Fernando Spilki afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que a variante XEC pode se tornar “a substituta da JN.1 e suas derivadas, que dominaram o cenário por bastante tempo”. No entanto, ele destaca que “não há motivo para pânico”, lembrando que, historicamente, o aumento na transmissão de novas linhagens do coronavírus no Hemisfério Norte ocorre entre o fim do verão europeu e o início do outono, um período que coincide com maior interação social e o retorno às aulas.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Quando um sangramento se torna anormal? ginecologista explica

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“Querida, falar sobre o corpo é essencial e, entender o que é normal e o que não é, pode fazer toda a diferença para a saúde. Sangramentos vaginais podem ocorrer por várias razões, mas é importante saber quando eles se tornam anormais.

Se você notar sangramento entre os períodos menstruais, após a menopausa, após relações sexuais, ou se o seu fluxo menstrual for excessivamente intenso e durar mais de sete dias, é um sinal de que algo pode não estar bem. Causas podem variar desde desequilíbrios hormonais até problemas mais sérios, como miomas, pólipos ou infecções.

Não ignore esses sinais. Seu corpo está tentando comunicar algo, e eu posso te ajudar a entender para tratar qualquer irregularidade. Marque uma consulta, cuidar da sua saúde íntima é meu compromisso.”

Por Noyla Denise-ginecologista

           

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Saúde

Otosclerose: o que é a doença que fez Adriane Galisteu perder 60% da audição

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A otosclerose, doença que causou a perda de parte da audição de Adriane Galisteu, conforme relato da apresentadora durante o podcast PodCringe, é caracterizada por um enrijecimento do tecido ósseo no ouvido e pode causar, além da perda auditiva gradual, tontura e zumbido no ouvido.

“O som, para ser transmitido para o cérebro e a gente escutar, faz vibrar o tímpano. Depois, vibra uma cadeia de ossos e ele entra lá na cóclea, que é o órgão da audição. Na otosclerose, há uma alteração do metabolismo do osso, então, você tem a formação de uma placa de osso, e o som passa menos para a cóclea. Aí, o paciente acaba tendo uma dificuldade de audição e até uma perda auditiva”, descreve Luciano Gregório, médico otorrinolaringologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Em alguns casos, a otosclerose pode se dar por uma perda neurosensorial, devido à diminuição do impulso nervoso da audição.

Galisteu contou que já chegou a perder inclusive o equilíbrio, e que, de vez em quando, ouve um “apito”: “Você não se acostuma nunca com isso”, ela disse. O relato condiz com os sintomas de zumbido e tontura citados pelo médico.

O exame para identificar a doença é a audiometria. Não se sabe, porém, qual a causa da otosclerose.

“É uma doença horrível, que você não sabe de onde ela veio, para onde ela vai, e os médicos também não sabem”, comentou a apresentadora.

Apesar de a doença ser estudada há bastante tempo, e algumas possíveis origens serem levantadas, ainda não há consenso na medicina sobre a fisiopatologia da otosclerose, diz Gregório.

Algumas teorias dizem que se trata de um quadro autoimune, em que o próprio sistema imunológico do corpo ataca células saudáveis. Há a possibilidade ainda de ser algo hereditário, por uma predisposição genética, ou até mesmo uma situação decorrente de infecção por um vírus. Alterações metabólicas e nos tecidos que vibram dentro do ouvido também são estudadas como possíveis gatilhos.

A apresentadora ainda não está conseguindo ter uma melhora em relação à doença, porque, segundo ela, não há tratamento. O otorrinolaringologista explica, porém, que existem alternativas: é possível recorrer a medicamentos (eles diminuem a densidade mineral óssea), usar aparelhos auditivos e até mesmo realizar cirurgia.

“Os aparelhos auditivos são muito bons. Se há perdas em (sons) graves ou agudos, eles conseguem, de alguma maneira, personalizar qual a frequência que o paciente não está escutando e qual a intensidade que ele precisa. Então, fica bem preciso”, diz o médico.

Dependendo do tipo de otosclerose, é possível ainda fazer a estapedotomia, cirurgia na qual se retira o osso do paciente onde há enrijecimento, substituindo-o por uma prótese. É um procedimento comum e que promove o retorno à condição auditiva normal, segundo Gregório.

No entanto, a cirurgia não é livre de riscos: “Se essa prótese sair do lugar por algum acidente, o paciente pode perder a audição e sentir tontura se vazar o líquido dentro da cóclea”.

“Hoje em dia, tem muito paciente que, por fazer algum esporte radical, tem medo e não quer colocar a prótese de estapedotomia. Então, ele se vira por muito tempo, e muito bem, com aparelhos auditivos”, completa.

Como mencionou Galisteu durante sua participação no podcast, o otorrinolaringologista confirma que a otosclerose atinge mais mulheres do que homens. A proporção é de cerca de três mulheres acometidas pela doença para cada homem. Além disso, o especialista conta que o quadro geralmente ocorre na fase adulta.

Foto  Shutterstock

Por Estadão

           

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