Conecte-se Conosco

Brasil

Pós-Carnaval não afeta quadro, e UTIs para Covid continuam esvaziadas

No Rio de Janeiro, as aglomerações provocadas pela folia não parecem ter refletido nas internações

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

O Carnaval fora de época no feriado de Tiradentes, que levou foliões às ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro e aos desfiles no Anhembi e na Sapucaí, não impactou até o momento o volume de internações de pacientes graves de Covid-19 em UTIs.

Somente o Distrito Federal e cinco estados -Alagoas, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina- tinham mais de 30% de suas UTIs com pacientes de Covid na última segunda-feira (2). O quadro é semelhante ao de 11 de abril, com seis estados e o DF nesta situação.

No Rio de Janeiro, as aglomerações provocadas pela folia não parecem ter refletido nas internações.

A ocupação de UTIs públicas no estado permanece baixa, em 17%, inferior à marca de 21% registrada em 11 de abril. Hoje, o número de vagas (741) é quase a metade daquela época (1.378).

Na capital fluminense, a parcela de leitos preenchidos é mais alta e chega a 49%, mas também com a ponderação de que o total de vagas disponíveis atualmente (223) é quase a metade do total de dois meses atrás (469). Os casos de síndrome gripal subiram 13% na última semana na cidade (de 12.163 para 13.698).

Em São Paulo, segundo Secretaria de Estado da Saúde, os números da Covid-19 não apresentam preocupação neste momento, devido à alta cobertura vacinal e ao baixo patamar de internações.

Conforme a pasta, o número de hospitalizados nesta segunda (2) era de 1.295 pacientes, entre suspeitos e confirmados, sendo 448 em UTI. Na mesma data, a taxa de ocupação era de 20% (havia 2.241 leitos para Covid), a mesma observada em 11 de abril (havia 2.660 leitos para Covid).

Também nesta segunda (2) a cidade de São Paulo mantinha 471 leitos para Covid, sendo 175 em operação na UTI e com 30 internados -ocupação em 17%. Em 7 de abril, 31 pacientes ocupavam leitos públicos de UTI Covid-19 no município.

Para a Secretaria Municipal da Saúde, o cenário epidemiológico na capital é considerado estável e com tendência de redução. O órgão explica que os dados de internações são variáveis e dependem do quadro de saúde prévio e da evolução da doença individualmente.

Portanto, o aumento de hospitalizações em alguns dias não significa, necessariamente, alta de casos. Nesta segunda, a unidade com maior ocupação em leitos de terapia intensiva era o Hospital Municipal Brasilândia, na zona norte, com 22%.

Por outro lado, se observadas as médias móveis de novas internações (UTI + enfermaria), o cenário é diferente.

Em 2 de maio, a média móvel de pacientes que necessitaram de internação no estado de São Paulo chegou a 174, 15% maior que a registrada em 11 de abril (151). Se comparada com a do dia 18 do mesmo mês (149), houve variação de 17%. Em relação à de 25 de abril (164), o aumento foi de 6%.

Na capital paulista, a média móvel de pacientes hospitalizados chegou a 75, 10% maior que a registrada em 11 de abril (68). Se comparada com a do dia 18 do mesmo mês (62), houve variação de 21%. Em relação à de 25 de abril (69), a alta foi de 9%.

A expectativa é que os números cresçam mais um pouco, mas não na magnitude do que foi observado nos meses de janeiro e fevereiro durante o pico causado pela ômicron.

“Três fatores corroboram para esse aumento: ausência de políticas de contenção, as festividades do Carnaval e o fato de termos várias sublinhagens da ômicron competindo entre si”, explica Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp para acompanhar a evolução da Covid-19.

“A situação ainda requer cautela, apesar de não ser caótica. Os cuidados sanitários são necessários, principalmente para os grupos de risco e idosos, que voltaram a ser o centro das atenções. É importante que as pessoas elegíveis para a dose de reforço procurem uma unidade e tomem a vacina”, completa.

NORDESTE

O Maranhão é um dos estados nordestinos com a menor taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento de casos graves de Covid. Caiu de 13%, em 11 de abril, para 5% nesta segunda (2). O governo manteve ativas 60 vagas de leitos nesse intervalo.

A constante queda no número de casos de Covid levou o Governo da Bahia a desativar 146 leitos de UTI, de 11 de abril a 2 de maio. A atual taxa de ocupação é de 17% das 254 vagas disponíveis, ante 15% dos 400 leitos em 11 de abril, segundo a Secretaria da Saúde do Estado.

Já na capital baiana, Salvador, os leitos de UTI públicos para tratamento de casos graves da doença caíram de 175 para 129. Assim como a taxa de ocupação dos leitos para adultos, que passou de 24% para 21%, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

No Ceará, 78 leitos de UTI foram desativados pela Secretaria da Saúde do Estado, o que fez o número de vagas cair de 107 para 29. A taxa de ocupação caiu dez pontos percentuais, de 27%, em 11 de abril, para 17%, nesta segunda (2), das vagas preenchidas.

Por Folhapress

 

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

 

Brasil

Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

Publicado

em

O Pantanal enfrenta desde 2019 o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma, de acordo com um estudo inédito lançado nesta quarta-feira (3). Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.

O estudo foi encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão. O diferencial em relação a outras análises baseadas em dados de satélite é o uso de dados do satélite Planet.

“Graças à alta sensibilidade do sensor do satélite Planet, pudemos mapear a área que é coberta pela água quando os rios transbordam. Ao analisar os dados, observamos que o pulso de cheias não aconteceu em 2024. Mesmo nos meses em que é esperado esse transbordamento, tão importante para a manutenção do sistema pantaneiro, ele não ocorreu”, ressalta Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil que é também uma das autoras do estudo.

“De forma geral, considera-se que há uma seca quando o nível do Rio Paraguai está abaixo de 4 metros. Em 2024, essa medida não passou de 1 metro. O nível do Rio Paraguai nos cinco primeiros meses deste ano esteve, em média, 68% abaixo da média esperada para o período”, afirma Helga. “O que nos preocupa é que, de agora em diante, o Pantanal tende a secar ainda mais até outubro. Nesse cenário, é preciso reforçar todos os alertas para a necessidade urgente de medidas de prevenção e adaptação à seca e para a possibilidade de grandes incêndios.”

Na Bacia do Alto Rio Paraguai, onde se situa o Pantanal, a estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro e abril, e a estação seca, entre maio e setembro. De acordo com o estudo, entre janeiro e abril de 2024, a média da área coberta por água foi de 400 mil hectares, em pleno período de cheias, abaixo da média de 440 mil hectares registrada na estação seca de 2023.

De acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira. A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

“O Pantanal é uma das áreas úmidas mais biodiversas do mundo ainda preservadas. É um patrimônio que precisamos conservar, por sua importância para o modo de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade”, ressalta Helga.

Além dos eventos climáticos que agravam a seca, a redução da disponibilidade de água no Pantanal tem relação com ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens e estradas, o desmatamento e as queimadas, explica Helga.

De acordo com a especialista em conservação do WWF-Brasil, diversos estudos já indicam que o acúmulo desses processos degradação, acentuados pelas mudanças climáticas, pode levar o Pantanal a se aproximar de um ponto de não retorno – isto é, perder sua capacidade de recuperação natural, com redução abrupta de espécies a partir de um certo percentual de destruição.

Outra preocupação é que as sucessivas secas extremas e as queimadas por elas potencializadas afetam a qualidade da água devido à entrada de cinzas no sistema hídrico, causando mortalidade de peixes e retirando o acesso à água das comunidades. “É preciso agir de forma urgente e mapear onde estão as populações tradicionais e pequenas comunidades que ficam vulneráveis à seca e à degradação da qualidade da água”, diz ela.

A nota técnica traz uma série de recomendações como mapear as ameaças que causam maiores impactos aos corpos hídricos do Pantanal, considerando principalmente a dinâmica na região de cabeceiras; fortalecer e ampliar políticas públicas para frear o desmatamento; restaurar áreas de Proteção Permanente (APPs) nas cabeceiras, a fim de melhorar a infiltração da água e diminuir a erosão do solo e o assoreamento dos rios, aumentando a qualidade e a quantidade de água tanto no planalto quanto na planície, e apoiar a valorização de comunidades, de proprietários e do setor produtivo que desenvolvem boas práticas e dão escala a ações produtivas sustentáveis.

Fonte: Agência Brasil

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Brasil

Gasolina fica mais cara no primeiro semestre e chega a R$ 6,02, aponta índice

Publicado

em

O preço da gasolina subiu 5% no primeiro semestre de 2024, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O aumento foi impulsionado pela alta de 11% no preço do petróleo no mercado internacional e pela inflação, resultando em um preço médio de R$ 6,02 por litro em junho.

O etanol teve uma alta ainda maior, de 11%, atingindo um preço médio de R$ 3,99. Regionalmente, o Norte apresentou a gasolina mais cara, com uma média de R$ 6,40 por litro, enquanto o Nordeste registrou o etanol mais caro, a R$ 4,64.

Comparado ao primeiro semestre de 2023, os motoristas estão pagando 9% a mais pela gasolina e 2% a mais pelo etanol.

O Acre teve o preço mais alto da gasolina, R$ 6,88 por litro, e Sergipe registrou o etanol mais caro, a R$ 5,08. São Paulo apresentou os menores preços para ambos os combustíveis, com a gasolina a R$ 5,77 e o etanol a R$ 3,77, empatado com o Mato Grosso.

Por Conexão Política

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Brasil

Focos de incêndio no Pantanal estão sob investigação da PF, diz Marina

Publicado

em

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (1º) que a Polícia Federal (PF) investiga de 18 a 19 focos de incêndio no Pantanal, “para determinar a autoria”. Segundo a ministra, a ação humana é o que tem causado a maior devastação já registrada no bioma.

“O que nós estamos identificando é que 85% dos incêndios que temos hoje estão ocorrendo em propriedades privadas. A história de que pode ser raio, descarga de raio, não é [verdadeira]. É por ação humana”, destacou a ministra em entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto, após a terceira reunião da sala de situação criada pelo governo federal para enfrentar a crise ambiental no Pantanal.

Com base em informações enviadas por órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marina Silva disse que as autoridades policiais estão apurando as circunstâncias dos incêndios, que podem ser considerados criminosos. Ela classificou a situação vivida pelo Pantanal de desoladora.

“O que tem de concreto é que nós sabemos quais são os focos, de onde surgiu a propagação [do fogo]. Nós trabalhamos com tecnologia altamente avançada, que não permite que haja falha em relação aonde aconteceu esses focos”, observou.

“A gente não faz esse julgamento a priori, espera que a Justiça faça esse indiciamento, aí nós vamos verificar quem são os proprietários, quais são as fazendas, se foi um processo culposo ou doloso”, completou.

Seca severa

O Pantanal já vive uma estiagem severa, com escassez hídrica em toda a bacia. Historicamente, a escalada de incêndios acontece em agosto, mas dezenas de grandes focos foram registradas este mês. Até o momento, segundo balanço da ministra, mais de 3,8 mil focos de calor foram notificados no Pantanal. Mais de 700 mil hectares do bioma foram consumidos pelas chamas.

Por causa disso, os esforços de combate aos incêndios foram antecipados este ano. E, de acordo com o Ibama, a falta de chuvas na região está atípica há pelo menos seis anos.

Corumbá (MS), 30/06/2024 - Brigadistas da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, chegam ao Pantanal como reforço na equipe do Prevfogo/Ibama e enfrentam vegetação densa em seu primeiro dia de combate na região. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brigadistas da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, chegam ao Pantanal para ajudar a combater o fogo – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Maior área úmida contínua do planeta, o Pantanal registrou, no acumulado dos últimos 12 meses, 9.014 ocorrências de focos de fogo, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados pelo sistema no mesmo período do ano passado. Os dados são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além do maior volume de queimadas, chama a atenção a antecipação do problema, que nos anos anteriores só foi intensificado a partir de agosto.

Ações em andamento

Instalada há duas semanas, a sala de situação foi criada para tratar sobre a seca e o combate a incêndios no país, especialmente no Pantanal e na Amazônia. O grupo interministerial é comandado pela Casa Civil da Presidência, com coordenação executiva do Ministério do Meio Ambiente e participação dos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, da Defesa e da Justiça e Segurança Pública.

Na última sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) fizeram um sobrevoo sobre o Pantanal, na região de Corumbá (MS), um dos epicentros dos incêndios.

Para o combate às queimadas, já são mais de 250 agentes federais atuando, incluindo brigadistas e agentes da Força Nacional, que devem ficar por pelo menos 60 dias na região.

Na semana passada, o governo federal anunciou a liberação de R$ 100 milhões para ações do Ibama e do ICMBio no bioma. O governo do estado de Mato Grosso do Sul também reconheceu situação de emergência em municípios afetados pelas queimadas na região, o que facilita a liberação de recursos e flexibiliza contratações públicas para compra de equipamentos, mobilização de equipes e outras ações de enfrentamento à crise.

O governo federal montou duas bases, uma em Corumbá, e outra na altura do km 100 da Rodovia Transpantaneira, segundo Marina Silva, para abrigar equipes, concentrar as ações logísticas e realizar o monitoramento e acompanhamento dos focos de incêndio.

Fonte: Agência Brasil

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!