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Política

No racha do PSL com clã Bolsonaro, Bozzella vira homem-forte de Bivar

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Ao deixar seu gabinete à disposição do aliado, Bivar fez um claro gesto político de demonstração de confiança

BRASÍLIA, DF – Entre a série de reuniões que tomaram a sede nacional do PSL nos últimos dias, um pedido expresso foi deixado pelo presidente do partido, Luciano Bivar (PE): a autorização para que o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP) tivesse livre trânsito para ocupar sua sala.

Ao deixar seu gabinete à disposição do aliado, Bivar fez um claro gesto político de demonstração de confiança.

Dias antes, o dirigente já havia dado carta-branca a Bozzella para conduzir as tratativas da ala da legenda que se descolou do presidente Jair Bolsonaro.

Bozzella chegou ao PSL a convite de Bivar em 2017 -antes, portanto, da filiação do clã Bolsonaro ao partido.

Para além da afinidade política, os dois compartilham a ligação com o futebol. Bivar é ligado ao Sport. Bozzella é conselheiro do Santos e já comandou o Meninos da Vila, a categoria de base.

Ao oferecer a sala do 9º andar de um prédio na região central de Brasília, Bivar indicou que pretende submergir.

O dirigente ganhou evidência pelo racha na legenda ao mesmo tempo em que foi alvo de operação recente da Polícia Federal por suspeita de envolvimento no esquema de candidaturas de laranjas, caso revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Embora Bozzella já exercesse o papel de porta-voz do grupo de Bivar na guerra do PSL, o sinal e o aval do dirigente lhe deram segurança para conduzir o processo à sua maneira.Aos 39 anos, o deputado assumiu, ainda que não oficialmente, o comando do maior partido de direita do país em seu momento de maior crise desde as eleições.

É nesse cenário que Bozzella tem defendido o que chama de redirecionamento do PSL. “Precisamos separar o joio do trigo para atuar como uma direita responsável e transparente”, disse à reportagem.

Ele quer higienizar o partido, tirando das fileiras da sigla “os que são do Olavo de Carvalho, da milícia digital e da rachadinha do Queiroz e do Gil Diniz” -referências a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ao deputado estadual aliado de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e à prática de cobrar de funcionários de gabinetes a devolução de parte dos salários.

O movimento, no entanto, tem de ser calculado, ele admite. Na semana passada, por exemplo, o grupo ligado a Bolsonaro saiu vitorioso ao emplacar Eduardo na liderança do PSL na Câmara.

Bozzella decidiu que era o momento de suspender a guerra de listas para a escolha da liderança. Colocou a bola no meio de campo para ter tempo hábil de reorganizar seu time.Segundo avaliação que tem feito aos aliados, sua ala só deve investir em uma nova tentativa de tirar Eduardo do posto se tiver certeza de que vai ganhar.

Agora, seu principal desafio é tornar a ala de Bivar muito bem afinada e unida. A bancada do PSL é a segunda maior da Câmara, com 53 deputados, mas é composta por um grupo pouco coeso.

No esforço pela unidade, Bozzella tem se dedicado a conversas individuais com os integrantes que estão incomodados com a interferência de Bolsonaro nos rumos da legenda no Congresso.

A ideia é mapear o sentimento dos colegas para dar passos seguros na disputa pelo controle do partido. Bozzella tem defendido uma ofensiva interna e na Justiça para asfixiar o grupo adversário e forçá-lo a deixar o PSL.

Foi por sua iniciativa, por exemplo, que foi oficializado na quarta (23) à Executiva Nacional o pedido de expulsão de Eduardo. Bozzella conseguiu o apoio de colegas da bancada paulista do partido na Câmara, Abou Anni, Coronel Tadeu e Joice Hasselmann, e do líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP).

Eles acusam Eduardo de abuso de poder, ao “colocar seus interesses pessoais à frente dos interesses do partido”, e pedem que seja destituída a direção estadual, hoje sob o comando do 03.

Desde o acirramento da crise, Bozzella, que é natural de Santos (SP), não volta ao estado. Nesta segunda-feira (28), entrará em sua quarta semana direto em Brasília.

O homem-forte de Bivar tem tido, em média, 20 conversas por dia -entre congressistas, advogados e jornalistas.

Aliados do deputado disseram à reportagem que a tendência é a de que a saída de cena de Bivar possa se alongar e dar a Bozzella ainda mais força no partido, que hoje tem a maior fatia do fundo partidário -o valor, no fim de 2019, pode chegar a R$ 110 milhões.

As articulações, admitem pessoas próximas ao deputado, já vislumbram a disputa presidencial de 2022 e o lançamento de um nome que possa fazer frente a Bolsonaro.

É nesse contexto que surgem os acenos ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, hoje no PSC. Bozzella é um dos principais entusiastas da filiação do ex-juiz ao PSL. Recém-destituída do posto de líder do governo no Congresso, Joice também aparece como opção.

Diferentemente da maior parte da bancada do PSL na Câmara, que está em seu primeiro mandato, Bozzella já foi filiado a partidos tradicionais como PSDB e PSD.

Bacharel em direito, foi vereador em São Vicente (SP), de 2013 a 2016, pelo PSDB. Em 2014, disputou sem sucesso uma cadeira na Assembleia de São Paulo pelo PSD.

Na gestão Michel Temer (MDB), ocupou a Superintendência da Funasa em São Paulo, mas disse ter sido exonerado em 2017 após defender que o agora ex-presidente esclarecesse acusações feitas na delação da J&F.

No ano passado, elegeu-se deputado federal pela primeira vez pelo PSL, com 78.712 votos. À Justiça Eleitoral ele declara ter R$ 500 mil em dinheiro vivo, além de quatro veículos e aplicações financeiras.

Ao Tribunal Superior Eleitoral, diz ter gasto R$ 392,5 mil na campanha, sendo 57,3% do montante (R$ 225 mil) bancados por recursos próprios.

POR FOLHAPRESS

 

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Política

PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura no Rio, e vice segue indefinida

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa.

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O PL oficializou nesta segunda-feira (22) a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

A convenção do PL não definiu nome para a vaga de vice na chapa, mas o deputado confirmou que o partido vai escolher uma mulher.

O evento do PL nesta segunda não contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve no Rio na última semana em agendas públicas para campanha de rua com o aliado.

A temporada das convenções partidárias começou no último sábado (20), dando início ao período de duas semanas para a formação do cenário eleitoral nas principais capitais brasileiras, incluindo o Rio.

Quanto ao posto de vice, ainda não há definição no PL quanto a se o partido irá aceitar a indicação do MDB ou se emplacará uma chapa ‘puro sangue’.

O MDB sugeriu o nome da ex-deputada estadual e pré-candidata a vereadora Rosane Félix, radialista gospel e aliada do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, presidente estadual do MDB.

Caso opte por uma vice do próprio partido, as postulantes são a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e a deputada estadual Índia Armelau (PL).

“A gente está trabalhando para que [a candidata a vice] esteja adequada aos nossos princípios, aos nossos valores, que seja uma mulher conservadora, que deseja as nossas pautas de família, vida e defesa do nosso Brasil”, disse Ramagem, em entrevista coletiva nesta segunda, após a convenção do partido.

Ramagem também repetiu discurso de que é alvo de perseguição ao falar sobre as investigações da Polícia Federal sobre suposto monitoramento irregular na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob sua gestão.

“Eu acredito que é uma grande perseguição que se verifica que não há crime. Elegeram a mim como alvo de investigações sem ter conduta criminosa alguma. Infelizmente, é muito negativo para nós que haja essa perseguição grande. Mas, por outro lado, eu vejo que o Carioca está notando essa perseguição.”

A campanha de Ramagem será focada na ordem pública. As críticas ao atual prefeito Eduardo Paes (PSD) serão direcionadas à pauta da segurança. O principal argumento preparado pelo PL será o de que, apesar de atribuição estadual, o município poderia contribuir com a segurança pública

“Nós queremos colocar a ordem pública e a segurança como prioridades, como prioritário para o Rio de Janeiro. Com a ordem pública chegando, o comércio e a indústria voltarão e crescerão no Rio de Janeiro”, disse Ramagem.

No sábado, o diretório municipal do PSD no Rio oficializou, por sua vez, o nome de Paes como candidato à reeleição -também sem escolher o candidato a vice na chapa, o que só deve ocorrer em agosto.

Foto Reuters

Por Folhapress

           

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Política

‘Somos muito amigas’, diz Brigitte Macron sobre Janja

Brigitte disse que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25).

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Janja pode fazer tudo”. Para a primeira-dama da França, Brigitte Macron, sua colega brasileira não terá dificuldade em desempenhar dois papéis -representante do marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e esposa de chefe de Estado- em sua visita à França para as Olimpíadas.

Brigitte disse à Folha que Janja deve participar do almoço oferecido aos cônjuges de chefes de Estado e governo que vêm para os Jogos, nesta quinta-feira (25), no Palácio do Eliseu, residência e local de trabalho do presidente e da esposa. Brigitte tem um escritório próprio no local.

“On est très copines” (somos muito amigas), disse Brigitte sobre Janja.

Embora Janja vá à França na condição de representante de chefe de Estado, será convidada ao almoço por também ser primeira-dama. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, por exemplo, não participará da recepção por ser chefe de governo, e não cônjuge.

Acompanhada de seus cachorros, Jules, Jeanne e Némo, que brincavam nos jardins do palácio, Brigitte acompanhou o marido na recepção organizada para a imprensa que vai cobrir os Jogos.

Ela disse que pretende assistir às provas de equitação, seu esporte favorito, no Palácio de Versalhes.

A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, também estará em Paris para o almoço. Brigitte elogiou a decisão de Joe Biden de desistir da reeleição, anunciada neste domingo (21).

Ela ainda elogiou a vice-presidente Kamala Harris, endossada por Biden para a disputa com Donald Trump, mas ressalvou que o Partido Democrata ainda não escolheu o nome para a eleição.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Política

Após ir à convenção de Dani Portela, João Paulo diz seguir PT com João Campos

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Firme nas críticas sobre a escolha de vice na chapa de João Campos (PSB) nas eleições de 2024, o deputado estadual João Paulo (PT), ex-prefeito do Recife, esteve na convenção que oficializou Dani Portela (PSOL), no sábado (20), como candidata a prefeita da cidade.

Ao comentar sobre a passagem no ato político, João Paulo destaca a sintonia que tem com o trabalho desenvolvido por Dani Portela. “Ela é uma grande companheira e tem uma identidade imensa com o que realizei enquanto prefeito do Recife (2001-2009). Dani quer, por exemplo, retomar o Orçamento Participativo e resgatar a participação popular em programas”, diz João Paulo.

“Esperava que outros companheiros, do PT e do PSB, comparecessem à convenção, até porque Dani foi líder da bancada de oposição da Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco).”

Sobre a presença de João Paulo na convenção realizada sábado (20), Dani Portela comenta que o recebeu com “muita satisfação e alegria”. Ela confirma que pretende recuperar projetos que foram criados por João Paulo quando esteve à frente da gestão da cidade. “Estamos do mesmo lado, somos do campo popular e acreditamos na gestão de esquerda. Ele é um dos políticos que mais admiro em Pernambuco; é o melhor prefeito que o Recife já teve. Tenho aprendido muito com ele.”

Ao ser questionado sobre o evento que será realizado nesta segunda-feira (22) para anuncar o vice de João Campos nas eleições, João Paulo informa que, apesar de discordar do processo que tirou o PT de cena para o cargo, participará do encontro. “Estarei lá, ao lado de Gleisi Hofmann (presidente nacional do PT). O partido tomou a decisão de apoiá-lo (João Campos), e eu acompanho essa decisão.”

Quem deve acompanhar o socialista no pleito é o ex-chefe de gabinete, Victor Marques (PCdoB). Ele foi exonerado no mês de junho, dentro do prazo de desincompatibilização, para que pudesse compor a chapa. Dias antes de deixar o governo, ele se filiou ao PCdoB.

“O prefeito tem demonstração de força, até de certa arrogância. Dar um não a Lula, que investiu tanto aqui no Recife. Mas ele se sentiu com força e com apoio de parte do PT. Não escolheu uma força política para sua chapa, mas é alguém única e exclusivamente dele. Mas tem nada de comunista”, destaca João Paulo.

Ao passo que discorda do processo de escolha do vice de João Campos (PT era um dos interessados na vaga), João Paulo espera que a chapa dê certo. “Desejo que esta estratégia seja vitoriosa e que não tenhamos um fiasco eleitoral”, frisa.

Fonte: JC

           

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