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Saúde

Proposta orçamentária de 2023 prevê correção pela inflação das despesas com ações de saúde

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No projeto do Orçamento de 2023 (PLN 32/22), o governo prevê a correção do teto de gastos para as ações básicas de saúde, garantindo R$ 149,9 bilhões, o que corresponde a 7,2% a mais que o valor da Lei Orçamentária de 2022; mas praticamente o mesmo valor do que deverá ser realmente executado este ano.

Para a Educação, a correção faz com que o piso atinja R$ 67,3 bilhões, mas o governo previu mais R$ 19,3 bilhões para manutenção e desenvolvimento do ensino.

As regras do teto de gastos determinam que o governo aumente suas despesas apenas pela variação da inflação de um ano para o outro. Mas podem ocorrer cortes em programas específicos dentro de cada Poder para que outros sejam beneficiados com um aumento mais significativo.

No caso do Ministério da Saúde, o orçamento geral da pasta caiu de R$ 162,8 bilhões para R$ 160,4 bilhões. Em 2021, por causa da pandemia, os gastos chegaram a R$ 180,1 bilhões.

Na Educação, houve um aumento no orçamento geral, mas programas específicos como educação básica de qualidade e educação superior sofreram reduções de 19% e 17%, chegando a R$ 9,7 bilhões e R$ 10,3 bilhões. Mas estas dotações podem ser complementadas ao longo do ano a partir da evolução das receitas por meio de créditos extraordinários.

Na mensagem presidencial que acompanhou a proposta orçamentária para 2023, o governo detalhou algumas ações principais de cada pasta:

Saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) atua na atenção básica principalmente através da Estratégia Saúde da Família, que conta com 48.330 equipes e alcança 99% dos municípios brasileiros. As equipes são formadas por médicos, enfermeiros, auxiliares ou técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Juntos, eles são responsáveis por atuar na manutenção da saúde e na prevenção de doenças.

Para a atenção básica, serão alocados R$ 28,5 bilhões contra R$ 34,4 bilhões em 2022. Adicionalmente, será investido R$ 1,5 bilhão na formação e provisão de profissionais para a atenção primária à saúde (Programa Médicos pelo Brasil). Já os recursos da União para a assistência hospitalar e ambulatorial do SUS deverão somar R$ 61,4 bilhões contra R$ 68,5 bilhões de 2022.

Educação

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) contará com aproximadamente R$ 4 bilhões para atender cerca de 39 milhões de estudantes. O Programa Nacional do Livro e do Material Didático deverá ter R$ 2,4 bilhões, o que possibilitará a aquisição e a distribuição de mais de 243,6 milhões de obras.

O novo ensino médio, que pretende aumentar o tempo do aluno na escola, receberá R$ 76 milhões. Estão vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) 68 universidades federais, 37 hospitais universitários e a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que conta com diversos institutos federais, centros federais de educação tecnológica e escolas técnicas vinculadas às universidades federais.

Defesa

A área terá recursos de R$ 5,1 bilhões para desenvolver projetos como o Programa Nuclear para a construção do reator propulsor do submarino nuclear, e o Prosub, que também está em fase de desenvolvimento em parceria com o governo da França. O objetivo é a produção de submarino nuclear, além de quatro submarinos convencionais e do estaleiro e base naval em Itaguaí (RJ).

No Exército, está prevista a continuidade da implantação do Sistema Integrado de Fronteiras (Sisfron) para assegurar a vigilância das fronteiras terrestres, além da implantação das Forças Blindadas, com o recebimento de 642 viaturas até 2023, e do Projeto Astros 2020 com o objetivo de dotar o País de capacidade tecnológica na produção de sistemas de artilharia e defesa de longo alcance.

Na Aeronáutica, está prevista a conclusão do Projeto KC-X, que desenvolve aeronave de transporte de médio porte para o transporte militar; assim como a continuidade do Projeto KC-390, para a aquisição de cargueiros táticos militares; e do Projeto FX-2, de aquisição e fabricação, com transferência de tecnologia, de aeronaves Gripen de última geração para proteção do território nacional em parceria com o governo da Suécia.

Para o emprego conjunto das Forças Armadas, está prevista a aquisição de helicópteros de médio porte (HX-BR) bem como a aquisição de helicópteros leves (Projeto TH-X).

Agricultura

A área de defesa agropecuária terá R$ 211,7 milhões para prevenção, controle e erradicação de doenças e de pragas nos animais e nos vegetais em 2023. Para 2022, o total era de R$ 163,2 milhões.

Outros R$ 160,7 milhões serão disponibilizados para a promoção de inovação tecnológica no âmbito da atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Já o seguro rural deve beneficiar 87 mil produtores rurais com R$ 1,1 bilhão.

Assistência social

Estão previstos R$ 84,2 bilhões para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia (RMV), que beneficiarão 5,1 milhões de pessoas, sendo 2,3 milhões de idosos e 2,8 milhões de pessoas com deficiência.

Já o programa Auxílio Brasil de transferência direta de renda tem orçamento previsto de R$ 105,7 bilhões e objetiva atender 21,6 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.

O Auxílio Gás tem orçamento previsto de 2,2 bilhões, o que deve beneficiar cerca de 5,7 milhões de famílias.

Ciência e Tecnologia

O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que financia projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, terá R$ 7 bilhões contra R$ 4,5 bilhões da lei de 2022.

Estão previstos R$ 114 milhões para dar continuidade ao projeto da Fonte de Luz Sincrotron de 4ª geração. O sistema é capaz de analisar a natureza por meio de radiações eletromagnéticas, colaborando para o desenvolvimento de materiais de alto desempenho, mais econômicos e menos nocivos ao meio ambiente.

Comércio e serviços

Estão previstos R$ 34,9 milhões para o desenvolvimento, a manutenção e a modernização de sistemas informatizados como o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), o Portal Único de Comércio Exterior e o Sistema da Balança Comercial Brasileira.

Comunicações

O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) terá R$ 904,3 milhões para aplicar em projetos de expansão, uso e melhoria da qualidade das redes e dos serviços de telecomunicações.

Para a inclusão digital, que busca a democratização do acesso às tecnologias, serão destinados R$ 301,4 milhões. Para universalização do acesso à internet banda larga nas escolas públicas, serão aplicados R$ 10 milhões.

Cultura

Para o funcionamento dos espaços culturais, como bibliotecas, teatros, museus, salas de exposições, auditórios, dentre outros, serão destinados R$ 73,8 milhões.

Para o apoio da cadeia produtiva da atividade audiovisual, serão direcionados R$ 385,2 milhões. Para a preservação do patrimônio cultural das cidades históricas, há previsão de R$ 59,8 milhões.

Desporto e lazer

Serão destinados R$ 120,6 milhões para a concessão de 6,9 mil bolsas do programa Bolsa Atleta, que visa garantir a manutenção dos atletas de alto rendimento nas seguintes categorias: base, estudantil, nacional, internacional, olímpica/paraolímpica e pódio.

Cidadania

A área mantém programas de proteção para pessoas ameaçadas de morte; para desenvolvimento de comunidades quilombolas e enfrentamento ao racismo; e para a promoção e defesa dos direitos da pessoa com deficiência, idosa, LGBT, mulheres, crianças e adolescentes.

Deverá ser aperfeiçoado o Sistema Integrado Nacional de Direitos Humanos, representado pela Central de Atendimento de Direitos Humanos e à Mulher – Disque 100/Ligue 180, e pela Rede Nacional de Apoio à Garantia de Direitos Humanos.

Energia

Fiscalização e regulamentação dos setores de energia elétrica e de petróleo, gás natural e combustíveis e de segurança nuclear.

Gestão ambiental

Estão previstos R$ 328,9 milhões para as ações finalísticas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que
envolvem controle e fiscalização ambiental, licenciamento ambiental, prevenção e controle de incêndios nas áreas federais prioritárias e gestão do uso sustentável da biodiversidade.

As atividades finalísticas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) terão orçamento de R$ 233,7 milhões, que serão aplicados, principalmente, no apoio à criação, gestão e implementação das unidades de conservação federais.

Indústria

Na atuação da fiscalização metrológica, serão destinados aproximadamente R$ 224 milhões para ações de fiscalização do Inmetro.

Também estão previstos R$ 25,4 milhões para as atividades de regulação, outorga e fiscalização da mineração.

Para as atribuições de serviço geológico do Brasil, serão alocados aproximadamente R$ 128,9 milhões.

Organização Agrária

O Garantia-Safra deverá contar com R$ 468 milhões para proteger 1,3 milhão de agricultores familiares, sujeitos a perda de safra por razão dos fenômenos da estiagem ou do excesso hídrico, situados em municípios na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Serão também disponibilizados R$ 444,3 milhões para financiamento a trabalhadores rurais sem-terra. E serão destinados R$ 18,2 milhões para a melhoria de dez projetos de assentamento.

Previdência

O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) contará em 2023 com R$ 834,9 bilhões. O INSS terá R$ 58,7 milhões para manter a estrutura e atualização dos cadastros de segurados e dependentes do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e o Regime de Previdência dos Servidores Públicos (RPPS), provenientes de diversas bases de dados do governo.

Estima-se que 6 milhões de cidadãos serão incorporadas à base de dados da Previdência. Espera-se concluir 14,4 milhões de processos em 2023.

Relações Exteriores

As representações diplomáticas receberão R$ 1 bilhão para o funcionamento de 212 postos de representação no exterior como embaixadas, consulados e missões diplomáticas.

Segurança Pública

Para a Polícia Federal, serão disponibilizados R$ 194,4 milhões para prevenção e repressão ao tráfico ilícito de drogas e a crimes praticados contra a União; e R$ 277,7 milhões para a manutenção do Sistema de Emissão de Passaporte, Controle do Tráfego Internacional e de Registros de Estrangeiros.

No âmbito do Fundo Nacional de Segurança Pública, estão previstos R$ 1 bilhão a serem repassados para estados e municípios, com o objetivo de aprimorar a segurança pública nacional e reduzir os índices de criminalidade.

Trabalho

Estão previstos R$ 44,6 bilhões para o seguro-desemprego, com estimativa de atendimento de 7,2 milhões de beneficiários.

Para o abono salarial, estão previstos R$ 24,7 bilhões, com estimativa de atendimento de 23,7 milhões de trabalhadores beneficiários.

A fiscalização de obrigações trabalhistas e inspeção em segurança e saúde no trabalho prevê realizar 162,9 mil ações.

Transporte

No transporte rodoviário, serão alocados R$ 2,8 bilhões na manutenção e na sinalização de 62.847 km de rodovias federais. Além disso, para obras de construção, pavimentação e adequação de trechos da malha rodoviária federal estão previstos investimentos de R$ 900 milhões.

Para o transporte ferroviário, serão destinados cerca de R$ 530,6 milhões.

Urbanismo, habitação e saneamento

O apoio ao funcionamento dos sistemas de trens urbanos de passageiros em diversas capitais brasileiras contará com R$ 322,6 milhões.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

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Saúde

No inverno, veja cuidados para evitar choques com equipamentos elétricos

Veja alguns cuidados para evitar choques com equipamentos elétricos como chuveiros e aquecedores.

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Cai a temperatura e nada melhor que um banho quentinho e, por vezes, um aquecedor no quarto para garantir uma boa noite de sono. 

Com a chegada do inverno, o uso de aparelhos elétricos como aquecedor e secador de cabelo, além de chuveiros em maior potência e temperatura, aumentam e a utilização sem cautela pode provocar danos nos equipamentos ou até incêndios. Para aqueles que adoram bancar o eletricista e colocar a mão na massa na hora da manutenção elétrica, é preciso atenção redobrada para realizar tais tarefas em casa, conforme explica a engenharia e coordenadora dos cursos de Engenharias da Anhanguera, Marcela Yumi Vilalba Onizuka.

“Ao lidar com eletricidade em casa, seguir algumas dicas pode evitar acidentes graves e até fatais. Desligar a energia, não apenas no interruptor, mas no disjuntor, é o ideal antes de realizar qualquer manutenção elétrica. Isso inclui até a troca de uma lâmpada por exemplo. O uso de equipamentos de proteção é essencial para evitar choques elétricos; lembrando sempre que a água é um excelente condutor de eletricidade e, portanto, reparos ou manuseio de tais equipamentos em locais com água ou com as mãos molhadas não são indicados”, destaca a engenheira.

A especialista explica que é necessário inspecionar regularmente fios e cabos elétricos para detectar danos ou desgastes. Fios expostos, descascados, ressecados ou que apresentam sinal de rompimento do isolante externo podem causar choques. Outro alerta, é conferir se os aparelhos estão conectados à voltagem correta, conforme especificado pelo fabricante, para evitar superaquecimento e choques. “Para não sobrecarregar as tomadas e benjamins (ou Ts), o uso de réguas facilita o dia a dia mas esses pontos podem gerar sobrecarga e aquecimento excessivo e isso pode causar sérios danos, como um curto-circuito ou até mesmo um incêndio. Para quem tem crianças em casa é essencial o uso de protetores de tomada para evitar que crianças encostem os dedos ou insiram objetos. Mantenha fios fora do alcance de crianças e animais pois ao serem rompidos, podem provocar graves acidentes”, completa.

A seguir a especialista dá dicas de como identificar os sinais de que um aparelho elétrico está prestes a dar problema e orienta sobre quais equipamentos de segurança utilizar em cada situação.

Quando é hora da manutenção?

  • Tomadas ou interruptores que estão quentes ao toque, cheiro de queimado ou descoloração;
  • Disjuntores que desarmam repetidamente sem motivo aparente podem indicar sobrecarga ou curto-circuito;
  • Luzes que piscam ou ficam mais fracas de forma irregular. Quando isso acontecer verifique se as lâmpadas estão corretamente encaixadas e, se o problema persistir, pode ser um sinal de fiação solta ou sobrecarga;
  • Sentir pequenos choques ao tocar em aparelhos ou tomadas pode indicar um problema de aterramento ou isolamento inadequado;
  • Cheiro de queimado, fumaça visível perto de equipamentos elétricos.
  • Nesse caso desligue a energia imediatamente e não use o equipamento até que seja inspecionado por um profissional.
     

Quais equipamentos usar?

  • Utilize tapetes isolantes se estiver trabalhando em superfícies condutivas. Além disso use apenas ferramentas com cabos isolados adequados para trabalhos elétricos, como alicates, chaves de fenda e descascadores de fios.
  • Óculos de segurança protegem os olhos contra faíscas, detritos e possíveis curtos-circuitos.
  • Calçados isolantes com solas de borracha ajudam a evitar choques elétricos, especialmente se você estiver em uma área úmida ou condutiva.
  • Use roupas de manga comprida e de materiais não condutivos. Evite roupas sintéticas que podem derreter em caso de arco elétrico.
  • Utilize ferramentas com cabos isolados, como chaves de fenda e alicates. Isso ajuda a prevenir choques ao manusear componentes elétricos.

Embora esses EPIs sejam comumente usados por eletricistas profissionais, sua utilização em casa ao realizar tarefas elétricas aumenta significativamente a segurança e ajuda a prevenir acidentes. Outra dica da especialista é escolher bem onde serão colocados os eletrodomésticos como secadores de cabelo, chapinha, barbeador e na cozinha os liquidificadores, sanduicheiras, airfryers e qualquer equipamento que precisa de energia elétrica. É necessário garantir que eles fiquem longe dos locais que tenha água. “Utilize apenas aparelhos elétricos que possuem certificação de segurança, como a certificação do Inmetro no Brasil. Garanta que você tem o conhecimento e a capacitação necessários para realizar o trabalho. Se não se sentir confiante ou não tiver a experiência necessária, contrate um eletricista profissional”, completa.

Foto Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Febre oropouche: sobe para 82 o número de casos da doença em Pernambuco

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O Laboratório Central de Pernambuco (Lacen/PE) confirma, nesta segunda-feira (22), mais 10 casos da febre oropouche no Estado. Essas novas confirmações são de pacientes residentes nos municípios de Jaqueira (Mata Sul de Pernambuco) e Camaragibe (Grande Recife).

Com essa rodada de liberação de exames positivos para a doença, Pernambuco passa a registrar 82 casos de oropouche.

Até o momento, o vírus oropouche isolado foi identificado em pacientes de 13 municípios pernambucanos: Jaqueira, Pombos, Palmares, Água Preta, Moreno, Xexéu, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende e Camaragibe.

A febre oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim. Os sintomas, semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluem dor de cabeça, dores muscular e articular, febre, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

De acordo com a diretora do Lacen-PE, Keilla Paz, os resultados trazem um alerta sobre a importância da vigilância laboratorial, que deve funcionar de forma rotineira para identificação de arbovírus circulantes na região. “Muitas vezes, eles são subnotificados nos sistemas de vigilância em saúde pública”, ressalta Keilla Paz.

As análises são realizadas por meio do exame de PCR em tempo real. Ou seja: assim que há a negatividade nos resultados para dengue, zika e chikungunya, é feito o teste para o vírus oropouche. Todo o procedimento segue as orientações do Ministério da Saúde (MS).

“Em Pernambuco, os casos se concentram na Zona da Mata, de forma a se mostrar coerente com sua ocorrência em regiões mais úmidas. O crescimento dos casos pode estar relacionado ao comportamento que as arboviroses já apresentam em sua sazonalidade, além de uma sensibilidade maior dos municípios no registro de pessoas sintomáticas”, alerta o diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra.

Na última semana, o Ministério da Saúde alertou sobre evidências de que a febre oropouche, doença transmitida por mosquitos, pode ser passada da mãe para o bebê durante a gestação. É o que descobriram pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC), associado ao Ministério da Saúde (MS).

Com esse achado, a pasta emitiu, no sábado (12), uma nota técnica recomendando que Estados e municípios redobrem a vigilância sobre a possibilidade desse tipo de transmissão, chamada de vertical.

O alerta foi feito depois que o IEC identificou a presença de anticorpos contra o vírus em quatro bebês nascidos com microcefalia, além de material genético do vírus oropouche em um feto natimorto, com 30 semanas de gestação, conforme anunciou o JC no último dia 10.

A mãe, de 28 anos, é moradora do município de Rio Formoso, localizado na Zona da Mata Sul de Pernambuco, e apresentou sintomas sugestivos da febre oropouche, além de ter tido contato próximo com casos da doença laboratorialmente confirmados. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, ao JC, o óbito do feto e informou que o quadro físico de saúde da mãe evoluiu bem.

“O vírus oropouche também foi encontrado no tecido da placenta da mulher. Contudo, isso não é o suficiente para garantir a confirmação de que a perda gestacional ocorreu por causa do oropouche. Mas essa ocorrência nos preocupa. É um relato inédito na literatura científica”, diz o diretor-geral de Vigilância Ambiental de Pernambuco, Eduardo Bezerra. A análise da placenta foi feita pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, que é referência nacional no estudo de arboviroses.

Fonte: JC

           

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Saúde

País apura primeiras mortes por febre oropouche no mundo

O País já registrou neste ano 7.044 casos da doença, com transmissão autóctone, isto é, local, em 16 Estados: AC, AP, AM, BA, ES, MG, MA, MT, PA, PE, PI, RJ, RO, RR, SC E TO. Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul ainda têm investigações.

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O Ministério da Saúde investiga três mortes suspeitas de febre oropouche no Brasil, sendo uma em Santa Catarina e duas na Bahia. Caso confirmadas, serão as primeiras mortes pela doença documentadas no mundo. No Maranhão, um caso também era investigado, mas foi descartado. O País já registrou neste ano 7.044 casos da doença, com transmissão autóctone, isto é, local, em 16 Estados: AC, AP, AM, BA, ES, MG, MA, MT, PA, PE, PI, RJ, RO, RR, SC E TO. Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul ainda têm investigações.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirma que já registrou os dois óbitos como febre do oropouche, mas aguarda confirmação por parte do ministério. Os casos do Estado aconteceram nas cidades de Camamu e Valença, no sul, e chamam a atenção pois as vítimas, de 21 e 24 anos, não possuíam comorbidades.

Um estudo elaborado por 20 cientistas de diversos órgãos da Bahia, como a Secretaria da Saúde, o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou os óbitos. O relatório destaca que a rápida disseminação do vírus da febre, chamado de OROV, “já representa surto de grande preocupação para a população”.

Em nota, o Ministério da Saúde declara que ainda não é possível confirmar mortes, pois é preciso fazer uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos epidemiológicos, considerando o histórico pregresso do paciente e a realização de exames laboratoriais.

Os casos baianos ocorreram em março e junho. A primeira paciente teve sintomas como dores musculares, abdominal, na cabeça e atrás dos olhos; além de diarreia, náuseas e vômitos. Ela chegou a buscar atendimento em unidades básicas e, dois dias após o início dos sintomas, recorreu a um hospital de referência, relatando visão turva e dificuldade para enxergar. Já internada, a paciente desenvolveu agitação, pressão baixa e falta de oxigênio no sangue.

A segunda paciente teve febre, fraqueza e dores em múltiplos locais do corpo, incluindo as articulações. Ela também apresentou erupção cutânea vermelha e manchas roxas, além de sangramento no nariz, nas gengivas e na área vaginal. A jovem se queixou, ainda, de sonolência e vômitos.

O que isso representa?

De acordo com a análise dos especialistas, os casos destacam alguns pontos importantes a serem observados: a rápida progressão dos sintomas até a morte, a presença de coagulopatia grave (uma condição em que o sangue tem dificuldade em coagular corretamente) e a ocorrência de problemas no fígado, que podem ter contribuído para a coagulopatia e, consequentemente, para as mortes.

“Fica claro que a infecção por OROV pode levar a fenômenos hemorrágicos, como estudos anteriores demonstraram, e o envolvimento hepático pode ser esperado nesta infecção”, diz o relatório. O texto destaca ainda que a evolução clínica dos pacientes com febre oropouche foi muito semelhante à de uma febre hemorrágica grave, comumente observada em casos de dengue. Para eles, isso representa um desafio para o diagnóstico que merece atenção. “Se não fosse pela extensa avaliação laboratorial e pelo surto de OROV em curso na região, esses casos provavelmente teriam sido classificados inadequadamente como mortes por dengue”, dizem.

Por isso, segundo o documento da Sesab, os casos mostram como é de extrema importância implementar uma vigilância epidemiológica ativa. E garantir a coleta de amostras suficientes para monitorar outras doenças, além de realizar a vigilância genômica.

SC

Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina informou estar acompanhando a investigação de um caso suspeito de óbito da doença conduzida pelo Estado do Paraná e com apoio do ministério. Segundo a pasta, o caso foi identificado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e o paciente atendido por serviços de saúde locais paranaenses, onde o óbito aconteceu no mês de abril. No entanto, “durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina, uma vez que o paciente teve registro de viagem ao Estado”, explicou em nota.

Segundo a pasta, os municípios com maior número de casos confirmados são Luiz Alves (65), Botuverá (35) e Blumenau (9). Santa Catarina tem um total de 140 casos confirmados até o momento.

Ainda não há vacina ou tratamento específico para a doença

A febre oropouche é uma doença causada por um vírus chamado Orthobunyavirus (OROV), que pertence à família Peribunyaviridae e é transmitido por artrópodes (como mosquitos). Os sintomas são semelhantes aos da dengue e incluem dor de cabeça, dores musculares, náuseas e diarreia. Em alguns casos, a doença pode evoluir para formas mais graves, com sintomas neurológicos. Atualmente, não há vacina ou tratamento específico para a doença. Pacientes com sintomas devem descansar, fazer tratamento para aliviar sintomas e seguir o acompanhamento médico.

Recentemente, o Ministério da Saúde alertou para a importância dos cuidados das gestantes com a doença, diante de suspeitas de casos de microcefalia possivelmente associados à doença. Pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC), associado ao Ministério da Saúde, encontraram evidências de que a febre oropouche pode ser passada da mãe para o bebê durante a gestação. Diante da descoberta, a pasta emitiu uma nota técnica, recomendando que Estados e municípios redobrem a vigilância sobre a possibilidade desse tipo de transmissão, chamada de vertical.

O alerta foi feito depois que o IEC identificou a presença de anticorpos contra o vírus em quatro bebês nascidos com microcefalia, além de material genético do vírus da oropouche em um feto natimorto com 30 semanas de gestação.

Zika

Pesquisas realizadas com animais infectados por vírus do mesmo grupo sorológico do OROV, e transmitidos por mosquitos do mesmo gênero, comprovaram que há transmissão vertical nos agentes, podendo causar abortos e más-formações fetais. “Agora, o encontro do anticorpo IgM no sistema central é muito indicativo de infecção no local, ou seja, de que o vírus penetrou, infectou e induziu a formação de anticorpos na região”, diz Pedro Vasconcelos, pesquisador do IEC e um dos envolvidos na investigação. A situação revive preocupações diante do que se viu com o vírus zika, outra arbovirose. No caso, houve relato da microcefalia de mais de 4 mil bebês.

Foto iStock

Por Estadão

           

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