Política
O peso do PP em 2024 e 2026
O presidente do Partido Progressistas (PP) em Pernambuco, deputado federal Eduardo da Fonte, conseguiu reunir ontem (11), em um único palanque, a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Álvaro Porto. Emblemático, sem dúvidas, mas a coisa não para por aí.
A convenção municipal que garantiu ao deputado federal Lula da Fonte o comando da sigla no Recife contou com mais políticos do que público em geral. E não é que a sede do partido, localizada no bairro do Pina, não estivesse lotada. Estava. E é aí que a coisa pega.
Entre representantes dos poderes Legislativo e Executivo nas esferas municipal, estadual e federal, nomes que, hoje, integram tanto a base de apoio ao Campo das Princesas quanto o Palácio Capibaribe, entre eles, Daniel Coelho (Cidadania), Renildo Calheiros (PCdoB), Pedro Campos (PSB) e Fernando Filho (União Brasil).
Apesar de oficialmente integrar a base da governadora Raquel Lyra, recentemente, passou a ser ventilada a possibilidade de o PP vir a apoiar a reeleição do prefeito do Recife, João Campos (PSB), apontado como eventual candidato ao Governo de Pernambuco em 2026. A narrativa ganhou força e prova disso foi o comparecimento em peso de atores políticos de ambos os lados.
A partir de agora, recai sobre os ombros de Lula da Fonte a responsabilidade de conduzir as discussões internas sobre o posicionamento que o PP irá adotar nas eleições do próximo mês de outubro na capital pernambucana. Um desfecho que pode ditar as regras do jogo para 2026.
Belo Jardim
O vereador Rômulo Holanda anunciou o fim da carreira política após retirar a pré-candidatura à Prefeitura de Belo Jardim. O delegado disse que a decisão se deu após minuciosa análise das atuais circunstâncias, dando a entender que teria sido motivada pelo índice de aprovação da gestão do prefeito Gilvandro Estrela. Holanda disse então que irá apoiar o nome a ser definido pelo grupo de oposição à atual gestão.
Carpina
A empresária Eduarda Gouveia demonstrou força e capital político ao reunir centenas de pessoas no ato que oficializou sua pré-candidatura à Prefeitura de Carpina e o comando do diretório municipal do Podemos. Entre as autoridades presentes ao evento, mais de uma dezena de deputados estaduais, além de prefeitos e ex-gestores, um deputado federal e um ministro de Estado.
Olinda
A governadora Raquel Lyra (PSDB) garantiu uma chance de sobrevida política ao grupo do prefeito Professor Lupércio (PSD) ao decidir iniciar por Olinda a fase do programa Morar Bem que prevê recursos para reforma de residências de famílias de baixa renda. Poucos dias depois do anúncio, a candidata de Lupércio ao Executivo Municipal, Mirella Almeida, divulgou que irá se filiar ao PSD. A sigla integra a base de apoio do Palácio do Campo das Princesas.
Recife
Presidente do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do Partido dos Trabalhadores, o senador Humberto Costa decidiu se pronunciar e pôr um fim nas especulações acerca do apoio ao deputado federal Carlos Veras (PT) para a vaga de vice na pré-candidatura à reeleição do prefeito João Campos (PSB). Humberto reafirmou a preferência por Veras e negou ter considerado o nome de Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica Federal na gestão de Dilma Rousseff (PT).
Sondagem
Figuras do Palácio do Campo das Princesas estiveram sondando a possibilidade do presidente da Câmara de Belém de Maria, e pré-candidato a prefeito Alexandre Neto, ingressar no PSDB. O fato ocorreu após a filiação do vice-prefeito Beto do Sargento ao Republicanos do ministro Silvio Costa Filho e deixando o partido sem espaço na eleição municipal. Caso a articulação dê certo, Beto do Sargento pode ser o candidato contra o Palácio na cidade.
Por Fala PE
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Política
Lula diz que quer debater política de segurança pública com os 27 governadores
Lula deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, cujo áudio foi divulgado pela assessoria.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que quer discutir uma política de segurança pública com os 27 governadores dos Estados. Ele deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, cujo áudio foi divulgado pela assessoria.
“Eu agora vou discutir uma política de segurança pública. Não vou fazer junto com Lewandowski Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça aqui, junto com a Casa Civil, com a Advocacia-Geral da União um projeto de segurança. Não. Vou chamar os 27 governadores de Estado para dizer o seguinte: o governo federal quer participar da questão da segurança pública. Queremos saber qual é o nosso papel, onde a gente entra, como a gente pode ajudar”, disse o presidente da República.
Lula afirmou que a política de segurança é mais estadual do que federal. “Mas queremos construir uma coisa para esse país para dar um pouco de tranquilidade”, disse o petista.
Foto getty
Por Estadão
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Política
Valdemar diz que saída de Salles do PL depende de Bolsonaro e abre caminho para desfiliação
O parlamentar tem convite para se filiar ao Novo e quer disputar o Senado em 2026.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, diz que vai liberar a desfiliação do deputado federal Ricardo Salles (SP) do partido caso isso seja aprovado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Depende do Bolsonaro”, disse Valdemar à reportagem, ao ser questionado. Com isso, o dirigente demonstra mais flexibilidade no tema e abre caminho para que Salles deixe o partido, uma vez que o ex-presidente, de quem o deputado é próximo, não deve impor barreiras à migração.
Salles já conversou com Bolsonaro e deve ainda falar com Valdemar. O parlamentar tem convite para se filiar ao Novo e quer disputar o Senado em 2026.
O Novo, por sua vez, tem pressa na chegada de Salles, que seria o quinto congressista da legenda e assim garantiria que seus candidatos na eleição municipal sejam convidados para debates na TV, como manda a lei. O prazo para que isso aconteça, no entanto, é o próximo sábado (20), quando começam as convenções partidárias.
Por Folhapress
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À época do encontro, que ocorreu em agosto de 2020, um mês após a prisão de Fabrício Queiroz, o então chefe do Executivo mal sabia que estava sendo gravado, tampouco que o áudio em questão seria encontrado pela Polícia Federal no celular de um de seus principais aliados, o deputado federal Alexandre Ramagem.
Em meio à reunião em que discutia, junto da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência, uma estratégia para livrar o senador Flávio Bolsonaro do inquérito das ‘rachadinhas’, o ex-presidente Jair Bolsonaro externou seu receio de uma eventual gravação das artimanhas que ele e seus aliados pretendiam lançar para minar o inquérito. À época do encontro, que ocorreu em agosto de 2020, um mês após a prisão de Fabrício Queiroz, o então chefe do Executivo mal sabia que estava sendo gravado, tampouco que o áudio em questão seria encontrado pela Polícia Federal no celular de um de seus principais aliados, o deputado federal Alexandre Ramagem.
Bolsonaro mencionou a possibilidade de uma gravação ambiental logo após sugerir “conversas” com o então secretário da Receita Federal e com uma pessoa que seria, segundo o ex-presidente, da Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados. Após a sugestão, o general Augusto Heleno ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional que também participava da reunião – fez um alerta para manter o “troço fechadíssimo”.
O ex-presidente concorda e completa: “Tá certo. E deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa, que não estamos procurando favorecimento de ninguém.”
Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo”. Ele citou justamente o trecho do áudio no qual Bolsonaro diz que não estaria procurando o favorecimento de ninguém.
Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Alexandre Ramagem, que participava da conversa e teria sido autor da gravação, disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente. “Essa gravação não foi clandestina”. Ele disse ainda que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado. “O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência.”
Ainda durante a reunião, Bolsonaro questionou a defesa de Flávio: “Vocês querem falar com quem amanhã? Canuto?”. A advogada de Flávio responde: “O senhor que determina”. Então Bolsonaro segue. “A quem interessa pra gente resolver esse assunto?”. E completa: “Eu falo com o Canuto. Agora isso aí eu falo com o Flávio então. Qualquer hora do dia amanhã”.
Segundos depois, Bolsonaro afirma ainda: “Ninguém gosta de tráfico de influência”.
Em outro momento da conversa, a advogada de Flávio segue a deixa de Heleno, preocupada com um eventual vazamento da operação ali planejada. “Que tudo que a gente tá falando [inaudível] que eu não quero meu nome no jornal”.
A gravação mostra ainda que a defesa de Flávio pretendia que a manobra ali planejada – mirando os auditores da receita responsáveis pelo relatório que enquadrou Flávio – não beneficiasse somente o senador. “A grande questão é quando falar o seguinte. Ah, que o presidente da República está querendo se utilizar da estrutura da presidência para defender o filho, só que esse caso aqui, isso que a gente descobriu. Pode beneficiar, de uma forma ou de outra, todas as pessoas que foram atacadas. Então não dá para dizer que é uma coisa partidária, ideológica. Então com isso a gente consegue anular a Furna da Onça de um modo geral”.
Foto Getty
Por Estadão
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