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Saúde

Por que excesso de pele no pênis deve preocupar os homens

A limpeza inadequada e a fimose podem causar câncer de pênis, doença que, anualmente, mata no país uma média de 400 pessoas e que tem cerca de 500 novos diagnósticos.

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Muitos homens se preocupam com a ideia de que tamanho é documento. O que eles deveriam prestar atenção, no entanto, é no excesso de pele em torno do seu amigo e na higiene dele. A limpeza inadequada e a fimose podem causar câncer de pênis, doença que, anualmente, mata no país uma média de 400 pessoas e que tem cerca de 500 novos diagnósticos. Além disso, foram mais de 7.000 amputações nos últimos 14 anos.

Para reduzir esses números e informar a população, médicos vinculados à Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) fizeram em fevereiro um mutirão de cirurgias de fimose -retirada do prepúcio que fica sobre a glande- em estados do Norte e do Nordeste.

Inicialmente, o grupo estimava fazer cem circuncisões, mas, até o último dia 25, foram 187. Durante o mês, estados aderiram à medida que as cirurgias eletivas foram liberadas, já que estavam vetadas por causa da variante ômicron da Covid-19.

A fila para procedimentos assim é grande no SUS, e tem como desvantagem o tempo envolvido e as poucas salas para a operação. “O problema da cirurgia de postectomia [como também é conhecida a circuncisão] é que, principalmente no adulto, é mais demorada por causa da sutura, porque você tem que ter habilidade de cirurgião plástico, para não ficar um negócio feio. Você vai dando pontinho por pontinho”, explica Alfredo Canalini, presidente da SBU.

A fimose é quando o homem não consegue puxar a pele que encobre a glande, e assim a cabeça do pênis não fica exposta, ou quando tem a sensação de que o órgão está sendo esmagado. De acordo com o urologista Fernando Tardelli, isso favorece o acúmulo de esmegma -uma secreção produzida pelas glândulas do pênis- nessa região, o que pode levar a alterações das células locais e assim progredir para um tumor de pênis.

“É muito interessante para quem tem fimose que faça a cirurgia de retirada do excesso de prepúcio, melhorando assim a higiene da cabeça e do corpo peniano. Para quem não fez a circuncisão, mas consegue exteriorizar a cabeça do pênis para fazer a higiene diária do membro, não precisa realizar a cirurgia”, afirma Tardelli.

A higiene no local é o conselho número um dos especialistas para prevenir o câncer no pênis. E não é necessário grande investimento, já que água e sabão resolvem. A orientação é, durante o banho, puxar a pele até que a cabeça do órgão fique à mostra, limpar com a dupla água e sabonete, enxaguar bem, enxugar e colocar novamente o prepúcio no lugar.

É preciso ficar atento na hora de secar o pênis, tanto na sequência do banho quanto após urinar e ejacular, para que o local não fique úmido por muito tempo. Se o órgão já não fica num ambiente arejado normalmente, imagina a parte encoberta por uma pele?

Médicos também recomendam manter em dia a vacinação contra HPV (Papilomavírus humano), disponibilizada no SUS para garotos de 11 a 14 anos e garotas de 9 a 14 anos, e usar preservativos durante relações sexuais.

O tumor de pênis normalmente aparece como uma lesão que aumenta de tamanho e pode se apresentar de várias formas. “Como uma área da pele mudando de cor ou se tornando mais espessa, um nódulo ou caroço superficial no pênis, ferida superficial ou profunda (úlcera) que sangra e não cicatriza, elevações da pele avermelhadas e aveludadas, lesões de cor amarronzada, secreção persistente, muitas vezes com mau cheiro”, enumera Tardelli.

Esse mau cheiro, diz o médico, muitas vezes faz o homem se afastar de relações amorosas e do convívio social, só procurando ajuda quando a doença está avançada.

Essas lesões geralmente aparecem na cabeça do pênis, mas também podem surgir no prepúcio ou no corpo peniano. A indicação dos especialistas é que, caso uma lesão não melhore, o homem vá ao urologista investigar os motivos.

Canalini, o presidente da SBU, ainda recomenda ficar atento à candidíase e ao diabetes, duas doenças que facilitam infecções no pênis. Ele conta que aprendeu isso na faculdade, quando um residente da endocrinologia procurou um residente da urologia e relatou ter uma inflamação em seu membro. O primeiro não acreditou quando o segundo levantou a hipótese de diabetes, mas foi ali que o médico descobriu ter a enfermidade.

Assim como outras doenças, o diagnóstico de novos casos de câncer de pênis diminuiu nos últimos anos. Enquanto em 2018 e 2019 houve 2.142 e 2.197 registros, respectivamente, em 2020 foram notificados 2.095 e, em 2021, 1.791.

O presidente da SBU acredita que a diminuição seja consequência da pandemia de Covid-19, já que muitas pessoas deixaram de procurar médicos com medo de contaminação, assim como muitos centros hospitalares voltaram esforços para a crise sanitária.

Outro dado que chama a atenção é que São Paulo e Minas Gerais lideram o ranking de estados com mais registros de câncer de pênis. De acordo com Canalini, as estatísticas do Ministério da Saúde dão a falsa impressão de que há mais casos no Sudeste.

O que ocorre, segundo ele, é que o governo se baseia onde o paciente está se tratando, e não onde vive. O médico diz que é comum que pessoas doentes procurem os grandes centros para tratamento, o que acaba interferindo nos dados nacionais.

“Nós sabemos, por estudos e observações nossas, que a maioria desses pacientes são oriundos da região Norte e Nordeste do país”, explica Canalini. É por isso que o mutirão de cirurgias foi em Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia e Tocantins.

OPERAÇÃO PRECOCE
Mas, se há chances de um menino desenvolver fimose no futuro, por que não operar quando nasce ou nos primeiros anos de vida? Essa prática era, inclusive, comum décadas atrás, quando um médico fazia a circuncisão já na sala de parto.

O urologista Tardelli afirma que essa é uma questão muito controversa na literatura médica. “O que sabemos é que fazer a circuncisão em crianças do sexo masculino em áreas de maior incidência de tumor de pênis é uma estratégia bem-vinda, porque sabe-se lá quando essa criança vai ter acesso à saúde novamente.”

Por outro lado, pontua o médico, se a família tem mais facilidade em ir ao médico, é possível esperar e acompanhar como ficará a pele em volta do pênis do menino.

De acordo com Canalini, as aderências naturais entre a pele e a glande se desfazem ao longo do tempo, e há também pomadas que podem ser aplicadas para auxiliar o processo. “Quando o garoto chega na adolescência e não consegue essa retração, está bico de chaleira e a pontinha não deixa colocar [a glande] para fora, tem que operar”, explica.

De qualquer forma, o que importa é que as pessoas aprendam desde cedo a se cuidar e prestar atenção no próprio corpo. Como diz o presidente da SBU, “a gente tem que ter isso na cabeça, informar é uma forma de promover saúde”.

Por Folhapress

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Saúde

Sangramento fora do período menstrual, ginecologista explica

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Sangramentos inesperados podem ter várias causas, e entender as razões é essencial para cuidar da sua saúde íntima. Isso pode ocorrer por fatores como desequilíbrios hormonais, uso de anticoncepcionais, miomas, pólipos, infecções ou até mesmo estresse. 

Procure seu ginecologista: investigar a causa é o primeiro passo para garantir que está tudo bem. Uma conversa com um especialista ajuda a identificar o que está por trás do sintoma e a adotar o melhor tratamento. 

Cuide-se e fique atenta aos sinais que seu corpo manda!

Por Giannini Carvalho- ginecologista

           

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Saúde

Verão Chegando? Proteja sua pele dos danos do Sol e luz artificial

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Com a chegada do verão, os dias ensolarados e as atividades ao ar livre são um convite para aproveitar o melhor da estação. No entanto, a radiação solar intensa nesta época do ano exige cuidados redobrados com a pele.

A Dra. Camila Dezanetti e a Dra. Viviane Scarpa, dermatologistas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ressaltam que o uso diário de protetor solar é indispensável para evitar danos causados pelos raios UV, que aceleram o envelhecimento e aumentam o risco de câncer de pele. “Mesmo em dias nublados ou em ambientes fechados, o filtro solar é essencial. Ele protege contra os raios UVA, UVB e até contra a luz emitida por dispositivos eletrônicos”, comenta a Dra. Camila.

Como Escolher o Protetor Solar Ideal

Há uma grande variedade de protetores no mercado, cada um com características específicas. Segundo a Dra. Viviane, os filtros solares físicos formam uma barreira que reflete a radiação, ideais para peles sensíveis. Já os filtros químicos são absorvidos pela pele e transformam a radiação em calor, oferecendo uma proteção mais cosmética. A escolha do protetor solar ideal deve levar em conta o tipo de pele e as preferências de cada pessoa.

Aplicação Correta e Reaplicação: Dicas para a Proteção Completa

Para garantir a máxima proteção, o ideal é aplicar o protetor 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol. “Para o corpo todo, use cerca de duas colheres de sopa do produto e não se esqueça de áreas como o pescoço, orelhas e dorso das mãos”, explica a Dra. Camila. Reaplicar a cada duas horas é essencial, especialmente após nadar ou transpirar excessivamente.

Proteção Contra o Fotoenvelhecimento

O fotoenvelhecimento é o envelhecimento precoce da pele causado pela exposição ao sol e a fontes artificiais de radiação. Rugas, manchas e flacidez são sinais comuns. A Dra. Viviane recomenda não apenas o uso de protetor solar, mas também de roupas de proteção, óculos de sol e chapéus, além de uma rotina de skincare que inclua antioxidantes e hidratação. Para quem busca prevenção e tratamento do fotoenvelhecimento, ela sugere opções como laser, peeling químico e botox, sempre com orientação médica.

“Com uma rotina de cuidados e o uso de filtro solar adequado, é possível aproveitar o verão com segurança, preservando a saúde e a beleza da pele a longo prazo”, finalizam as especialistas.

Foto Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Aumento de infecções graves por rinovírus afeta crianças em 4 estados

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A sinalização do aumento dos casos considerados mais críticos envolvendo infecções por rinovírus entre crianças e adolescentes na Bahia, no Ceará, no Rio de Janeiro e no Maranhão é um dos principais destaques do boletim Infogripe divulgado nesta quinta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A publicação reúne dados referentes à semana epidemiológica que vai de 27 de outubro a 2 de novembro.

O Infogripe é elaborado com base nas notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. 

A SRAG é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar dificuldade respiratória e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

Esse quadro pode eventualmente ser desencadeado pelo rinovírus, um agente viral altamente contagioso que causa boa parte dos resfriados comuns. Na maioria das vezes, o indivíduo infectado desenvolve sintomas leves, podendo apresentar coriza, dor de garganta, tosse, espirros e congestão nasal. No entanto, alguns casos podem evoluir para a SRAG, sendo que as crianças pequenas estão entre os grupos mais suscetíveis.

Ocorrências de SRAG envolvendo crianças e adolescentes também registram sinal de alta no Espírito Santo, Goiás, Amazonas e Amapá. No entanto, nesses estados, ainda não há dados laboratoriais que permitam identificar as causas. “É possível que esse aumento esteja sendo impulsionado por algum vírus que afeta principalmente crianças, como o rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) ou Metapneumovírus”, avalia a Fiocruz.

Considerando o conjunto das ocorrências em todas as faixas etárias, 11 estados sinalizam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. A publicação indica ainda leve aumento das notificações de SRAG desencadeada pelo vírus influenza B em todo o país, embora o total desses casos não seja muito expressivo.

De outro lado, as ocorrências associadas à covid-19 estão em queda em praticamente todos os estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A exceção é o Rio de Janeiro, que registra sinal de retomada do crescimento dos casos, sobretudo entre os idosos.

Desde o início do ano, já foram registrados no Brasil mais de 72 mil ocorrências de SRAG com exames positivos para algum agente viral. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas analisadas, a prevalência foi de 11% para influenza A, 11,1% para influenza B, 4,9% para vírus sincicial respiratório (VSR), 36,8% para rinovírus e 24,2% para o coronoavírus causador da covid-19.

Considerando apenas os casos que evoluíram a óbito, 56,3% estão associados à covid-19. As mortes também foram relacionadas com a influenza A (16,3%), a influenza B (11,2%); VSR (0,5%) e o rinovírus (7,4%).

Foto  iStock

Por Agência Brasil

           

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