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Portugal amplia nacionalidade para bebês de imigrantes irregulares

Até agora, para que os bebês tivessem direito à nacionalidade, era exigido no mínimo um ano de residência legal de um dos progenitores.

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Portugal vai garantir o acesso à nacionalidade portuguesa também para filhos de estrangeiros em situação irregular no país.

O direito automático à cidadania foi estendido a todas as crianças que nasçam em território português filhas de estrangeiros residentes há no mínimo um ano no país -o benefício independerá do status migratório dos pais.

Até agora, para que os bebês tivessem direito à nacionalidade, era exigido no mínimo um ano de residência legal de um dos progenitores. A mudança foi instituída em um novo decreto, publicado na sexta-feira (18), e passa a valer em 15 de abril.

“É uma mudança enorme, algo que vai beneficiar muito as famílias que vivem aqui e as gerações que vão nascer”, avalia a advogada Raphaela Souza, especialista em nacionalidade portuguesa e sócia da consultoria Portugal para Todos. “A mudança também é até uma forma de o próprio governo reconhecer que alguns processos de regularização demoram muito mais tempo do que era suposto.”

Embora Portugal permita a regularização de estrangeiros que entraram no país como turistas e permaneceram sem a autorização adequada para viver e trabalhar, o processo é considerado burocrático e cada vez mais lento.

Superlotado e à beira da extinção para dar lugar a uma nova agência, o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteira) tem levado pelo menos dois anos para concluir os processos de regularização pela via de trabalho.

Ainda assim, essa é tradicionalmente a principal forma de imigração da comunidade brasileira no país, que em 2021 chegou ao número recorde de 209.072 pessoas.

Portugal, que tem uma das menores taxas de natalidade da Europa, vem promovendo a imigração e ampliando o acesso à sua cidadania nos últimos anos. Há quase uma década, já há mais “novos portugueses” por meio de concessões de nacionalidade do que pela via de nascimento.

O direito à nacionalidade lusa para crianças nascidas no país vem sendo progressivamente ampliado.

Em 2015, eram exigidos pelo menos cinco anos de residência legal de um dos pais. Em 2018, o prazo mínimo caiu para dois anos e, em 2020, para um ano.

“Esse novo regulamento vem cimentar as alterações que já se verificavam na lei da nacionalidade. Os critérios simplificaram-se, agora o local onde a pessoa nasce importa mais do que os laços sanguíneos que a pessoa tem”, avalia Raquel Brito, da Abreu Advogados.

A nova regulamentação facilita ainda o acesso à nacionalidade lusa para os pais dos bebês nascidos em Portugal. Os estrangeiros que tiverem filhos com cidadania portuguesa originária poderão entrar com um pedido de naturalização após cinco anos de residência, regulares ou não, em território português.

O país já permitia a naturalização por tempo de residência, mas com uma diferença fundamental: apenas o período com autorização legal para residir no país podia ser considerado na contagem do pedido de nacionalidade.

Crianças nascidas antes dessa nova mudança também serão beneficiadas.

Para a advogada Raquel Brito, a regulamentação aumenta a segurança jurídica para pontos que não estavam claros na lei da nacionalidade. “Deixou tudo mais claro. Antes nós interpretávamos à nossa maneira o que estava na lei, não tínhamos muita segurança naquilo que as conservatórias [cartórios que cuidam das nacionalidades] fariam.”

Apesar de ampliar o direito à nacionalidade para as crianças nascidas em Portugal, o novo regulamento introduz exigências que vão dificultar a concessão de nacionalidade portuguesa para descendentes de judeus sefarditas expulsos durante a Inquisição.

Além da certificação oficial de ascendência sefardita, o governo passará a exigir, a partir de setembro, provas de ligação efetiva ao país, como viagens frequentes ao país e imóveis herdados em território português.

“São exigências que desvirtuam o espírito da lei, que foi criada como uma forma de reparação histórica. Como se pode exigir que descendentes de uma comunidade expulsa de Portugal há mais de cinco séculos tenham, hoje, ligação efetiva ao país?”, questiona Raphaela Souza.

“Eles introduziram requisitos objetivos com critérios absolutamente subjetivos. O regulamento fala em ‘viagens regulares a Portugal’, mas não estabelece quantas.”

Para Raquel Brito, as mudanças vão reduzir drasticamente as naturalizações pela via sefardita. “Há alguns clientes que vêm questionar se nós podemos construir a partir de agora essa ligação com Portugal, mas a resposta é não. Tem de ser uma ligação que já existe”, diz.

A proposta de introdução de critérios mais rígidos já era discutida no país, mas ganhou força nos últimos meses, quando foi revelado que o oligarca russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, obteve o passaporte português por meio do mecanismo sob suspeita de irregularidades.

Desde 2015, Portugal já concedeu a cidadania a 56.685 descendentes de judeus sefarditas. Embora o órgão do governo responsável pelo tema ainda não tenha divulgado a divisão por nacionalidades, há milhares de brasileiros entre os beneficiados.

Por Folhapress

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Biden diz a aliado que está avaliando se pode salvar candidatura; Casa Branca nega

Embora profundamente engajado na luta pela reeleição, segundo esse aliado, Biden entende que suas próximas aparições -incluindo uma entrevista agendada para esta sexta-feira (5) à ABC News, e eventos de campanha na Pensilvânia e em Wisconsin- devem correr bem.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse a um importante aliado ter consciência de que pode não ser capaz de salvar sua candidatura se não conseguir convencer o público nos próximos dias de que está à altura do cargo após a criticada performance no debate contra seu rival, Donald Trump, na semana passada.

Embora profundamente engajado na luta pela reeleição, segundo esse aliado, Biden entende que suas próximas aparições -incluindo uma entrevista agendada para esta sexta-feira (5) à ABC News, e eventos de campanha na Pensilvânia e em Wisconsin- devem correr bem.

“Ele sabe que se tiver mais dois eventos como aquele, estaremos em um lugar diferente” até o fim da semana, disse o aliado, referindo-se à performance hesitante e sem foco de Biden no debate. A pessoa falou sob condição de anonimato ao jornal americano The New York Times.

A conversa é a primeira indicação de que o presidente está avaliando seriamente se pode se recuperar de seu mau desempenho no debate em Atlanta, no dia 27 de junho. Desde então, as preocupações sobre sua viabilidade como candidato estão aumentando.

Um alto conselheiro de Biden, que também falou sob condição de anonimato para discutir a situação, disse que o presidente está “bem ciente do desafio político que enfrenta”.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, negou em entrevista coletiva nesta tarde em Washington que Biden esteja considerando desistir da disputa. Ela reconheceu a performance ruim do presidente no debate contra Trump, mas ressaltou que ele quer continuar a implantar suas medidas no governo.

A equipe da campanha acompanha ansiosa as pesquisas, reconhecendo que números ruins poderiam alimentar a crise. Uma pesquisa da CBS News divulgada nesta quarta-feira (3) mostrou Trump ultrapassando Biden por 50% a 48% nacionalmente e 51% a 48% nos estados decisivos.

O presidente se comunicou nos últimos dias com o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, além dos deputados Hakeem Jeffries, Jim Clyburn e o senador Chris Coons. Ele também deve falar com governadores democratas e continua se comunicando com interlocutores de sua confiança.

Ao menos a uma pessoa ele afirmou estar aberto à possibilidade de fracassar na tentativa de superar a performance no debate.

Por outro lado, vários aliados de Biden que se reuniram com a família e assessores nos últimos dias enfatizaram que o presidente vê este momento como uma chance de se recuperar, como fez muitas vezes ao longo de sua carreira de meio século.

Mas ele também está ciente, disseram eles, de sua batalha difícil para convencer eleitores, doadores e a classe política de que sua performance no debate foi uma exceção.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Pesquisa aponta Michelle Obama como democrata capaz de vencer Trump

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Pesquisa Ipsos, encomendada pela agência de notícias Reuters, aponta que no cenário eleitoral dos Estados Unidos, em disputa com Donald Trump, apenas a ex-primeira-dama Michelle Obama venceria o republicano. O levantamento aponta um cenário ainda mais adverso para a candidatura do atual presidente Joe Biden, que tem seu nome posto em questão desde o último debate, quando demonstrou fragilidade no embate com Trump.

Segundo a pesquisa, Michelle Obama aparece com 11 pontos de vantagem sobre Trump. Em cenários hipotéticos com candidatos democratas além de Biden, a ex-primeira-dama tem 50% das intenções de voto e é a única capaz de derrotar Trump, que surge com 39%.

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Amigas são detidas por manterem relações sexuais com alunos

Atos foram cometidos enquanto estas exerciam funções na Calhoun City Schools.

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Duas amigas próximas foram presas sob acusação de manterem relações sexuais com alunos enquanto trabalhavam na Calhoun City Schools, na Georgia, Estados Unidos. Railey Greeson e Brooklyn Shuler enfrentam as acusações desde a semana passada.

Greeson é acusada de ter tido relações sexuais com dois estudantes diferentes entre outubro de 2021 e janeiro de 2022, enquanto Brooklyn é acusada de envolvimento com um aluno no mesmo período.

Embora não esteja claro qual era exatamente o papel delas na instituição – se eram professoras ou funcionárias -, o NY Post menciona que ambas sabiam que suas condutas não eram apropriadas.

As duas mulheres são melhores amigas e foram damas de honra nos casamentos uma da outra, eventos que ocorreram após os supostos atos pelos quais são acusadas.

Após a detenção, Greeson e Shuler foram levadas para a prisão do condado de Gordon e posteriormente liberadas sob fiança.

Em caso de condenação, as acusadas podem enfrentar até 25 anos de prisão ou uma multa de até 100 mil dólares.

Foto  Gordon County Sheriff’s Office

Por Notícias ao minuto

           

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