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Rainha Elizabeth 2ª comemora 70 anos no trono em meio a, mais uma vez, crises familiares

Coroada aos 25 anos, a jovem, que não esperava ser rainha, deu lugar sete décadas depois à matriarca de uma família que já conta três gerações depois dela.

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O Jubileu de Platina de Elizabeth 2ª, em que a rainha mais longeva do Reino Unido comemora 70 anos de reinado, terá até competição de pudim entre as comemorações, mas a sobremesa não deve ser suficiente para tirar o gosto agridoce da boca da senhora de 95 anos.

Coroada aos 25 anos, a jovem, que não esperava ser rainha, deu lugar sete décadas depois à matriarca de uma família que já conta três gerações depois dela. Seu longo reinado, que em 2015 ultrapassou em duração o da rainha Vitória (1837-1901), foi de poucas polêmicas envolvendo a própria Elizabeth, mas infindáveis escândalos protagonizados por seus muitos parentes e descendentes.

A Casa de Windsor entra em 2022 ainda não totalmente recuperada do golpe da saída de Harry e Meghan de suas responsabilidades reais, há pouco menos de um ano, e da explosiva entrevista dos dois à apresentadora Oprah Winfrey, na qual sugeriram que a americana foi alvo de racismo pela família real.

Ainda mais grave é a situação do príncipe Andrew (que, dizem, é o filho preferido de Elizabeth), suspeito de ter abusado de adolescentes traficadas pelo americano Jeffrey Epstein. Uma das vítimas, Virginia Giuffre, move um processo civil contra o príncipe nos Estados Unidos.

“O escândalo de Andrew é de longe o pior do reinado de Elizabeth. A rainha fez a coisa certa ao distanciá-lo da família real, ainda que isso deva ser muito difícil para ela pessoalmente”, diz a historiadora Elizabeth Norton, que estuda as rainhas britânicas e é autora de “England’s Queens: The Biography” (as rainhas da Inglaterra: a biografia; Amberley, 2011). Pessoalmente, a rainha também passou recentemente pelo trauma de perder seu marido, Philip, após 73 anos de casamento.

Os 70 anos do reinado de Elizabeth se completam neste domingo (6), mas a maioria das festividades será em junho, no verão no hemisfério Norte. Os britânicos terão um feriado de 2 a 5 de junho, dias que serão recheados de comemorações.

A tradicional parada Trooping the Colour, com 1.400 soldados, muitos cavalos e sobrevoos da Força Aérea, será em 2 de junho, uma quinta-feira, em Londres. A sexta-feira terá uma missa na catedral de Saint Paul, enquanto no sábado haverá uma corrida especial de cavalos e um show em frente ao Palácio de Buckingham, com artistas a serem anunciados.

O domingo será de almoços comemorativos comunitários pelo país, além de um desfile especial em Londres, combinando arte, música e um “rio” de bandeiras carregadas por crianças.

Antes disso, de 12 a 15 de maio, um show com 500 cavalos também homenageará a rainha, sabidamente apaixonada por atividades equestres, na arena usada para o Royal Windsor Horse Show.

Ao longo do ano, outros eventos relacionados ao Jubileu também acontecem, como uma campanha para o plantio de árvores pelo Reino Unido e eventos nas residências privadas da rainha, em Sandringham e Balmoral, na Escócia.

Talvez seja difícil, de fora do reino, entender a popularidade de Elizabeth e o apetite do público por tantas festividades em torno dela -afinal, um país desenvolvido e moderno ser uma monarquia em pleno 2022 pode parecer anacrônico.

A cisão geracional fica clara nas pesquisas: no ano passado, pela primeira vez mais jovens de 18 a 24 anos (41%) achavam que o chefe de Estado deveria ser eleito do que pensavam que a monarquia deveria continuar (31%). Nos outros grupos etários a monarquia ainda vence, com percentuais crescentes conforme a idade do entrevistado, até chegar a espantosos 81% de apoio ao sistema entre os maiores de 65 anos. Os números são de pesquisas da empresa YouGov.

A aprovação da própria Elizabeth é alta: 83% dos britânicos diziam ter opinião positiva sobre ela em novembro do ano passado. Mas sua sucessão cria um problema, já que seu herdeiro Charles e sua mulher, Camilla, têm apenas 60% e 45% de aprovação, respectivamente, números também da YouGov.

“A rainha será lembrada como uma das grandes monarcas do Reino Unido, ao lado de Vitória e Elizabeth 1ª. Ela mostrou muita força e trouxe estabilidade ao longo de muitos governos, em sua maioria com primeiros-ministros homens”, diz Norton. “Já Charles deve ter um reinado breve e sem brilho, mas vai reinar até sua morte, não creio que nos tornaremos uma república.”

A esperança reside no príncipe William, filho de Charles, e em sua mulher, Kate, que têm 80% e 77% de aprovação, respectivamente, além de três filhos fofos. William se beneficia da popularidade de sua mãe, a princesa Diana, morta em 1997, um episódio que também levou a uma crise para a família real quando Elizabeth demorou a demonstrar pesar pela tragédia.

Will e Kate sobreviveram com dignidade à saída de Harry e Meghan e continuam desempenhando suas responsabilidades reais com profissionalismo, ainda que sejam um pouco entediantes. Resta saber se a perfeição familiar dos Cambridge (William e Kate são duque e duquesa dessa localidade) será suficiente para fazer frente ao escândalo cada vez maior envolvendo o príncipe Andrew.

O investidor americano Jeffrey Epstein foi preso em 2019 acusado por várias mulheres de tráfico de pessoas e de abusos sexuais, que teriam acontecido quando elas eram adolescentes. Uma das vítimas, Virginia Giuffre, diz ter recebido dinheiro de Epstein para fazer sexo com Andrew quando ela tinha 17 anos.

Em meio a críticas crescentes por sua ligação com Epstein, que se suicidou em agosto de 2019, Andrew deu uma desastrosa entrevista à BBC em novembro do mesmo ano, em que negava as acusações de Giuffre, a quem disse não conhecer apesar de existir uma foto dos dois juntos, e dizia não se arrepender da amizade com o americano.

Giuffre move um processo civil contra o príncipe nos EUA, em que pede uma indenização pela violência que diz ter sofrido. A defesa de Andrew -paga pela rainha- afirmou que o testemunho dela era “vago” e que a lei em que a acusação se baseou era inconstitucional, entre outros argumentos pelo arquivamento da ação, que o juiz não aceitou.
Um dia depois da decisão desfavorável, Andrew, que já não participava de eventos públicos desde 2019, perdeu o título de Sua Alteza Real, suas patentes militares e seus postos em organizações de caridade. A depender do curso do processo, ele pode ter que responder a perguntas por escrito e até mesmo depor presencialmente em Nova York ainda neste ano. Resta a opção de fazer um acordo com Giuffre, o que poderia enterrar de vez a reputação do príncipe.

Qualquer que seja o resultado da ação, desenha-se um cenário em que Andrew será responsável por tisnar o ano de platina de sua mãe, nódoa que nem todo o pudim e todos os cavalos da rainha poderão apagar.A vida de Elizabeth 2ª1926

Nasce em Londres, no dia 21 de abril, Elizabeth Alexandra Mary, a filha mais velha de lady Elizabeth Bowes-Lyon e do príncipe Albert, duque de York, filho mais novo do rei George 5º1936

Edward 8º, tio de Elizabeth, abdica em nome de seu irmão mais novo, príncipe Albert, o que muda as chances de a futura rainha ascender ao trono1937.

Elizabeth e a irmã mais nova, Margaret, assistiram, na Abadia de Westminster, à coroação de seu pai, chamado de rei George 6º; assim, Elizabeth tornou-se a primeira na linha de sucessão ao trono e uma figura de interesse público1947

No dia 20 de novembro é celebrado, na Abadia de Westminster, o casamento de Elizabeth com seu primo distante, Philip Mountbatten, que recebeu o título de duque de Edimburgo1948
Nasce o primeiro filho da futura rainha, Charles Philip Arthur George, no Palácio de Buckingham1951
Com a saúde do rei George 6º debilitada, a princesa Elizabeth passou a representá-lo em eventos oficiais1952
Em 6 de fevereiro, morre o rei George 6º, e Elizabeth se torna rainha1953
No dia 2 de junho acontece na Abadia de Westminster a coroação de Elizabeth, que então se torna a rainha Elizabeth 2ª1958
Charles, primogênito de Elizabeth, torna-se o herdeiro do trono e é nomeado príncipe de Gales; os outros filhos da rainha são a princesa Anne (Anne Elizabeth Alice Louise), nascida em 1950; o príncipe Andrew (Andrew Albert Christian Edward), nascido em 1960; e o príncipe Edward (Edward Anthony Richard Louis), nascido em 19641981
Herdeiro do trono, o príncipe Charles casa-se com Diana Frances Spencer, em cerimônia na Catedral de St. Paul, em Londres1982
Nasce William, neto de Elizabeth que é atualmente o segundo na linha de sucessão ao trono, fruto do casamento de Charles e Diana; seu irmão, Harry, nasce em 19841992
Depois de um casamento tumultuado, com rumores sobre casos extraconjugais, a separação do príncipe Charles e de Lady Di é anunciada; o divórcio é concluído em 19961997
Lady Di morre em um acidente de carro, o que faz aumentar as críticas em relação à família real, especialmente depois de Elizabeth 2ª inicialmente se recusar a permitir que a bandeira nacional fosse hasteada a meio mastro no Palácio de Buckingham2002
No ano em que celebra o Jubileu de Ouro ao completar 50 anos no trono, a rainha perde a mãe, Elizabeth, e a irmã mais nova, Margaret, mortes que ofuscaram as festividades de vários dias em Londres e em países da Commonwealth2011
Seu neto William, segundo na linha de sucessão, casa-se com Katherine Middleton; a rainha também fez história a ser a primeira no cargo a visitar a Irlanda em cem anos2015
Em setembro, Elizabeth 2ª ultrapassa a rainha Vitória como monarca mais longevo do Reino Unido2018
Filho mais novo de Charles, Harry se casa com a atriz americana Meghan Markle, de ascendência negra2020
Em cisão sem precedentes no reinado de Elizabeth 2ª, Harry e Meghan decidem deixar a família real após gerarem crise por não terem passado o Natal de 2019 no Reino Unido2021
Marido da rainha Elizabeth 2ª, o príncipe Philip morre aos 99 anos

Por Folhapress

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Pesquisa aponta Michelle Obama como democrata capaz de vencer Trump

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Pesquisa Ipsos, encomendada pela agência de notícias Reuters, aponta que no cenário eleitoral dos Estados Unidos, em disputa com Donald Trump, apenas a ex-primeira-dama Michelle Obama venceria o republicano. O levantamento aponta um cenário ainda mais adverso para a candidatura do atual presidente Joe Biden, que tem seu nome posto em questão desde o último debate, quando demonstrou fragilidade no embate com Trump.

Segundo a pesquisa, Michelle Obama aparece com 11 pontos de vantagem sobre Trump. Em cenários hipotéticos com candidatos democratas além de Biden, a ex-primeira-dama tem 50% das intenções de voto e é a única capaz de derrotar Trump, que surge com 39%.

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Amigas são detidas por manterem relações sexuais com alunos

Atos foram cometidos enquanto estas exerciam funções na Calhoun City Schools.

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Duas amigas próximas foram presas sob acusação de manterem relações sexuais com alunos enquanto trabalhavam na Calhoun City Schools, na Georgia, Estados Unidos. Railey Greeson e Brooklyn Shuler enfrentam as acusações desde a semana passada.

Greeson é acusada de ter tido relações sexuais com dois estudantes diferentes entre outubro de 2021 e janeiro de 2022, enquanto Brooklyn é acusada de envolvimento com um aluno no mesmo período.

Embora não esteja claro qual era exatamente o papel delas na instituição – se eram professoras ou funcionárias -, o NY Post menciona que ambas sabiam que suas condutas não eram apropriadas.

As duas mulheres são melhores amigas e foram damas de honra nos casamentos uma da outra, eventos que ocorreram após os supostos atos pelos quais são acusadas.

Após a detenção, Greeson e Shuler foram levadas para a prisão do condado de Gordon e posteriormente liberadas sob fiança.

Em caso de condenação, as acusadas podem enfrentar até 25 anos de prisão ou uma multa de até 100 mil dólares.

Foto  Gordon County Sheriff’s Office

Por Notícias ao minuto

           

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Somente Michelle Obama poderia derrotar Trump nas eleições, de acordo com pesquisa

A ex-primeira dama já disse várias vezes que não pretende concorrer à Presidência.

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Michelle Obama, esposa do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, superou Donald Trump por 11 pontos percentuais em uma possível disputa, marcando 50% contra 39% de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos. A ex-primeira dama já disse várias vezes que não pretende concorrer à Presidência.

A mesma pesquisa mostra que um em cada três democratas acha que o atual presidente, Joe Biden, deveria encerrar sua candidatura à reeleição após o debate da semana passada contra Trump.

O levantamento revelou que tanto Trump, 78, quanto Biden, 81, marcam 40% entre eleitores registrados para votar, sugerindo que o atual presidente dos EUA não perdeu terreno desde o debate.

Entretanto, uma pesquisa divulgada nesta quarta (3) pelo jornal The New York Times aponta o cenário oposto: de acordo com esse levantamento, o republicano ampliou sua vantagem sobre o democrata para nove pontos percentuais depois do confronto na televisão –agora, Trump marca 49% das intenções de voto entre eleitores registrados, e Biden, 41%. Quando se considera os eleitores que o jornal considera “prováveis votantes”, o resultado é de 49% para Trump e 43% para Biden.

A piora de Biden nas pesquisas também foi capturada pelo jornal The Wall Street Journal, cujo levantamento mostra Trump na frente, com 48% das intenções de voto, e Biden perdendo espaço, com 42%.

De acordo com a pesquisa da Reuters, entre os democratas entrevistados, 32% afirmaram à pesquisa que Biden deveria desistir de sua candidatura à reeleição após o debate, no qual o presidente gaguejou, não concluiu frases e se demonstrou confuso e vacilante frente a Trump.

O New York Times obteve respostas ainda piores para Biden: 47% dos democratas ouvidos pelo jornal acham que o partido deveria trocar de candidato, número que sobre para 72% quando a pergunta é feita a eleitores independentes.

Trump enfrenta suas próprias vulnerabilidades políticas, embora os casos criminais relacionados às suas tentativas de reverter sua derrota em 2020 estejam suspensos.

Os eleitores democratas sempre tiveram dúvidas sobre a candidatura de Biden. Em uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada em janeiro, enquanto a disputa pela indicação do partido ainda estava em andamento, 49% dos democratas disseram que ele não deveria concorrer novamente em 2024.

Biden prometeu permanecer na corrida. Se ele sair, contudo, os democratas cujos nomes surgem como possíveis substitutos tem resultados apenas um pouco melhores, com exceção de Michelle Obama.

A vice-presidente Kamala Harris, por exemplo, ficou atrás de Trump por um ponto percentual, 42% a 43%, uma diferença que estava dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais da pesquisa da Reuters. Vale lembrar, entretanto, que as pesquisas foram feitas sem que haja uma campanha aberta a favor de Harris.

Kamala Harris saiu da sombra de Biden nos últimos meses, tornando-se uma voz importante no governo em defesa dos direitos ao aborto. A pesquisa da Reuters/Ipsos revelou que 81% dos eleitores democratas tinham uma visão favorável de Harris, em comparação com 78% que viam Biden da mesma forma.

Biden foi considerado muito velho para trabalhar no governo por 59% dos democratas, uma leitura semelhante aos resultados de uma pesquisa de janeiro.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, uma estrela em ascensão no Partido Democrata que muitos observadores esperam que possa buscar a Presidência em uma eleição futura, teve um desempenho ligeiramente pior, ficando atrás de Trump por 39% a 42%.

A governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, ficou atrás de Trump por 36% a 41%, enquanto o governador de Illinois, J.B. Pritzker, teve 34% de apoio em comparação com os 40% de Trump.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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