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Quase 30% de formandos de escola pública não se inscrevem no Enem

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É comum entre alunos de escolas privadas, com melhor renda, a busca de uma vaga no ensino superior já no fim do 3º ano

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Mesmo consolidado como a principal porta de entrada do ensino superior, o Enem, cujas provas deste ano são realizadas neste domingo (3) e no próximo (10), não conseguiu reverter a tendência de baixa participação de estudantes do ensino público.

É comum entre alunos de escolas privadas, com melhor renda, a busca de uma vaga no ensino superior já no fim do 3º ano. Na escola particular, 95% dos concluintes fizeram o Enem, na média, entre 2015 e 2018. Já entre alunos da escola pública, essa média é de 72%: quase três em cada dez alunos nem sequer se inscrevem para fazer a prova.

Em todo país, 88% dos estudantes de ensino médio são de escolas públicas (dados de 2018). O exame dá acesso às universidades federais, que contam com cotas, a bolsas do ProUni (Programa Universidade Para Todos) e a contratos do Fies (Financiamento Estudantil). Parte das vagas de instituições estaduais, como a USP, também é preenchida a partir da nota do Enem.

A reportagem cruzou dados das sinopses estatísticas da Educação Básica e do Enem produzidas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), autarquia ligada ao MEC que também forneceu as informações mais recentes.

A partir de 2009, o exame foi transformado em vestibular nacional. Quem faz a prova pode acessar um sistema que reúne todas as vagas de universidades que aceitam a nota do Enem. No primeiro semestre de 2019, o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) ofereceu 235.476 vagas em 129 instituições pelo Brasil.

Mesmo que a participação de concluintes da rede pública seja inferior aos dados das escolas privadas, essa mudança representou uma maior democratização do acesso. Antes, cada universidade federal, por exemplo, tinha seu próprio vestibular.

O Enem tem passado desde 2017 por uma redução no número de inscritos; neste ano, são esperados 5,1 milhões de candidatos na prova.

O número de inscritos concluintes das duas redes também é o menor em pelo menos em cinco anos. Da escola pública, são 1,24 milhão de alunos -9% a menos do que em 2018. O número de inscritos da rede privada caiu 18% com relação ao ano anterior, e chegou neste ano a 218,6 mil jovens inscritos.

Embora a tendência se mantenha, não é possível saber o percentual que esses inscritos representam com relação ao total de alunos do 3º ano. Os dados de matrículas deste ano ainda não estão disponíveis.Estudantes de escola pública têm gratuidade no Enem. Além dos concluintes, um grande volume de alunos egressos da rede oficial se inscreve a cada ano.

Uma medida vigente desde 2018, decidida pela gestão Michel Temer (MDB), impede que um candidato isento mas ausente no exame sem justificativa consiga liberação de pagamento no ano seguinte.

A regra foi criada para reduzir custos com faltosos. No último ano, 25% dos inscritos faltaram.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, defende a perda de gratuidade nessas condições e ressalta a redução de matrículas no ensino médio, que impacta no número de participantes no Enem.

“Há uma redução de alunos concluintes no ensino médio, ano a ano a população vem diminuindo, o que leva à queda da quantidade de inscritos no Enem”, diz. “Nem todos os concluintes de escola pública vão fazer o Enem porque nem todos necessariamente querem o ensino superior, às vezes a pessoa tem que trabalhar.”

O número de estudantes da educação básica tem caído ao longo dos anos. No ensino médio, isso é resultado de uma melhora das taxas de abandono e aprovação, mas também colabora com esse cenário a dificuldade do país em manter os jovens na escola e atrair quem abandonou.

No ano passado, 8% dos jovens entre 15 e 17 anos não estudavam após abandonar a escola. O percentual representa 787,3 mil jovens dessa faixa etária (a esperada para o ensino médio), segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica, produzido pelo Movimento Todos pela Educação.

O fim da possibilidade de o exame servir para certificação do ensino médio, ocorrida a partir de 2017, também resultou em queda de inscritos no exame.

Algumas redes estaduais, como Ceará e Espírito Santo, promovem ações de incentivo para participação na prova. Há casos de disponibilização de transporte e até centralização das inscrições por parte da própria rede.

Para o professor da UnB (Universidade Brasília) Joaquim Soares Neto, membro do Conselho Nacional de Educação, os dados refletem a perspectiva de futuro do aluno.

“É importante que a rede e a escola trabalhem para que o aluno se sinta motivado e acredite que tenha condições de fazer o exame e de buscar uma vaga numa instituição pública”, diz ele, que já comandou o Inep.

Por Folhapress

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Voos no aeroporto Salgado Filho serão retomados em outubro

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O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, já tem data para retomar as operações aéreas. O principal aeroporto da região Sul voltará a receber voos no mês de outubro. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (16) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante coletiva de imprensa. Antes do comunicado, a Fraport, concessionária do terminal, apresentou ao Governo Federal o diagnóstico sobre a situação da pista de pouso e decolagem, que durante semanas ficou submersa pelas enchentes provocadas pelas fortes chuvas na região.

Costa Filho destacou que, inicialmente, o aeroporto voltará a operar de forma parcial com cerca de 50 voos diários, o que representa média de 350 operações aéreas por semana. O ministro ressaltou que o Governo Federal trabalha com plano de retomada integral das operações até o final deste ano. “Essa será a primeira etapa da reabertura do aeroporto. Nossa estimativa é que, até dezembro, o terminal estará 100% aberto e operando como estava funcionando antes da enchente que ocorreu no estado. Isso revela o esforço coletivo realizado pelo Governo Federal e pela Fraport”, indicou.

A análise técnica da pista, iniciada em junho, foi apresentada pelos representantes da concessionária em reunião realizada na Casa Civil da Presidência da República. De acordo com o cronograma previsto, na sua abertura, os voos serão realizados em 1.700 metros da pista, que conta com 3.200 metros de comprimento e 45 metros de largura. Até o final do ano, a pista será integralmente utilizada.

“Na primeira etapa, está sendo feito um esforço concentrado, no qual serão abertos, no mês de outubro, cerca de 1.700 metros. Os outros quase 2.000 mil metros serão reabertos em dezembro. A nossa meta é que o aeroporto possa funcionar das 10h da manhã às 22h da noite, com voos domésticos e internacionais”, frisou.
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“O ministro da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, classificou como positiva a reunião realizada entre o Governo Federal e os representantes da concessionária. Segundo ele, a reabertura do terminal Salgado Filho demonstra o comprometimento de todos para o fortalecimento do estado. A orientação do presidente Lula, para todos nós, foi de construir essa alternativa e eu considero que é um resultado muito positivo, muito satisfatório, uma resposta concreta do compromisso do nosso governo em fazer tudo aquilo que for necessário para a retomada da atividade econômica, de todas as atividades do nosso estado”, destacou Costa Filho.

Retomada do aeroporto

O aeroporto Salgado Filho reabriu na última segunda-feira (15) os serviços de embarque e desembarque de passageiros. Desde então, os procedimentos de processamento de passageiros e controle de segurança passaram a ser realizados no sítio aeroportuário. Até outubro deste ano, os voos continuarão a ser realizados na Base Aérea de Canoas, aberto em maio para operações comerciais.

Fonte: Estadão Conteúdo

           

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População mais pobre não compra dólar, mas sim comida, diz Lula a empresários

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Em reunião com empresários da indústria de alimentos no Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira, 16, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a circulação de dinheiro para impulsionar a economia e disse que a população mais pobre não compra dólar, mas sim comida.

Lula deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, e o áudio foi divulgado pela assessoria de imprensa da Presidência da República. O evento realizado reuniu ministros, empresários e representantes da indústria de alimentos. Ao todo, a lista de participantes somava 28 presentes.

“O povo mais pobre, o povo mais humilde, quando ele tem um pouquinho de dinheiro, ele não compra dólar; ele compra comida”, afirmou o presidente.

No mesmo encontro, Lula disse que o Brasil crescerá mais do que 2,5%, se o dinheiro circular. “Se o dinheiro que nós colocamos em circulação nesse país tiver rodando, a gente vai crescer mais do que 2,5%”, declarou.

“Ele (o pobre) compra coisa para a família”, afirmou. “É esse País que nós queremos que dê certo. É fazer com que o dinheiro desse País circule. É por isso que a gente aumenta o salário mínimo de acordo com o PIB, porque é normal que, quando o PIB cresça, a gente distribua o PIB entre todo mundo: entre os empresários, entre os trabalhadores, entre os aposentados… Afinal de contas, é o crescimento do País.”

Lula também criticou pessoas que “vivem de dividendos” e afirmou que é necessário apostar na capacidade produtiva.

“Esse País precisa parar de ter gente vivendo de dividendos e ter gente vivendo de trabalho, de geração de emprego, de geração de renda, porque é isso que faz a economia girar”, afirmou o petista.

“Ou vocês confiam naquilo que a gente está fazendo e apostam na capacidade produtiva ou não dá certo”, disse Lula.

Fonte: ESTADAO CONTEUDO

           

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“Nós cansamos de esperar”, diz Leite ao cobrar recursos do governo federal para o RS

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), cobrou que recursos prometidos pela União sejam enviados ao estado para ajudar na reconstrução das cidades após o período de enchentes. “Gostaríamos de fazer ainda mais na economia do que somos capazes, mas a gente sabe que boa parte dos recursos, no Brasil, é concentrada na União. A arrecadação se concentra em Brasília. Infelizmente, Brasília não nos alcançou tudo o que nós precisávamos até agora”, disse Leite na segunda-feira (15). A fala foi feita durante um anúncio de medidas de apoio financeiro a microempreendedores individuais e a pequenas empresas gaúchas que tiveram seus negócios impactados. Leite também disse que “está cansado” de aguardar os recursos prometidos e que a demora na ação do governo federal impediu movimentações internas da estrutura do palácio Piratini. A CNN pediu um posicionamento ao governo federal sobre as declarações de Leite e aguarda retorno. Segundo dados do portal “Brasil Participativo”, R$ 93,7 bilhões de recursos federais foram destinados ao Rio Grande do Sul para o “enfrentamento à grave calamidade decorrente das enchentes”, que atingiram o estado no início de maio. No entanto, até o momento, apenas R$ 19 bilhões foram repassados aos cofres gaúchos, o que representa aproximadamente um quinto do montante. Para auxiliar o setor privado, cerca de R$ 671 milhões de recursos estaduais foram anunciados divididos em linhas de crédito. Destes, R$ 223 milhões serão injetados a partir do tesouro do Estado. Cerca de 98 mil empresas e empreendedores foram afetados pelas chuvas, de acordo com um levantamento realizado pelo governo do Rio Grande do Sul com base nas informações da Receita Estadual.

Por CNN

           

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