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Política de Trump deporta menos, mas prende mais imigrantes

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Nos primeiros três meses de Trump foram deportadas quase 26 mil pessoas, contra 70 mil no última trimestre de Obama.

Um balanço dos cinco primeiros meses de governo Donald Trump mostra que, em comparação com a administração de Barack Obama, houve uma queda na quantidade de deportações porém um maior número de prisões de imigrantes indocumentados não criminosos – 150% a mais que mesmo período do governo anterior. Além disso, foram retiradas medidas de proteção, como a proibição da deportação de pais de crianças nascidas nos Estados Unidos.

Na semana passada, o governo Trump anunciou o cancelamento da chamada Ação Diferida para os Pais de Americanos e Residentes Permanentes (Deferred Action for Parents of Americans and Lawful Permanent Residents – DAPA), um instrumento criado em 2014 pela gestão de Obama. Antes, imigrantes sem documentos, com filhos americanos, tinham acesso à ação diferida que podia ser usada para impedir a deportação. A ação não era um status legal completo, mas permitia que o portador do DAPA trabalhasse no país.

Nos primeiros três meses de governo Trump foram deportadas quase 26 mil pessoas, muito menos que o último trimestre do governo Obama, que deportou entre outubro de 2016 e 20 de janeiro deste ano, mais de 70 mil pessoas. Ao todo, a gestão Obama foi a que mais deportou imigrantes desde 1986: mais de 2, 8 milhões de pessoas em oito anos.

A característica mais marcante até agora da política migratória da gestão Trump é o aumento das prisões de imigrantes. O aumento global foi de 40% o que inclui todas as detenções entre janeiro e abril, de imigrantes indocumentados que cometeram crimes comuns e hediondos e também para aqueles que não praticaram ações criminosas, exceto pelo fato de estarem irregulares nos EUA.  A  quantidade de pessoas presas somente por não terem permissão legal para estar no país triplicou é o que mais chama a atenção até agora.

Entre janeiro e abril foram quase 11 mil prisões não criminais, em comparação com 4.200 em 2016, número três vezes maior.  O diretor da Agência de Imigração dos EUA (U.S. Immigration and Customs Enforcement – ICE), Thomas Homan, atribuiu o aumento de prisões à direção clara dada pela administração Trump para coibir ameaças à segurança pública nacional.

Chama atenção o fato de que, na quantidade geral de prisões, somente 20% dos imigrantes indocumentados presos entre janeiro e abril deste ano têm histórico de crimes violentos.

Isso porque a nova política migratória deu mais poder aos agentes de imigração para deportar de maneira sumária – sem necessidade de audiência judicial – imigrantes com até dois anos no país. Crimes antes considerados simples, foram reclassificados como graves – como usar documento falso, mentir ou dirigir sem carteira de motorista – o que ampliou a quantidade de detenções.

Em uma entrevista coletiva, Homan ponderou que a prioridade é a segurança, mas que o ICE vai “continuar a perseguir todos os imigrantes ilegais que  receberam uma ordem final de remoção por um juiz de imigração, inclusive aqueles que não possuem antecedentes criminais”.

O advogado George Handersman, especializado em imigração, disse que a tendência é que aumente ainda mais a quantidade de prisões. Segundo ele, o processo de deportação não é tão rápido como se pensa. “Há um processo legal e um custo para o governo. Mas se há mais detenções, Trump passa uma mensagem que está cumprindo sua promessa de uma política anti-imigração ilegal massiva”, destacou.

Menos vistos

Logo no início de sua gestão, Trump tentou limitar a entrada nos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Iraque, Iêmen, Irã, Síria, Líbia, Somália e Sudão). Com o bloqueio da medida pela Justiça, a Casa Branca reescreveu a ordem executiva, deixando de fora o Irã, mas manteve os demais países.

A nova ordem não chegou a entrar em vigor, mas direta ou indiretamente o reflexo aparece na quantidade de vistos concedidos para os seis países da lista, que caiu 21% em março deste ano na comparação ao mesmo período do ano passado. A redução global na quantidade de vistos de entrada para os Estados Unidos foi de 15%.

A queda para o Brasil até agora foi de 4%. A imprensa latina no país ouviu analistas que afirmam que ainda não é possível dizer se a redução global é reflexo de uma queda na procura dos vistos por cidadãos estrangeiros ou ocorreu porque os consulados e embaixadas americanas estão sendo mais criteriosos para liberar novos vistos.

Medo constante

Entre os imigrantes que já vivem nos Estados Unidos, o clima é de maior temor agora que nos anos anteriores.  A artesã e artista brasileira Neide Silva vive entre o Canadá e os Estados unidos há trinta anos. Ela já tem cidadania canadense, por isso pode entrar e sair facilmente dos EUA, mas não tem permissão para trabalhar no país.

Neide vive de seu artesanato, de peças trabalhadas em madeira, mas quando a situação econômica aperta ela diz que faz faxinzas em casas. No ano passado, ela comprou um trailer e realizou o sonho de poder viver viajando pelo país.

Ela contou à Agência Brasil que o ambiente piorou muito para os imigrantes sem documentação. “Eu nunca vivi uma época tão delicada quanto agora aqui. O governo Trump está espalhando o medo e o terror para os imigrantes”, afirmou.

Na comparação entre os dois governos, ela disse que a política de deportação era mais constante e houve, de fato, muitas deportações. “Agora, as pessoas têm mais medo de dirigir sem carteira e ir para a prisão. A sensação de que algo vai acontecer e a incerteza aumentaram muito”, opinou.

O aumento da “pressão” do governo sobre imigrantes se reflete no cotidiano das famílias. José Silva (nome fictício) vive nos Estados Unidos há 14 anos, sem documentação. Ele havia entrado com um pedido para a DAPA, a ação diferida para pais de pessoas nascidas nos Estados Unidos, e que foiextinta na semana passada. Agora, não tem mais acesso à proteção.

Casado com uma brasileira e com três filhos menores de 10 anos, José trabalha na construção civil e diz que vive atemorizado. “Em 2010, eu estava dirigindo em alta velocidade e fui multado. Havia tomado duas cervejas e aqui é muito sério dirigir depois de beber”, disse. Por conta disso, ele respondeu a um processo e teve a infração de trânsito registrada.

Embora tenha pago e respondido pela infração e não tenha voltado a dirigir sob o efeito do álcool, ele conta que o fato o colocou em uma lista de prioridades para deportação. “Se eu conseguisse a DAPA teria uma ajuda para estar mais seguro sobre estar aqui com minha família. Agora, a gente tem que esperar e estar muito cuidadoso”, comentou.

Com informações da Agência Brasil.

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Vereador Pitel Filho adere à base aliada do prefeito Fabinho

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O vereador Pitel Filho, uma das novas revelações da política de Salgueiro, eleito para a Câmara de Vereadores pela primeira vez em 2024, aderiu à base aliada do prefeito Fabinho Lisandro. Nesta terça-feira, 4, Fabinho e Pitel conversaram na sede da administração municipal, chegando a um entendimento para marcharem juntos em prol do desenvolvimento do município.

Com a nova adesão, o prefeito soma 10 vereadores em sua base aliada na Casa Epitácio Alencar, o que ajudá-lo na aprovação de projetos importantes do seu Plano de Governo. O primeiro já passou pelo crivo do legislativo, que foi a reestruturação do Funpressal (Fundo de Previdência dos Servidores de Salgueiro).

Fabinho demonstra assim muita habilidade e capacidade de dialogar, sobretudo com aqueles que pensam em favor do desenvolvimento e progresso de Salgueiro.

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Policial é alvo de inquérito após selfie com filho de traficante no Rio

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Um policial está sendo alvo de um inquérito por parte da Polícia Militar, no Rio de Janeiro, por ter tirado uma selfie com o rapper Oruam, filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, uma das maiores organizações criminosas do Brasil.

O homem tirou a fotografia fardado e durante o horário de trabalho. O momento ficou registrado em vídeo e passou a circular em grupos de agentes no WhatsApp, onde o policial foi criticado pelos colegas.

“Determinei a abertura de inquérito policial, de cunho interno, que será realizado pela corregedoria. Não farei julgamento preliminar, mas entendo que não é recomendável associar um órgão policial a um rapper que exalta o fato de ser filho de um traficante”, justificou o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Menezes de Nogueira, citado pelo Metrópoles.

Entre os colegas do policial houve quem defendesse que Oruam não pode ser associado aos crimes do pai, mas a maioria criticou o colega de profissão, argumentando que as letras do músico incentivam o tráfico de drogas e armas.

Uma das letras mais famosas do rapper chama-se ‘Filho do Dono’ e conta a história de um menor de idade que teve de pegar em armas para “mudar de vida”. Na mesma canção, o rapper também critica a polícia, afirmando que “o Estado é genocida com morador”.

Foto Reprodução X @profpaulamarisa

Por Notícias ao Minuto

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Cedro: Câmara Municipal realiza capacitação inédita para Vereadores e Servidores

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Na última segunda-feira, dia 3, a Câmara de Vereadores de Cedro, localizada no sertão pernambucano, promoveu uma capacitação inédita em sua história.

O evento, que marca um novo tempo de aprendizado na gestão do presidente Tiago de Vilmar, teve como foco a formação de vereadores e servidores, contribuindo para a eficácia do trabalho legislativo na região.

A palestra, que contou com a expertise dos assessores jurídicos André Guerreiro e Heder Tavares, além do assessor de licitação José Vianey, abordou temas essenciais como transparência, contratação e o cumprimento do regimento interno.

A participação ativa dos vereadores Nego do Barro Branco, Mika, Vitória e Silvia Bezerra destacou o comprometimento da câmara com a qualificação contínua de seus integrantes.

O evento não apenas representou um marco importante para a Câmara Municipal, mas também evidenciou o compromisso do presidente Tiago de Vilmar em garantir condições adequadas para a capacitação de vereadores e servidores. “Estamos investindo no aprimoramento da gestão pública e na formação dos nossos legisladores, pois acreditamos que o conhecimento é fundamental para a construção de um novo paradigma na administração pública”, afirmou Vilmar durante a abertura do evento.

A palestra reforça a importância da transparência e da responsabilidade no serviço público, pilares que devem nortear as ações da Câmara Municipal de Cedro.

Com iniciativas como esta, a gestão atual busca não apenas capacitar, mas também criar um ambiente de trabalho mais eficiente e comprometido com a população.

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