Pernambuco
Paulo Câmara, a violência e 2018
Decididamente, o maior nó do governador Paulo Câmara (PSB) é a segurança pública. Recentemente, mudou o comando da Secretaria de Defesa, importando um carioca de sotaque arrastado, que ainda não disse a que veio. Os índices de homicídios continuam astronômicos, os assaltos a ônibus no Grande Recife cresceram 14% e no Interior o terror se espalha com as quadrilhas de arrombamento a bancos.
Os presídios, sob a batuta de Pedro Eurico, são um barril de pólvora. De tão inseguros, levaram Pernambuco a figurar entre os quatro Estados ameaçados de uma intervenção federal, segundo ranking divulgado pelo Ministério da Justiça. Eurico é um advogado competente, forjado na defesa de presos políticos, ganhou a amizade de Dom Hélder, foi deputado estadual e ocupou vários cargos.
Mas já deu o que tinha de dar. Dos políticos pernambucanos em fim de carreira, Roberto Magalhães (DEM) foi o mais sábio: soube dar adeus à vida pública na hora certa, no momento oportuno. O tempo passa, o mundo se renova. O Estado tem que se renovar e Paulo Câmara, embora produto da renovação, não está sabendo renovar seus quadros.
Parece ser um bom gestor na área fiscal, tanto que o Estado tem pagado seus servidores em dia. Mas um Governo é muito mais do que um mero ajuste financeiro. É o social, a implantação de políticas públicas de segurança que possam dar a garantia ao cidadão de que ele está protegido.
Não é esta, infelizmente, a sensação que o pernambucano tem do seu governador. Extraindo os exageros do tom natural de oposição, o senador Armando Monteiro (PTB) tem dito que existe governo, mas o Estado não tem governador, ou seja, está desgovernado. A constatação irrita Câmara e sua equipe quando deveria servir de advertência para correção dos rumos, enquanto há tempo.
O tempo é por si só um grande complicador, fator de preocupação extrema para o governador. Dois anos já se passaram sem que ele tenha sequer uma marca da sua gestão. Nem slogan tem, como qualquer outro governo. A impressão que passa para os que entendem um pouco de máquina pública é a de que os erros e falhas, sobretudo na segurança, são consequências de improvisos, arranjos muito mal feitos.
Se 2017 for atropelado por esses arranjos precários, não levando Câmara a enfrentar com arrojo e determinação a bandidagem que campeia e intranquiliza a população, ele, certamente, terá enormes dificuldades para planejar um projeto de reeleição. A oposição, mesmo fragilizada, tende a ganhar musculatura, seja com Armando ou outro nome produto de um grande entendimento do novo bloco oposicionista que se costura atraindo forças não mais reféns nem tampouco caudatárias do PSB.
(Do Blog do Magno)
Pernambuco
Nomeações de políticos por Raquel e João dão sinais para 2026
Nesta quinta-feira (30), foram publicadas novas nomeações de políticos para cargos na administração estadual, pela governadora Raquel Lyra (PSDB), em continuação a uma leva de nomeações no dia anterior. Em menor escala, a prática também foi realizada no Recife, com o prefeito João Campos (PSB) abrigando ex-vereadores e ex-candidatos na gestão municipal, em nomeações assinadas pelo vice-prefeito Victor Marques (PCdoB), que ocupava o cargo interinamente.
Ao todo, Raquel 37 políticos para cargos no Estado, sendo 29 ex-prefeitos, seis ex-vereadores, um ex-vice prefeito e um ex-candidato a prefeito.
João Campos, por sua vez, trouxe para a gestão municipal um total de 8 políticos, sendo uma ex-prefeita, dois ex-vereadores, quatro ex-candidatos a vereador do Recife e um presidente estadual de partido.
Para o cientista político Antônio Henrique Lucena, as nomeações representam “cálculo racional” de João e Raquel para as eleições de 2026, embora nenhum dos dois gestores tenham confirmado candidaturas para o pleito estadual.
“São cálculos racionais que estão sendo realizados para garantir apoios regionais e locais para a eleição de 2026. É a busca por consolidar o terreno, pavimentar o caminho”, disse.
Ainda de acordo com o cientista político, as nomeações de Raquel surtem um impacto maior e é possível identificar uma “distribuição regional das nomeações”. Já as indicações de João possuem uma limitação natural pela área de atuação, restrita à cidade.
“Vejo como um movimento relativamente natural. Claro que isso pode ser classificado como não moralmente muito recomendável, porque você vai aumentar os custos da administração pública, enquanto todos eles falam de redução de gastos, de eficiência, coisas dessa ordem”, afirmou.
Por JC
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Pernambuco
Câmara de Toritama/PE é notificada sobre cassação de Birino e Edjan: novo cálculo definirá substitutos
A Câmara Municipal de Toritama foi oficialmente notificada pela Justiça Eleitoral sobre a cassação dos mandatos dos vereadores Severino Antônio da Silva (Birino) e Edijan Enildo da Silva, condenados por compra de votos. A decisão foi confirmada pelo Juízo da 112ª Zona Eleitoral, que determinou a perda dos diplomas dos parlamentares, tornando-os inaptos para o exercício da vereança. A notificação à Câmara foi publicada nesta sexta-feira (31), conforme apurado com exclusividade pelo Blog do Evandro Lins.
A cassação foi resultado do Processo AIJE 0600276-17.2024.6.17.0112, no qual a Justiça reconheceu irregularidades eleitorais cometidas pelos vereadores. Além da perda dos mandatos, Birino e Edjan foram condenados ao pagamento de multa de R$ 53.205,00 cada, conforme previsto no artigo 41-A da Lei nº 9.504/97.
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) revisou a decisão e manteve a cassação dos diplomas, retirando apenas a punição de inelegibilidade por oito anos, que havia sido determinada em primeira instância.
Novo cálculo dos votos definirá substitutos
Com a cassação dos vereadores, a Justiça Eleitoral agendou para 5 de fevereiro de 2025, às 10h, um novo cálculo da totalização dos votos das eleições municipais de 2024. O processo será realizado em Toritama e contará com a presença de representantes de partidos políticos, federações, coligações, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e demais entidades fiscalizadoras.
Após a recontagem, os nomes dos novos vereadores que assumirão as vagas serão divulgados e encaminhados para diplomação, conforme estabelecido pela Resolução TSE nº 23.736/2024.
Por BLOGDOEVANDROLINS
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Pernambuco
Pernambuco tem aumento de casos de coqueluche em bebês
Doença infecciosa aguda e transmissível, a coqueluche é provocada pelo bacilo Bordetella pertussis e compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). A tosse seca é a principal manifestação. Bebês menores de seis meses são os mais suscetíveis às formas graves da doença, que podem incluir crises de tosse, dificuldade respiratória e complicações severas, como pneumonia, convulsões e lesões cerebrais.
Assim como outros Estados brasileiros, Pernambuco tem apresentado aumento no número de casos de coqueluche (também conhecida como tosse comprida), especialmente em crianças menores de 1 ano de idade.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) mostram que, em 2024, foram notificados, em Pernambuco, 268 casos suspeitos de coqueluche. Desse total, 75 foram confirmados (27,9%). No ano de 2023, neste mesmo período, foram notificados 232 casos, e 70 foram confirmados clinicamente (30,1%).
Assim, ao compararmos ambos os anos (2023 e 2024) no Estado, observamos um aumento de 15,5% nos casos notificados de coqueluche e também um aumento de 7,1% entre os confirmados.
Nos anos de 2023 e 2024, não houve registro de óbito por coqueluche em Pernambuco.
Em 2024, dos 268 casos notificados, 144 (53,7%) ocorreram na faixa etária de crianças menores de 1 ano de idade. Desses, 26 (34,7%) foram confirmados.
Já em 2023, 166 dos casos notificados ocorreram na mesma faixa etária, o que corresponde a 71,5%, sendo 54 confirmados clinicamente (32,5%).
Sintomas da coqueluche
A coqueluche começa como um resfriado comum: febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa, pode causar vômito e dificuldade de respirar.
Justamente por isso, crianças menores de seis meses são mais propensas a formas graves da doença, que podem evoluir para pneumonia, parada respiratória, convulsões e desidratação.
O Brasil voltou a registrar óbitos por coqueluche em 2024. Foram notificadas 27 mortes no País; a maioria em bebês com menos de 1 ano de idade.
Tem vacina de coqueluche no SUS?
A imunização é a principal forma de prevenção contra coqueluche. No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é oferecida para crianças a partir de 2 meses de vida até menores de 7 anos, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias pós-parto) não vacinadas durante o período gestacional e para grupos prioritários: profissionais da saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde.
Para crianças menores de 7 anos de idade, o esquema primário recomendado é composto por três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses de vida), com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias (em situações especiais). Reforços estão recomendados aos 15 meses (1º reforço) e aos 4 anos (2º reforço), com a vacina tríplice bacteriana infantil (DTP).
Para as mulheres grávidas, é indicada uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa), a cada gestação, a partir da 20ª semana gestacional. O objetivo é promover a imunização passiva (passagem de anticorpos, via placenta, da mãe para o feto) dos recém-nascidos, nos primeiros anos de vida, até que o bebê possa iniciar a sua vacinação.
Para pessoas que apresentam condições clínicas especiais, outras vacinas contra a coqueluche também são disponibilizadas nos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais (Crie), conforme recomendações do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.
Pode ser que o adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, fique suscetível novamente à doença, porque a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo.
Fonte: JC
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