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Política

Ministra de Lula mantém vínculo político com família de miliciano

Daniela teve o apoio da ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Jura, nas eleições de 2018 e do ano passado.

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 O grupo político da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), e de seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União Brasil), mantém há ao menos quatro anos vínculos com a família do ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado e preso sob acusação de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense.

Daniela teve o apoio da ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Jura, nas eleições de 2018 e do ano passado.
O próprio miliciano se envolveu em atos de campanha de Daniela há quatro anos, quando cumpria as condenações por homicídio e associação criminosa em regime semiaberto.

Jura, apontado como chefe do chamado “Bonde do Jura”, estava nas ruas em 2018 após ser nomeado, em junho de 2017, como assessor de uma secretaria da Prefeitura de Belford Roxo, comandada por Waguinho. O emprego lhe garantiu o benefício de trabalhar fora da cadeia.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Daniela classificou o ex-PM como uma “liderança”, quando ele já estava condenado. “Agradecemos pela recepção das lideranças Geane [Giane] e Jura, e pelo carinho de toda população local”, escreveu a ministra após ato em Nova Iguaçu e ao publicar fotos ao lado do ex-PM, de sua mulher e do deputado estadual Márcio Canella (União Brasil), com quem fez campanha conjunta.

Na ocasião, Jura deveria estar cumprindo expediente na Prefeitura de Belford Roxo. A saída da prisão, de segunda-feira a sábado, era permitida apenas para comparecimento ao emprego no município, cujo prefeito já era Waguinho.

O post da ministra foi retirado do ar nesta terça (3), após a Folha revelar a relação entre a ministra e Jura.

A Justiça suspendeu a autorização de trabalho em janeiro de 2020 após identificar possíveis irregularidades na atuação do ex-PM na prefeitura.

Atualmente, Jura está detido na Cadeia Pública Constantino Cokotós, destinada a agentes de segurança presos.

O Ministério Público considera que Jura é “detentor de poderio e de capacidade para arregimentar homens e armas dentro de sua estrutura criminosa, mesmo estando preso”. A Secretaria de Administração Penitenciária, por sua vez, classifica seu comportamento como excepcional.

A assessoria da ministra afirmou, em nota, que Daniela recebeu apoio político em diversos municípios nas eleições de 2018. Afirmou também não ter relação com nomeações feitas na prefeitura.

“Ela ressalta que o apoio político não significa que ela compactue com qualquer apoiador que porventura tenha cometido algum ato ilícito. Daniela Carneiro salienta que compete à Justiça julgar quem comete possíveis crimes.”
A Prefeitura de Belford Roxo não comentou o caso.

O advogado Luan Palmeira, que defende Jura, afirmou que o ex-PM “não nutre qualquer vínculo com atividades criminosas”. Disse ainda que Giane é “política de grande estima” e “jamais teve seu nome envolvido em qualquer ato de promiscuidade no desempenhar da vida pública”.

“A pretensa proximidade entre Juracy e Giane Jura com Daniela do Waguinho não possui o condão de arranhar a reputação da ministra do Turismo.”

Daniela foi nomeada por Lula como uma forma de contemplar a União Brasil e ampliar a presença feminina na montagem dos ministérios. Também foi uma retribuição pelo empenho dela e do marido na campanha do segundo turno em favor do petista. O casal foi uma das poucas lideranças a apoiar abertamente Lula na Baixada Fluminense.

A ministra foi reeleita deputada federal como a mais votada no Rio de Janeiro. Como a Folha mostrou, a campanha dela foi marcada pelo apoio irregular de oficiais da Polícia Militar e pelo ambiente hostil e armado contra adversários políticos de sua base eleitoral.

Uma das apoiadoras de Daniela foi Giane, ex-vereadora de Nova Iguaçu. Em suas redes sociais, a mulher do ex-PM divulgou caminhadas com bandeiras que liderou em favor da ministra e do deputado estadual Márcio Canella (União Brasil), de quem é assessora.

As postagens eram acompanhadas da frase “família Jura sempre com vocês”.

Jura é ex-cabo da PM. Em 2004 e 2008, tentou uma vaga na Câmara Municipal de Nova Iguaçu, sem sucesso. Para o Ministério Público, o ex-PM também usava a estrutura criminosa para exercer influência política.

Ele foi preso em 2009 sob acusação de comandar uma milícia nas cidades de Belford Roxo, Queimados, Nova Iguaçu e São João de Meriti. Ele foi condenado a 22 anos de reclusão pelo homicídio de um homem em Nova Iguaçu e a quatro anos sob acusação de associação criminosa.

De acordo com a Promotoria, Jura comandou um grupo paramilitar armado que invadia comunidades da região exigindo taxa de proteção de comerciantes e moradores. Após sua prisão, uma manifestação na rodovia Presidente Dutra foi feita pedindo sua liberdade.

Em 2012, sua mulher, Giane, conseguiu uma cadeira na Câmara Municipal de Nova Iguaçu pelo partido PTN. Ela acabou não sendo reeleita quatro anos depois.

Após oito anos preso, período no qual era considerado de altíssima periculosidade, Jura conseguiu progressão de pena para o regime semiaberto. Em junho de 2017, teve deferido o benefício de trabalho extramuros na Prefeitura de Belford Roxo, tendo que pernoitar na cadeia.

A contratação de Jura foi revelada pelo jornal Extra em janeiro de 2020. Logo em seguida, a TV Globo divulgou atividades de campanha do ex-PM em favor de Daniela.

Após as reportagens, a Justiça suspendeu o benefício ao miliciano, a pedido do Ministério Público. Num vídeo publicado por sua mulher nas redes sociais, ele agradeceu a Waguinho pela oportunidade de ressocialização.

As investigações do Ministério Público mostraram indícios de irregularidade na comprovação da presença ao trabalho.

As folhas de ponto, apresentadas como prova de comparecimento ao trabalho, estavam assinadas pelo secretário Robenilson Fernandes, mesmo em períodos nos quais ele não estava no cargo como chefe imediato de Jura.

O próprio ex-PM afirmou, em depoimento à Promotoria, que não foi empossado no cargo e que não estava recebendo os R$ 3.000 mensais de remuneração devida.

Apesar disso, o miliciano foi absolvido pelo episódio no processo administrativo dentro da Secretaria de Administração Penitenciária. A apuração teve como única diligência o depoimento do ex-PM.

Contudo, o episódio tem gerado dificuldades no relaxamento da prisão de Jura. A defesa do ex-PM solicitou no ano passado autorização para visita periódica ao lar. Apesar de ter um comportamento considerado excepcional, o pedido foi negado pela Vara de Execução Penais.

Um dos argumentos apresentados pela Justiça foi o relatório de inteligência apresentado pelo Ministério Público, defendendo o indeferimento do pedido.

APOIO POLÍTICO NÃO É COMPACTUAR COM CRIMES, DIZ MINISTRA

A ministra afirmou em nota que o apoio político recebido do ex-PM não significa compactuar com eventuais crimes cometidos por ele.

“A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, durante sua campanha, em 2018, recebeu apoio em diversos municípios.

Ela ressalta que o apoio político não significa que ela compactue com qualquer apoiador que porventura tenha cometido algum ato ilícito. Daniela Carneiro salienta que compete à justiça julgar quem comete possíveis crimes”, afirma a nota, enviada por sua assessoria de imprensa.

A ministra reafirmou, em nota, não ter relação com a nomeação feita pela Prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido Waguinho, que viabilizou a progressão de regime do miliciano para o semiaberto. Foi no período em que saía da prisão para trabalhar que o ex-PM participou de atos de campanha.

“Quanto às nomeações na Prefeitura de Belford Roxo, a ministra enfatiza que não tem nenhuma ingerência, pois o ato é de competência exclusiva do Poder Executivo.”

O advogado Luan Palmeira, que defende Jura, nega elo do ex-PM com atividades criminosas e que a proximidade não arranha reputação da ministra.

“Ele cumpre pena há mais de 15 anos e ostenta comportamento carcerário excepcional. Inclusive, sua família não mais reside na Baixada Fluminense há bastante tempo. A propósito, acerca das supostas ilegalidades na prestação do trabalho extramuros junto à Prefeitura de Belford Roxo, é de bom-tom ressaltar que Juracy foi absolvido das referidas acusações.”

Por Folhapress

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Política

Relação dos deputados com o governo ‘voltou à normalidade’, afirma Lira

Lira disse também que o colégio de líderes errou na discussão do projeto de lei que equipara aborto após a 22ª semana a crime de homicídio.

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Em entrevista à GloboNews, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) falou sobre a relação que mantém com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Mesmo com todos os percalços, ele disse que a relação dos deputados com o governo “voltou à normalidade”. “Eu mal falo com – e da – articulação política do governo. Quando me posicionei, foi porque o clima estava chegando em um nível que eu fazia a seguinte análise: um presidente da Câmara que veio de uma posição antagônica, que dá o apoiou que eu dou a um governo que precisa de uma maioria que não tem, e o tempo todo é vítima de matérias mentirosas, fake news plantadas por quem não deve? A articulação estava do avesso.”

O presidente da Câmara disse também que o colégio de líderes errou na discussão do projeto de lei que equipara aborto após a 22ª semana a crime de homicídio, destacando: “A única coisa que acontece com um projeto que tramita em urgência é ele sair da discussão nas comissões”, e complementou: “O Colégio errou quando não viu o resto do projeto, que deu uma versão horrenda a uma discussão que todos nós temos aversão.” E defendeu “cadeiras cativas para mulheres no Congresso, Assembleias e Câmaras Municipais”.

Sobre as emendas PIX, Lira defendeu que elas tenham objetivo definido. Ele falou também sobre a MP da energia, destacando: “Agora, você ter uma negociação e dois dias depois ter uma medida provisória editada que interfere direto nessa negociação, causa espécie, causou preocupação, causa distorção.” E criticou a hipótese de aumento de custos aos consumidores.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

Tabata Amaral cogita Lu Alckmin para vice em São Paulo

Tabata corre o risco de formar uma chapa puro sangue e ter o apresentador José Luiz Datena (PSDB), principal cotado para a sua vice, na disputa pelo espaço da terceira via.

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Nome do PSB na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral teve uma pré-campanha marcada pela troca de marqueteiro e idas e vindas nas conversas com o PSDB, cuja aliança permanece incerta. Às vésperas do início da corrida eleitoral, Tabata corre o risco de formar uma chapa puro sangue e ter o apresentador José Luiz Datena (PSDB), principal cotado para a sua vice, na disputa pelo espaço da terceira via, como candidato tucano.

Diante desse cenário, a deputada já estuda soluções caseiras para sua vice. Entre os nomes cotados estão o de Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e de Lúcia França (PSB), esposa de Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo. Alckmin e França são os principais fiadores da pré-candidatura da deputada federal.

Aliados de Tabata veem com ceticismo a pré-candidatura de Datena e ainda apostam na desistência do apresentador, o que poderia levar o PSDB a apoiar a deputada. Datena trocou o PSB pelo PSDB a convite dela e com a intenção de ser seu vice, mas acabou aceitando o convite dos tucanos para encabeçar uma chapa própria.

‘Traição’

Reservadamente, pessoas próximas à deputada falam em “traição” de Datena e “quebra de acordo” por parte do PSDB, mas Tabata deve aguardar uma resposta definitiva dos tucanos até a sua convenção partidária, marcada para o dia 27 de julho. Em uma tentativa de pressionar o PSDB, o PSB vinculou o cumprimento do acordo com Tabata ao apoio do PSB nas eleições de Campo Grande (MS), Florianópolis (SC) e Vitória (ES).

“Até a convenção o acordo segue o mesmo. Do meu lado, não vou voltar atrás. Sigo à espera da decisão do PSDB”, disse Tabata ao Estadão. Os tucanos pretendem realizar a convenção partidária no dia 3 de agosto.

“Se o PSDB me fez um convite para ser prefeito, o problema é entre a Tabata e o PSDB. Não sou traidor de ninguém”, disse Datena durante sabatina do jornal Folha de São Paulo e do portal UOL na última terça-feira. Integrantes do PSDB que desconfiavam há algumas semanas de que o apresentador seria de fato candidato mudaram de ideia após ele participar da entrevista e do primeiro evento de campanha de rua de sua vida, ao caminhar pelo Mercado Municipal.

Nomes

Como a principal negociação era com o PSDB, o entorno de Tabata avalia formar uma chapa com um vice do PSB. Além de Lu Alckmin e Lúcia França, Floriano Pesaro, secretário na gestão Alckmin em São Paulo, também é cotado para a vaga. Diretor na Apex Brasil, o ex-tucano já participa da pré-campanha como coordenador do grupo de trabalho que estuda propostas para a Cracolândia.

Dificuldades no campo político à parte, a pré-campanha de Tabata enxerga com bons olhos o fato dela se manter estável nas pesquisas eleitorais mesmo com a entrada de novos pré-candidatos, como Pablo Marçal (PRTB) e o próprio Datena. Na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada em 5 de julho, os dois aparecem com 11% e 10%, numericamente a frente da pré-candidata do PSB, que tem 7%. Todos eles estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro de três pontos porcentuais.

Desafio

Tabata também reforçou o peso da comunicação digital em sua pré-campanha, diante da previsão de que terá menos de um minuto de propaganda eleitoral por dia no rádio e na televisão.

Um dos desafios dela é se tornar mais conhecida entre os eleitores. Ao Datafolha, 56% dos entrevistados disseram conhecê-la, mesmo que apenas de “ouvir falar”. O porcentual é inferior ao de Marçal (57%), Guilherme Boulos (79%), Ricardo Nunes (85%) e Datena (90%).

Por Estado de S. Paulo.

           

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Política

Sob pressão para atingir meta fiscal, Haddad anuncia contenção de R$ 15 bi

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No dia em que o dólar subiu 1,9%, puxado, entre outros fatores, por dúvidas sobre o quadro fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se antecipou e anunciou nesta quinta-feira (18) o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas para tentar atingir as metas do arcabouço neste ano.

Desse valor, serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio (pelo aumento de despesas obrigatórias) e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento (por causa da frustração de receitas em função de pendências no Supremo Tribunal Federal e no Senado). Neste último caso, está a decisão sobre a compensação da desoneração da folha de pagamentos de empresas, que ficou para setembro.

META DE DÉFICIT ZERO

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