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ONU anuncia representante especial para crise migratória na Venezuela

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O posto foi criado a pedido da Colômbia, país que acolhe metade dos 1,6 milhão de pessoas que deixaram o território venezuelano desde 2015

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicaram nesta quarta-feira (19) o ex-vice-presidente guatemalteco Eduardo Stein como seu enviado especial para a crise migratória na Venezuela.

O posto foi criado a pedido da Colômbia, país que acolhe metade dos 1,6 milhão de pessoas que deixaram o território venezuelano desde 2015 e é a principal porta de saída para quem foge da crise humanitária que atinge o país dirigido pelo ditador Nicolás Maduro.

Em nota, as duas organizações ligadas à ONU afirmam que Stein “trabalhará para promover o diálogo e o consenso necessários para a resposta humanitária, incluindo o acesso a territórios, a proteção aos refugiados, um estatuto regular e a identificação de soluções para refugiados e migrantes venezuelanos”.

A indicação é feita dois dias depois que o ministro das Relações Exteriores colombiano, Carlos Holmes Trujillo, pediu urgência na criação de um fundo humanitário para auxiliar os países que mais recebem venezuelanos.

“Quanto antes melhor, porque a crise aumenta de uma maneira dramática a cada dia”, afirmou Holmes, após se encontrar em Genebra com a alta comissária de direitos humanos da ONU, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet.

O chanceler teme que o número de cidadãos do país caribenho que entraram na Colômbia seja superior ao 1 milhão registrados pelas autoridades migratórias e que o fluxo continue a aumentar.

“Temo que esse número seja ainda maior, e nos preocupa muito a tendência que esses números mostram, porque continuando assim estaremos falando de cerca de 4 milhões de venezuelanos fora de seu país até o fim do ano.”

No início de setembro, líderes de 11 países latino-americanos se reuniram em Quito, no Equador, e exortaram Maduro a aceitar ajuda humanitária com o objetivo de “descomprimir” a crise por trás do êxodo de venezuelanos.

O regime de Maduro nega a existência de uma crise humanitária na Venezuela e considera que o êxodo aconteceu de forma voluntária. Sobre os vizinhos colombianos, o ditador disse que pediria reparação a Bogotá pela imigração decorrente do conflito armado entre os anos 1960 e 2000.

Caracas também lançou, em resposta à expulsão violenta de venezuelanos da cidade brasileira de Pacaraima (RR) em agosto, um programa de repatriação. Segundo as autoridades, 3.000 pessoas voltaram à Venezuela –0,18% dos que saíram desde 2015.

Além da participação da ONU na reação ao fluxo migratório, o presidente da Colômbia, Iván Duque, defende que os países da região levem ao Tribunal Penal Internacional as denúncias de abusos de direitos humanos da ditadura. A iniciativa deve ser apoiada pelos governos de Argentina, Chile, Paraguai e Peru.

Embora Duque, que assumiu em agosto, tenha adotado uma linha mais dura que seu antecessor, Juan Manuel Santos, em relação a Caracas, ele ainda não mencionou a opção militar para a crise.

Porém, o novo embaixador colombiano em Washington, Francisco Santos, disse nesta terça (18) que “diante da crise política e humanitária do país vizinho, todas as opções devem ser consideradas para restabelecer a democracia.”

Para ele, a “Venezuela se transformou numa bomba-relógio pronta para explodir”. Ele ainda pediu a colaboração de outros países da América Latina para resolver a crise e acrescentou que a Colômbia “não irá observar a situação de maneira passiva”.

Francisco Santos é uma figura conhecida da política colombiana. Primo de Juan Manuel Santos, foi vice do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010). Durante todo o governo de seu parente, permaneceu fiel ao uribismo e foi muito crítico à gestão do parente vencedor do Nobel da Paz.

Indagado sobre a razão pela qual a Colômbia não assinou o documento do Grupo de Lima que rejeita a opção militar, disse que “nós acreditamos que deve haver uma resposta coletiva a essa crise e acreditamos que todas as opções devem ser consideradas”.

E acrescentou que era “muito ingênuo imaginar que exista uma solução sem uma mudança do regime”.

Mencionou, ainda, que o território venezuelano está se transformando em um “santuário” para os traficantes de drogas e guerrilheiros do ELN (Exército de Libertação Nacional) –com quem o Estado colombiano cancelou as negociações de paz–, além de dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que estariam se reorganizando na Venezuela.

“Essa é uma catástrofe que é inevitável confrontar, antes que se agrave ainda mais e cause mais instabilidade na região”, afirmou. “Há muitas opções para enfrentar a situação e não devemos nos distrair.”

Por Folhapress. 

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Rússia planeja anunciar vitória na guerra contra Ucrânia, diz jornal

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A Rússia estaria se preparando para anunciar vitória na guerra contra a Ucrânia nos próximos dias, aproveitando a proximidade do terceiro aniversário da invasão, iniciada em 24 de fevereiro de 2022. O movimento ocorre em meio a tensões políticas internacionais e a um embate público entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky.

Segundo informações divulgadas pelo Daily Mail, a agência de inteligência militar de Kiev, GUR, afirmou que o presidente russo Vladimir Putin pretende apresentar essa declaração como um triunfo não apenas contra a Ucrânia, mas também contra a OTAN. A estratégia reforça a narrativa propagandística do Kremlin, que há anos descreve o conflito como uma disputa entre a Rússia e o Ocidente.

“A Rússia está se preparando para declarar uma suposta ‘vitória’ na guerra contra a Ucrânia na data redonda de 24 de fevereiro de 2025”, informou a GUR. “Além disso, esses planos podem incluir uma ‘vitória russa sobre a OTAN’, já que a propaganda moscovita há muito tempo retrata o conflito dessa maneira.”

Ainda de acordo com o Daily Mail, a possível declaração ocorre em meio a esforços diplomáticos para encerrar a guerra, impulsionados pela administração de Donald Trump. No entanto, há preocupação entre líderes europeus e ucranianos de que um acordo possa beneficiar a Rússia, legitimando sua ocupação de territórios ucranianos e recompensando Putin por sua agressão militar.

Embate entre Trump e Zelensky

Nos últimos dias, a tensão entre Trump e Zelensky se intensificou. O presidente dos EUA culpou o líder ucraniano pela guerra em seu país, ignorando o fato de que a Rússia foi a responsável pela invasão. Em resposta, Zelensky acusou Trump de acreditar em fake news russas.

A polêmica aumentou quando Trump chamou Zelensky de ‘ditador sem eleições’, ignorando que o presidente ucraniano foi eleito democraticamente em 2019 com mais de 73% dos votos e que as eleições foram suspensas devido ao estado de guerra.

Além disso, o bilionário Elon Musk, aliado de Trump, entrou na discussão ao sugerir que Zelensky comanda uma ‘máquina de fraude que se alimenta dos corpos dos soldados mortos’, uma declaração que gerou forte repercussão.

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Trump e Putin mantêm pressão, e Zelenski fala em negociar

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Um dia depois de Donald Trump levar a relação com a Ucrânia a um ponto de ruptura, chamando Volodimir Zelenski de ditador, a Rússia fez um dos maiores ataques aéreos da guerra iniciada há três anos e os americanos elevaram a pressão sobre Kiev.

Zelenski, que na véspera havia trocado duras farpas com Trump, recuou. Após receber um publicamente hostil enviado do americano, Keith Kellogg, que se recusou a conceder uma entrevista conjunta, o presidente disse que “está pronto para negociar um “acordo forte e útil” com os EUA, que inclua salvaguardas contra futuras agressões russas.

Pouco se sabe sobre a conversa em si entre os dois. Ao mesmo tempo, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que seu país defende uma força de paz europeia para dissuadir novos ataques em caso de cessar-fogo. Seu premiê, François Bayrou, disse ver “risco existencial” na crise e “o maior risco de guerra desde 1945”.

A ideia da força de paz com integrantes da aliança militar ocidental, a Otan, levantada no começo da semana pelo Reino Unido, é descartada pelo Kremlin como “inaceitável”.

A rixa entre entre Trump e Zelenski havia chegado a um ápice na quarta (19).

O americano havia irritado o ucraniano ao deixar o país e a Europa de fora das negociações que abriu diretamente com Vladimir Putin para tratar do conflito e outras rusgas.

Afirmou que o presidente vivia numa “bolha desinformativa” e que não iria “vender o país”, referência à oferta dos EUA de ficar com US$ 500 bilhões em minerais ucranianos em troca do apoio militar. Trump respondeu furiosamente, questionou a legitimidade de Zelenski, o chamou de ditador e exigiu que ele aceite a negociação.

O ucraniano foi defendido por aliados, como os premiês Olaf Scholz (Alemanha) e Keir Starmer (Reino Unido). Nesta quinta, o porta-voz da União Europeia, Stefan de Keersmaecker, disse: “A Ucrânia é uma democracia. A Rússia de Putin, não”.

Os americanos não amaciaram. Ainda nesta quinta, o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Mike Waltz, manteve o tom duro em entrevista à Fox News. “Eles [ucranianos] precisam baixar o tom e dar uma boa olhada e assinar aquele acordo”, disse, em referência à cessão de minerais aos EUA. Ele afirmou que é possível chegar a um acordo.

Depois, ele afirmou que “obviamente, Trump está bastante decepcionado com Zelenski agora”.

Já Kellogg não se pronunciou e não permitiu mais do que imagens do começo de seu encontro com Zelenski, em Kiev. O ucraniano sugeriu que está disposto a conversar novamente sobre a questão dos minerais e sobre “investimentos”, sem dar detalhes.

O Kremlin manteve a pressão com seu ataque noturno, que mirou instalações de gás em Kharkiv (norte do país) e uma estação energética na região de Odessa (sul) com 163 drones e 14 mísseis. Foi o segundo mega-ataque da semana. Kiev disse ter que disse ter derrubado 80 drones.

Questionado sobre o plano fanco-britânico de envio de até 30 mil militares ocidentais, publicado pelo jornal The Telegraph, o porta-voz Dmitri Peskov disse: “Isso causa preocupação para nós, estamos monitorando bem de perto. É inaceitável”.

Eles não ficariam na linha de frente, e sim baseados em cidades importantes na retaguarda de uma zona desmilitarizada, ao estilo da que separa as duas Coreias desde 1953. As sedes seriam Krivii Rii, Poltava e Dnipro, essa a capital da província mais rica em minerais do país e objeto do teste do míssil russo Orechnik em novembro.

Na véspera, o chanceler Serguei Lavrov havia dito que tal contingente implicaria uma “ameaça direta à Rússia”. Um dos “casus belli” de Putin em 2022 foi o temor alegado de que a Ucrânia entrasse na Otan, a aliança militar ocidental. Agora, Trump, presidente do país que comanda o clube na prática, diz concordar com ele.

Com esse cenário sombrio para Zelenski e seus aliados europeus, Macron convocou uma reunião com líderes políticos de seu país para discutir o que fazer. Até aqui, as 30 nações europeias da Otan, França e Reino Unido incluídas, estão atordoadas pelo cavalo de pau de Trump.

“Se não houver dissuasão, a Rússia não manterá sua palavra”, disse. Ao mesmo tempo, acenou ao americano, dizendo que Trump “é alguém que ele respeita” e que irá visitá-lo na Casa Branca na segunda (24), o dia do aniversário de três anos da guerra. Na quinta (27), será a vez de Starmer fazê-lo.

A modulação no discurso europeu é uma forma de buscar voltar ao jogo, após o continente ser escanteado por Trump. Até nisso Macron foi suave, dizendo que o americano acelerou o processo “porque quer ver os acordos feitos”.

Para os parceiros europeus de Washington, a ideia de fornecer garantias para a Ucrânia pode ser uma saída, mas aí quem não topa são os russos. No mais, os EUA não sinalizaram baixar o tom: Waltz disse que Trump quer que todos os países da Otan atinjam a meta de 2% de gasto mínimo com defesa até a cúpula da aliança, em junho. Hoje, 8 dos 32 membros do bloco não o fazem.

Foto Reuters

Por Folhapress

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Idoso passa dias ao lado do corpo da mulher pensando que estava dormindo

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Um homem de 86 anos passou entre 5 a 15 dias na mesma casa com a sua mulher já morta, em Maiorca, Espanha. O casal, de nacionalidade alemã, passava longos períodos na ilha espanhola de férias. 

No dia 18 de fevereiro, o homem foi dar uma volta e quando chegou em casa, reparou que a mulher tinha caído da cama onde, segundo alega, estaria deitada há vários dias.

O homem contactou as autoridades, afirmando que a mulher estava inconsciente. O corpo foi encontrado enrolado numa manta, com o idoso afirmando que a mulher estaria dormindo há vários dias.

As autoridades tentaram entender se o homem poderia estar envolvido na morte da esposa mas, de acordo com as primeiras hipóteses do inquérito, a mulher morreu de uma doença cardiovascular. O homem, que sofre de algum tipo de patologia, não percebeu disso e dormiu com ela durante “entre cinco e quinze” dias. 

Foto Isaac Buj/Europa Press via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

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